- Apesar dos avanços em países populosos com economias em crescimento, a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição continuam a aumentar em muitos países ao redor do mundo (SOFI, 2024).
- A subalimentação atinge cerca de 733 milhões de pessoas (SOFI, 2024). especialmente nas áreas rurais, onde a pobreza extrema e a insegurança alimentar permanecem profundamente enraizadas.
- A continuidade das tendências atuais significa que, até 2030, o mundo não deve atingir as metas globais de nutrição. Populações vulneráveis, particularmente mulheres, jovens e povos indígenas, são desproporcionalmente afetadas.
- Mais de 2,8 bilhões de pessoas não conseguem ter acesso a uma alimentação saudável. Ou seja, quase um terço da população global não recebe os nutrientes e micronutrientes necessários para prosperar, e, em alguns casos, para sobreviver.
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS ENVOLVIDAS NESTA CAMPANHA
FAO
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) é uma agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para erradicar a fome. Nosso objetivo é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade em quantidade suficiente para levar uma vida ativa e saudável. Com 195 membros – 194 países e a União Europeia –, a FAO atua em mais de 130 países em todo o mundo.
WFP
O Programa Mundial de Alimentos (WFP), maior agência humanitária das Nações Unidas, salva vidas em emergências por meio da assistência alimentar e de projetos de segurança alimentar e nutricional. O Centro de Excelência contra a Fome, parceria entre o WFP e o governo Brasileiro, apoia países em desenvolvimento na criação e implementação de soluções sustentáveis contra a fome a partir das experiências exitosas desenvolvidas no Brasil nas áreas de alimentação escolar, agricultura familiar, nutrição e segurança alimentar.
FIDA
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) trabalha onde a pobreza e a fome são mais profundas: em regiões rurais remotas e com alto grau de fragilidade, onde poucas agências de desenvolvimento ou Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) atuam. Os projetos apoiados pelo FIDA impactam diretamente a vida de famílias rurais, mulheres, jovens, comunidades tradicionais e originárias, através da promoção de um desenvolvimento rural sustentável e inclusivo. Além disso, aportam recursos e soluções para enfrentar as desigualdades no campo, juntamente a estratégias de ação climática e ambiental para tornar sustentáveis os resultados alcançados. O FIDA busca promover o aumento dos investimentos públicos e privados na agricultura e no desenvolvimento de empreendimentos rurais.
IICA
O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) é a organização internacional especializada em agricultura do Sistema Interamericano, cuja missão é estimular, promover e apoiar os esforços dos seus 34 Estados Membros para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural através de uma excelente cooperação técnica internacional. O IICA estima que 59 milhões de pessoas vivem na pobreza rural na América Latina e Caribe (ALC) apesar de a região produzir alimentos para 1,3 bilhão de pessoas no mundo, volume que transforma a área na maior exportadora líquida de comida do mundo. Apesar de sua robusta capacidade produtiva, a ALC enfrenta desafios como a capacidade de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, investimentos em infraestrutura, tecnologia e sustentabilidade que poderão ser superados com o apoio à agricultura familiar, à bioeconomia e à inovação. E o Brasil ocupa lugar de protagonismo na condução desse processo na América Latina e Caribe.
ENTRE EM AÇÃO
Governos, o setor privado, agricultores, academia, sociedade civil e indivíduos precisam trabalhar juntos para garantir uma maior variedade de alimentos nutritivos, acessíveis, seguros e sustentáveis, a fim de alcançar a segurança alimentar e dietas saudáveis para todos.
Juntos, podemos ser a mudança.
O que a sociedade civil pode fazer?
A posição única de muitas organizações da sociedade civil (OSCs), incluindo organizações não governamentais (ONGs), como mediadoras entre as autoridades governamentais, consumidores e grupos vulneráveis, significa que elas podem ser atores-chave na defesa do direito a alimentos suficientes, acessíveis, nutritivos e seguros para todos. Por meio de advocacy, empoderamento, colaboração, monitoramento e educação, as OSCs desempenham um papel fundamental na criação de um futuro com segurança alimentar.
O que a academia pode fazer?
Garantir o direito à alimentação para todos exige esforços conjuntos para enfrentar a fome e a pobreza, concentrando-se na produção e no consumo de alimentos diversificados, seguros e nutritivos, além de construir resiliência a choques, vulnerabilidades e estresses. A comunidade acadêmica tem um papel importante a desempenhar. De fato, pesquisa, dados, tecnologia e inovação podem ser ferramentas poderosas para melhorar a segurança alimentar e transformar os sistemas agroalimentares para um futuro e uma vida melhores para todos.
SAIBA MAIS: https://www.fao.org/world-food-day/en