Em apoio às autoridades brasileiras, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) doou 17 mil testes rápidos baseados em antígenos para fortalecer a capacidade de diagnóstico da COVID-19 na população migrante e refugiada atendida pela Operação Acolhida em Roraima.
Desde a semana passada, a OPAS já enviou 249,6 mil testes rápidos para quatro estados: Amazonas, Pernambuco, Roraima (incluindo os 17 mil destinados à Operação Acolhida) e Rondônia.
A Operação Acolhida é a resposta humanitária do governo brasileiro ao fluxo da população venezuelana ao país e conta com o apoio de diversas agências da ONU e da sociedade civil.
As Nações Unidas alertaram que o impacto devastador socioeconômico da pandemia da COVID-19 será sentido durante anos, a menos que bons investimentos em economia, na área social e em resiliência climática garantam uma recuperação robusta e sustentável da economia global.
Em 2020, a economia mundial encolheu 4,3%, mais de 2,5 vezes acima do que na crise financeira global de 2009. A modesta recuperação de 4,7% esperada para 2021 mal compensa as perdas de 2020, de acordo com o último relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais.
Em artigo publicado na Folha de São Paulo, o coordenador setorial de Desenvolvimento Humano para o Brasil do Banco Mundial, Pablo Acosta, em colaboração com o economista sênior do Banco Mundial Gabriel Lara Ibarra, escreve sobre a relação entre os impactos da COVID-19 e pobreza.
Os autores explicam a importância do auxílio emergencial para conter a pobreza no Brasil e mantê-la em patamares até menores do que antes da pandemia. Eles defendem que uma ampla reforma dos benefícios sociais, sustentável do ponto de vista fiscal, que possa assegurar a continuidade da assistência para toda a população carente em tempos difíceis.