Nova onda de COVID é um alerta de que a pandemia está 'longe de acabar', diz Guterres
11 abril 2022
Governos e empresas farmacêuticas precisam trabalhar juntos de uma maneira melhor para entregar vacinas “a todas as pessoas, em todos os lugares” – não apenas nas nações mais ricas, disse o chefe da ONU nesta sexta-feira (8) durante a Cúpula Avançada de Compromisso de Mercado 2022.
Líderes mundiais comprometeram US$ 4,8 bilhões para ajudar os países de baixa renda a aumentar as taxas de vacinação e garantir melhor acesso para novas aquisições de vacinas.
Guterres disse que a Cúpula foi “um importante lembrete de que a pandemia da COVID-19 está longe de terminar. Estamos vendo 1,5 milhão de novos casos a cada dia. Grandes surtos estão se espalhando na Ásia”, continuou ele, e “uma nova onda está varrendo a Europa”.
Além disso, alguns países estão relatando suas maiores taxas de mortalidade desde o início da pandemia e um terço do planeta ainda não tem uma dose, enquanto que alguns países de alta renda estão se preparando para suas segundas doses de reforço, disse o chefe da ONU.
Governos e empresas farmacêuticas precisam trabalhar juntos de uma maneira melhor para entregar vacinas “a todas as pessoas, em todos os lugares” – não apenas nas nações mais ricas, disse o chefe da ONU nesta sexta-feira (8).
O secretário-geral da ONU, António Guterres mencionou a iniciativa internacional de equidade de vacinas COVAX, durante a Cúpula Avançada de Compromisso de Mercado 2022, onde líderes mundiais comprometeram US$ 4,8 bilhões para ajudar os países de baixa renda a aumentar as taxas de vacinação e garantir melhor acesso para novas aquisições de vacinas.
A GAVI Alliance sediou a Cúpula ao lado Alemanha, Indonésia e Senegal ocupando as presidências do G7, G20 e União Africana, respectivamente.
O chefe da ONU disse que para alcançar as bilhões de pessoas que até agora não receberam vacinas, os países precisam cumprir e acelerar os compromissos de compartilhamento de doses e doações à COVAX, com melhor qualidade de abastecimento.
“E isso significa ter fortes sistemas nacionais de entrega de vacinas a postos – incluindo esforços para combater a desinformação e colocar vacinas nos braços. Também peço aos países que comprometam novos financiamentos para o ACT Accelerator e COVAX este ano”.
Guterres disse que a Cúpula foi “um importante lembrete de que a pandemia da COVID-19 está longe de terminar. Estamos vendo 1,5 milhão de novos casos a cada dia. Grandes surtos estão se espalhando na Ásia”, continuou ele, e “uma nova onda está varrendo a Europa”.
Além disso, alguns países estão relatando suas maiores taxas de mortalidade desde o início da pandemia.
O secretário-geral da ONU disse que a disseminação da Ômicron – agora surgindo na forma da variante BA2 em muitas partes do mundo – foi “um lembrete surpreendente da rapidez com que a COVID-19 pode sofrer mutações e se espalhar – especialmente na ausência de alta cobertura vacinal”.
Um terço do planeta ainda não tem uma dose, enquanto que alguns países de alta renda estão se preparando para suas segundas doses de reforço, disse o chefe da ONU.
“Esta é uma revelação brutal de como o nosso mundo é profundamente desigual. Além de também ser um terreno fértil para novas variantes, mais mortes, e para o aumento da miséria humana e econômica”.
“A próxima variante não é uma questão de ‘se’. É uma questão de 'quando'”, afirmou Guterres.
Ele lembrou que estamos longe da meta de todos os países atingirem 70% de cobertura vacinal até meados deste ano e, enfatizou, e com novas variantes surgindo aproximadamente a cada quatro meses, “o tempo é essencial”.
O chefe da ONU disse que havia bastante oferta global de vacinas, com 1,5 bilhão de doses por mês sendo fabricadas, e um “significativo” sistema de aquisição, remessa e entrega da COVAX Facility e de seu mecanismo de Compromisso de Mercado Avançado, que conseguiu entregar 1,2 bilhão de doses até agora para os países mais necessitados.
“Isso demonstra que o progresso é possível. Mas a janela está fechando rápido. E precisamos ajudar todos os países a se prepararem para futuras pandemias, multiplicando o número de países capazes de produzir localmente testes, vacinas e tratamentos”.
Embora a pandemia não tenha acabado, “vamos acabar com isso juntos”, concluiu Guterres.