PNUMA recomenda compostagem como forma de reduzir impacto no planeta
02 agosto 2021
- A prática da compostagem é uma das melhores opções para a gestão de resíduos orgânicos, de acordo com diretrizes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelo Instituto para Estratégias Ambientais Globais.
- A compostagem adequada de restos de alimentos pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos, ajudar a recuperar a fertilidade do solo e melhorar a retenção de água e a entrega de nutrientes às plantas.
- Além disso, ao reduzir o desperdício de alimentos, a técnica também ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa que afetam a mudança climática.
Segundo diretrizes emitidas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelo Instituto para Estratégias Ambientais Globais (IGES na sigla em inglês), a prática da compostagem é uma das melhores opções para a gestão de resíduos orgânicos, ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais.
Todos os anos, 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são perdidas ou desperdiçadas no mundo, segundo o Índice de Desperdício de Alimentos do PNUMA. Embora a perda e o desperdício ocorram em todo o sistema alimentar, quase 570 milhões de toneladas de perdas e desperdício acontecem em residências.
Além de agravar a fome e a insegurança alimentar, a perda e o desperdício de alimentos contribuem para as três crises planetárias que ameaçam nosso futuro coletivo: mudança climática, perda de biodiversidade e poluição.
A compostagem adequada dos resíduos orgânicos que geramos em nossa vida diária - alimentos não comestíveis ou não utilizados - pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos, ajudar a recuperar a fertilidade do solo e melhorar a retenção de água e a entrega de nutrientes às plantas.
Mais amplamente, ao reduzir o desperdício de alimentos, a compostagem também ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa que afetam a mudança climática. A perda e o desperdício de alimentos geram cerca de 8 a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, enquanto que a utilização da terra e dos recursos hídricos pressiona cada vez mais a biodiversidade.
"Nossa relação com a natureza é desequilibrada. A natureza está continuamente dando, e os seres humanos estão continuamente tomando e descartando" explica a chefe de Vida Selvagem do PNUMA, Doreen Robinson.
Em vez disso, "precisamos aplicar um pensamento circular no qual a vida é sustentada e as coisas são continuamente reaproveitadas" diz Doreen.