Notícias

Como as empresas brasileiras podem apoiar a agenda LGBTI?

11 julho 2018

[gallery type="slideshow" size="large" ids="144571,144570"]



“Parem de nos matar e comecem a nos contratar” é o lema do filme TRAN$RICO, do diretor Ariel Nobre, exibido durante o encerramento da Mostra TransDocumenta na segunda-feira (9), em São Paulo. Ao trazer à tona o universo trans e seus desafios, o evento mostrou a importância de estimular a inclusão de pessoas LGBTI no mercado de trabalho do país que mais mata pessoas trans no mundo em números absolutos.



A Rede Brasil do Pacto Global da ONU lembra que as empresas brasileiras podem ajudar a agenda LGBTI apoiando e participando de iniciativas que traçam como meta o fim da discriminação. São a partir de ações simples que pessoas trans podem se sentir menos marginalizadas, tanto social quanto profissionalmente.



Veja abaixo alguns exemplos:

Firme compromissos de conduta para sua empresa



É importante que empresas engajadas na inclusão e respeito a pessoas LGBTI firmem compromissos com organizações especialistas. Novos instrumentos permitem que, cada vez mais, a empresa garanta um padrão no qual vigora o respeito aos direitos humanos dos clientes, fornecedores e funcionários. Além disso, conecta-se e interage com todos os setores da sociedade, aprimorando sua competitividade.



Uma das iniciativas é a campanha Padrões de Conduta para Empresas, do Movimento Livres & Iguais e promovido pela Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).



Os cinco padrões de conduta foram produzidos com base nos Princípios Orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos para ampliar o escopo de engajamento das empresas com diversos setores da sociedade.



Mais de 140 empresas do mundo já apoiam esse padrão de conduta, que inclui: respeito aos direitos humanos de funcionários, clientes e membros da comunidade LGBTI; eliminação da discriminação contra funcionários LGBTI no local de trabalho; apoio funcionários LGBTI no trabalho; não discriminação de clientes, fornecedores e distribuidores LGBTI – e insistência para que parceiros de negócios também não discriminem; defesa dos Direitos Humanos de pessoas LGBTI nas comunidades onde mantêm negócios.

Busque contratar prestadores de serviços que empoderem as pessoas trans



Muitas iniciativas que empoderam pessoas trans e a comunidade LGBT já estão disponíveis no mercado de trabalho. Para realizar a produção dos eventos de abertura da Mostra TransDocumenta, a Rede Brasil do Pacto Global e o Governo do Estado de São Paulo contrataram uma delas.



A empresa Transmissão, cujo diferencial é a contratação exclusiva de pessoas trans, oferece há um ano no mercado de São Paulo diversos serviços para eventos como limpeza, performance e segurança.



“A empresa não tem um pessoal fixo justamente para gerar essa empregabilidade e dar mais oportunidades a um maior número de pessoas trans”, disse Rubi de la Fuente, idealizadora da companhia.

Busque bancos de currículo que prezem pela diversidade



Sua empresa está com vagas abertas e quer mais diversidade na equipe? Busque bancos de currículos que valorizem esse fator. Um deles surgiu do Festival Path, que ocorreu em julho na capital paulista.



O Banco de Currículos é resultado de uma parceria com os portais Transempregos e MaturiJobs. Segundo estudo da consultoria estratégica McKinsey & Company, empresas que apostam na diversidade de gênero em suas equipes executivas são 21% mais propensas a ter uma rentabilidade acima da média.

Treinamentos na empresa para a diversidade de gênero e sexualidades



Além de conscientizar o setor de Recursos Humanos para pensar em diversidade na hora de contratação, é importante que a pessoa contratada também se sinta respeitada no ambiente de trabalho.



A empresa pode apostar em treinamentos que promovam a diversidade de gênero e a integração de minorias. A Diversity Box, por exemplo, é voltada à inclusão social por meio de ações de educação e comunicação estrategicamente combinadas.



A Mostra TransDocumenta foi promovida pela Rede Brasil do Pacto Global e pelo Governo do Estado de São Paulo, com apoio das empresas Klabin S.A e Proseftur. O evento de encerramento ocorreu no Museu de Imagem e Som (MIS) em São Paulo.