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Colaboração climática entre China e EUA é bem recebida pela ONU

11 novembro 2021

Nova parceria firmada entre Estados Unidos e China, dois dos maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo, traz esperança para ação climática durante a COP26. 

O compromisso entre as nações foi saudado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Ele já havia apontado em discursos anteriores a cooperação e solidariedade internacional como solução para a emergência climática. A aliança entre os dois países representa indícios otimistas disso.

Legenda: A queima de combustíveis fósseis emite uma série de poluentes atmosféricos que são prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública
Foto: © Patrick Federi/Unsplash

O anúncio de quarta-feira (10) de que a China e os Estados Unidos concordaram em colaborar mais estreitamente na ação climática foi saudado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como um passo importante na direção certa.

A notícia da declaração conjunta entre os dois países, ambos grandes emissores de gases de efeito estufa, chegou tarde da noite em Glasgow, onde a conferência climática de 2021 da ONU, a COP26, está em andamento desde a semana passada.

Meta de 1,5ºC é o alvo - O comunicado faz referência ao relatório recentemente divulgado do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que descreveu a necessidade urgente de enfrentar a emergência climática em detalhes alarmantes, e afirma que os dois países reconhecem a gravidade da crise, embora aceitem que lacunas significativas permanecem entre os esforços que estão sendo feitos para enfrentá-lo, e as etapas que são necessárias para atingir as metas do Acordo de Paris.

Em 2015 em Paris, os líderes prometeram tentar evitar que o mundo aqueça em mais de 1,5° C a 2°C por meio de cortes radicais nas emissões.

Regulamentação e padrões ambientais - De acordo com reportagens da imprensa, os elementos de colaboração descritos no documento incluem estruturas regulatórias e padrões ambientais relacionados à redução das emissões de gases de efeito estufa nas políticas da década de 2020 para encorajar a descarbonização e eletrificação dos setores de uso final e aumentar a ação para controlar e reduzir as emissões de metano.

Em um tweet, António Guterres saudou o acordo da China e dos EUA de trabalharem em conjunto para uma ação climática mais ambiciosa nesta década e argumentou que a crise exige colaboração e solidariedade internacional.

Oportunidade de cooperação - Após o anúncio surpresa, os principais enviados do clima de ambos os países realizaram coletivas de imprensa consecutivas na COP26.

“Há mais convergência entre os EUA e a China do que divergência, criando uma área de enorme potencial para cooperação”, disse o enviado da China para o clima, Xie Zhenhua, acrescentando que: “Trabalhando juntos, nossos dois países podem alcançar muitas coisas importantes que são benéficas não apenas para ambos, mas para o mundo como um todo.”

O enviado especial do clima dos EUA, John Kerry, disse estar “satisfeito” com o acordo entre os dois países e acrescentou: “Cada passo é importante agora e temos uma longa jornada pela frente”.

Sobre a COP26 - O objetivo principal da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, ou COP26, é induzir líderes mundiais a firmaram compromissos verdadeiros e efetivos para reduzir as emissões que causam o aquecimento do planeta o suficiente para evitar que as temperaturas subam mais de 1,5ºC em comparação com os níveis pré-industriais.

Também conhecida como Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o evento dura duas semanas, entre 31 de outubro e 12 de novembro.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU
Organização das Nações Unidas
UNFCCC
United Nations Framework Convention on Climate Change

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