OPAS quer aumentar para 60% a taxa de sobrevivência ao câncer de menores de 19 anos
16 fevereiro 2022
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um pedido para que a taxa global de sobrevivência ao câncer infantil alcance os 60% até 2030. O comunicado foi feito na terça-feira (15), em virtude do Dia Internacional contra o Câncer Infantil.
Atualmente, a taxa média de sobrevivência na região da América Latina e Caribe é de 55%. No entanto, as desigualdades registradas nos países fazem com que esta taxa varie entre 80% e 20% dependendo do território.
O câncer é a segunda principal causa de morte entre pessoas com 19 anos ou menos na região e cerca de 29 mil crianças são diagnosticadas com câncer a cada ano.
No Dia Internacional contra o Câncer Infantil, celebrado na terça-feira (15), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu que as taxas de sobrevivência de crianças e adolescentes com câncer aumentem. Atualmente 55% dos pacientes nesta faixa etária sobrevivem na América Latina e Caribe.
O câncer é a segunda principal causa de morte entre pessoas com 19 anos ou menos na região e cerca de 29 mil crianças são diagnosticadas com câncer a cada ano. Os dados são do Observatório Global do Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os tipos de câncer mais comuns são leucemia, linfoma, tumores do sistema nervoso central, tumor de Wilms e retinoblastoma.
"A grande maioria das crianças com câncer vive em países de baixa e média renda, onde enfrentam desigualdades inaceitáveis na detecção precoce, diagnóstico e acesso a tratamento de qualidade e cuidados paliativos", disse o diretor de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS, Anselm Hennis.
Essas desigualdades geram lacunas nas taxas de sobrevivência que variam de 80% a 20%, dependendo do país. Para melhorar as taxas de sobrevivência, a OPAS está promovendo o CureAll in the Americas, uma iniciativa global da OMS que busca dobrar a taxa global de sobrevivência ao câncer infantil para 60% até 2030.
“Embora a América Latina e o Caribe como região estejam muito próximos de atingir a meta de 60%, devemos fazer todos os esforços para fechar as lacunas no atendimento e alcançar todas as crianças e adolescentes que precisam, evitando mortes”, afirmou o assessor regional da OPAS para prevenção e controle do câncer, Mauricio Maza.
Aliança - Treze países latino-americanos estão atualmente participando da iniciativa e desenvolvendo ou fortalecendo planos nacionais de câncer infantil e ampliando o acesso ao diagnóstico e tratamento, com assistência técnica da OPAS.
Desde o lançamento regional da iniciativa em 2019, um grupo de trabalho foi criado na América Central para se concentrar em políticas públicas e advocacy sobre o câncer pediátrico. O Peru também promulgou a Lei de Urgência Médica e Atenção Integral ao Câncer Infantil e Adolescente em 2020 e avançou no combate às taxas de abandono do tratamento.
Por meio de seu Fundo Estratégico, a OPAS também está participando de um recente projeto global liderado pela OMS e pelo St. Jude Children's Research Hospital, nos Estados Unidos, para ampliar o acesso a medicamentos que salvam vidas para tratar o câncer infantil em países de média e baixa renda.
Campanha - As altas taxas de abandono do tratamento, que nos países de baixa e média renda da região chegam a 30%, também contribuem para as baixas taxas de sobrevivência ao câncer infantil. Para reduzir isso, a OPAS está lançando a campanha #DecideOnTime, que compartilhará histórias de crianças, adolescentes e suas famílias que tomaram a decisão oportuna de concluir o tratamento para salvar vidas.