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3,6 bilhões de pessoas vivem sem saneamento seguro

19 novembro 2021

Em uma declaração no Dia Mundial do Banheiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu que o acesso a saneamento higiênico, seguro e sustentável é direito de todos, e instou governos e empresas a investir urgentemente em toda a cadeia.

3,6 bilhões de pessoas vivem sem saneamento seguro, que ameaça a saúde, o meio ambiente e compromete o desenvolvimento econômico local. Mas não é só isso — essa lacuna também pode ser letal. De acordo com dados da ONU, todos os dias, mais de 700 crianças com menos de cinco anos de idade morrem devido à diarreia relacionada à água e saneamento inseguros.

O chefe da ONU defendeu que o acesso ao direito humano básico de água e saneamento não beneficia apenas as pessoas, mas os negócios e o planeta. Para cada dólar investido, até cinco dólares são devolvidos em despesas médicas, melhor saúde, maior produtividade, educação e empregos.


Legenda: Todos os dias, mais de 700 crianças com menos de cinco anos de idade morrem devido à diarréia relacionada à água e saneamento inseguros
Foto: © Mahmud Rahman/Banco Mundial

No Dia Mundial do Banheiro, em 19 de novembro, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, insta os países a cumprirem a promessa de não deixar ninguém para trás na garantia de condições sanitárias básicas. Em uma declaração, o chefe da Organização insistiu que o acesso a saneamento higiênico, seguro e sustentável é direito de todos.

Direito à dignidade - "A vida sem saneamento é suja, insegura e indigna", disse Guterres. O secretário-geral lembrou que, mesmo assim, 3,6 bilhões de pessoas ainda vivem sem saneamento seguro, que ameaça a saúde, o meio ambiente e compromete o desenvolvimento econômico local. 

A falta de saneamento adequado também pode ser letal. De acordo com dados da ONU, todos os dias, mais de 700 crianças com menos de cinco anos de idade morrem devido à diarreia relacionada à água e saneamento inseguros. Em 2013, a instituição criou o Dia Mundial do Banheiro, para quebrar tabus e aumentar a conscientização em torno da necessidade de enxergar o saneamento básico global como uma prioridade para governantes e empresas.

Investimento e inovação - O secretário-geral também lembrou que o saneamento salva vidas ao mesmo tempo que contribui para o avanço na agenda de igualdade de gênero, e da sociedade como um todo. 

"A história nos ensina que o progresso rápido é possível", ele declarou. "Muitos países transformaram seus sistemas de saúde atuando em estações de saneamento e garantindo a todos acesso a banheiros." 

Diante do cenário, Guterres fez um apelo por investimentos massivos com urgência, assim como por inovação, que devem perpassar toda a "cadeia de saneamento", de banheiros, ao transporte, coleta e tratamento de dejetos humanos. 

O chefe da ONU acrescentou ainda que o acesso ao direito humano básico de água e saneamento não beneficia apenas as pessoas, mas os negócios e o planeta. Para cada dólar investido em banheiros e saneamento, até cinco dólares são devolvidos em despesas médicas, melhor saúde, maior produtividade, educação e empregos.

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