ONU faz levantamento de 10 fatos pouco conhecidos sobre a população mundial
25 setembro 2015
Levantamento publicado pela UNFPA mostra avanços desiguais na sociedade e pontos benéficos para o futuro. De acordo com a lista, hoje vivem mais jovens no mundo do que em qualquer outro contexto histórico, concentrando-se em sua maioria nos países em desenvolvimento; o número de migrantes também nunca foi tão grande na história e mais da metade da população mundial é urbana – a maior onda de urbanização até hoje, com tendência a aumentar. Além disso, dependendo da taxa de fertilidade, até o final do século a população pode ser maior que 17 bilhões ou menor que 7 bilhões.
Dentre os pontos levantados, dois estão relacionados principalmente à desigualdade de gênero: apesar de sua proibição, cerca de 37 mil casamentos de crianças acontecem diariamente; seguindo as tendências atuais, aproximadamente 15 milhões de meninas entre 15 e 19 anos serão submetidas à mutilação genital feminina até 2030. No entanto, os diálogos nas comunidades sobre as consequências negativas para as meninas e a divulgação dos direitos humanos provocou redução no número desta prática.
Quatro dos fatos estão relacionados à pobreza. Mulheres na África subsaariana têm maior probabilidade de morrer durante trabalho de parto do que no resto do mundo: de 100 mil bebês nascidos, 510 mulheres morrem por causas relacionadas à maternidade. Ainda, cerca de 225 milhões de mulheres em países subdesenvolvidos querem evitar a gravidez, mas não usam contraceptivos modernos, além de dezenas de milhões de mulheres não receberem cuidados necessários durante a gestação e concepção da criança.
Complicações no parto são a segunda principal causa de morte de mulheres em países em desenvolvimento, acontecendo, sobretudo, com meninas menores de 18 anos, em que a estrutura dos seus corpos não está desenvolvida para o trabalho de parto e também pela falta de acompanhamento médico na gestação. O progresso nessa área tem acontecido de forma desigual pelo mundo. As mortes relacionadas ao HIV diminuíram consideravelmente. Estão abaixo de 35% desde 2005, mas estimativas sugerem que a letalidade da doença em adolescentes está aumentando devido à falta de informação sobre formas de prevenção.