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RDC: Milhares de congoleses fogem dos ataques do grupo rebelde LRA

21 janeiro 2009

Milhares de civis congoleses deixaram suas casas nos últimos cinco dias no nordeste da República Democrática do Congo (RDC) devido a ataques do grupo rebelde Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês) às vilas e cidades do distrito de Haut Uele.



De acordo com uma equipe da agência da ONU para refugiados no país, o LRA atacou no último sábado a cidade de Tora, a cerca de 130 quilômetros à sudeste de Dungu, matando moradores, saqueando e queimando casas. "Cerca de 15 mil deslocados internos que fugiram de Tora e das vilas vizinhas chegaram em Dungu durante o fim de semana", informou hoje o porta-voz do ACNUR, Ron Redmond.



No total, estima-se que 135 mil pessoas já tenham sido forçadas a se deslocar desde o início dos ataques do LRA, em setembro do ano passado. Mais de 560 congoleses foram mortos pelo grupo durante os últimos quatro meses.



A distribuição de assistência humanitária pelo ACNUR e outras agências da ONU está programada para começar amanhã na vila de Bamokandi, área com maior concentração de deslocados internos localizada há 17 quilômetros ao norte de Dungu. A Cruz Vermelha local, com o apoio da agência da ONU para refugiados, iniciou hoje o registro da população deslocada em Dungu e a identificação de suas necessidades mais urgentes.



"Os deslocados chegam na cidade de motocicletas, bicicletas e à pé, e carregam poucos pertences, incluindo colchões, galões de água e pacotes com roupas. Eles estão ocupando prédios públicos, escolas e casas vazias e afirmaram aos funcionários do

ACNUR que muitas pessoas ainda estão a caminho de Dungu", disse Redmond.



A área de Dungu, que abriga atualmente cerca de 54 mil deslocados internos - dos quais 27 mil vivem na cidade -, tem capacidade limitada de absorção. Ela foi atacada pelo LRA em novembro do ano passado, o que forçou muitos de seus morados a fugir para vilas no sudeste da região.



"Alguns deles estão agora retornando para casa, o que aumenta a pressão humanitária na área. Estamos trabalhando com as autoridades locais e outros parceiros para encontrar formas de aumentar a capacidade de absorção de Dungu e seu entorno", explicou o porta-voz do ACNUR.



Para mais informações sobre o tema:

Em Dungu, República Democrática do Congo:

David Nthengwe: +243 818 801 076



Em Kinshasa, República Democrática do Congo:

Francesca Fontanini : +243 817 009 484



Em Nairóbi, Quênia:

Yusuf Hassan: +254 737 564 033



Assessoria de Comunicação

ACNUR Brasil

(61) 3367-4187