Relatório da ONU aponta que novas tecnologias representam mercado de 350 bilhões de dólares
01 março 2021
- O Relatório de Tecnologia e Inovação 2021 chama a atenção para a nova onda de tecnologias de ponta que aproveitam as vantagens da digitalização e conectividade, um mercado que representa 350 bilhões de dólares.
- Lançada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a publicação destaca inteligência artificial, internet das coisas, grandes bancos de dados, blockchain, 5G, impressão 3D, robótica, drones, edição de genes, nanotecnologia e tecnologia fotovoltaica.
- Estados Unidos, Suíça e Reino Unidos são as nações mais bem preparadas para estas novas tecnologias.
O Relatório de Tecnologia e Inovação 2021 chama a atenção para a nova onda de tecnologias de ponta que aproveitam as vantagens da digitalização e conectividade. Lançada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a publicação destaca inteligência artificial, internet das coisas, grandes bancos de dados, blockchain, 5G, impressão 3D, robótica, drones, edição de genes, nanotecnologia e tecnologia fotovoltaica. Estados Unidos, Suíça e Reino Unidos são as nações mais bem preparadas para estas novas tecnologias.
O estudo revela que a chamada alta tecnologia está em rápido desenvolvimento, representando um mercado de 350 bilhões de dólares. Em 2025, esta quantia poderá crescer para mais de 3,2 trilhões de dólares. A UNCTAD afirma que a recuperação pós-COVID-19 oferece uma oportunidade aos governos e à comunidade internacional para uso de tecnologias novas e de ponta para combater as desigualdades geradas pela pandemia.
Exemplos brasileiros - O estudo menciona dois exemplos brasileiros: um programa nacional de aceleração de startups e o de incentivo do uso de tecnologias de código aberto, como o Projeto Um Milhão de Cisternas, que beneficiou áreas semiáridas do nordeste com reservatórios de água.
O Relatório alerta, no entanto, sobre “graves implicações para as comunidades e países pobres, suprimidos, ou simplesmente deixados para trás por essa onda tecnológica”. Isto porque os países mais bem preparados para usar, adotar e adaptar as novas tecnologias de maneira equitativa estão principalmente na América do Norte e na Europa.
O documento também enfatiza o papel de governos como essencial na preparação do caminho para acesso a estas tecnologias, especialmente criando um ambiente propício e garantindo que os benefícios sejam compartilhados por todos.
Desempenho - A China e a Índia tiveram um bom desempenho em áreas como pesquisa e desenvolvimento como reflexo da “oferta abundante de recursos humanos qualificados e altamente qualificados”. Os dois países contam com grandes mercados locais, que atraem investimentos de multinacionais. No caso da China, o progresso é em parte atribuído ao gasto de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento.
Para a vice-secretária-geral da UNCTAD, Isabelle Durant, as sociedades e os setores produtivos precisam estar bem preparados e desenvolver as competências necessárias para fazer avançar as tecnologias de ponta.
A representante adverte que embora as novas tecnologias tenham trazido enormes benefícios, os avanços rápidos podem ter graves riscos se ultrapassarem a capacidade de adaptação das sociedades.
O relatório alertou ainda que as novas tecnologias levaram, ao mesmo tempo, a novas formas de desigualdade. Atualmente, há maior preocupação com o risco da automação substituir postos de trabalho em larga escala.
Outros fatores de apreensão são a chamada gig economy, marcada por formas de emprego alternativo, e a redução dos direitos trabalhistas, as desigualdades criadas pela concentração de mercado e lucro, o aumento da desigualdade impulsionada pela inteligência artificial e o aumento das lacunas tecnológicas.
Acesse a íntegra do documento aqui.