FAO, Embrapa e MAPA lançam plataforma com dados sobre mulheres rurais

A partir desta quarta-feira (14), o Brasil passa a contar com um website que organiza e divulga informações oficiais sobre a realidade das mulheres no campo. O Observatório Mulheres Rurais do Brasil é resultado de um trabalho conjunto entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  

O objetivo deste mapeamento é congregar dados e disponibilizá-los de forma simples para que poder público, pesquisadores, representantes da sociedade civil e organismos internacionais elaborem programas, ações e políticas públicas voltadas para a inclusão de mulheres no campo. A expectativa é que o projeto possa gerar visibilidade para mulheres rurais, promover oportunidades equitativas de desenvolvimento e inovação, participação plena, além de melhoria da qualidade de vida dessa população.  

 “As mulheres exercem um papel fundamental na garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias e são guardiãs do desenvolvimento sustentável dos sistemas agroalimentares. Por isso, o combate à exclusão de gênero no meio rural tem sido uma das prioridades da atuação da FAO no Brasil. O lançamento do Observatório é mais um passo na direção de nossos esforços no âmbito da campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, que desenvolvemos desde 2015 em toda a América Latina e Caribe, em prol das mulheres rurais, pescadoras, extrativistas, artesãs, ribeirinhas, indígenas e afrodescendentes”, diz o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala.  

Para ele, a plataforma é uma oportunidade de apoiar o fortalecimento de iniciativas que visam ao empoderamento e à visibilidade da mulher produtora rural, além de ser uma contribuição para que o país alcance as metas do ODS 5, sobre equidade de gênero, da Agenda 2030.  

A elaboração do Observatório contou com forte participação de técnicas da FAO, Embrapa e do MAPA. De acordo com Úrsula Zacarias, ponto focal de gênero da FAO no Brasil, as mulheres têm menos acesso à terra, aos meios de produção e a capacitações técnicas.  “É importante criar ferramentas que facilitem o fácil acesso à dados oficiais sobre a realidade das mulheres rurais, permitindo a elaboração de propostas inclusivas, criativas e impactantes”, explica. 

Ela lembra, ainda, que o Observatório traz um espaço para compartilhar informações sobre a temática das mais diversas instituições e organizações brasileiras, além de organizar publicações que poderão ser difundidas e divulgadas amplamente.