Relatório sobre a Lacuna de Produção 2023
O Relatório sobre a Lacuna de Produção 2023 avalia a produção planejada e projetada de carvão, petróleo e gás dos governos em relação aos níveis globais compatíveis com a meta de temperatura do Acordo de Paris.
Intitulado “Redução ou aumento gradual? Os principais produtores de combustíveis fósseis planejam ainda mais extração, apesar das promessas climáticas”, o relatório global é produzido pelo Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), Climate Analytics, E3G, Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Principais conclusões do relatório:
- Considerando os riscos e as incertezas da captura e do armazenamento de carbono e da remoção de dióxido de carbono, os países devem ter como meta a eliminação quase total da produção e do uso de carvão até 2040, e uma redução combinada da produção e do uso de petróleo e gás em três quartos até 2050, no mínimo, em relação aos níveis de 2020.
- Embora 17 dos 20 países apresentados tenham se comprometido a atingir emissões líquidas zero - e muitos tenham lançado medidas para reduzir as emissões das atividades de produção de combustíveis fósseis - nenhum deles se comprometeu a reduzir a produção de carvão, petróleo e gás de acordo com a limitação do aquecimento a 1,5°C.
- Os governos com maior capacidade de fazer a transição dos combustíveis fósseis devem buscar reduções mais ambiciosas e ajudar a apoiar os processos de transição em países com recursos limitados.
O relatório global apresenta uma análise recentemente ampliada de 20 perfis de países considerados grandes produtores de combustíveis fósseis: Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Alemanha, Índia, Indonésia, Cazaquistão, Kuwait, México, Nigéria, Noruega, Catar, Federação Russa, Arábia Saudita, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e Estados Unidos da América.
Esses perfis mostram que a maioria desses governos continua a manter políticas e apoio financeiro significativos para a produção de combustíveis fósseis.
"Os planos dos governos para expandir a produção de combustíveis fósseis estão prejudicando a transição energética necessária para atingir emissões líquidas zero, colocando em dúvida o futuro da humanidade".
- Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA, 8 de novembro de 2023.
Leia o comunicado à imprensa neste link.