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UNA-SE: Campanha aborda o potencial do esporte de empoderar mulheres e meninas

26 novembro 2021

Até 10 de dezembro, a ONU Brasil mobiliza parcerias com governos, parlamentos, sistema de justiça, empresas e sociedade civil. O lema é “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres e meninas – Vida e dignidade para todas”, em apoio à iniciativa internacional 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. 

Nesta edição, a campanha investe no empoderamento por meio do esporte como uma ferramenta fundamental para a prevenção e eliminação da violência. Para isso, firmou uma parceria com o programa Uma Vitória Leva à Outra, apoiado pela ONU Mulheres. A iniciativa surgiu no contexto dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e, entre 2015 e 2017, foi implementada em 20 Vilas Olímpicas da cidade do Rio de Janeiro, alcançando diretamente cerca de 800 meninas e tornando-se um dos legados olímpicos.

A ONU entende que a violência baseada em gênero é uma violação dos direitos humanos e, portanto, afeta todas as dimensões de suas vidas, sendo responsabilidade de toda a sociedade.

Legenda: Campanha UNA-SE
Foto: © Nações Unidas

Até  10 de dezembro, a ONU Mulheres em parceria com a ONU Brasil promove a edição anual da campanha UNA-SE, do secretário-geral da ONU pelo fim da violência contra as mulheres, desenvolvida em apoio aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas. Este ano, a iniciativa completa três décadas de mobilização internacional. Em todo o mundo, as Nações Unidas disseminam a mensagem: “Pinte o mundo de laranja: fim da violência contra as mulheres agora!”.

A campanha investe no empoderamento de meninas e jovens por meio do esporte, como uma ferramenta fundamental para a prevenção e eliminação da violência. A ação está sendo levada a cabo em parceria com o programa Uma Vitória Leva à Outra, ação conjunta da ONU Mulheres e do Comitê Olímpico Internacional, em parceria com as ONGs Empodera e Women Win. 

Por meio de histórias e experiências compartilhadas, a campanha UNA-SE irá mostrar como o esporte permite a essas meninas o desenvolvimento de habilidades para a vida, como autoconfiança, autonomia e liderança, fazendo com que rompam com estereótipos de gênero e com o ciclo de violência, não só individualmente, mas em suas comunidades.

Legenda: Campanha UNA-SE
Foto: © Nações Unidas

Impactos da pandemia - A campanha da ONU Brasil faz o chamamento para a união de esforços e de ações para garantir a vida e a dignidade de todas as mulheres e meninas, inclusive no período de recuperação da  pandemia da COVID-19. A pandemia exacerbou fatores de risco para a violência contra mulheres e meninas, incluindo desemprego e pobreza, e reforçou muitas das causas profundas, como estereótipos de gênero e normas sociais prejudiciais.

Estima-se que 11 milhões de meninas podem não retornar à escola por causa da COVID-19, o que aumenta o risco de casamento infantil. Estima-se também que os efeitos econômicos prejudiquem mais de 47 milhões de mulheres e meninas vivendo em situação de pobreza extrema em 2021, revertendo décadas de progresso e perpetuando desigualdades estruturais que reforçam a violência contra as mulheres e meninas.

“Por meio do esporte, meninas e jovens podem se desenvolver como líderes, empoderar-se e realizar tudo o que sempre quiseram. Essa compreensão desde cedo é fundamental para que cada vez menos mulheres se vejam em ciclos de violência.”, explica a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya. 

“Vamos abordar na campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres o esporte como essa força motriz e de empoderamento para a vida das meninas e adolescentes.”

Anastasia Divinskaya, representante da ONU Mulheres no Brasil. 

Campanha no Brasil – Com o mote “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres e meninas – Vida e dignidade para todas”, a campanha deste ano tem como foco visibilizar a violência em diferentes grupos sociais. Ela parte da compreensão que a vulnerabilidade é maior para mulheres e meninas negras, indígenas, quilombolas, LBTQIAP+, com deficiência, idosas, migrantes e refugiadas. Para tanto, aposta na abordagem interseccional das situações de violência, e entende que elas são diferentes a partir dos locais concretos e simbólicos ocupados por cada uma delas.

Com esse posicionamento, a campanha pretende evidenciar que a violência contra mulheres e meninas não é apenas doméstica e física, e que permeia todos os espaços. É o caso da violência em áreas rurais e urbanas; em espaços públicos e privados – em casa e nas ruas, no ambiente político, no local de trabalho; ou por causa de sua atuação. 

Ações no Brasil – A programação da campanha conta com a realização de  eventos on-line e presenciais, com a iluminação de prédios na cor laranja em adesão global à mensagem da prevenção da violência, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e sites da ONU Brasil e de instituições parceiras. Serão ações direcionadas a ampliar a conscientização e responsabilização de toda a sociedade e suas instâncias para a realidade da violência contra as mulheres e meninas e chamar para a ação conjunta, em um concreto engajamento.   

Vale reforçar que a campanha se sustenta sobre o entendimento de que a violência contra as mulheres e meninas é uma violação dos direitos humanos e, portanto, afeta todas as dimensões de suas vidas, sendo responsabilidade de toda a sociedade sua erradicação. 

Origem dos 16 Dias de Ativismo – A campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi criada por ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres em 1991, e este ano marca seu 30º aniversário.  

Mais de 6 mil organizações em aproximadamente 187 países participaram da campanha desde 1991, com alcance de 300 milhões de pessoas. Todos os anos, a ação é coordenada pelo Centro para Liderança Global de Mulheres (CWGL) e reconhecida por governos e instituições para prevenção e eliminação da violência contra as mulheres e meninas.

Em todo o mundo, os 16 Dias de Ativismo abrangem o período de 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a mobilização se inicia em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para buscar ações de combate ao racismo e ao sexismo e pelo enfrentamento à violência contra mulheres e meninas negras. 

Programa Uma Vitória Leva à Outra – O programa surgiu no contexto dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e, entre 2015 e 2017, foi implementado em 20 Vilas Olímpicas da cidade do Rio de Janeiro, alcançando diretamente cerca de 800 meninas e tornando-se um dos legados olímpicos. Em 2018, a iniciativa deu início à sua segunda fase, que se encerra em maio de 2022. A previsão é de alcançar mais de mil meninas em oito territórios em situação de vulnerabilidade social do Rio de Janeiro.  

Junto a práticas esportivas de qualidade, o programa realiza atividades com as beneficiárias para o desenvolvimento de habilidades para a vida, como autoconfiança, autonomia, educação sexual e reprodutiva. As atividades esportivas deste ciclo contam com futebol, vôlei, judô, rugby, capoeira e ginástica rítmica. 

Para saber mais sobre o programa, acesse o site www.umavitorialevaaoutra.org.br  

Contatos para a imprensa:

ONU Brasil / UNIC Rio – Centro de Informação da ONU

ONU Mulheres – Assessoria de Comunicação

Programa Uma Vitória Leva à Outra – Assessoria de Comunicação 

ONU Mulheres

Assessoria de Comunicação

ONU Mulheres
UNIC Rio

Assessoria de Comunicação

UNIC
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

ONU Mulheres
Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento da Mulher
UNDGC
United Nations Department of Global Communications

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa