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Armênia participa de 1ª visita virtual ao Brasil sobre alimentação escolar

31 janeiro 2024

A visita é a primeira etapa de um trabalho de cooperação entre os dois países para trocas sobre alimentação escolar e compras da agricultura familiar.

Cerca de 100 mil crianças são alimentadas todos os dias, em 10 regiões da Armênia, recebendo uma refeição quente diária nas escolas.

Os programas de alimentação escolar são importantes ferramentas para avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).


O programa nacional de alimentação escolar da Armênia adota uma abordagem integrada em relação à segurança alimentar, fundamentando-se nos princípios de sustentabilidade econômica, participação comunitária e adaptação à mudança climática.

Legenda: O programa nacional de alimentação escolar da Armênia adota uma abordagem integrada em relação à segurança alimentar, fundamentando-se nos princípios de sustentabilidade econômica, participação comunitária e adaptação à mudança climática.
Foto: © Governo da Armênia.

Representantes do governo da Armênia e integrantes do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no país participaram, nesta terça-feira (30), da primeira sessão da Visita de Estudos Virtual ao Brasil.

Organizada pelo Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil e pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, em colaboração com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a sessão integra uma parceria de mais de 12 anos do governo brasileiro com o Centro de Excelência.

Durante a reunião, Karine Santos, coordenadora-geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, apresentou os principais pontos do PNAE, que referendou o Brasil a se tornar copresidente da Coalizão Mundial da Alimentação Escolar, juntamente com França e Finlândia.

Atualmente, o PNAE atende todo território brasileiro, alcançando cerca de 40 milhões de estudantes com refeições escolares em mais de 150 mil escolas.


A visita é a primeira etapa de um trabalho de cooperação entre os dois países para trocas sobre alimentação escolar e compras da agricultura familiar.

Legenda: A visita virtual é a primeira etapa de um trabalho de cooperação entre os dois países para trocas sobre alimentação escolar e compras da agricultura familiar.
Foto: © WFP/Gabriela Cladellas.

O programa tem como um de seus principais pontos a oferta regular de refeições de qualidade, nutricionalmente adequadas e saudáveis. Além disso, possui componentes de interesse dos países parceiros, como a compra da agricultura familiar e a diversidade dos cardápios.

 

“O governo brasileiro acredita firmemente que investir na segurança alimentar e na nutrição das gerações mais jovens é um investimento no desenvolvimento e na igualdade e garantia dos direitos humanos de toda a sociedade. Os programas de alimentação escolar podem e devem ser utilizados como estratégias para avançar em vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em nossos países”.

- Anderson Wilson Sampaio Santos, diretor de Ações Educacionais do FNDE.

Durante a reunião, Paola Barbieri, analista de projetos de Cooperação Sul-Sul Trilateral com organismos internacionais da Agência Brasileira de Cooperação mencionou a disposição do governo brasileiro em cooperar com países parceiros. Fabio Vaz Pitaluga, embaixador do Brasil na Armênia, destacou as potencialidades da cooperação bilateral e fez referência aos laços históricos de proximidade entre os dois países e à importância da diáspora armênia no Brasil, colocando a embaixada à disposição de novos contatos e ações estruturantes nos campos da alimentação escolar e da segurança alimentar e nutricional.

Na Armênia, o programa nacional de alimentação escolar é implementado pelo governo armênio, em parceria com a Federação Russa e o WFP. De acordo com Araksia Svajyan, vice-ministra de Educação, Ciência, Cultura e Esportes da Armênia, cerca de 100 mil crianças são alimentadas todos os dias, em 10 regiões do país, recebendo uma refeição quente diária nas escolas, afirmando: 

“Considero importante enfatizar que o programa proporciona uma alimentação balanceada”. 

O programa adota uma abordagem integrada em relação à segurança alimentar, fundamentando-se nos princípios de sustentabilidade econômica, participação comunitária e adaptação à mudança climática.

Segundo Satenik Mkrtchyan, diretora de Alimentação Escolar e Bem-Estar Infantil do Centro Nacional de Desenvolvimento e Inovação da Educação, o programa tem entre seus principais objetivos a promoção da educação de qualidade, a readequação das escolas para a provisão de alimentos quentes e nutritivos aos alunos e o desenvolvimento comunitário.

Busca, dessa forma, respeitar as especificidades regionais, fomentar a economia circular e promover ações de educação nutricional e responsabilidade social, através, por exemplo, da criação de hortas, campanhas de informação e ações de treinamento.

A diretora de país do WFP Armênia, Nanna Skau, reforçou a ideia de que a alimentação escolar é investimento e não gasto:

“Vejo que ambos os países podem aprender um com o outro, e a abordagem integrada do Brasil provou ser eficaz como veículo para desenvolver e envolver as áreas rurais e para abordar questões de coesão social”.

Ela acrescentou que o uso de fontes renováveis de energia e de atividades como estufas e pomares podem contribuir para garantir a sustentabilidade das ações de alimentação escolar nas escolas.

Sobre a Visita Virtual

A Visita Virtual foi lançada em 2021 pelo Centro de Excelência, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e com a Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores, e consiste em uma série de vídeos que simulam uma imersão no Programa Nacional de Alimentação Escolar brasileiro, bem como encontros virtuais para discutir o programa e sua implementação.

Embora não tenha a intenção de substituir a tradicional visita in loco, a "Visita de Estudos Virtual: Brasil" contempla os pontos mais relevantes das mensagens transmitidas em uma visita presencial ao Brasil, apoiando, de forma econômica, a disseminação dos principais elementos que contribuíram para o sucesso das políticas brasileiras nessa área.

Para o diretor do Centro de Excelência do WFP, Daniel Balaban, a visita é uma forma promover a troca de experiências exitosas em alimentação escolar de maneira simples e econômica: 

“A visita virtual evita, por exemplo, a necessidade de organização de uma visita de estudos presencial exploratória, que pode custar, para uma delegação de cerca de 6 pessoas, mais de 20 mil dólares. Para momentos de conhecimento mútuo, portanto, é uma ferramenta poderosa.”

Ao longo dos últimos anos, Namíbia, Angola, Etiópia, Lesoto e Serra Leoa se beneficiaram da "Visita de Estudos Virtual: Brasil". Em alguns casos, as boas práticas e as lições aprendidas levaram a visitas técnicas ou de alto nível subsequentes ao Brasil. As contrapartes brasileiras também puderam aprender com as experiências compartilhadas pelos países parceiros.

Representantes do governo da Armênia e do WFP no país receberão vídeos que abordam os principais elementos do PNAE. O próximo encontro entre os dois países acontecerá no dia 6 de fevereiro, com uma sessão exclusivamente para perguntas e respostas.

Saiba mais: 

Contato para imprensa: 

WFP

Assessoria de Comunicação

WFP
Centro de Excelência contra Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP)

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

WFP
Programa Mundial de Alimentos

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