Surto de varíola dos macacos ainda pode ser controlado, garante OMS
25 maio 2022
O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser controlado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu, nesta terça-feira (24), que o risco de transmissão é baixo.
A especialista em varíola do Programa de Emergências da OMS, Rosamund Lewis, disse que o objetivo da agência e dos países-membros é “conter e interromper o surto”. Ela explicou que a varíola dos macacos pode “afetar qualquer pessoa e não está associada a nenhum grupo em particular”.
Os sintomas são similares ao da varíola, porém menos severos, incluindo lesões na pele e febres, que em casos mais severos podem durar entre duas a quatro semanas. A OMS explicou que a varíola dos macacos é transmitida pelo contato pele-a-pele, mas o vírus também pode ser transmitido pela roupa de cama contaminada ou por partículas da respiração.
O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser controlado. O risco de transmissão é baixo, garantiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (24).
A especialista em varíola do Programa de Emergências da OMS, Rosamund Lewis, declarou em Genebra que o objetivo da agência e dos países-membros é “conter e interromper o surto”. “O risco para o público em geral parece ser baixo, uma vez que os principais meios de transmissão têm sido os mesmos descritos no passado”, explicou.
Sintomas menos severos - Os últimos dados da OMS mostram mais de 250 casos confirmados e suspeitos de varíola dos macacos nos 16 países. Os sintomas são similares ao da varíola, porém menos severos, incluindo lesões na pele e febres, que em casos mais severos podem durar entre duas a quatro semanas.
A OMS explicou que a varíola dos macacos é transmitida pelo contato pele-a-pele, mas o vírus também pode ser transmitido pela roupa de cama contaminada ou por partículas da respiração.
Transmissão e estigma - A varíola dos macacos é uma doença silvestre e o período de incubação varia entre seis e 13 dias, podendo acontecer entre 5 e 21 dias. A especialista da OMS explicou que não “existem informações sobre transmissão por fluidos corporais”.
Para evitar que as pessoas doentes sofram estigma, a OMS destaca que apesar da maioria dos casos de infecção estarem ligados a homens que fazem sexo com homens, isso “provavelmente ocorre por eles serem mais proativos na busca de cuidados de saúde”.
A especialista da OMS disse que a varíola dos macacos pode “afetar qualquer pessoa e não está associada a nenhum grupo em particular”.
Ela sublinhou que o que é diferente neste surto é que os casos estão sendo confirmados em países que geralmente não têm surtos de varíola dos macacos.
A doença é endêmica na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, na Nigéria e em Camarões.
Vacinas - A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos. Mas a OMS explicou que as pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.
A agência da ONU trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.
Existem duas variantes do vírus da varíola dos macacos: uma na África Ocidental e outra na Bacia do Congo (África Central). O primeiro caso em humanos foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.
Embora o nome varíola dos macacos se origine da descoberta do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958, a especialista da OMS considera um pouco inadequada esta nomeação. A OMS esclareceu que a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.