Surto de COVID-19 na Coreia do Norte preocupa especialistas da OMS
17 maio 2022
A diretora regional da OMS para o Sudeste Asiático, Poonam Khetrapal Singh, disse em um comunicado que está preocupada com o primeiro surto de COVID-19 noticiado na República Popular Democrática da Coreia (RPDC), mais conhecida como Coreia do Norte.
O país ainda não implementou um programa de vacinação pública contra a doença.
De acordo com a agência nacional de notícias do país, até o último dia 15, cerca de 50 pessoas já haviam morrido em decorrência da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou, nesta segunda-feira (16), preocupação com o atual surto de COVID-19 na República Popular Democrática da Coreia (RPDC), mais conhecida como Coreia do Norte. Nenhum programa de vacinação pública foi implementado no país.
De acordo com a agência nacional de notícias da Coreia do Norte, KCNA (na sigla em inglês), até o último dia 15, um total de 50 pessoas haviam morrido no país em decorrência da doença e mais de um milhão de casos de "febre" foram registrados.
Em comunicado, a OMS disse estar ciente das mortes e do “grande número de pessoas com febre” reportados pela agência de notícias, mas disse que ainda está aguardando ser informada oficialmente pelas autoridades sobre a extensão e gravidade do primeiro surto registrado no país.
“Estamos comprometidos em ajudar nosso país membro, conforme necessário, fornecendo suporte técnico para aumentar os testes, fortalecer o gerenciamento de casos, implementar medidas sociais e de saúde pública específicas da situação e fornecer suprimentos médicos e medicamentos essenciais”, disse a diretora regional da OMS para o Sudeste Asiático, Poonam Khetrapal Singh.
Vacinação - A OMS apoiou o país no desenvolvimento de um plano de vacinação contra a COVID-19 e em uma estratégia de preparação e resposta nacional em caso de surtos. O plano de vacinação foi revisado e aprovado regionalmente por um órgão multiparceiro, abrindo caminho para a Coreia do Norte receber os imunizantes através da cooperação internacional COVAX facility.
“Como o país ainda não iniciou a vacinação contra o COVID-19, existe o risco de que o vírus se espalhe rapidamente entre as massas, a menos que a transmissão seja reduzida através da adoção imediata de medidas apropriadas”, disse a diretora da OMS.
A especialista também reforçou que é importante que todos os países, independentemente de seu status de transmissão COVID-19, implementem a vacinação.“A pandemia está longe de terminar. Cada país deve implementar medidas sociais e de saúde pública, além de proteger sua população com vacinas, priorizando a população vulnerável, como profissionais de saúde, idosos e aqueles com comorbidades que agravam o risco de morte por COVID-19”, destacou.
