ONU lança apelos para vítimas da guerra da Ucrânia e do terremoto na Turquia

As Nações Unidas lançaram um apelo humanitário de US$ 1 bilhão para auxílio à população da Turquia após o pior terremoto do século que atingiram o país. O objetivo é que os recursos beneficiem 5,2 milhões de sobreviventes por um período de três meses.

Ao lançar o pedido, o secretário-geral da ONU, António Guterres, explicou que o financiamento apoiará ações nas áreas de segurança alimentar, proteção, educação, água e abrigo. As autoridades turcas estimam que mais de 9 milhões de pessoas foram afetadas pelo desastre, que deixou pelo menos 35 mil mortos no país. 

Guterres lembrou que a Turquia acolhe o maior número de refugiados do mundo e tem demonstrado grande generosidade com os vizinhos sírios há anos. Estimativas da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) apontam que mais de 1,74 milhão de refugiados vivem nas 11 províncias afetadas pelo desastre.

O terremoto ocorreu no auge do inverno, deixando centenas de milhares de pessoas, incluindo crianças pequenas e idosos, sem abrigo, comida, água, aquecedores e cuidados médicos. Cerca de 47 mil edifícios - incluindo hospitais - foram destruídos e milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos temporários.

Ucrânia - Já o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) lançou um novo apelo humanitário de US$ 5,6 bilhões para ajudar ucranianos que sofrem com os efeitos da guerra. Desde o agravamento da violência após a invasão da Rússia, há quase um ano (24 de fevereiro de 2022), as necessidades da população vêm aumentando: são mais de 21,8 milhões de pessoas que precisam de algum tipo de assistência. 

O pedido é dividido em duas frentes: US$ 3,9 bilhões para ajudar cerca de 11,1 milhões de ucranianos que seguem no país enquanto US$ 1,7 bilhão apoiará 4,2 milhões de refugiados em países anfitriões. O plano de resposta prevê ainda assistência e serviços básicos para deslocados internos, pessoas não deslocadas e repatriados, garantindo segurança e dignidade.

O governo ucraniano estima que a guerra danificou mais de 2,9 mil escolas e 745 instalações de saúde. Além disso, o conflito afetou o acesso a meios de subsistência e interrompeu a estabilidade do mercado. 

Em janeiro de 2023, mais de 4,9 milhões de ucranianos integravam pedidos de proteção em toda a Europa. O plano de resposta atual prevê fortalecer as iniciativas nacionais tomadas no início da crise.