Mulheres representam apenas 28% dos graduados em engenharia
11 fevereiro 2021
- A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) publicou, nesta quinta-feira (11), o Relatório de Ciências e revelou que, em todo o mundo, as mulheres ainda representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática.
- Todos os anos, no dia 11 de fevereiro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "promover a igualdade de gênero no mundo científico e tecnológico é essencial para a construção de um futuro melhor".
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) publicou, nesta quinta-feira (11), o Relatório de Ciências e revelou que, em todo o mundo, as mulheres ainda representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática.
A pesquisa apontou disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial, onde apenas 22% dos profissionais são mulheres.
Todos os anos, no dia 11 de fevereiro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "promover a igualdade de gênero no mundo científico e tecnológico é essencial para a construção de um futuro melhor".
Segundo António Guterres, isso foi visível na luta contra a COVID-19. As mulheres, que representam 70% de todos os profissionais de saúde, estão entre as mais afetadas pela pandemia e entre os que lideram a resposta à pandemia.
Fundadoras de start-ups também lutam mais para ter acesso a financiamento e, em grandes empresas de tecnologia, continuam sub-representadas em cargos de liderança e técnicos. Mulheres também são mais propensas a deixar o campo de tecnologia, muitas vezes citando fracas perspectivas de carreira.
Nas universidades, as pesquisadoras tendem a ter carreiras mais curtas e menos bem pagas. Embora representem 33,3% de todos os pesquisadores, apenas 12% dos membros das academias de ciências nacionais são mulheres.
As desigualdades de gênero aumentaram dramaticamente no último ano, à medida que as mulheres carregam com o peso do encerramento das escolas e do teletrabalho.
Muitas cientistas são confrontadas com laboratórios fechados e maiores responsabilidades de cuidados, ficando com menos tempo para a investigação. Para as mulheres no campo científico, esses desafios agravaram uma situação que já era difícil.
Segundo Guterres, “mulheres e as meninas pertencem à ciência”, mas “os estereótipos afastaram as mulheres e as meninas de campos relacionados com a ciência”. Ele diz que “é hora de reconhecer que mais diversidade promove mais inovação”.
Apelo
Para o secretário-geral, sem mais mulheres nas ciências, “o mundo continuará a ser projetado por e para homens, e o potencial de meninas e mulheres permanecerá inexplorado”.
O chefe da ONU apela à comunidade internacional para garantir que as meninas tenham acesso à educação que merecem e que possam ver um futuro em áreas como engenharia, programação de computadores, tecnologia em nuvem, robótica e ciências da saúde.
Segundo Guterres, o aumento da participação das mulheres no mundo da ciência pode reduzir a disparidade salarial de gênero e aumentar os rendimentos das mulheres em US$ 299 bilhões nos próximos dez anos.
Além disso, as competências científicas são cruciais para acabar com as disparidades de utilização da internet.