Como proteger as gerações futuras do discurso de ódio?
“Todos sabemos que o primeiro passo de sociabilização de uma criança é a família. A criança começa a ouvir falar de ódio dos pais, dos irmãos. E aí começam os estereótipos, sobre as comunidades étnicas, sobre os outros grupos raciais e religiosos, e daí as crianças começam a entender que existe algo chamado ‘o outro’. Que existem ‘nós’ e ‘eles’”.
- Alice Wairimu Nderitu, subsecretária-geral da ONU e assessora especial para a Prevenção do Genocídio.
Em uma mensagem para a ONU Brasil, Alice Wairimu Nderitu destaca algumas ferramentas para quebrar o ciclo de sociabilização do ódio, incluindo:
🔷 Conversar com as crianças sobre as diferenças, explicando que elas não devem ser temidas e que, na verdade, as diferenças e a diversidade são a grande riqueza da humanidade.
🔷 Incentivar amizades com comunidades de diversas origens étnicas, raciais e religiosas.
🔷 Abrir espaço nas famílias e nas escolas para o conhecimento, o diálogo e a educação sobre a diversidade cultural.
Saiba mais: https://bit.ly/ONU_SimAPaz
Sobre a data:
- Neste dia 18 de junho, a ONU marca o segundo Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, alertando para as consequências devastadoras da amplificação do discurso de ódio.
- Em julho de 2021, a Assembleia Geral destacou as preocupações globais com "a disseminação e proliferação exponencial do discurso de ódio" e adotou uma resolução para "promover o diálogo inter-religioso e intercultural e a tolerância no combate ao discurso de ódio".
- A resolução reconhece a necessidade de combater a discriminação, a xenofobia e o discurso de ódio e pede a todos os atores relevantes, incluindo os Estados, que aumentem seus esforços para lidar com esse fenômeno, de acordo com a lei internacional de direitos humanos.
- A resolução proclamou o dia 18 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, com base na Estratégia e no Plano de Ação da ONU sobre Discurso de Ódio, lançados em 2019.