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Plano de resposta à migração venezuelana apoiou 3 milhões de pessoas

30 maio 2022

Já está disponível o relatório de balanço anual da operação da Plataforma Regional de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), entidade que coordena a maior resposta conjunta, em termos de alcance geográfico, para uma crise migratória. 

As atividades da plataforma e seus 159 parceiros no ano passado deram conta de atender e apoiar mais de três milhões de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela e membros de suas comunidades de acolhida em 17 países da América Latina e do Caribe.

Somente no Brasil, a R4V reportou mais de três mil atividades em 2021, beneficiando quase 170 mil pessoas.

 

A plataforma R4V reúne ONU e sociedade civil na promoção de direitos, serviços básicos, proteção, autossuficiência e integração socioeconômica de refugiados e migrantes da Venezuela, e das comunidades que os acolhem.
Legenda: A plataforma R4V reúne ONU e sociedade civil na promoção de direitos, serviços básicos, proteção, autossuficiência e integração socioeconômica de refugiados e migrantes da Venezuela, e das comunidades que os acolhem.
Foto: © R4V/Divulgação.

A Plataforma Regional de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V) lançou, neste mês, seu Relatório de Fim de Ano sobre a implementação do Plano de Resposta a Refugiados e Migrantes 2021 (RMRP, na sigla em inglês) – o maior do mundo em termos de alcance geográfico. A atuação específica em território brasileiro pode ser lido em um capítulo especial.  

Os 159 parceiros do RMRP 2021 reportaram cerca de 70 mil atividades de apoio e assistência a mais de três milhões de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela e membros de suas comunidades de acolhida em 17 países da América Latina e do Caribe. Isso representa 94% da população estabelecida como meta para 2021 alcançada com ações de resposta (coordenadas com governos nacionais e locais) focadas em nove setores: água, saneamento e higiene; abrigo; educação; integração; nutrição; proteção (que inclui tráfico de pessoas; proteção da infância, violência baseada em gênero); saúde; segurança alimentar e transporte humanitário.

No Brasil, 22 organizações parceiras reportaram mais de três mil atividades no período, realizadas em atenção às necessidades de refugiados e migrantes da Venezuela e das comunidades de brasileiras e brasileiros que os acolhem, beneficiando quase 170 mil pessoas.

Durante 2021, a realidade das pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela e dos membros de suas comunidades de acolhida seguiu sendo difícil. Muitas enfrentaram desafios para cobrir necessidades básicas, como alimentação e habitação, além de serviços essenciais, como educação e saúde, enquanto tentavam se recuperar dos desafios econômicos da pandemia de COVID-19.

 Ainda que alguns países da região tenham continuado com fronteiras fechadas e restrições de viagem devido à pandemia, muitas pessoas refugiadas e migrantes continuaram deixando a Venezuela em busca de proteção, segurança e novas oportunidades de vida. Empreenderam viagens extremamente perigosas e fisicamente exigentes e, frequentemente, enfrentaram separação familiar e riscos associados ao fortalecimento de redes do crime organizado.

Aqueles que já viviam há anos em países de acolhida na região ainda enfrentaram barreiras para acessar serviços essenciais, como educação e saúde, ou atender a necessidades básicas de alimentação e moradia. Além disso, enfrentaram despejos forçados, falta de abrigo ou vivenciaram condições de superlotação.

De acordo com o Relatório, essa situação afetou desproporcionalmente as populações indígenas, mulheres grávidas e lactantes, crianças não acompanhadas e separadas e jovens, entre outros grupos.

Financiamento- Apesar desse cenário, o RMRP, lançado em dezembro de 2020, recebeu apenas 40% dos fundos solicitados para 2021, que totalizam pouco mais de 1,4 milhões de dólares.

O apoio financeiro da comunidade internacional continua sendo crucial para que as pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela e as comunidades de acolhida possam retomar suas vidas com dignidade. “O informe de fim de ano de 2021 reflete como a falta de financiamento pode incrementar as vulnerabilidades e riscos; é crucial que as pessoas tenham cada vez mais acesso a documentação, proteção e integração socioeconômica. Também observamos grandes esforços dos governos da região em suas políticas de documentação e integração, como por exemplo a inclusão das campanhas de vacinação, o crescente envolvimento das instituições financeiras e o grande sucesso da Conferência de Doadores”, disse o representante especial conjunto das agências da ONU para Refugiados (ACNUR) e Migrações (OIM), Eduardo Stein. 

É fundamental que todos esses avanços continuem, pois hoje, mais do que nunca, existem oportunidades únicas para investir em inclusão e desenvolvimento comunitário que favorecem não apenas refugiados e migrantes, mas também as comunidades de acolhimento”, completou.

OIM

Juliana Hack

OIM
Organização Internacional para as Migrações
ACNUR

Miguel Pachioni

ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OIM
Organização Internacional para as Migrações
ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

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