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Biogás pode gerar 800 mil empregos no Brasil e combater a mudança climática

04 dezembro 2023

Infográficos lançados pelo projeto GEF Biogás Brasil, em parceria com a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), apontam que o setor de biogás poderia gerar até 800 mil empregos e reduzir a emissão anual de 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente no país, se o potencial total de produção for atingido.

O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.


Projeto GEF Biogás Brasil lançou dados em parceria com a ABiogás durante painel do 10º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP)

Legenda: Projeto GEF Biogás Brasil lançou dados em parceria com a ABiogás durante painel do 10º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP).
Foto: © UNIDO.

O projeto GEF Biogás Brasil e a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) lançaram em novembro, durante o 10º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP), dados inéditos que mostram a correlação entre produção de biogás, redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e geração de emprego no país.

O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. 

Os dados nacionais, regionais e estaduais, apresentados por meio de infográficos, foram lançados durante o painel “Legislando para o Futuro do Biogás e do Biometano”, que fez parte da programação do Fórum. O painel contou com a participação de deputados federais e foi moderado pela presidente executiva da ABiogás, Renata Isfer.

Segundo as estimativas, o setor de biogás poderia criar até 800 mil novos postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos no Brasil, caso o potencial total de produção do setor fosse aproveitado. Só na Região Sudeste, poderiam ser gerados 238 mil empregos.

Os infográficos também mostram que cerca de 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente (CO2e) poderiam ser mitigadas todo ano caso esse potencial total fosse atingido, incluindo o uso do biogás em substituição ao diesel, mostrando o impacto positivo do setor no combate à mudança climática.

Esse impacto ambiental, em conjunto com a geração de novos empregos em economia verde, poderia ajudar o Brasil a avançar na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

O estudo utilizou dados da ABiogás sobre o potencial total teórico de produção de biogás no Brasil como ponto de partida. Já as metodologias para o cálculo de geração de emprego e de redução de emissões de gases de efeito estufa foram desenvolvidas pelo projeto GEF Biogás Brasil, com base em métodos e fatores de conversão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas para avaliar a ciência relacionada à mudança climática.

Durante o painel, o especialista em políticas nacionais do projeto e consultor da UNIDO, Tiago Quintela Giuliani, explicou os dados inéditos à plateia do Fórum:

“Os dados do projeto e da ABiogás mostram a formuladores de políticas públicas e agentes políticos que, ao investir na cadeia de valor do biogás, nós conseguimos desenvolver a cadeia de forma descentralizada e em todo o território nacional. Além disso, podemos reduzir as emissões de gases de efeito estufa em um patamar muito grande: cerca de 642 milhões de toneladas de CO2 e que poderiam ser reduzidas todo ano, o que equivale à conservação de cerca de 5.3 milhões de hectares de florestas”. 

Para o assessor da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Gustavo Ramos, que é coordenador do projeto GEF Biogás Brasil, a participação no Fórum do Biogás é essencial para acompanhar a evolução do setor e seus benefícios econômicos, sociais e ambientais.

“A participação do MCTI tem sido muito importante, e a SETEC vem investindo no setor de biogás e biometano há mais de vinte anos”, contou Gustavo Ramos, explicando que: 

“Por meio do Fórum, podemos propiciar condições favoráveis para que órgãos das esferas federal, estadual e municipal, bem como empresas privadas, possam transformar, em conjunto, todo esse potencial do biogás em geração de riquezas para a sociedade”.

O diretor-presidente do CIBiogás e membro diretor do projeto GEF Biogás Brasil, Rafael Gonzalez, participou de um painel do Fórum sobre mecanismos de financiamento. Segundo Rafael, o diálogo sobre o financiamento de projetos é indispensável para garantir o crescimento do setor: 

“O painel mostrou como podemos trazer oportunidades novas para dentro do setor e como desenvolver novas plantas de biogás, mas, principalmente, quais são os instrumentos que permitem aportar recursos aos projetos de biogás no Brasil". 

A 10ª edição do Fórum do Biogás, realizado pela ABiogás, aconteceu entre os dias 13 e 14 de novembro em São Paulo (SP). 

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Raphael C.F. Makarenko

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