Notícias

GEF Biogás Brasil e consórcio de municípios de SP divulgarão estudo sobre gestão de resíduos sólidos no dia 23

15 março 2022

Cidades do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista (CIRSOP) se reuniram com o projeto GEF Biogás Brasil para debater os próximos passos da parceria.

Ferramentas desenvolvidas pelo Projeto GEF Biogás Brasil e Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) auxiliam na escolha das rotas tecnológicas utilizadas para o manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) das cidades membros do Consórcio.

Evento presencial de lançamento dos resultados da parceria será dia 23 de março em Álvares Machado (SP).

O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) como principal entidade executora.

Foto: © CIRSOP

Durante a reunião ordinária do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista (CIRSOP), na segunda-feira (7), o Projeto GEF Biogás Brasil teve a oportunidade de apresentar o Projeto, a parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e o trabalho técnico, econômico, financeiro e ambiental feito para o Consórcio.

O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), e conta com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) como principal entidade executora.

Mateus Godoi, diretor-executivo do consórcio, reforçou a importância da parceria para o CIRSOP. “Nós fomos escolhidos pelo progresso que fizemos sobre o tema até aqui, mas se quisermos avançar deveremos inovar nessa área.”

O representante adjunto da UNIDO para o Brasil e a Venezuela, Clovis Zapata, apresentou a agência para o consórcio e afirmou que tem uma grande atuação na área de energia renovável. “Nós trabalhamos muito com municípios, estados e o governo federal aqui no Brasil, tanto na implementação de projetos específicos, como também na avaliação e desenho de políticas públicas”, disse.  

Já o especialista em Políticas Nacionais do Projeto GEF Biogás Brasil e consultor da UNIDO, Tiago Quintela Giuliani, falou sobre o funcionamento do projeto e afirmou que um dos grandes potenciais observados é do biogás de origem de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Ele contou o histórico do projeto no assunto.

“Nós iniciamos uma parceria com o projeto dentro do governo do Distrito Federal, onde foi feita uma proposta de licitação para 3 unidades de tratamento mecânico biológico onde vão ser processadas 690 mil toneladas de resíduos por ano. Atualmente, a proposta está em consulta pública”. 

“O conhecimento adquirido com a parceria do GDF precisa de uma segunda etapa, que é o processo de replicação”, continuou. “Então com essa expertise nós buscamos a parceria com o MDR, que disponibilizou ferramentas e conhecimentos sobre o tema, além de desenvolver uma estratégia de suporte a municípios na tomada de decisão e a validação dos resultados. Nesse contexto, com a supervisão do Ministério, a parceria com o CIRSOP foi feita para aplicar esse importante conhecimento gerado”, explicou.

O especialista enumerou quais vão ser os produtos que o projeto vai entregar na parceria. “O consórcio vai ter acesso a uma avaliação de custos e movimentação de resíduos e rejeitos; uma definição de rotas tecnológicas com viabilidade de implementação; análise da demanda de mercado versus e potencial de valorização; quantitativo e custos da rotas definidas; avaliação de valores tarifários e eficiência de valorização de resíduos; estimativas de valores de tarifas básicas RDO versus comparativos de cenários; recomendações para os estudos de EVTEA; comparativo dos potenciais arranjos descentralizados de municípios; e recomendações para o desenvolvimento do trabalho de implementação que o Municípios irão fazer com o FEP/Caixa Econômica Federal”, explicou.

Giuliani salientou o papel do projeto GEF Biogás Brasil nessa entrega. “O Projeto GEF vai apresentar dados e recomendações aos municípios que compõem o CIRSOP, para que eles tenham informações robustas para auxiliar na tomada de decisão, levando em consideração a realidade local. É isso que vamos apresentar no dia do lançamento de resultados para vocês”, concluiu. 

Lançamento de resultados

A parceria entre o Projeto GEF Biogás Brasil e CIRSOP resultou em um estudo preliminar de uma avaliação técnica, econômica e financeira de diferentes rotas tecnológicas, em diferentes cenários, para o tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) do consórcio.

Essa avaliação foi feita a partir de duas ferramentas complementares, sendo uma desenvolvida pelo Projeto GEF Biogás Brasil e outra pelo MDR.

As ferramentas organizaram dados referentes aos resíduos que foram fornecidos pelo CIRSOP, com base em informações repassadas pelos municípios, e criaram uma metodologia objetiva de comparação de rotas tecnológicas de tratamento de resíduos com foco na avaliação do potencial de valorização de resíduos, dando destaque à potencialidade do reaproveitamento dos resíduos via biogás.

O lançamento dos resultados será realizado na modalidade presencial no dia 23 de março, durante evento na cidade de Álvares Machado (SP), e contará com a presença de autoridades locais, regionais e nacionais, incluindo o presidente do CIRSOP, Roger Gasques.

Sobre as ferramentas

As ferramentas foram desenvolvidas para atender à demanda de mercado que surgiu após a criação do marco do saneamento em 2020. O novo marco prevê a possibilidade de que novos contratos de concessão possam cobrar tarifa direta do usuário dos serviços, além de buscar linhas de financiamento no Brasil e no exterior para estruturar projetos de RSU.

Dessa forma, tanto gestores públicos, quanto empresas interessadas no setor precisam contar com análises confiáveis para a validação de rotas tecnológicas eficientes, para a previsão de custos operacionais e para a definição de tarifas e financiamentos.

Uma das ferramentas é a de Rotas e Custos, que permite a definição de um conjunto de quatro rotas tecnológicas para que o usuário explore a potencialidade de valorização de resíduos dentre as opções existentes. O objetivo é que se avalie a rota tecnológica que permita uma maior aderência às metas do Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos (PIGIRS) elaborado pelo consórcio em parceria com a Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 2020.

Já a outra ferramenta permite a implementação de um roteiro metodológico a partir dos dados da ferramenta de Rotas e Custos. Ao utilizar essas ferramentas de forma complementar, o usuário consegue avaliar comparativamente os custos de implementação das alternativas de rotas tecnológicas, os respectivos valores de tarifa a serem introduzidos para sua implementação, além do potencial de dedução tarifária e a eficiência de valorização das rotas tecnológicas padrão a partir dos ganhos diretos e indiretos de cada uma.

Serviço

  • Evento: Avaliação da eficiência de rotas tecnológicas na gestão de RSU no Oeste Paulista
  • Data: 23 de março de 2022
  • Horário: 9h00 (horário de Brasília)
  • Local: Alvares Machado – SP

 

  • Evento: Reunião técnica da avaliação da eficiência de rotas tecnológicas na gestão de RSU no Oeste Paulista
  • Data: 23 de março de 2022
  • Horário: 14h00 (horário de Brasília)
  • Local: Alvares Machado – SP

     
UNIDO

Raphael C.F. Makarenko

UNIDO
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNIDO
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa