Notícias

Estudantes desenvolvem propostas para parque urbano com ONU-Habitat e Governo de Alagoas

20 novembro 2023

Oficina de Desenhos de Espaços Públicos foi realizada com estudantes do ensino médio de 15 a 18 anos para desenvolver novo parque em Maceió.

Metodologia promove a promoção de espaços públicos mais inclusivos a partir de um diagnóstico local pela população, que propõe soluções baseadas nos desafios identificados.

Como resultado, programa de necessidades foi definido para o parque e servirá para embasar o projeto urbanístico a ser elaborado pelo Governo do Estado.

A partir da proposta elaborada, Governo de Alagoas poderá elaborar um projeto urbanístico orientado pelas sugestões da comunidade, contribuindo para a coesão social.
Legenda: A partir da proposta elaborada, Governo de Alagoas poderá elaborar um projeto urbanístico orientado pelas sugestões da comunidade, contribuindo para a coesão social.
Foto: © Alex Rosa/ONU-Habitat Brasil.

Cerca de 40 participantes – incluindo uma maioria de jovens entre 15 e 18 anos – colaboraram com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e o Governo de Alagoas na criação de propostas para um parque urbano a ser construído em um conjunto habitacional de Maceió.

A atividade fez parte do Visão Alagoas 2030, cooperação técnica implementada entre as duas instituições desde 2017, com a finalidade de produzir dados qualificados e soluções integradas para a prosperidade urbana, sustentável e inclusiva do estado.

Na segunda quinzena de outubro, a equipe local do ONU-Habitat e técnicos de três órgãos estaduais – a Coordenação do Programa Vida Nova nas Grotas, a Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand) e a Secretaria da Primeira Infância (Secria) – conduziram a oficina participativa com residentes e lideranças comunitárias do conjunto habitacional Eustáquio Gomes de Melo e com estudantes da Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, ambos localizados no bairro Cidade Universitária.

A partir da adaptação da metodologia Desenho de Espaços Públicos, aplicada também em Pernambuco e na região de fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai, a experiência alagoana buscou identificar desafios, potencialidades e sugestões para a construção de um parque urbano no entorno da escola estadual.

Diagnóstico do espaço

Metodologia de desenho de espaços públicos instiga os participantes a fazerem um diagnóstico da região e proporem soluções inclusivas para todas as pessoas.
Legenda: Metodologia de desenho de espaços públicos instiga os participantes a fazerem um diagnóstico da região e proporem soluções inclusivas para todas as pessoas.
Foto: © Alex Rosa/ONU-Habitat Brasil.

Realizada em parceria com a escola, a oficina foi dividida em dois momentos. O primeiro dia foi destinado a compreender o entorno escolar e as condições urbanas locais, por meio de duas dinâmicas coletivas: a caminhada exploratória e o mapa dos caminhos.

Na caminhada, os participantes percorreram o local do futuro parque e o seu entorno, avaliando seus usos, perfil dos usuários, infraestrutura existente e aspectos relacionados a acessibilidade, conforto e segurança.

Já de volta à sala de aula, cada grupo deveria debater e representar o mapa do caminho percorrido, utilizando qualquer tipo de expressão textual ou visual para ilustrar as avaliações de campo e os desafios cotidianos vivenciados enquanto frequentadores da área.

Encerrando o primeiro dia, cada grupo apresentou os resultados das discussões que serviram como ponto de partida para as etapas seguintes, no qual puderam expor seus sonhos e desejos para o parque em mais duas dinâmicas.

“Fazer parte dessa oficina foi uma experiência muito gratificante porque sinto que estou contribuindo para que os próximos alunos da escola e os moradores do nosso conjunto tenham um espaço de lazer, mais seguro, acessível, iluminado e que possa ser usado por todos. Quando o parque estiver pronto, eu vou saber que fui eu que sugeri que aquilo ficasse ali, naquele exato lugar, a gente sente que está participando do futuro de outras pessoas”, afirma Lucas Silva, aluno de 16 anos que participou da oficina.

Na sequência, a etapa chamada “toró de palpites” compartilhou referências de mobiliários, equipamentos e diferentes tipos de espaços públicos que estimulassem um repertório de ideias para ajudar a criação das propostas na dinâmica posterior.

Com mapas, canetas e referências em mãos, cada grupo elaborou uma “planta falada”: a proposta visual para o parque, destacando a localização dos equipamentos, as opções de mobiliários urbanos e os usos desejados para o espaço público.

A atividade foi conduzida no âmbito do Visão Alagoas 2030, uma parceria entre o Governo de Alagoas e o ONU-Habitat Brasil.
Legenda: A atividade foi conduzida no âmbito do Visão Alagoas 2030, uma parceria entre o Governo de Alagoas e o ONU-Habitat Brasil.
Foto: © Alex Rosa/ONU-Habitat Brasil.

Na sequência, os grupos defenderam as suas propostas, que serviram para guiar a votação de três itens prioritários para cada participante. Como resultado, um programa de necessidades foi definido para o parque e servirá para embasar o projeto urbanístico a ser elaborado pelo Governo do Estado.

“A construção desse projeto, ouvindo a população nesses momentos de escuta, é muito importante porque o projeto não terá só a ideia do arquiteto, mas também o ponto de vista das necessidades da comunidade, de quem vai usufruir desse local. É muito mais fácil projetar assim porque é o projeto que eles querem”, ressaltou a Secretária Especial de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da Setrand, Andreia Estevam.

 

Próximos passos

“Com o programa de necessidades, a ser consolidado no âmbito da iniciativa Visão Alagoas 2030, os técnicos do Governo do Estado poderão elaborar um projeto urbanístico orientado pelos anseios e sugestões da comunidade local, contribuindo para a coesão social, o senso de pertencimento e a apropriação coletiva, sustentável e inclusiva do parque”, destacou a analista de programas do ONU-Habitat, Paula Zacarias.

Assim como ocorreu em 2018, em outra oficina participativa conduzida pelo ONU-Habitat e o Governo do Estado para a construção do Parque Linear da Grota do Cigano, em um dos maiores complexos de favelas de Maceió, o desdobramento da oficina realizada em outubro deste ano também resultará em um conjunto de propostas idealizadas pelos potenciais usuários do parque e os residentes do seu entorno.

A oficina participativa foi conduzida com residentes e lideranças comunitárias do conjunto habitacional Eustáquio Gomes de Melo e com estudantes da Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, ambos localizados no bairro Cidade Universitária.
Legenda: A oficina participativa foi conduzida com residentes e lideranças comunitárias do conjunto habitacional Eustáquio Gomes de Melo e com estudantes da Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, ambos localizados no bairro Cidade Universitária.
Foto: © Alex Rosa/ONU-Habitat Brasil.

Contato para imprensa:

Aléxia Saraiva, ONU-Habitat: alexia.saraiva@un.org

 

ONU-HABITAT

Alexia Saraiva

ONU-HABITAT

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU-HABITAT
Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa