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ONU Brasil lança campanha para acabar com a violência contra as mulheres

21 novembro 2024

A cada 10 minutos, em 2023, um parceiro íntimo ou um familiar tirou intencionalmente a vida de uma mulher. 

Durante 21 dias, a campanha "UNA-SE para Acabar com a Violência contra as Mulheres" enfatiza que todas as pessoas têm um papel a desempenhar para acabar com o abuso e o assassinato de mulheres. 

Lançada no Brasil no Dia da Consciência Negra, a campanha do secretário-geral das Nações Unidas chama a atenção para a alarmante escalada da violência contra as mulheres, buscando revitalizar compromissos, exigir responsabilização e ação dos tomadores de decisão. 

 durante os 21 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, a campanha UNA-SE chama a atenção para a alarmante escalada da violência contra as mulheres, sob o tema “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. UNA-SE para Acabar com a Violência contra as Mulheres”.
Legenda: Durante os 21 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, a campanha UNA-SE chama a atenção para a alarmante escalada da violência contra as mulheres, sob o tema “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. UNA-SE para Acabar com a Violência contra as Mulheres”.

A cada 10 minutos, em 2023, um parceiro íntimo ou um familiar tirou intencionalmente a vida de uma mulher. A crise da violência de gênero é urgente.

É por isso que, durante os 21 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, a campanha UNA-SE chama a atenção para a alarmante escalada da violência contra as mulheres, sob o tema “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. UNA-SE para Acabar com a Violência contra as Mulheres”.

Quase uma em cada três mulheres sofre violência ao longo da vida. As meninas estão em risco particular de violência — uma em cada quatro adolescentes sofre algum tipo de abuso por seus parceiros.

Para pelo menos 51.100 mulheres em 2023, o ciclo de violência de gênero terminou com um ato final e brutal — o assassinato por parceiros e familiares.

Os 21 Dias de Ativismo são uma oportunidade para revitalizar compromissos, exigir responsabilização e ação dos tomadores de decisão, à medida que o mundo se aproxima do 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 2025 — um plano visionário para alcançar a igualdade de gênero e os direitos de mulheres e meninas em todos os lugares.

Fatos importantes sobre a violência contra mulheres e meninas

Para pelo menos 51.100 mulheres em 2023, o ciclo de violência de gênero terminou com um ato final e brutal — o assassinato por parceiros e familiares.
Legenda: Para pelo menos 51.100 mulheres em 2023, o ciclo de violência de gênero terminou com um ato final e brutal — o assassinato por parceiros e familiares.

Feminicídio refere-se a assassinatos relacionados ao gênero. É um problema universal e a manifestação mais brutal, visível e extrema de um espectro da violência de gênero que mulheres e meninas enfrentam.

O feminicídio é a prova definitiva de que os sistemas e estruturas destinados a proteger mulheres e meninas estão falhando. A normalização da violência — desde o abuso doméstico até o assédio no trabalho, em espaços públicos e a violência digital — leva a um clima cultural em que mulheres são abusadas e intencionalmente mortas, muitas vezes com impunidade.

Mulheres e meninas estão em maior risco de serem assassinadas em casa: 55% de todos os homicídios de mulheres foram cometidos por parceiros íntimos ou familiares em 2022, enquanto apenas 12% de todos os homicídios de homens foram cometidos por familiares.

Mulheres não estão seguras fora de casa também. Mulheres na esfera pública, incluindo aquelas na política, defensoras dos direitos humanos e jornalistas, são frequentemente alvos de atos intencionais de violência, tanto online quanto offline, alguns dos quais resultam em mortes e assassinatos intencionais.

Estudos mostram que entre 16% e 58% das mulheres no mundo experimentam violência de gênero mediada pela tecnologia, e as mulheres mais jovens são especialmente afetadas, sendo a Geração Z e as Millennials as mais impactadas.

Mulheres em contextos de conflito, guerra e crises humanitárias são ainda mais vulneráveis — 70% delas sofrem violência de gênero.

Como prevenir a violência contra as mulheres

O feminicídio é a prova definitiva de que os sistemas e estruturas destinados a proteger mulheres e meninas estão falhando.
Legenda: O feminicídio é a prova definitiva de que os sistemas e estruturas destinados a proteger mulheres e meninas estão falhando.

O que sabemos sobre o femicídio/feminicídio é que ele muitas vezes é o desfecho de episódios repetidos e crescentes de violência de gênero, o que significa que pode ser evitado se os primeiros sinais de violência forem abordados de forma eficaz.

Sem acabar com a violência contra mulheres e meninas, o mundo não poderá alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Esta violência continua sendo um grande obstáculo à igualdade de gênero, um compromisso assumido na Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, com a adoção da visionária Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 1995. A Plataforma de Ação de Pequim incluiu medidas específicas que os países poderiam adotar para acabar com todas as formas de violência contra mulheres e meninas.

#NãoTemDesculpa: Tome medidas para acabar com a violência contra as mulheres 

  • Acabar com a impunidade defendendo e estabelecendo leis e políticas que responsabilizem os agressores.
  • Adotar, implementar e financiar Planos de Ação Nacionais para acabar com a violência contra mulheres e meninas. Esses planos definem decisões políticas e de investimento que os governos fazem.
  • Investir em prevenção e em organizações de direitos das mulheres para garantir direitos e acesso a serviços essenciais para sobreviventes.

Todos têm um papel a desempenhar para acabar com o abuso e o assassinato de mulheres:

  • Governos podem aprovar e aplicar leis e Planos de Ação Nacionais para prevenir a violência contra as mulheres, proteger mulheres e meninas e investir em movimentos de mulheres, programas de prevenção e serviços de apoio às sobreviventes. Os países que aprovaram leis para interromper a violência doméstica têm, em média, taxas mais baixas de violência de parceiros íntimos (9,5% em comparação com 16,1%).
  • Empresas e instituições podem implementar políticas de tolerância zero a todas as formas de violência contra mulheres e que apoiem ativamente as sobreviventes. Agora é o momento de aumentar a conscientização e organizar eventos usando a cor laranja e manifestar-se, tanto online quanto offline, usando #NãoTemDesculpa e #21Dias.
  • Indivíduos podem usar sua criatividade para promover uma mensagem de tolerância zero à violência contra mulheres e meninas, defender junto aos líderes a adoção e implementação de leis e políticas, apoiar e doar para organizações locais de mulheres e aumentar a conscientização usando os materiais da campanha #SemDesculpas em casas, escolas, comunidades e espaços digitais.

A violência contra mulheres não é inevitável. Ela pode e deve ser interrompida. Junte-se a nós para agir durante os #21Dias e todos os dias.

Descubra mais e participe dos 21 dias de ativismo nas redes da @onubrasil e da @onumulheresbr

ONU Mulheres

Pedro Nogueira

ONU Mulheres
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

RCO
United Nations Resident Coordinator Office
ONU Mulheres
Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento da Mulher
ONU
Organização das Nações Unidas

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa