Estudo da OMS pede ação para enfrentar a “COVID longa”
01 março 2021
- Uma em cada 10 pessoas continua sentindo-se doente doze semanas depois de ter contraído a COVID-19. Esta é a conclusão de um estudo publicado pelo Escritório Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa e o Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde.
- O documento resume o que é conhecido como “COVID longa” e como os países estão lidando com a condição, cujos sintomas incluem fadiga severa e danos progressivos no coração, pulmões e cérebro.
- A COVID longa ainda não é completamente compreendida, mas dados disponíveis indicam que cerca de um quarto das pessoas permanecem com sintomas da doença entre 4 e 5 semanas depois de testar positivo para o coronavírus e uma a cada 10 continua com os sintomas depois de 12 semanas.
Uma em cada 10 pessoas continua sentindo-se doente doze semanas depois de ter contraído a COVID-19. Esta é a conclusão de um estudo publicado pelo Escritório Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa e o Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde.
O documento resume o que é conhecido como “COVID longa” e como os países estão lidando com a condição, cujos sintomas incluem fadiga severa e danos progressivos no coração, pulmões e cérebro.
O diretor regional da OMS, Hans Kluge, disse que a “COVID longa” é uma causa a mais de preocupação em meio a pandemia, que já tem provocado intenso sofrimento. “É importante que os pacientes relatados com os sintomas da “COVID longa” sejam incluídos como parte da resposta à COVID-19 para mitigar alguns impactos de longo prazo da pandemia na área da saúde”, ele afirmou.
A COVID longa ainda não é completamente compreendida, mas dados disponíveis indicam que cerca de um quarto das pessoas permanecem com sintomas da doença entre 4 e 5 semanas depois de testar positivo para o coronavírus e uma a cada 10 continua com os sintomas depois de 12 semanas.
Os pacientes, que incluem profissionais da área médica, lutam para serem levados a sério. Eles relatam que se sentem estigmatizados e não conseguem um diagnóstico, recebendo um cuidado “desarticulado”, ao mesmo tempo em que enfrentam problemas em acessar benefícios de saúde e por invalidez.
O documento destaca áreas de atuação, incluindo o desenvolvimento de “novos caminhos de cuidado”, criação de serviços apropriados e combate às consequências mais amplas, como direitos trabalhistas, políticas de licença médica e acesso a benefícios por invalidez.
Registros de pacientes e outras medidas de vigilância deveriam ser implementadas e a pesquisa nas condições pós-COVID devem ser conduzidas em colaboração com pacientes e cuidadores.
“A “COVID longa” tem demonstrado a importância de envolver os pacientes na pesquisa”, afirmou Selina Rajan, principal autora do documento. “No entanto, ainda há muito a compreender sobre as consequências de longo prazo e multissistêmicas das infecções da COVID-19 nas crianças e nos adultos e as intervenções necessárias para tratá-los”, alertou.