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Mais uma estrela para Carlos Alberto dos Santos Cruz

06 abril 2009

Ao fim de sua missão no Haiti, o Comandante da Força Militar da MINUSTAH, Carlos Alberto dos Santos Cruz, vai deixar o país com um novo título: Tenente-General. A promoção lhe foi conferida na terça-feira, 31 de março de 2008, em uma cerimônia no Quartel General da Missão em Bourdon (Porto Príncipe) - na qual estiveram presentes diversas personalidades -  realizada para homenagear seu destacado trabalho como chefe militar durante dez anos.





Foi diante de uma grande platéia de convidados do contingente militar da MINUSTAH, que o grande Major-General  se tornou Tenente-General. Ele também recebeu uma medalha pelos 40 anos de serviços prestados às forças armadas brasileiras.



Vários diplomatas prestigiaram-no com sua presença na cerimônia. Dentre eles, a Embaixadora dos Estados Unidos no Haiti, Janet Sanderson, do Chile, Marcel Young, do Canadá, Jules Rivard, de Cuba, Raúl Barzaga Navas, da França, Christian Connan, da Espanha, Juan Fernandez Trigo e o Ministro Conselheiro da Embaixada do Brasil em Porto Príncipe, Claudio Jose de Campos.



Intervindo na ocasião, o Ministro expressou sua satisfação pela promoção do Comandante Santos Cruz. O representante do Brasil no evento disse acreditar “grande trabalho realizado pelo General brasileiro durante sua missão no Haiti”.



Do seu lado, o embaixador do Chile, Marcel Young, cumprimentou “um grande amigo que compreende, respeita os haitianos e representa bem a América Latina”. Ele acrescentou que “é um grande líder que mantém a confiança no respeito aos direitos do homem”. Young disse esperar que o sucessor do General Santos Cruz “adote a mesma linha de proximidade com os haitianos”.



O Vice-Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para a MINUSTAH, Luiz Carlos da Costa, afirmou estar contente com o trabalho realizado no plano de segurança, nos últimos dois anos. ”Quando ele se juntou à Missão, há dois anos, ela se ocupava das operações de segurança na Cite Du Soleil. Hoje, não pensamos duas vezes se um visitante importante quer visitar o local, e agora as agências humanitárias têm acesso a todas as partes do país para dar assistência à população,” frisou no seu discurso para o evento.



“Sabemos que nossos colegas militares estão dispostos a dar seu apoio nas questões de segurança, quando houver necessidade.A sua intervenção toca domínios diversos: os projetos de impacto rápido, o trabalho para melhorar as penitenciárias, a reconstrução e reparação das estradas e ainda a organização de trabalhos sociais nos seus campos.” disse da Costa.



Quanto ao Comandante Carlos Alberto dos Santos Cruz, ele acolheu todas as suas homenagens com humildade, afirmando: “ Eu cumpri o meu dever”. Segundo ele, os resultados foram obtidos graças aos soldados. “Se são eles que estão nas ruas, que conduzem as operações... são eles as verdadeiras estrelas”, declarou.



Expressando seus sentimentos com a chegada ao fim da missão, ele ressaltou que foi para o Haiti com o “principal compromisso de trabalhar na esperança de atingir algo de bom para os haitianos.” Todavia, ele demonstrou uma certa frustração em relação às condições de vida da população, as quais ele gostaria que melhorassem.



Na opinião dele, o principal desafio foi anular o risco imposto pelos grupos armados. A dificuldade não está no combate em si, lembra ele, mas “nas estratégias que mais precisavam ser instauradas para evitar efeitos colaterais para a população, já que nossas operações nas áreas super populosas, em que nós deveríamos prestar mais atenção, não vitimaram cidadãos inocentes.”



Para ele, o Haiti é “um país pacífico”. E para consolidar as conquistas atuais em segurança, devemos trabalhar o desenvolvimento social. “Mais concretamente, devemos dar trabalho à população”, sugeriu ele.



Com 57 anos, o general dos Santos Cruz assumiu suas funções em dezembro de 2006, sucedendo o General da divisão José Carvalho Siqueira. Após essa missão no Haiti, ele irá voltar a São Paulo para assumir o comando de uma divisão armada brasileira.