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Evento no Rio de Janeiro rende tributo às vítimas do Holocausto

28 janeiro 2015

Evento, no Palácio Itamaraty, relembra as vítimas do Holocausto. Foto: UNIC Rio
Legenda: Evento, no Palácio Itamaraty, relembra as vítimas do Holocausto. Foto: UNIC Rio





Há exatamente 70 anos, forças soviéticas libertaram o campo de concentração nazista Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Atrás dos portões que prometiam liberdade, encontrava-se a face do ódio e da brutalidade humana, que acarretou na morte sistemática de mais de 1 milhão de pessoas, 90% deles judeus. Desde então, o 27 de janeiro de 1945 entrou para a história, e a data, há dez anos, foi designada pela Assembleia Geral da ONU como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Um recordatório ao mundo de que tamanha perversidade jamais deverá ser repetida.



No Rio de Janeiro, sobreviventes, autoridades do país e membros da comunidade israelita no Brasil se uniram a esta causa e renderam tributo aos judeus e outras vítimas dessa atrocidade, nesta segunda-feira (27), em evento que reuniu, no Palácio Itamaraty, mais de 400 pessoas.



Entre os participantes do evento estava o único sobrevivente de uma família de 60 pessoas, o polonês Aleksander Laks, que chegou ao Brasil com 17 anos e apenas 28 quilos para se reunir a um parente distante no Rio de Janeiro. Hoje, ele se dedica a fazer palestras e repetir as histórias desses dias de horror como forma de lutar por um mundo bom, justo, fraterno e sem preconceito. “Holocausto, nunca mais”, invoca.



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A presidenta Dilma Rousseff, representada pelo deputado federal Alessandro Molon, rendeu homenagem “aos seis milhões de judeus vitimados por um dos mais trágicos episódios da história o século XX” e afirmou que “relembrar os horrores do Holocausto é necessário, para que eles jamais sejam esquecidos e se repitam". A presidenta disse também que a memória do ocorrido nos campos de concentração deve servir para fortalecer a condenação, em todas as sociedades da “intolerância, discriminação, perseguição e violência contra pessoas ou comunidades por sua origem étnica ou crença religiosa”.



Nascida após a segunda guerra mundial e fruto do desejo mundial de “preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra”, a ONU recebeu há sete décadas a missão de estabelecer as bases para um mundo melhor. Como expressão desse compromisso, as nações que constituíram a Organização ecoaram em uníssono “Nunca mais”, observou o diretor do Centro de Informação da ONU (UNIC Rio), Giancarlo Summa.



No entanto, o ano de 2014 ensombreceu esta promessa. A negligência das crises geraram mais de 50 milhões de refugiados, um número jamais visto desde o final da 2ª Guerra Mundial.



“Essa promessa é constantemente testada. Ainda há um fosso profundo entre a retórica e a ação”, disse Summa, lembrando o genocídio de Ruanda em 1994 e os atos terríveis de desumanidade no Iraque e na Síria, na República Centro-Africana e Nigéria, no Sudão do Sul e na Ucrânia.



Porém, lembrou o diretor do UNIC Rio, “sempre há oportunidades para agir antes que a situação leve à violência e a um ponto de não retorno”.



Veja o discurso do diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Giancarlo Summa, na íntegra:



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