Mulheres venezuelanas chegam com vaga de emprego garantida no Rio Grande do Sul
21 janeiro 2021
- Um projeto piloto de interiorização de mulheres venezuelanas por meio da empregabilidade foi implementado nesta terça-feira (19), em Guaporé (RS). Cerca de 28 cidadãs e suas famílias, totalizando 67 pessoas, chegaram ao município gaúcho já empregadas no setor da indústria de confecções. A iniciativa é uma parceria entre a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Secretaria Nacional de Proteção Global, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e a Virada Feminina.
- A interiorização é um deslocamento voluntário de refugiados e migrantes venezuelanos que estão em Roraima (RR) e desejam ir para outros estados brasileiros, com o apoio do Governo Federal. A estratégia busca oferecer mais oportunidades de inserção socioeconômica aos beneficiários, além de diminuir a pressão sobre os serviços públicos naquele estado.
Um projeto piloto de interiorização de mulheres venezuelanas por meio da empregabilidade foi implementado nesta terça-feira (19), em Guaporé (RS). Cerca de 28 cidadãs e suas famílias, totalizando 67 pessoas, chegaram ao município gaúcho já empregadas no setor da indústria de confecções. A iniciativa é uma parceria entre a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Secretaria Nacional de Proteção Global, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e a Virada Feminina.
"Estamos comprometidos com a proteção dos grupos mais vulneráveis. Essa parceria está trazendo capacitação e empregabilidade para mulheres venezuelanas, com benefícios para toda a família", disse a ministra Damares Alves.
A interiorização é um deslocamento voluntário de refugiados e migrantes venezuelanos que estão em Roraima (RR) e desejam ir para outros estados brasileiros, com o apoio do Governo Federal. A estratégia busca oferecer mais oportunidades de inserção socioeconômica aos beneficiários, além de diminuir a pressão sobre os serviços públicos naquele estado.
A interiorização dessas mulheres foi feita por meio de vaga de emprego sinalizada, que é quando há uma parceria entre empresas, que indicam vagas de empregos para venezuelanos, e a Operação Acolhida, do Governo Federal. A Operação faz a seleção das pessoas participantes de acordo com o perfil profissional da vaga.
“Este trabalho de articulação, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Proteção Global (SNPG), promove a aproximação entre os venezuelanos em situação de vulnerabilidade e as oportunidades de inclusão socioeconômica na sociedade brasileira", afirmou a titular da SNPG, Mariana Neris.
Articulação
A articulação do projeto de interiorização de mulheres venezuelanas com a Virada Feminina foi iniciada em outubro pela titular do MMFDH, ministra Damares Alves, que defendeu a importância de ações para a promoção da dignidade das pessoas venezuelanas acolhidas no Brasil.
“O papel da Virada Feminina é sair da discussão e partir para a ação. Ajudar na interiorização e inclusão de mulheres venezuelanas é muito mais do que uma ação social, é nossa obrigação. Promover a conexão entre as empresárias da Virada Feminina e as imigrantes é comprovar na prática que juntas somos mais fortes”, afirmou a idealizadora da iniciativa Virada Feminina, Marta Lívia Suplicy.
A OIM apoia a Virada Feminina na articulação com governos municipais, parceiros locais, rede local de atenção aos refugiados e migrantes, além da iniciativa privada. O acompanhamento e monitoramento dos processos de contratação e recepção dos beneficiários, desenvolvimento e apoio de projetos locais também é realizado. O intuito é garantir a segurança das pessoas da Venezuela e a integração socioeconômica delas com a atribuição de vagas de trabalho formal.
“A integração econômica é uma solução duradoura para que essas mulheres que escolheram permanecer no Brasil com suas famílias possam de fato se integrar e dar um novo começo para as suas vidas. Por isso, iniciativas como essa realizada com o MMFDH e a Virada feminina são tão importantes para a OIM”, informou o chefe de missão da OIM, Stéphane Rostiaux.
“As empresas estão com uma grande expectativa com a chegada dessa mão de obra, que é tão escassa em nossa cidade. Isso vai ajudar na implementação das nossas linhas de produção, com a demanda de mercado e o crescimento que esperamos para 2021”, explicou a sócia proprietária de uma das empresas que empregarão as mulheres venezuelanas, Elimara Coradi.
“Juntando os esforços da Operação Acolhida, Virada Feminina e as empresas, achamos viável trazer essas mulheres, oferecendo uma oportunidade nova a elas. Esperamos que elas possam recomeçar aqui”, deseja a empresária.
A parceria com a Virada Feminina para a interiorização de mulheres venezuelanas será estendida a outros estados. Novas oportunidades já estão sendo planejadas no estado de São Paulo e Minas Gerais.