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Presidente do Banco Mundial deixará cargo em 1º de fevereiro

07 janeiro 2019

Presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim. Foto: Banco Mundial
Legenda: Presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim. Foto: Banco Mundial





O presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim, anunciou nesta segunda-feira (7) que irá deixar o cargo após mais de seis anos, nos quais os acionistas da instituição forneceram apoio a diversas iniciativas para garantir que o organismo internacional mantivesse a liderança no impulso ao desenvolvimento global.



“Foi uma grande honra servir como presidente desta instituição memorável, repleta de indivíduos apaixonados e dedicados à missão de acabar com a extrema pobreza”, disse Kim.



“O trabalho do Grupo Banco Mundial é mais importante agora do que nunca, conforme as aspirações dos mais pobres crescem no mundo todo e problemas como mudança climática, pandemias, fome e refugiados continuam crescendo tanto em escala quanto em complexidade. Servir como presidente e ajudar a posicionar esta instituição no meio de todos estes desafios foi um grande privilégio”.



Sob liderança de Kim e com apoio dos 189 Estados-membros do Grupo Banco Mundial, a instituição estabeleceu dois objetivos em 2012: acabar com a extrema pobreza até 2030; e impulsionar compartilhamento de prosperidade, com foco nos 40% mais pobres da população dos países em desenvolvimento. Estes objetivos agora guiam a instituição em seu trabalho diário no mundo todo.



Além disso, acionistas apoiaram medidas para garantir que o Grupo Banco Mundial estivesse mais bem posicionado para responder às necessidades de desenvolvimento de clientes.



O Fundo do Grupo Banco Mundial para os Mais Pobres, IDA, alcançou dois reabastecimentos recordes sucessivos, que permitiram à instituição aumentar seu trabalho em áreas afetadas por conflitos e violência.



Em abril de 2018, diretores do Grupo Banco Mundial aprovaram por maioria esmagadora um aumento de capital histórico de 13 bilhões de dólares para o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e para a Corporação Financeira Internacional. O aumento de capital irá permitir que o Grupo ajude países a alcançar seus objetivos de desenvolvimento, enquanto ao mesmo tempo respondam a crises como mudança climática, pandemias e outras vulnerabilidades.



Ao longo dos últimos seis anos, as instituições do Grupo Banco Mundial forneceram financiamentos em níveis nunca vistos fora de uma crise financeira.



Reconhecendo o poder de mercados de capitais para transformar o financiamento ao desenvolvimento, o Grupo Banco Mundial, durante presidência de Kim, também lançou diversos novos instrumentos financeiros inovadores, incluindo ferramentas para responder às necessidades de infraestrutura, prevenir pandemias e ajudar milhões de pessoas deslocadas à força de suas casas por mudanças climáticas, conflitos e violência. O organismo internacional também trabalha com as Nações Unidas e companhias pioneiras de tecnologia para implementar o Mecanismo de Ação contra a Fome para detectar sinais alarmantes com antecedência.



Durante seu mandato, Kim enfatizou que uma das maiores necessidades do mundo em desenvolvimento é financiar infraestruturas, e impulsionou o Banco Mundial nesta direção ao trabalhar com um novo quadro de parceiros do setor privado comprometido a construir infraestruturas sustentáveis em países em desenvolvimento.



Para esta finalidade, Kim anunciou que, imediatamente após sua saída, irá se juntar a uma companhia e focar em crescentes investimentos em infraestrutura em países em desenvolvimento. Os detalhes de seu novo cargo serão anunciados em breve. Kim também irá voltar ao conselho da Partners In Health, uma organização que ajudou a fundar há mais de 30 anos.



A CEO do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, será presidente interina a partir de 1º de fevereiro.