No 1º Dia Mundial da Síndrome de Down, ONU pede fim da marginalização
21 março 2012
“Debilidades intelectuais também têm sido vistas como motivos legítimos para negar às pessoas com Síndrome de Down sua liberdade, e para mantê-las em instituições especializadas, às vezes por toda sua vida”, alertou o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, por meio de uma mensagem para o primeiro Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado no dia 21 de março. “Por muito tempo, eles foram deixados à margem da sociedade”.
Para Ban, a discriminação pode ser tão injusta quanto uma esterilização forçada ou tão sutil quanto a segregação através de barreiras sociais ou físicas. "Em muitos países, eles continuam a enfrentar o estigma e a discriminação, bem como barreiras legais, de comportamentos e ambientais que impedem sua participação em suas comunidades”.
Ban Ki-moon acrescentou que a eles é frequentemente negado o direito igual perante a lei e também o direito de voto e de ser votado. O preconceito de que crianças com a Síndrome de Down atrapalham o aprendizado de outras crianças levam pais a colocarem seus filhos em escolas especializadas ou a mantê-los em casa. “Pesquisas mostram – e mais pessoas começam a entender isso - que a diversidade na sala de aula leva ao aprendizado que beneficia a todos”, afirmou Ban.
Ele também afirmou que as Nações Unidas trabalharam por décadas para garantir o bem-estar e os direitos humanos de todas as pessoas e que esses esforços foram fortalecidos com a adoção da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2006. A convenção “incorpora a mudança de paradigma no qual as pessoas com deficiência não são mais consideradas objetos de cuidados e caridade, mas pessoas com direitos iguais e que podem trazer uma grande contribuição para a sociedade dentro de seus próprios direitos”.