"Energia nuclear deve ser ferramenta para o desenvolvimento e não ameaça à paz mundial", diz Lula
28 maio 2010
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (28) que a energia nuclear deve ser uma ferramenta para o desenvolvimento e não uma ameaça à paz mundial. Em discurso durante a abertura do III Fórum da Aliança de Civilizações, Lula lembrou que o Brasil é um dos poucos países cuja constituição proíbe a produção de armas nucleares e disse que "a existência de armas de destruição em massa faz do mundo um lugar menos seguro".
Lula declarou que sua experiência como sindicalista o ensinou que posições inflexíveis afastam a possibilidade das soluções de paz que a maioria aspira - e que, com esses princípios, viajou a Tel-Aviv (Israel) e Ramalá (Cisjordânia), tentando buscar a paz.
"Com esse propósito, o primeiro-ministro Erdogan (da Turquia) e eu fomos a Teerã (Irã) buscar com o presidente Ahmadinejad uma solução negociada para um conflito que ameaça muito mais do que a estabilidade de uma região importante do planeta. O mundo precisa do Oriente Médio em paz", afirmou.
O presidente destacou que a tolerância é fundamental para paz e citou as diversas etnias, religiões e culturas que, juntas e convivendo pacificamente, compõe a nação brasileira.
Lula falou ainda que a juventude é a promessa do futuro e sua participação em programas de diálogo é indispensável para a construção de um ambiente naturalmente tolerante. Segundo ele, esse deve ser o centro deste III Fórum da Aliança de Civilizações, ao lado do papel decisivo que tem os meios de comunicação.
"Esse terceiro fórum confirma que não devemos perder o entusiasmo ouvindo aqueles que duvidam que atinjamos nossos objetivos. É fundamental o diálogo entre estados e sociedades que desejam criar um mundo baseado na compreensão e na solidariedade. Essa é a mensagem", finalizou o presidente.