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Com evolução tecnológica, 65% das crianças terão empregos que ainda não existem, diz CEPAL

18 julho 2018

Uso de tecnologias digitais na educação é tema de nova publicação da UNESCO. Foto: Presidencia da República/Ricardo Stuckert
Legenda: Na imagem, crianças contempladas pelo programa Um Computador por Aluno. Foto: Presidencia da República/Ricardo Stuckert





A chefe da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, liderou na terça-feira (17), na sede da ONU, em Nova Iorque, um debate com representantes de todas as regiões do mundo sobre tecnologia e desenvolvimento sustentável. Dirigente defendeu políticas educacionais capazes de acompanhar a revolução digital. De acordo com a especialista, 65% de todas as crianças do planeta que entram hoje na escola primária terão empregos que ainda não existem.



"Precisamos ajudar os jovens a compreender as novas tecnologias porque muitos empregos que existem hoje não existirão no futuro. Estamos preparando pessoas para trabalhos que não existirão", alertou Bárcena. Segundo a secretária-executiva da CEPAL, os avanços em robótica, inteligência artificial, genética e energias renováveis prometem erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável.



As conquistas da ciência "representam uma oportunidade", acrescentou Bárcena, mas apenas se houver um novo pacto social entre os governos, setor privado, academia e a juventude, a fim de mudar os sistemas educativos e a forma como países enfrentam os problemas tecnológicos.



A dirigente lembrou que, na América Latina e Caribe, 60% da população tem acesso a internet — a maioria dos usuários é de jovens. Porém, existem disparidades no acesso entre zonas rurais e urbanas e também entre homens e mulheres, o que limita as oportunidades profissionais das meninas nos setores científicos.



Bárcena destacou que a região sob mandato da CEPAL conta com um mecanismo de cooperação — a Agenda Digital eLAC 2020 — para avançar em questões como inclusão, digitalização da produção, capacitação da população e promoção de governos abertos.