14 países nas Américas ainda não vacinaram 40% de sua população
03 fevereiro 2022
Embora 63% das pessoas na América Latina e no Caribe já tenham sido vacinadas contra a COVID-19, a cobertura da imunização continua desigual. Enquanto 14 países e territórios vacinaram 70% de sua população, outros 14 não conseguiram atingir nem 40% de cobertura, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
As lacunas preocupam a chefe da OPAS, Carissa F. Etienne, que garante que as vacinas contra a COVID-19 são seguras, eficazes e a "melhor maneira de proteger a nós mesmos, nossas famílias e nossas comunidades desse vírus".
Em relação à situação da COVID-19 na região, a OPAS informou que o aumento de infecções parece estar desacelerando nos locais afetados anteriormente pela variante Ômicron. Ainda assim, a situação preocupa e, além das vacinas, continuam sendo cruciais testes e a continuação de medidas como o uso de máscaras e o distanciamento físico.
Embora 63% das pessoas na América Latina e no Caribe já tenham sido vacinadas contra a COVID-19, a cobertura da imunização continua desigual. Enquanto 14 países e territórios vacinaram 70% de sua população, outros 14 não conseguiram atingir nem 40% de cobertura, afirmou nesta quarta-feira (2) a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.
Com 7 milhões de novas infecções e mais de 34 mil mortes registradas na região desde a semana passada, a diretora da OPAS destacou "lacunas preocupantes" na vacinação de populações em risco, já que alguns países relataram menor cobertura entre os idosos em comparação aos grupos mais jovens, que correm menos risco de desenvolver doença grave.
Etienne disse que a extensão total da disparidade permanece desconhecida, pois os dados detalhados são limitados. Por isso, acrescentou, é vital que "os países coletem e notifiquem dados que mostrem a cobertura vacinal por idade, sexo ou grupo de risco".
“Estes dados são cruciais para projetar campanhas de vacinação direcionadas, maximizar o impacto das doses e salvar vidas”, frisou a diretora da OPAS.
Vacinação em 2022 - Referindo-se às próximas campanhas de vacinação contra COVID-19, Etienne anunciou que a oferta de vacinas deverá aumentar em 2022.
A diretora da OPAS agradeceu aos doadores que "ajudaram nossa região a garantir doses quando os suprimentos eram limitados" e observou que outras doações dos Estados Unidos, Espanha, Canadá, Alemanha, França e outros países já totalizam cerca de 26 milhões de doses.
O Fundo Rotatório da OPAS, que adquiriu quase 100 milhões de doses até o momento, também está a caminho de adquirir outras 200 milhões de doses em nome da região este ano.
À medida que essas doses chegam, Etienne pediu aos países que comecem a fazer os preparativos necessários para a implantação das vacinas, incluindo investimento em programas de vacinação, coleta e notificação de dados detalhados sobre vacinas e priorização dos grupos de alto risco.
“Os países devem reorientar seus esforços para a proteção dos profissionais de saúde, pessoas imunossuprimidas e idosos, em primeiro lugar”, ressaltou a diretora da OPAS.
Etienne também enviou uma mensagem especial aos milhões de adultos no Caribe que ainda não se vacinaram. "Sou médica, esposa, mãe e avó. Mal podia esperar para me vacinar, estava muito ansiosa pelo meu bem-estar e o da minha mãe de 95 anos", contou. "Por favor, não demore, vacine-se hoje. As vacinas contra a COVID-19 são seguras e eficazes e são a melhor maneira de proteger a nós mesmos, nossas famílias e nossas comunidades desse vírus”.
Situação nas sub-regiões - Em relação à situação da COVID-19 na região, a diretora da OPAS informou que o aumento de infecções parece estar desacelerando nos locais afetados anteriormente pela variante Ômicron.
A maioria dos novos casos foi notificada na América do Norte, mas o aumento continua na América Central e do Sul, com as mortes aumentando em quase um terço em todas as sub-regiões.
No Caribe, as mortes mais que dobraram em Cuba, Bahamas e Antígua e Barbuda. Em outras ilhas, como Martinica e Guadalupe, o vírus está se espalhando rapidamente entre a população jovem e não vacinada.
"Essas tendências mostram que devemos continuar mantendo todas as partes de nossa resposta à COVID-19", disse Etienne. “Vacinação, testes e a continuação das medidas de saúde pública, como o uso de máscaras e o distanciamento físico, continuam sendo cruciais”, ressaltou.