Minicurso sobre biogás reúne mais de 50 pessoas em Caxias do Sul
18 abril 2022
Na véspera do 4° Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, o Projeto GEF Biogás Brasil e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) realizaram, na segunda-feira (11), o minicurso presencial “Biogás e seus impactos”, em Caxias do Sul (RS).
A capacitação contou com mais de 50 participantes e as aulas abordaram o dia a dia em uma planta de biogás, com dicas sobre operações, monitoramento e empreendedorismo.
O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.
Na véspera do 4° Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, o Projeto GEF Biogás Brasil e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) realizaram, na segunda-feira (11), o minicurso presencial “Biogás e seus impactos”, em Caxias do Sul (RS).
A capacitação contou com mais de 50 participantes e as aulas abordaram o dia a dia em uma planta de biogás, com dicas sobre operações, monitoramento e empreendedorismo.
O Projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.
O curso presencial foi idealizado com uma proposta diferente: tirar alunas e alunos da zona de conforto. Durante a formação, foi apresentado um case que descreveu uma situação real de um produtor que tem problemas com a segurança energética e com a qualidade da energia de sua propriedade. A ideia ao apresentar o case era que os alunos discutissem e entendessem a problemática, compreendendo os parâmetros que interferem no dimensionamento de uma planta de biogás.
Mão na massa - Participante do minicurso, o diretor do Departamento de Tecnologias Aplicadas do MCTI, Eduardo Soriano, aprovou o tom pragmático das aulas. “Ao invés de um minicurso teórico falando sobre tecnologias biogás, os alunos, através de um problema apresentado, montaram um projeto de biogás para saber quanto de energia se produz, qual é o retorno de investimento. Aqui, eu vejo que os alunos vão sair com a sensibilidade desenvolvida sobre o que é o biogás, o seu potencial, e isso é um elemento motivador para o aluno. Esse foi o diferencial desse curso”, afirmou.
A consultora da UNIDO pelo projeto GEF Biogás Brasil, Natalí Nunes, foi uma das instrutoras do curso. Ela explicou que os instrutores ficaram divididos em 4 estações: dimensionamento de biodigestores; aplicação energética (energia elétrica) e modelos de negócios; viabilidade econômica de projetos; e resolução de problemas. De acordo com a especialista, estas são as principais variáveis que tornam um empreendimento viável ou não. “Entendendo quais problemáticas o case envolve, podemos desenvolver um projeto para uso do biogás, pensando desde o volume de biogás até à aplicação final, com a geração de energia elétrica”, explicou.
A especialista acredita que a formação e o fórum vão contribuir para a consolidação do biogás. “Vieram muitas pessoas envolvidas tanto em políticas públicas, quanto na parte técnica, um público multidisciplinar. Nossa intenção é que o biogás cresça cada vez mais e seja consolidado na matriz energética brasileira, e que a gente apresente essas informações de uma maneira simples, didática, que caiba no dia a dia desse público que vai desde os produtores rurais, até os tomadores de decisão”, concluiu a consultora da UNIDO pelo projeto GEF Biogás Brasil.
Aplicação para outros estados - A assessora da câmara de energia da parte de gás da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), Maura Ferreira, participou do curso e achou que a dinâmica de troca de experiência com pessoas de perfis tão diferentes ajudou a agregar conhecimento. A assessora disse se sentir mais preparada para o setor, e que com o base adquirida, pode replicar o conhecimento para o seu estado.
“Acredito que posso levar esse conhecimento para aplicar no estado. O Rio de Janeiro tem o mercado muito grande na questão de resíduos sólidos. É um bom mercado para a gente, acho que tem muito a crescer, a acredito que esse curso pode me ajudar a ter mais conhecimento para isso e para aplicar lá”, disse .
Biogás: presente e futuro - Tirar os alunos da zona de conforto era o objetivo da idealizadora do minicurso, a coordenadora de transferência de conhecimento do CIBiogás, Yelva Cubas. Ao final do minicurso, cada um dos cinco grupos apresentou uma solução para o problema apresentado.
“Os alunos saíram daqui preparados e sabendo que não existe receita de bolo no processo de elaboração de um projeto de biogás. A gente conseguiu desenhar cenários reais, que podem ser encontrados no dia a dia do setor. Além disso, esse minicurso ajudou os mais de 50 participantes - divididos entre acadêmicos, investidores, empresários - a entenderem que o biogás não faz mais parte do futuro, ele faz parte do agora, do hoje”, finalizou.
Além da Natalí Nunes, atuaram como instrutores do curso os consultores da UNIDO em parceria com o CIBiogás e especialistas do projeto GEF Biogás Brasil Felipe Marques, Franciele Natividade, Nicolas Berhorst e Ricardo Müller.
Contatos para imprensa:
Nicole Mattiello (UNIDO / GEF Biogás Brasil) -n.defariabartolinimattiello@unido.org
Raphael Makarenko (UNIDO / GEF Biogás Brasil) – r.makarenko@unido.org
Liege Reis Frois de Souza (CIBiogás) liege.souza@cibiogas.org