Mensagem do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para o Dia Mundial da Alimentação, assinalado em 16 de outubro.
Há oitenta anos, num mundo devastado pela guerra, os países uniram-se para derrotar a fome. Nas décadas que se seguiram, o mundo alcançou progressos notáveis. No entanto, as crises recentes demonstram que não podemos baixar a guarda se quisermos preservar essas conquistas.
Temos as ferramentas, o conhecimento e os recursos para acabar com a fome e garantir uma alimentação saudável e de qualidade para todos. O que precisamos é de união.
Hoje, em todo o mundo, 673 milhões de pessoas ainda se deitam com fome todas as noites. Muitas mais vivem diariamente com incerteza sobre a sua próxima refeição. O progresso global é demasiado lento e, em algumas regiões, está mesmo a recuar.
Novos desafios surgiram ao longo das décadas, desde o aumento alarmante da obesidade até aos choques climáticos que ameaçam a segurança alimentar. A fome está a ser usada vergonhosamente como arma: enfrentamos a terrível realidade de pessoas em zonas de conflito a serem deliberadamente privadas de comida, com a fome a instalar-se.
O tema do Dia Mundial da Alimentação deste ano, “De mãos dadas por uma alimentação melhor e um futuro melhor”, é um apelo à solidariedade entre fronteiras, setores e comunidades. Este apelo reflete as prioridades expressas pelos países durante a Revisão da Cúpula dos Sistemas Alimentares, realizada em julho, e o Apelo à Ação das Nações Unidas, que identifica seis áreas prioritárias de intervenção.
Respondamos a este apelo. Unamo-nos, mais uma vez, para construir sistemas alimentares que nutram as pessoas e protejam o planeta.
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