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ONU presta apoio a quase 80 milhões de refugiados e deslocados no mundo

19 dezembro 2018



Refugiados rohingya em centro de trânsito em Bangladesh. Foto: ACNUR/Roger ArnoldRefugiados rohingya em centro de trânsito em Bangladesh. Foto: ACNUR/Roger Arnold






No começo do ano, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) prestava assistência a um número inédito de pessoas forçadas a abandonar suas comunidades e países — 71,4 milhões de indivíduos, entre deslocados internos, solicitantes de refúgio, refugiados e pessoas sem nacionalidade (apátridas). A menos de duas semanas para o fim de 2018, o organismo deve bater um novo recorde — o contingente de indivíduos que recebe ajuda deve chegar a 79,8 milhões.








Esse atendimento só é possível devido às contribuições de doadores. Com os fundos angariados, o ACNUR mantém presença em 137 países e oferece abrigo, cuidados médicos, alimentos, água potável e orientações para quem foge de perseguição, conflito armado e crises humanitárias.








Segundo a agência, todos os continentes e países são atualmente afetados por algum episódio de deslocamento forçado. Isso porque as crises já existentes antes de 2018 foram agravadas pela eclosão de novos conflitos em outras partes do planeta.








Destaques de 2018








Em 2018, o ACNUR conseguiu ajudar e proteger os refugiados rohingya das fortes tempestades de monções em Bangladesh. A equipe da agência distribuiu mais de 91 mil kits de abrigo e quase 85 mil kits pré-monção. O organismo também construiu 958 latrinas e 112 postos de fornecimento de água para os rohingyas que tiveram de ser transferidos de seus acampamentos por conta de riscos de alagamento e deslizamento de terra.








No Pacífico, a instituição respondeu rapidamente ao terremoto e ao tsunami que atingiram a área de Sulawesi na Indonésia. Os fenômenos naturais destruíram em torno de 68 mil casas, deixando 80 mil pessoas desabrigadas.








No Oriente Médio, o ACNUR apoiou o regresso de 750 mil indivíduos vivendo dentro da Síria. Essa população havia deixado suas cidades de origem, mas decidiu retornar para essas comunidades devido a melhoras nas condições de segurança e de vida.








No Norte da África, a agência evacuou, com sucesso, cerca de 2,5 mil pessoas vulneráveis detidas na Líbia








Em 2019, o ACNUR quer ampliar o seu trabalho em prol dos direitos e da dignidade das pessoas em situação de deslocamento forçado. Um dos objetivos da agência será entender as dinâmicas que levam a essas migrações compulsórias, além de enfrentar as causas de processos de exclusão e apatridia (quando uma pessoa tem negado o seu direito a uma nacionalidade).








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