Notícias

ONU condena ataques a instalações civis na Arábia Saudita e no Iêmen

28 março 2022

O secretário-geral António Guterres condenou fortemente a recente escada do conflito no Iêmen. O chefe da ONU pediu uma investigação rápida e transparente sobre os últimos incidentes e o fim das hostilidades do confronto que já dura oito anos.

Na sexta-feira (25), as forças houthis do Iêmen, também conhecidas como Ansar Allah, lançaram ataques aéreos a instalações civis e de energia na Arábia Saudita, incluindo uma instalação de petróleo em Jeddah.

Posteriormente, no sábado (26), a coalizão apoiada pela Arábia Saudita retaliou com ataques aéreos nos portos marítimos de Hudaydah e Salif, controlados pelos houthis, bem como na capital do Iêmen, Sana'a, que supostamente matou oito civis, incluindo cinco crianças e duas mulheres.

Um menino está no interior danificado de um prédio no Iêmen
Legenda: Um menino está no interior danificado de um prédio no Iêmen (Arquivo)
Foto: © Giles Clarke/OCHA

A recente escalada do conflito no Iêmen recebeu uma forte condenação do secretário-geral da ONU, António Guterres, em um comunicado divulgado no sábado (26).

“O secretário-geral está profundamente preocupado com os relatos de ataques aéreos em andamento na cidade de Hudaydah e os ataques aos portos de Hudaydah, que fornecem um acesso humanitário crítico para a população iemenita”, disse o porta-voz do chefe da ONU, Stéphane Dujarric.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Coordenação Humanitária (OCHA), mais de 23 milhões de iemenitas enfrentam fome, doenças e outros riscos que ameaçam suas vidas à medida que os serviços básicos e a economia do país estão em colapso.

Ataques aéreos mortais - Na sexta-feira (25), as forças houthis do Iêmen, também conhecidas como Ansar Allah, lançaram ataques aéreos a instalações civis e de energia na Arábia Saudita, incluindo uma instalação de petróleo em Jeddah, o que provocou um grande incêndio, liberando uma coluna de fumaça preta.

Posteriormente, no sábado, a coalizão apoiada pela Arábia Saudita retaliou com ataques aéreos nos portos marítimos de Hudaydah e Salif, controlados pelos houthis, bem como na capital do Iêmen, Sana'a, que supostamente matou oito civis, incluindo cinco crianças e duas mulheres.

"Esses ataques aéreos também resultaram em danos ao complexo residencial dos funcionários da ONU em Sana'a", acrescentou Dujarric.

O chefe da ONU está pedindo “uma investigação rápida e transparente” sobre esses incidentes para garantir a responsabilização, continuou o comunicado.

Apelo pelo fim das hostilidades - À medida que o conflito entra em seu oitavo ano, o chefe da ONU reiterou seus apelos a todas as partes para “exercer a máxima contenção, diminuir imediatamente, cessar as hostilidades e cumprir suas obrigações sob o Direito Internacional Humanitário, incluindo os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução”.

Ele também instou as partes a se “engajarem construtivamente e sem pré-condições com seu enviado especial para reduzir a violência e chegar urgentemente a um acordo negociado para acabar com o conflito no Iêmen”.

Após esses incidentes, a mídia noticiou que o Houthi Ansar Allah do Iêmen disse que suspenderia por três dias os ataques com mísseis e drones na Arábia Saudita. O grupo sustentou que a iniciativa unilateral de paz poderia ser um compromisso duradouro se a coalizão liderada pela Arábia Saudita interrompesse os ataques aéreos e suspendesse as restrições portuárias.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU
Organização das Nações Unidas

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa