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Mês de Conscientização do Câncer Cervical: OMS diz que doença pode ser eliminada

07 janeiro 2022

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início ao Mês de Conscientização do Câncer Cervical.

De acordo com a agência, embora altamente evitável e tratável, o câncer cervical - ou câncer do colo do útero - é a segunda causa mais comum de morte por câncer em mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo.

Em 2020, cerca de 604 mil mulheres foram diagnosticadas com câncer cervical e 342 mil morreram da doença. Poucas enfermidades refletem as desigualdades globais tanto quanto o câncer do colo do útero.

Jovem recebe uma das primeiras doses da vacina do Papilomavírus Humano (HPV) na Mauritânia
Legenda: Jovem recebe uma das primeiras doses da vacina do Papilomavírus Humano (HPV) na Mauritânia
Foto: © Raphael Pouget/UNICEF

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início ao Mês de Conscientização do Câncer Cervical. De acordo com a agência, embora altamente evitável e tratável, o câncer cervical, ou câncer do colo do útero, é a segunda causa mais comum de morte por câncer em mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo.

“O câncer cervical é altamente evitável e tratável”, informou o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus através do Twitter, apontando que a doença “pode ser o primeiro câncer a ser eliminado”.

População afetada - Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), uma agência intergovernamental sob a égide da OMS, a doença é amplamente evitável por meio da vacinação e da triagem de lesões pré-cancerígenas, com acompanhamento e tratamento adequados.

O câncer cervical também é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres, com as maiores taxas de incidência e mortalidade, geralmente afetando países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano.

Em 2020, cerca de 604 mil mulheres foram diagnosticadas com câncer cervical em todo o mundo e 342 mil morreram da doença. Poucas enfermidades refletem as desigualdades globais tanto quanto o câncer do colo do útero.

Quase 90% das mortes em 2018 ocorreram em países de baixa e média renda, onde a carga do câncer cervical é maior porque o acesso aos serviços de saúde pública é limitado. Nestes locais, o rastreamento e o tratamento não foram amplamente implementados.

Ação estratégica - Uma estratégia ambiciosa, combinada e inclusiva foi desenvolvida para orientar a eliminação desse câncer. A IARC e a OMS estão trabalhando em conjunto com outros parceiros para eliminar a doença por meio da Estratégia Global para Acelerar a Eliminação do Câncer Cervical.

“As avaliações dos métodos de rastreamento atuais, em termos de impacto na incidência e mortalidade por câncer, terão um papel fundamental para ajudar a desenvolver políticas de saúde pública eficientes para combater esta doença evitável”, disse Béatrice Lauby-Secretan, da IARC.

Alvos - A Estratégia Global estabeleceu o limite para que todos os países atinjam uma taxa de incidência de menos de quatro casos por 100 mil mulheres. A fim de alcançar isso, cada Estado deve atingir e manter três metas principais ainda durante a vida da geração jovem de hoje.

A primeira é que 90% das meninas sejam totalmente vacinadas contra o papilomavírus humano (HPV) até os 15 anos de idade. A segunda é garantir que 70% das mulheres sejam examinadas por meio de um teste de alto desempenho aos 35 anos e novamente aos 45 anos. E a meta final é que 90% das mulheres com lesões pré-cancerígenas recebam tratamento e 90% das mulheres com câncer invasivo sejam devidamente tratadas. 

“A OMS apela a todos os países e parceiros para aumentar o acesso à vacinação contra o HPV e expandir os exames, tratamento e cuidados paliativos”, disse Tedros.

Cada país deve cumprir as metas, abreviadas como Metas 90-70-90, até 2030 para entrar no caminho da eliminação do câncer cervical no próximo século. 

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OMS
Organização Mundial da Saúde

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