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OMS lança plano para conter nova pandemia global

01 abril 2022

Os arbovírus são uma ameaça mortal para quase quatro bilhões de pessoas. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou na quinta-feira (31) um plano para prevenir uma nova pandemia.

A Iniciativa Global de Arbovírus vai concentrar recursos no monitoramento de riscos, prevenção de pandemias, preparação, detecção e resposta.

Os arbovírus mais comuns provocam algumas das doenças transmitidas pelos mosquitos mais perigosas do mundo, como a dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

Eles representam uma importante ameaça à saúde nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, embora haja um número crescente de surtos de arboviroses em todo o mundo, de acordo com a OMS.

 

Um mosquito adulto anopheles repousa sobre uma rede.
Legenda: Um mosquito adulto anopheles repousa sobre uma rede.
Foto: © S. Torfinn/OMS

Os arbovírus são uma ameaça mortal para quase quatro bilhões de pessoas. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou na quinta-feira (31) um plano para prevenir uma nova pandemia.



A Iniciativa Global de Arbovírus vai concentrar recursos no monitoramento de riscos, prevenção de pandemias, preparação, detecção e resposta.

Os arbovírus mais comuns provocam algumas das doenças transmitidas pelos mosquitos mais perigosas do mundo, como a dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

Eles representam uma importante ameaça à saúde nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, embora haja um número crescente de surtos de arboviroses em todo o mundo, de acordo com a OMS.

Unindo forças - O chefe do Programa de Emergência da OMS, Dr. Mike Ryan, explicou que o novo plano vai possibilitar que as autoridades de saúde enfrentem as “ameaças amplas e relacionadas” de dengue, febre amarela, chikungunya e zika, em diferentes partes do o mundo.

“Para cada uma dessas doenças aconteceram ganhos de resposta e vigilância, pesquisa e desenvolvimento”, disse ele. “Mas a sustentabilidade é muitas vezes limitada ao escopo, duração e escopo de projetos específicos de cada doença.

“Há uma necessidade urgente de reavaliar as ferramentas disponíveis e como elas podem ser usadas em doenças para garantir uma resposta eficiente, prática, baseada em evidências, com treinamento de equipe e envolvimento das comunidades”.

 

Uma ação internacional é essencial dada a “frequência e magnitude dos surtos” de arboviroses, principalmente aquelas transmitidas pelo mosquito Aedes.

Seu alcance também está crescendo, alertou a OMS, impulsionado pelas mudanças climáticas, crescimento populacional e crescente urbanização.

Sofrimento endêmico - Todos os anos, a dengue infecta 390 milhões de pessoas nos 130 países onde é endêmica. Pode causar febre hemorrágica e morte.

A febre amarela representa um alto risco de surtos em 40 países e causa icterícia e febre hemorrágica grave e morte.

A chikungunya é menos conhecida, mas está presente em 115 países e causa artrite grave e incapacitante das articulações.

O zika vírus ganhou notoriedade mundial em 2016, quando foi descoberto que causava defeitos congênitos, como microencefalia. Foi detectado em pelo menos 89 países.

Existe vacina apenas para a febre amarela e a OMS explica que a melhor proteção é prevenir as picadas do mosquito.

Desigualdade de saúde - O chefe do Programa de Emergência da OMS disse que o interesse nesta iniciativa da OMS tem sido grande nos dois anos que antecederam o lançamento de quinta-feira, apesar das pressões da pandemia de COVID-19, pois há preocupações crescentes sobre a disseminação de doenças arbovirais em grandes epidemias regionais, “afetando as populações menos equipadas para lidar com estes vírus”.

O ponto-chave para o plano da OMS é desenvolver a capacidade de lidar com patógenos arbovirais nos centros de saúde da linha de frente, bem como nos níveis regional e global.

“A OMS está pronta para liderar e apoiar esses planos estratégicos de preparação para pandemias e construir uma coalizão global de países e parceiros para enfrentar o aumento do risco representado por esses patógenos”, explicou o chefe do Programa de Emergência da OMS.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OMS
Organização Mundial da Saúde

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