Os desafios mundiais que enfrentamos durante a pandemia da COVID-19 sublinham o papel crítico da informação confiável, verificada e universalmente acessível para salvar vidas e construir sociedades fortes e resilientes.
Durante a pandemia e em outras crises incluindo a emergência climática, jornalistas e profissionais da imprensa ajudam-nos a navegar por um cenário de informações em constante mudança, ao mesmo tempo em que enfrentamos imprecisões e inverdades perigosas.
Em muitos países, os jornalistas correm grandes riscos pessoais, incluindo novas restrições, censura, abuso, assédio, detenção e até morte, simplesmente por fazerem o seu trabalho. A situação continua a piorar.
O impacto económico da pandemia atingiu duramente muitos meios de comunicação, ameaçando a sua própria sobrevivência.
À medida que os orçamentos apertam, estreita-se também o acesso a informações confiáveis. Rumores, informações falsas e opiniões extremas ou divisivas surgem para preencher este espaço.
Apelo a todos os governos que façam tudo ao seu alcance para apoiar a liberdade, a independência e a diversidade dos mídia.
O jornalismo livre e independente é o nosso maior aliado no combate à desinformação.
O Plano de Ação das Nações Unidas para a Segurança de Jornalistas visa criar um ambiente seguro para profissionais dos media em todo o mundo - porque a informação é um bem público.
Hoje, comemoramos o 30º aniversário da Declaração de Windhoek para o Desenvolvimento de uma Imprensa Africana Livre, Independente e Plural.
Apesar das mudanças dramáticas nos órgãos de comunicação social nas últimas três décadas, o apelo urgente desta Declaração por liberdade de imprensa e livre acesso à informação é tão relevante como sempre.
Vamos refletir sobre a sua mensagem e renovar os nossos esforços para proteger a liberdade de imprensa - para que a informação continue a ser um bem público para todos que salva vidas.