Notícias

Banco Mundial: projeto amplia acesso a mercados de carbono no Brasil

23 dezembro 2022

O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou nesta quinta-feira (22) um projeto de US$ 500 milhões para expandir o financiamento vinculado à sustentabilidade e fortalecer a capacidade de o setor privado acessar os mercados de crédito de carbono. 

O projeto cria um balcão único que oferece às empresas brasileiras opções mais fáceis para reduzir sua pegada de carbono. A expectativa é redução de até 90 milhões de toneladas de CO2 até 2030, o equivalente a cerca de 4,5% do que o Brasil precisa para cumprir seus compromissos de zerar as emissões. 

A iniciativa também inclui um Fundo de Dívida Climática piloto de US$ 98 milhões, que deve alavancar o capital privado para expandir o financiamento vinculado à sustentabilidade na economia em geral.


Biodiversidade do solo é essencial para a vida
Legenda: Biodiversidade do solo é essencial para a vida
Foto: © Singkham/Pexels

O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou nesta quinta-feira (22) um projeto de US$ 500 milhões para expandir o financiamento vinculado à sustentabilidade e fortalecer a capacidade de o setor privado acessar os mercados de crédito de carbono. Em colaboração com o Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras da América Latina, o projeto adotará uma abordagem de empréstimo vinculada à sustentabilidade para ajudar o Brasil a atingir suas metas climáticas.

O projeto visa a oferecer benefícios robustos de mitigação de emissões de carbono. A expectativa é redução de até 90 milhões de toneladas de CO2 até 2030, o equivalente a cerca de 4,5% do que o Brasil precisa para cumprir seus compromissos de zerar as emissões. 

O projeto também deverá mobilizar até US$ 1,4 bilhão em capital privado por meio da ampliação do financiamento do Banco do Brasil e de investidores privados. Líder do agronegócio brasileiro, com cerca de 60% de todo o crédito rural no mercado financeiro, o Banco do Brasil tem o compromisso de apoiar clientes, parceiros e a sociedade na transição para uma economia de baixo carbono, com metodologias, linhas de crédito e soluções sustentáveis.

“O Brasil tem potencial significativo para se tornar um líder global na transição para uma economia de baixo carbono. Para isso, é necessária uma ação urgente para complementar as atividades públicas com soluções e financiamento privados”, disse o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Johannes Zutt. “O Banco do Brasil, que tem uma longa história de financiamento para empresas brasileiras que desejam se tornar mais sustentáveis e inovadoras, é um grande parceiro para a iniciativa que estamos lançando hoje.”

O Projeto de Financiamento Climático do Brasil adota uma abordagem de financiamento inovadora e baseada em resultados, que incentiva empresas a adotarem e implementarem planos confiáveis de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) de modo a reduzir a pegada de carbono em toda a empresa. A iniciativa também vincula essas empresas a mercados de carbono de alta qualidade.

Com o novo projeto, o Banco do Brasil poderá oferecer a seus clientes pacotes que integram financiamento com apoio ao acesso aos mercados de carbono por meio de um balcão único. Isso fornecerá às empresas brasileiras - especialmente as pequenas e médias - um serviço acessível de ponta a ponta, desde a medição da pegada de carbono até a geração de retornos de créditos de carbono de alta integridade.

O projeto fornecerá uma linha de crédito de US$ 400 milhões, e o Banco do Brasil usará esses recursos para originar empréstimos vinculados à sustentabilidade para empresas comprometidas com a redução de sua pegada de carbono. A iniciativa também inclui um Fundo de Dívida Climática piloto de US$ 98 milhões, que deve alavancar o capital privado para expandir o financiamento vinculado à sustentabilidade na economia em geral.

Esses instrumentos de financiamento são complementados por US$ 2 milhões em recursos para aumentar a capacidade de o Banco do Brasil apoiar empresas na adoção de planos de mitigação confiáveis e no acesso a mercados de carbono de alta qualidade, por meio de assistência técnica.

“Os setores público e privado têm um papel vital no apoio à transição para uma economia mais verde. Saudamos a parceria com o Banco Mundial não apenas porque é o maior financiador mundial de ações climáticas em países em desenvolvimento, mas também por causa de sua experiência em criar e fortalecer mercados de capitais locais e tornar os setores financeiros domésticos mais verdes. O projeto tem sinergia com nossa estratégia de sermos referência em sustentabilidade, fomentando negócios no âmbito ESG. Esperamos que a iniciativa tenha um efeito muito positivo, integrando conhecimento e financiamento em prol de uma economia de baixo carbono entre nossos clientes em todo o país”, afirmou o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.

Escalável - Globalmente e no Brasil, as instituições financeiras estão canalizando mais recursos para atividades ecológicas e relacionadas ao clima por meio de uma série de produtos financeiros. Ao incluir o financiamento baseado em mitigação em uma grande instituição financeira, o projeto apresenta uma abordagem inovadora com forte potencial de replicabilidade em escala no Brasil e no mundo.

O projeto contribui diretamente para o avanço da atual parceria do Banco Mundial com o Brasil, que tem como foco o desenvolvimento equitativo e sustentável, inclusive apoiando os esforços do Brasil para reduzir as emissões de GEE e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas. O desenvolvimento de instrumentos financeiros para reduzir as emissões de carbono nos setores econômicos será fundamental para esse objetivo.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU
Organização das Nações Unidas

Outras entidades envolvidas nesta iniciativa

Banco Mundial
Banco Mundial

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa