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Armênia finaliza visita virtual sobre alimentação escolar

09 fevereiro 2024

A visita é promovida pelo Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil e possibilita o compartilhamento de boas práticas sobre alimentação escolar entre o governo brasileiro e outros países do Sul global.

A Armênia, da mesma forma que o Brasil, é membro da Coalizão Mundial da Alimentação Escolar, arranjo entre países criado em 2021 para responder aos impactos da pandemia de COVID-19 na alimentação escolar e no aprendizado de jovens e crianças ao redor do mundo.

Legenda: Assim como no Brasil, a alimentação escolar na Armênia valoriza a educação nutricional dos estudantes, preocupando-se com a ligação entre a qualidade das refeições servidas e as atividades pedagógicas desenvolvidas com alunos, famílias e comunidades.
Foto: © governo da Armênia

Nesta terça-feira (6), representantes do governo da Armênia e funcionários do Programa Mundial de Alimentos (WFP) se reuniram novamente com o governo brasileiro, representado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, para a segunda sessão da “Visita de Estudos Virtual: Brasil”. A visita é promovida pelo Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil e possibilita o compartilhamento de boas práticas sobre alimentação escolar entre o governo brasileiro e outros países do Sul global.

A primeira sessão aconteceu no final de janeiro e, após esse encontro, os participantes tiveram o prazo de uma semana para assistir aos vídeos que apresentam os principais pontos e mensagens do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro. Os vídeos simulam uma imersão no programa e abordam temas como legislação do PNAE, financiamento; capacidade institucional; design e implementação; participação comunitária e agricultura familiar.

“Após assistirmos aos vídeos, percebemos que há muitas similaridades com o sistema do Brasil. Entendemos que não precisamos inventar nada, apenas alcançar nossos objetivos por meio de esforços conjuntos e colaboração recíproca”, disse a Oficial de Políticas e Programas do WFP na Armênia, Maria Muradyan.

Assim como no PNAE, a alimentação escolar na Armênia valoriza a educação nutricional dos estudantes, preocupando-se com a ligação entre a qualidade das refeições servidas e as atividades pedagógicas desenvolvidas com alunos, famílias e comunidades. Com apoio do WFP, por exemplo, o país estabeleceu estufas, pomares e hortas para complementar as refeições escolares. “A Armênia tem feio esforços para tornar o seu programa mais resiliente e institucionalizado, assim como financeiramente sustentável. Esse é um desafio no mundo todo”, afirmou o Chefe da Unidade de Programas do Centro de Excelência do WFP, Vinícius Limongi.

A Armênia, da mesma forma que o Brasil, é membro da Coalizão Mundial da Alimentação Escolar, arranjo entre países criado em 2021 para responder aos impactos da pandemia de COVID-19 na alimentação escolar e no aprendizado de jovens e crianças ao redor do mundo. O Brasil tornou-se copresidente da Coalizão em 2023, junto à França e à Finlândia.

Legenda: A Visita Virtual simula uma imersão no programa e aborda temas como legislação do PNAE, financiamento; capacidade institucional; design e implementação; participação comunitária e agricultura familiar.
Foto: © governo da Armênia

Perguntas e Respostas

O governo armênio teve a oportunidade de fazer uma série de perguntas sobre PNAE após a imersão virtual no Programa. Alguns dos principais questionamentos foram sobre como o programa conseguiu tornar-se uma política pública perene e de referência no Brasil, a origem do PNAE, sua expansão nacional, o financiamento do programa e a formação dos nutricionistas.

Os representantes do governo brasileiro, por sua vez, fizeram perguntas sobre os profissionais responsáveis pelo programa de alimentação escolar na Armênia, a centralidade da educação alimentar e nutricional e quais as perspectivas futuras para o programa. O governo armênio acrescentou que os cardápios nacionais são elaborados por nutricionistas e servem de base para as refeições servidas nas escolas.

O foco do país parceiro agora é implementar a estratégia de alimentação escolar nacional, oferecendo alimentação para todas as crianças do ensino fundamental e ampliando as atividades com hortas escolares. Como consequência da reunião online, o governo de Ierevan irá avaliar a possibilidade de realização de uma missão presencial ao Brasil ou de um projeto piloto apoiado por instituições brasileiras. 

Antes da Armênia, Namíbia, Angola, Etiópia, Lesoto e Serra Leoa participaram da “Visita de Estudos Virtual: Brasil”. Em alguns casos, as boas práticas e lições aprendidas levaram a subsequentes visitas de alto nível ou de nível técnico ao Brasil. Participantes do lado brasileiro também puderam aprender com as experiências partilhadas pelos países parceiros.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

WFP
Programa Mundial de Alimentos

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa