Luta contra a malária estagnou devido à falta de financiamento, diz OMS
05 julho 2018
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a necessidade de reativar a resposta global contra a doença, reconhecendo o progresso que ajudou a evitar milhões de mortes, especialmente entre crianças, desde 2000.
“Os dados mais recentes da OMS mostram que a resposta global à malária está numa encruzilhada”, disse o diretor-geral da Organização. Ele explicou que a luta contra a malária estagnou devido à falta de investimento em programas de prevenção e tratamento.
“Se continuarmos nesse caminho, perderemos os ganhos pelos quais tanto lutamos”, acrescentou.
Embora mais países tenham eliminado a doença, os desafios permanecem.
Em 2016, havia cerca de 216 milhões de casos de malária em 91 países — um aumento de 5 milhões de casos em relação a 2015. Nesse ano, as mortes por malária chegaram a 445 mil, um total levemente menor do que o registrado em 2015 (446 mil) mas, ainda assim, um número significativo.
O chefe de saúde da ONU pediu aos países e à comunidade global de saúde que fechem as lacunas críticas na luta contra a malária, encorajando todos os parceiros a se unir em torno de um objetivo comum: acelerar o ritmo do progresso.
“Juntos, devemos garantir que ninguém seja deixado para trás no acesso a serviços que salvam vidas para prevenir, diagnosticar e tratar a malária”, disse.
Fatos importantes
• A malária é uma doença potencialmente fatal transmitida através da picada de uma fêmea infectada do mosquito Anopheles. Pode ser prevenida e curada.
• Em 2016, havia cerca de 216 milhões de casos de malária em 91 países, um aumento de cinco milhões de casos em relação a 2015.
• As mortes por malária atingiram um número total de 445 mil em 2016, semelhante ao registrado em 2015 (446 mil).
• A região africana da OMS carrega uma parte desproporcionalmente alta da carga global da malária. Em 2016, a região abrigou 90% dos casos de malária e 91% das mortes por malária.
• O total do financiamento para o controle e eliminação da malária alcançou cerca de US$ 2,7 bilhões em 2016. As contribuições dos governos de países endêmicos totalizaram US$ 800 milhões, representando 31% do financiamento.