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23 dezembro 2025
Ferramenta ajuda a conter desinformação no agro e fortalece agricultores no sul da Bahia
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19 dezembro 2025
UNAIDS parabeniza o Brasil pela eliminação da transmissão vertical do HIV
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19 dezembro 2025
Iniciativa para melhorar parques de São Paulo apresenta resultados e anuncia nova fase
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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25 novembro 2025
ONU: 137 mulheres e meninas são mortas todos os dias por parceiros íntimos ou familiares
Marcando o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, o Femicide Brief 2025 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da ONU Mulheres confirma que o feminicídio continua tirando a vida de dezenas de milhares de mulheres e meninas em todo o mundo, sem sinais de progresso real.83 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente no último ano. Sessenta por cento — ou 50 mil — foram mortas por parceiros íntimos ou membros da família. Isso significa que uma mulher ou menina é morta por um parceiro ou familiar quase a cada 10 minutos. Em contraste, apenas 11% dos homicídios de homens foram perpetrados por parceiros íntimos ou familiares no mesmo ano.“O lar continua sendo um lugar perigoso e, às vezes, letal para muitas mulheres e meninas ao redor do mundo. O Femicide Brief 2025 é um lembrete contundente da necessidade de melhores estratégias de prevenção e respostas da justiça criminal ao feminicídio — respostas que considerem as condições que propagam essa forma extrema de violência”, afirmou o diretor executivo do UNODC, John Brandolino. “Feminicídios não acontecem isoladamente. Eles geralmente fazem parte de um contínuo de violência que pode começar com comportamentos controladores, ameaças e assédio, inclusive online”, disse a diretora da Divisão de Políticas da ONU Mulheres, Sarah Hendriks. “A campanha das Nações Unidas pelos 16 Dias deste ano destaca que a violência digital muitas vezes não permanece apenas online. Ela pode escalar offline e, nos piores casos, contribuir para danos letais, incluindo o feminicídio. Toda mulher e menina tem o direito de estar segura em todas as esferas da vida, e isso exige sistemas que intervenham cedo. Para prevenir esses assassinatos, precisamos da implementação de leis que reconheçam como a violência se manifesta ao longo da vida de mulheres e meninas — tanto online quanto offline — e responsabilizem os agressores muito antes de que a situação se torne fatal.”Segundo o relatório Femicide 2025, mulheres e meninas são submetidas a essa forma extrema de violência em todas as regiões do mundo. Estima-se que a maior taxa de feminicídio cometido por parceiros íntimos ou familiares ocorreu na África (3 por 100 mil mulheres), seguida pelas Américas (1,5), Oceânia (1,4), Ásia (0,7) e Europa (0,5).Embora feminicídios também ocorram fora do ambiente doméstico, a disponibilidade de dados ainda é limitada. Para ajudar a preencher essas lacunas, a ONU Mulheres e o UNODC estão trabalhando em estreita colaboração com países na implementação do marco estatístico de 2022, a fim de melhorar a identificação, o registro e a classificação dos assassinatos de mulheres e meninas relacionados ao gênero. Ampliar a disponibilidade de dados será vital para avaliar com precisão a magnitude e as consequências desses feminicídios, além de apoiar respostas eficazes da justiça.Leia o relatório completo aqui. Nota aos editores: Embora o número de quase 50 mil mulheres e meninas mortas no âmbito privado em 2024 seja inferior à estimativa de 51.100 vítimas em 2023, essa variação se deve amplamente a diferenças na disponibilidade de dados em nível nacional e não indica uma redução real.Para saber mais, siga @unodcprt e @onumulheresbr nas redes e visite a página da campanha Una-se 2025: 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Meninas e MulheresContatos para a imprensa: Equipe de mídia do UNODC: unodc-press@un.orgEquipe de mídia da ONU Mulheres: media.team@unwomen.org
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01 dezembro 2025
UNAIDS celebra 25 anos de atuação e 40 anos da resposta à AIDS em parceria com o Brasil
O Programa Conjunto das Nações Unidas (UNAIDS) completa, em 2025, 25 anos de atuação no Brasil em um momento simbólico: os 40 anos da resposta brasileira à AIDS. Essa celebração dupla reforça a importância da parceria com o país construída de forma sólida, sempre trabalhando promoção de políticas públicas multissetoriais que coloquem as pessoas que vivem com HIV no centro da resposta nacional para que tenham vidas sem estigma e discriminação.No âmbito dos 40 anos da resposta à AIDS, nesta segunda (01/12), Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, será inaugurada em Brasília a exposição “40 anos da história da resposta brasileira à AIDS”. A exposição, realizada pelo Ministério da Saúde com apoio do UNAIDS, SESI Lab, Fiocruz, Museu da Pessoa e Grupo Pela Vidda, marca quatro décadas de políticas públicas, ciência, mobilização social e conquistas que transformaram o Brasil em referência mundial na resposta ao HIV e à AIDS.Uma história compartilhada com o BrasilDesde sua chegada ao país, o UNAIDS tem trabalhado para apoiar projetos como Fast-Track Cities, que acelera resposta municipais; o Índice de Estigma, que usa dados e evidências coletados pela sociedade civil para medir o estigma e a discriminação na sociedade brasileira, com diferentes populações.O UNAIDS também atua no apoio às organizações da sociedade civil e redes de pessoas que vivem com HIV para fortalecer políticas públicas que ampliam o acesso à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento do HIV, contribuindo para solidificar estratégias que fortalecem na sociedade brasileira uma cultura sem estigma e discriminação em relação às pessoas que vivem com HIV.O UNAIDS reúne os esforços de 11 organizações da ONU – ACNUR, UNICEF, WFP, PNUD, UNFPA, UNODC, ONU Mulheres, OIT, UNESCO, OMS e Banco Mundial – e trabalha em estreita colaboração com parcerias globais e nacionais para acabar com a epidemia de AIDS até 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).O Brasil sempre se destacou por uma resposta pioneira. No entanto, manter esse protagonismo exige esforços contínuos. Por isso, o UNAIDS atua para ampliar diálogos com governos, sociedade civil, academia, setor privado e, principalmente, as comunidades, que devem sempre estar no centro da resposta.Em sua mensagem para o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatiza que “temos o poder de transformar vidas e futuros, e acabar com a epidemia da AIDS de uma vez por todas,” ressaltando que “acabar com a AIDS significa empoderar comunidades, investir em prevenção e ampliar o acesso ao tratamento para todas as pessoas.”“Acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030 está ao nosso alcance. Vamos fazer o trabalho.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 1° de dezembro de 2025 Fortalecimento de políticas públicas com foco nas pessoasAo longo de 25 anos, o UNAIDS tem colaborado para que a resposta brasileira permaneça guiada por evidências e inclusão. Isso significa apoiar ações que reconhecem a diversidade do país e que respondam às necessidades reais das populações mais vulneráveis ao vírus como a comunidade LGBTQIA+, em especial pessoas trans; homens que fazem sexo com outros homens (HSH); profissionais do sexo; pessoas privadas de liberdade, população negra, indígena e mulheres.Com a chegada de novas tecnologias de prevenção e tratamento, como os medicamentos injetáveis de longa duração e a ampliação da testagem, novas oportunidades surgem. No entanto, essas ferramentas só produzem impacto quando chegam às pessoas que mais precisam. Assim, o UNAIDS segue atuando para apoiar políticas que levem informação de qualidade, ampliem o acesso e reduzam desigualdades.“A resposta brasileira é um exemplo para o mundo e mostra que colocando as comunidades no centro e a partir de uma estratégia multissetorial é possível transformar a resposta à AIDS. O UNAIDS está no Brasil há 25 anos e celebramos essa trajetória de trabalho conjunto com o governo com muito orgulho, baseada nos direitos humanos de todas as pessoas vivendo com HIV e AIDS. Seguiremos trabalhando para não deixar ninguém para trás”, destaca a diretora e representante do UNAIDS no Brasil, Andrea Boccardi Vidarte. Avanços, desafios e o futuro da respostaOs 40 anos da resposta à AIDS no Brasil mostram um caminho marcado por conquistas importantes. Desde o acesso universal e tratamento gratuito via Sistema Único de Saúde (SUS) até campanhas que colocaram o país como referência global, a história brasileira é reconhecida internacionalmente. Entretanto, os desafios persistem. A redução das desigualdades, a ampliação dos serviços e a eliminação do estigma continuam sendo prioridades.O UNAIDS acredita que o futuro exige inovação, cooperação e compromisso permanentes com os direitos humanos. Por isso, a parceria com o Brasil segue firme. Com evidências, tecnologias e oportunidades, o UNAIDS apoia iniciativas que acelerem o alcance das metas globais e que garantam que ninguém fique para trás.25 anos de UNAIDS no Brasil: respeito, equidade e transformaçãoAo longo de sua trajetória, o UNAIDS se consolidou como um aliado estratégico, trabalhando lado a lado com o país para transformar vidas. O compromisso com o fim da AIDS como ameaça à saúde pública permanece firme. No entanto, essa meta só será possível com ações integradas, participativas e guiadas por direitos.Por isso, é necessário investir em estratégias que combatam desigualdades e fortaleçam comunidades. A experiência mostra que respostas bem-sucedidas dependem de políticas multissetoriais que respeitam a autonomia das pessoas e que garantem acesso a serviços de saúde de qualidade. Além disso, o engajamento da sociedade civil organizada continua sendo essencial para manter o Brasil como referência global.O futuro da resposta à AIDS depende de ações integradas e do fortalecimento de todas as pessoas que compõem essa trajetória. Com determinação, colaboração e visão estratégica, a resposta precisa ser cada vez mais inclusiva, inovadora e transformadora.SERVIÇO: Lançamento da exposição “40 anos da história da resposta brasileira à AIDS”Data: 1° de dezembro de 2025Horário: 16hLocal: SESI Lab – SCTS 01, Bloco A – Brasília – DF – (ao lado da rodoviária do Plano Piloto)Confira a programação da exposição: Dia 1 - Dia 2 - Dia 3 - Dia 4 - Dia 5 - Dia 6 - Dia 7Não é necessário credenciamento para visitar a exposição. Para saber mais, siga @unaidsbrasil nas redes e visite a página do UNAIDS Brasil: https://unaids.org.br/ Contato para a imprensa: Thainá Kedzierski, Oficial de Comunicação e Advocacy do UNAIDS Brasil: kedzierskith@unaids.org
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02 dezembro 2025
Brasil e Cabo Verde consolidam cooperação na área de moradia
A capital de Cabo Verde, Praia, será o cenário do fechamento da cooperação técnica que aproximou as experiências do Brasil e do país africano na área da moradia ao longo dos últimos 14 meses. De 1º a 5 de dezembro, representantes de instituições brasileiras e cabo-verdianas participam de uma nova missão para dialogar e verificar os avanços alcançados por meio das atividades do projeto, cujo objetivo é apoiar Cabo Verde a reduzir seu déficit habitacional. Desde agosto de 2024, os dois países vêm compartilhando boas práticas e fortalecendo capacidades por meio do intercâmbio de conhecimentos entre diferentes instituições. Esta é a quarta missão realizada no âmbito do projeto — sendo três em Cabo Verde e uma no Brasil.A iniciativa faz parte do Simetria Urbana, iniciativa de Cooperação Sul-Sul Trilateral entre o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Seu objetivo é promover o desenvolvimento urbano sustentável em países do Sul Global, por meio da troca de experiências e do fortalecimento de capacidades.“Encerramos esta fase do projeto com um sentimento de construção coletiva e de fortalecimento institucional. Esta missão tem o papel de consolidar o legado deixado ao longo das atividades, e reforça a capacidade de Cabo Verde de seguir avançando com os instrumentos e metodologias desenvolvidos durante a cooperação. Este é também um momento de sistematizar lições aprendidas, ajustar responsabilidades e preparar o terreno para os próximos passos no pós-missão”, comenta a analista de programas do ONU-Habitat à frente do Simetria Urbana, Laura Figueiredo.Para a Analista de Projetos da ABC, Monica Salmito, “O Simetria Urbana demonstra a força da Cooperação Sul-Sul ao unir conhecimentos e capacidades para enfrentar desafios comuns. Em Cabo Verde, pudemos apoiar a construção de soluções que permanecerão além do projeto, fortalecendo instituições locais e ampliando as bases para políticas habitacionais mais inclusivas e sustentáveis." Programação e temáticasDurante os cinco dias de programação, a missão acompanha os avanços alcançados nas três frentes de trabalho do projeto, promovendo um momento de reflexão acerca dos avanços realizados ao longo do último ano. No campo do planejamento habitacional, os municípios de São Domingos e São Miguel apresentam o progresso na elaboração de seus Planos Municipais de Habitação – documento que representa um passo importante para que as cidades possam planejar seu desenvolvimento urbano de forma mais estruturada e alinhada às necessidades locais.Outro destaque da agenda é o trabalho desenvolvido no tema da Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS). A missão vai fortalecer as bases para que Cabo Verde avance na construção de uma política nacional dedicada ao tema, reunindo governo central, municípios e instituições técnicas.A programação também aprofunda as discussões sobre trabalho social e gestão condominial, áreas essenciais para garantir que as famílias tenham condições adequadas de viver e se organizar nos empreendimentos habitacionais. As instituições cabo-verdianas apresentam propostas de modelos de gestão e de regras para condomínios sociais, elaboradas ao longo do projeto.ParticipantesIntegram a delegação brasileira representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC); do Ministério das Cidades; do ONU-Habitat; da Caixa Econômica Federal; da Fundação João Pinheiro (FJP); do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e de São Paulo (CAU/SP).Já Cabo Verde será representado por profissionais do Ministério das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH), por meio da Direção Geral da Habitação (DGH); do Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT); da empresa pública Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH); do ONU-Habitat Cabo Verde e das Câmaras Municipais de São Miguel, São Domingos e Sal.Contatos para a imprensa: Aléxia Saraiva (alexia.saraiva@un.org)Janaina Plessmann (janaina.plessmann@abc.gov.br)
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07 abril 2025
Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2024
O Relatório Anual das Nações Unidas apresenta os resultados de um ano de avanços estratégicos no Brasil. Por meio de um planejamento integrado e de investimentos catalisadores, o Sistema ONU, formado por 24 entidades, atuou conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento do país, com atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos populacionais e ao meio ambiente.Seguindo as diretrizes do Marco de Cooperação, vigente de 2023 a 2027, ao longo de 2024 a ONU trabalhou em temas como saúde, educação, emprego e renda, acesso a serviços básicos, equidade, direitos humanos e assistência humanitária em 351 iniciativas, que trouxeram benefícios para milhões de pessoas. O investimento feito no país foi de US$ 155 milhões. Confira dez pontos de destaque do que o Sistema das Nações Unidas alcançou em 2024:Resposta à emergência no Rio Grande do SulResposta a secas e queimadasMobilização de R$ 55 milhões para o Fundo Brasil-ONU para a AmazôniaApoio à elaboração da Contribuição Nacionalmente Determinada de redução de emissões de gases do efeito estufaRealização de 55 missões de autoridades da ONU ao BrasilApoio à delegação brasileira de jovens no Y20Engajamento na Aliança Global contra a Fome e a PobrezaParticipação brasileira na Cúpula do FuturoAdoção do ODS18 – Igualdade Étnico-RacialApoio à presidência brasileira do G20
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Publicação
22 setembro 2025
Relatório Anual das Nações Unidas 2025
“O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 18 de setembro de 2025 O Relatório Anual das Nações Unidas 2025 faz uma retrospectiva de um ano de adversidades e esperança para a humanidade. Em 2024, conflitos fatais continuaram a causar sofrimento massivo e deslocamentos. Nosso planeta quebrou novos recordes de calor. A pobreza, a fome e as desigualdades aumentaram, enquanto tecnologias transformadoras como a inteligência artificial se expandiram sem regulamentações eficazes, e o direito internacional e os direitos humanos foram desrespeitados.
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
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História
03 dezembro 2025
Em São Paulo, gêmeos Guarani unem saneamento e tradição ancestral
A cena já faz parte do cotidiano dos Guarani Mbya que vivem nas aldeias da Terra Indígena Jaraguá Kwaray Djekupe, na zona norte de São Paulo. Logo cedo, quando os primeiros raios de sol dissipam a neblina sobre a vasta vegetação, os gêmeos Karai Poty e Karai Mirim, de 37 anos — conhecidos em português como Anderson Augusto Vilar Martim e André Augusto Vilar Martim — caminham entre as casas e as matas. Com atenção e cuidado, observam as condições de saneamento, em atividades que unem o trabalho técnico ao respeito pela cultura Guarani.Munidos de pás, enxadas, luvas de borracha e peças hidráulicas, eles atuam como agentes de saneamento indígenas. Porém, o cuidado com a água não se limita à saúde pública: é entendido também como uma conexão espiritual fundamental para a vida no território.“Acreditamos que há espíritos em tudo: nos objetos, na mata, em cada ser. Cada elemento da natureza nos fortalece quando entramos em contato com ele. E com a água não é diferente”, explica André. “A água é vida, é parte de nós. Diante de uma cachoeira ou de uma nascente, mergulhamos logo cedo para renovar o espírito e começar bem o dia”, completa Anderson. Vocação para o saneamento A vida da comunidade, que utiliza a terra para o cultivo e a criação de animais, sempre foi ritmada pelo córrego Ribeirão Vermelho, que atravessa a mata e servia como fonte de água, alimento e força espiritual. Atualmente o ribeirão encontra-se poluído e está impróprio para banho e consumo, realidade que motivou os gêmeos a transformar a lamentação em ação.O trabalho dos irmãos com o saneamento começou de formas diferentes. Anderson foi o primeiro: iniciou sua trajetória em 2016, quando foi selecionado para a vaga de agente de saneamento indígena na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) Aldeia Jaraguá Kwaray Djekup, unidade da Secretaria Municipal da Saúde voltada à população indígena e administrada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM/PAIS). Desde então, sua rotina envolve a implementação e o monitoramento de sistemas de saneamento básico, como nascentes e poços artesianos, fossas sépticas, banheiros comunitários, vias de drenagem e soluções de coleta de resíduos.Muitas pessoas que vivem na Terra Indígena Jaraguá não falam português. Por isso, e pelo fato de serem membros das aldeias, os agentes de saneamento conquistam a confiança dos habitantes e desempenham um papel essencial no cuidado com as estruturas domiciliares e na comunicação com o poder público. “Conversamos com os moradores na língua guarani mbya e temos acesso às casas para avaliar os problemas e pensar juntos nas melhores soluções”, explica Anderson. Outro aspecto importante de seu trabalho é a busca de recursos junto a órgãos públicos, organizações de saúde e comunidades parceiras. “O papel de agente de saneamento dá legitimidade para participar de reuniões, correr atrás e resolver problemas”, comenta. “Posso ir a autoridades, políticos e outras lideranças para pedir recursos e apoio. Não dá para ficar parado esperando.”Sua trajetória ganhou um novo capítulo com a chegada de André. Inspirado pelo trabalho do irmão, decidiu seguir o mesmo caminho e, desde agosto, passou a atuar como o segundo agente de saneamento da unidade de saúde indígena. Antes disso, André trabalhava como auxiliar de limpeza no mesmo local, e foi ali, entre corredores e pátios, que começou a perceber com mais clareza a ligação entre o saneamento e a saúde da comunidade — e entendeu que poderia ser um multiplicador de boas práticas. “Eu via o quanto as pessoas sofriam com surtos de dengue e outros problemas. Agora posso organizar grupos para fazer mutirões de limpeza e eliminar focos. É diferente quando a gente atua junto, mobilizando as aldeias e envolvendo todo mundo nesse cuidado”, conta André.Outra motivação é integrar a educação ambiental às tradições do povo Guarani. “Falamos principalmente sobre cuidar do território e da água, manter as nascentes limpas, zelar pelas fossas e não jogar resíduos nos rios, sempre pensando na nossa conexão com os elementos da terra”, explica. “Quando a água está limpa e o lugar está em equilíbrio, o espírito da comunidade também se fortalece.” Laços com o territórioO empenho dos irmãos tem como inspiração sua avó, Kerexu, chamada em português de Jandira Augusta Venício, uma das fundadoras da Terra Indígena Jaraguá e reconhecida como uma das primeiras mulheres a ocupar o papel de cacica no Brasil.Ao longo das décadas de 1970 e 1980, outras famílias Guarani Mbya vindas do Paraná, do litoral e do sul do país se juntaram a eles, consolidando a presença indígena na região. Com o avanço da urbanização no entorno e a morte do marido, Jandira assumiu a liderança da aldeia, articulando demandas por educação, saúde e reconhecimento territorial em meio à pressão crescente da cidade. Um dos marcos de sua luta ocorreu em 1987, com a primeira demarcação da terra. Porém, de forma insatisfatória, apenas 1,7 hectare foi oficialmente demarcado, o equivalente a pouco mais de dois campos de futebol, o que transformou a área na menor terra indígena do país. Após diversas tentativas na Justiça para ampliar essa área, um importante avanço aconteceu 37 anos depois, em 2024, quando o Ministério da Justiça declarou a posse de 532 hectares. Trata-se, porém, da segunda de cinco etapas do processo de demarcação almejado.Os gêmeos cresceram acompanhando a liderança da avó, cuja força e determinação seguem como referência. “Ela tinha um modo de lutar pela terra e de ir diretamente às autoridades em busca da demarcação. E fazia isso em plena ditadura militar”, recorda Anderson. “Ela lutou por cada pedaço desta terra e pela vida do povo. Ela nos inspira”, emenda André.Jandira e seu marido, Kuaray Augusto (Joaquim Augusto Martins), fundaram no final dos anos 1950 a primeira aldeia da Terra Indígena Jaraguá: a Tekoa Ytu, o “Lugar da Cachoeira”, em referência às nascentes e córregos então abundantes. A ação do casal marcou a reocupação do território Guarani Mbya na região, após séculos de expulsões desde a colonização portuguesa. A terra, situada ao lado do Pico do Jaraguá — o ponto mais alto de São Paulo —, tem um significado central na cosmologia guarani, sendo considerada uma “terra de passagem” na busca ancestral pela terra sem males, um espaço mítico de plenitude e harmonia espiritual.Lições para o saneamento de São PauloO trabalho dos gêmeos foi essencial para conectar as demandas da aldeia ao processo de diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado, que está sendo desenvolvido em uma parceria do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo. Recentemente, representantes das instituições visitaram a Terra Indígena Jaraguá para conhecer de perto a situação local. O plano vai orientar as ações de saneamento da cidade nos próximos anos, oferecendo diretrizes para o planejamento, a execução e o monitoramento de políticas públicas relacionadas à água, esgoto, drenagem urbana e resíduos sólidos. O documento vai incluir pareceres técnicos, indicadores socioambientais e propostas construídas junto à população para enfrentar desafios históricos e avançar em soluções mais eficientes, sustentáveis e inclusivas.A elaboração do plano envolve diversas etapas de participação social. Entre julho e setembro, foram realizadas 33 oficinas presenciais em toda a capital paulista. Ao todo, 1.199 pessoas participaram das atividades, que resultaram em 615 contribuições sobre diversos temas do saneamento. Nesse contexto, ouvir os diferentes grupos que compõem a população, como os indígenas, é essencial. “As práticas, os saberes indígenas e sua relação com a água nos ajudam a repensar a abordagem do saneamento de forma mais integrada, considerando o território, a cultura e o modo de vida de cada comunidade. Essa escuta é essencial para construir soluções que respeitem as diferentes realidades da cidade”, afirma o coordenador do Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado no ONU-Habitat, Lucas Daniel Ferreira. Outra diretriz do plano é a atenção especial aos territórios em situação de vulnerabilidade socioambiental, como a Terra Indígena Jaraguá, catalisando o trabalho dos agentes de saneamento e incorporando suas preocupações no planejamento da cidade. Além da poluição no córrego Ribeirão Vermelho causada pela ocupação urbana no entorno, a região enfrenta interrupções no fornecimento de água pela rede pública, vazamentos e falta de conservação em fossas sépticas. “Há fossas que ficam entupidas e precisam de bombeamento para serem esvaziadas. Algumas ficam muito cheias, acabam vazando e gerando mau cheiro”, comenta André.Esses desafios reforçam a necessidade de políticas públicas integradas e de ações contínuas de prevenção, manutenção e investimento em infraestrutura. “A realidade da Terra Indígena Jaraguá evidencia tanto os desafios quanto as oportunidades relacionadas à universalização do acesso à água de qualidade, ao tratamento e à destinação correta do esgoto, e à requalificação dos corpos d’água em articulação com o meio ambiente e seus múltiplos usos”, destaca a coordenadora de Segurança Hídrica da SMUL-SP, Amanda de Almeida Ribeiro. Além do plano de saneamento, o ONU-Habitat também apoia a Prefeitura na elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos, que reúne diretrizes para a geração, separação, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos. O plano abrange ainda a limpeza pública, a gestão de resíduos especiais, o trabalho de catadores e cooperativas, a reciclagem e a logística reversa.O olhar para o futuroO saneamento na Terra Indígena Jaraguá também traz exemplos de inovação no saneamento em sintonia com a sustentabilidade. Entre as casas e o verde do território, Anderson e André constroem banheiros comunitários equipados com sistemas de vermifiltro, uma solução ecológica que utiliza minhocas para transformar resíduos orgânicos em biofertilizante, filtrando a água por meio de camadas de pedra e areia.De olho no futuro, mas guiados pelas memórias, os irmãos acompanham o planejamento de um novo projeto que busca atender às necessidades hídricas das aldeias e resgatar tradições: um lago comunitário. Além de servir ao plantio e ao abastecimento, a iniciativa responde a um desejo coletivo do povo Guarani Mbya de restabelecer a relação ancestral com a água.“No passado, todo indígena sabia nadar. Mas hoje alguns jovens já não sabem, porque não têm acesso às águas. É um grande impacto para a nossa cultura não poder ensinar as crianças a mergulhar e pescar do jeito ancestral”, lamenta Anderson.O córrego Ribeirão Vermelho, cuja degradação despertou nos irmãos a vocação para o saneamento, continua servindo de inspiração, agora em forma de sonho: o de vê-lo despoluído. “Cuidamos do rio, tentamos mantê-lo limpo. Já buscamos várias formas de recuperação, mas é difícil”, conta André. “Mas os espíritos continuam ali. Um dia, o rio renascerá.”Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contato para imprensa: Alex Gomes (alex.gomes@un.org)Aléxia Saraiva (alexia.saraiva@un.org)
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História
03 dezembro 2025
“Elizabeth não só ganhou peso, como seu semblante mudou - ela está feliz”
A menina Elizabeth Lefébre, de apenas sete anos e que nasceu com microcefalia, está vencendo uma luta travada desde antes da sua chegada ao Brasil: a desnutrição. Sua família vivia em El Dorado, na Venezuela, e decidiu migrar para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Com a ajuda dos pais e do irmão mais velho, de 12 anos, Eliza, como é chamada pelos familiares, está em plena recuperação para viver dias mais saudáveis na sua infância, que recomeça em um novo país.No âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária para refugiados e migrantes da Venezuela liderada pelo Governo Federal, há uma equipe multiprofissional capacitada para apoiar os cuidados de casos como o de Elizabeth. São nutricionistas do projeto do UNICEF em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).Logo na sua chegada ao abrigo, Elizabeth passou a ser acompanhada pela equipe de nutrição, e recebeu as orientações médicas para tratar o caso. As profissionais prescreveram uma dieta que prevê uma alimentação balanceada com a ajuda de suplementos. Com o tratamento, a menina começou a recuperar energia, vitaminas e minerais necessários para o seu desenvolvimento. Luara Reis, nutricionista da ADRA que acompanha Elizabeth, compara a evolução no tratamento."No nosso primeiro contato, Eliza estava muito debilitada, bem fraquinha e ainda com anemia. Hoje ela está completamente diferente, é uma menina forte e saudável, e tudo isso graças aos pais, que levaram a sério o tratamento, que também foi possível graças aos monitores de saúde, que acompanham seu caso de perto no dia a dia. Esses esforços em conjunto estão contribuindo para que em breve ela fique 100% recuperada", destaca a profissional.O tratamento contra a desnutrição de Elizabeth é uma responsabilidade de todos na família. Até mesmo o irmão Israel sabe como preparar o alimento da caçula, e sempre se encarrega de lembrar os pais.“Quando estou com fome, penso que Eliza também deve estar e falo para os meus pais. Gosto de cuidar dela, porque sou o irmão mais velho. Se meus pais não podem, eu estou aqui para cuidar dela e fazer a sua comidinha também.”Mudança de vida“Não estava certo. Eles não estavam bem. Não sorriam, não tinham outras crianças para brincar e estavam muito fracos”, explicam José e Deily Lefébre, pais das crianças. Segundo eles, os recursos na Venezuela não permitiam a aquisição de uma dieta balanceada e saudável para as crianças. Com a ajuda da avó das crianças e mãe de José, a família conseguiu realizar o sonho de mudar para o Brasil.A mudança não foi fácil. Mas isso não impediu que a família sentisse fé.“Quando chegamos aqui, Israel ficou internado por 12 dias, porque estava muito doente por causa da malária. Ao mesmo tempo, já no abrigo, Elizabeth foi atendida pela pediatra, que a diagnosticou com desnutrição e nos encaminhou para a nutricionista, que prescreveu um tratamento para que Elizabeth pudesse melhorar também. Com apenas três dias aqui, Elizabeth começou a receber os suplementos que a ajudam no tratamento da desnutrição. Até hoje ainda não acreditamos que tudo isso foi gratuito”, conta a mãe, Deily, entusiasmada. A mudança de vida foi impactante para a família, principalmente nos cuidados com Elizabeth. José e Deily aprenderam sobre novas formas de cuidar da filha, que está sendo acompanhada.“Com o seu tratamento e sua alimentação, que hoje se adequa ao que o corpo dela precisa, Eliza tem dormido muito bem. Ela acorda e vai dormir sorrindo, é muito mais ativa do que antes, brinca e interage com as pessoas, coisas que eram inimagináveis antes”, conta o pai.Os pais estão animados principalmente com a melhora de Eliza, que a cada dia vai se tornando mais forte, e com Israel, que está ansioso para ir para a escola.“Sei que logo ela poderá estar indo para a escola e se tornando independente, vivendo sua infância normal. Já Israel mudou de pensamento, antes ele dizia ‘papai, não quero ir para a escola. Quem estuda não ganha nada. Eu quero trabalhar’ e hoje ele fala o oposto. O nosso sonho está se concretizando”, explica o pai.Nutrição e migraçãoO UNICEF trabalha com a promoção de saúde e nutrição para a população refugiada e migrante. Apenas em 2023, foram 6.138 triagens de condição nutricional de crianças de 6 a 59 meses que vivem em abrigos e assentamentos informais em Roraima. Como resultado, 1.256 crianças foram identificadas com algum nível de desnutrição aguda, seja moderada ou grave, e receberam suplementação nutricional para tratar o déficit de crescimento e o emagrecimento.
A estratégia conta com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF no Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
A estratégia conta com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF no Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
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História
02 dezembro 2025
Reparando vidas após o desastre
Desastres não apenas racham o solo - eles destroem o coração das comunidades.Dos desastres intensificados pela mudança climática à destruição causada por conflitos e outras crises de origem humana, o foco da reparação costuma se concentrar no que é visível - como os prédios desabados, as ruas alagadas e a infraestrutura destruída.No entanto, as feridas mais profundas são, muitas vezes, as invisíveis - as cicatrizes emocionais e a dor daqueles que foram permanentemente deslocados, carregando consigo as lembranças de seus lares e de uma comunidade para a qual talvez nunca mais possam retornar.“Às vezes as pessoas pensam no território apenas como infraestrutura, mas ele também é feito das conexões entre as pessoas [...]. Não foram apenas as paredes que caíram – foram as nossas vidas”, diz Roberta Santos, moradora deslocada.Em março de 2018, Roberta e outros habitantes de Maceió sentiram tremores e fortes estrondos vindos do subsolo.Após décadas de extração subterrânea de sal-gema na cidade, os túneis começaram a colapsar, fazendo com que o solo acima afundasse. Cinco bairros - Pinheiro, Bom Parto, Bebedouro, Mutange e Farol - foram atingidos, com casas, comércios, escolas e centros de saúde entrando para a zona de risco e destruindo a vida de dezenas de milhares de pessoas. Cerca de 6,2% da área urbana da cidade foi comprometida. A tragédia em curso em Maceió é considerada o maior desastre socioambiental urbano do Brasil. Cerca de 60 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas, deixando para trás anos de memórias, histórias familiares, convivência e o sentimento de pertencimento construído ao longo de gerações.“Vimos nossos amigos irem embora, vimos nossa escola e nossa igreja fecharem. O trem que conectava nossos bairros parou de funcionar. Perdemos o valor mais importante: o lar”, diz Paulo Rodrigo, jovem líder da comunidade Quebrada, parte do bairro de Bebedouro, um dos afetados pelo desastre. Perda de biodiversidade e de meios de subsistênciaO colapso contínuo das minas também trouxe impactos ambientais mais amplos na região, inclusive sobre a biodiversidade.Paulo se lembra de um dia, em dezembro de 2023, quando o colapso de uma grande mina fez com que sal fosse liberado na Lagoa Mundaú, a oeste de Maceió. A lagoa abriga um ecossistema rico que, por muito tempo, foi a principal fonte de renda para milhares de famílias que dependiam da pesca e da coleta de sururu. A saúde do ecossistema delicado da lagoa se deteriorou significativamente desde a entrada de resíduos minerais.“A lagoa está doente, as garças-rosas e cinzas desapareceram desde o dia do desastre”, conta Joseane dos Santos, mãe de nove filhos criados às margens da lagoa e que cresceram com a renda que ela obtinha pescando e catando mariscos.Para muitos, uma lagoa doente não representa apenas a perda de renda, mas também a perda de sua história e identidade.“A lagoa é minha mãe, meu pai, minha vida”, acrescenta.Rumo à justiça e à recuperaçãoEm resposta ao desastre, o UNOPS, organismo da ONU especializado em gestão de projetos e infraestrutura, está trabalhando com o Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais, um grupo formado por pessoas voluntárias que reúne comunidades para construir o caminho da reparação. As iniciativas são financiadas com recursos oriundos de uma ação civil pública representada pelo Ministério Público Federal em Alagoas.Por meio do programa “Nosso Chão, Nossa História”, a iniciativa busca reparar os danos morais coletivos sofridos por uma comunidade que foi dispersa pela cidade de Maceió.“Agora queremos justiça [...] ajudar a curar a população [...] e lembrar da história, da nossa história”, diz Dilma de Carvalho, presidente do Comitê Gestor.O programa busca reunir as comunidades deslocadas para curar as feridas sociais deixadas pelo desastre e reconstruir a região coletivamente. Por meio de projetos comunitários, o foco está em restaurar o bem-estar mental, criar oportunidades de geração de renda e empreendedorismo e fortalecer os laços que mantêm as comunidades unidas. Também promove educação ambiental e trabalha para preservar a cadeia produtiva da Lagoa Mundaú, apoiando organizações da sociedade civil local que lideram o caminho rumo à reparação.“Já havíamos conseguido indenizações individuais para aqueles que tiveram que deixar suas casas, mas era necessária uma reparação pelos danos morais coletivos”, afirma a procuradora Roberta Bomfim.“Podem ser construídos processos para mitigar danos, mitigar consequências e abrir caminhos para a reconstrução dos laços sociais. [...] Estamos aqui para começar esse trabalho”, diz Bernardo Bahia, Gerente de Projetos do UNOPS.Para Roberta Santos, retornar às ruas desertas de seu antigo bairro em Maceió foi um longo processo de luto. Por meio de sua participação em um dos projetos comunitários oferecidos pelo programa, ela começou a se curar.“Finalmente, consegui lidar com o trauma, e não foi tão traumático voltar [ao lugar onde tudo começou].” Sobre o programa:Desde seu lançamento, em 2023, o Programa Nosso Chão, Nossa História destinou cerca de US$ 1,77 milhão a 13 projetos de reparação. O orçamento total é de aproximadamente US$ 28,7 milhões.As iniciativas apoiam diretamente as comunidades afetadas e ajudam a reparar danos extrapatrimoniais. Todos os projetos são desenvolvidos sob a coordenação do Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais, garantindo diálogo e participação contínua daqueles que foram impactados.Novos projetos estão previstos até 2027, duração total do programa. Para saber mais, siga @nossochao.maceio nas redes e visite a página do Programa Nosso Chão, Nossa História: https://nossochaomaceio.org
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História
01 dezembro 2025
Brasil e ONU: Parceria por uma COP30 transformadora
O Brasil voltou a ocupar o centro da diplomacia climática global ao sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, no coração da Amazônia. Como líder nas discussões ambientais desde a Conferência Rio 92 — onde nasceu a Convenção-Quadro da ONU sobre Clima — o Brasil se comprometeu em fazer da COP30 muito mais do que um encontro: uma oportunidade decisiva para alinhar os compromissos globais com as realidades das populações mais afetadas pela crise climática.Há décadas, o país demonstra que proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento podem caminhar juntos. Desde sua matriz energética pioneira — com 88% da eletricidade proveniente de fontes renováveis — até seus programas inovadores de inclusão social, o Brasil tem sido um forte defensor do desenvolvimento sustentável e da solidariedade global.As Nações Unidas se orgulham de apoiar essa liderança. Juntamente com o Governo do Brasil, a ONU trabalhou para que a COP30 cumpra os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, tornando a Conferência não apenas um momento de negociação, mas também de transformação. Esforço Integrado da ONUA Equipe da ONU no Brasil, sob a liderança do Escritório de Coordenação, prestou apoio abrangente ao Governo Brasileiro nos âmbitos político, programático, comunicacional, logístico e operacional.A ONU ofereceu assistência técnica à formulação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, o que garantiu que o país fosse um dos primeiros a apresentar seus compromissos e desse o exemplo a outros Estados-membros. Além disso, a ONU Brasil está conduzindo uma campanha nacional para aumentar a conscientização sobre a COP30 e estimular a participação de públicos diversos. Nossas equipes locais também colaboram com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima no Balanço Global (Global Stocktake), contribuindo para a avaliação do progresso coletivo em ação climática. Paralelamente, outra iniciativa fundamental, a Maloca tornou COP30 mais inclusiva por meio de uma plataforma de participação remota que conectou pessoas de todo o mundo a Belém. Conectando Clima, Natureza e DesenvolvimentoEm todo o Brasil, o sistema ONU está implementando atualmente 33 programas focados no ODS 13 – Ação contra a Mudança Global do Clima, com uma visão comum: a resposta à crise climática deve promover justiça social, igualdade de gênero e crescimento inclusivo.Lançado em 2023, no Pará, com a participação da vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, o Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia exemplifica nosso espírito de parceria. Estamos trabalhando com os governos dos nove estados amazônicos e com o governo federal para mobilizar recursos que ajudem a reduzir os vetores do desmatamento e fortalecer a resiliência das comunidades locais.Com uma contribuição inicial de aproximadamente US$ 10 milhões do Governo do Canadá, os primeiros projetos do Fundo estão promovendo soluções integradas e regionalmente conduzidas para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Em toda a região, uma ampla colaboração das agências da ONU apoia comunidades indígenas e tradicionais por meio de iniciativas locais sensíveis à questão de gênero. No Acre, outro programa está fortalecendo a bioeconomia, a governança fundiária e a restauração florestal — transformando produtos locais em bens de maior valor agregado que unem saberes ancestrais à inovação. No Maranhão e no Pará, o programa “Terras para Elas” empodera mulheres quilombolas, indígenas, ribeirinhas, quebradeiras de coco babaçu e mulheres rurais LGBTQIA+, garantindo-lhes títulos de terra, capacitação e acesso a crédito. Uma das participantes deu um depoimento poderoso: por três gerações, sua família lutou pela terra ancestral — começando por sua avó, depois sua mãe — e agora sua geração finalmente verá justiça e esperança.E foi com esse ímpeto que o governo canadense anunciou no dia 11 de novembro, em plena COP30, uma nova doação para o Fundo, no valor de 4,3 milhões de dólares canadenses.De Belém para o Mundo: uma Década de Soluções Belém será lembrada como mais do que simplesmente a cidade-sede da COP30; será um símbolo do que é possível quando países, comunidades e instituições se unem para proteger nossa casa comum. A parceria entre o Brasil e as Nações Unidas reflete uma crença compartilhada: a de que a ação climática não é apenas sobre proteger o planeta, mas também sobre garantir dignidade, oportunidade e esperança para todas as pessoas.Juntos, de Belém para o mundo, a COP30 pode ser o ponto de virada para uma década de soluções climáticas baseadas na solidariedade, na inclusão e na responsabilidade compartilhada.Para saber mais, visite a página especial da ONU Brasil para a COP30 e acompanhe a cobertura especial da ONU News em português.
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História
19 novembro 2025
“Sou capaz de aprender qualquer coisa, mas eu não sabia disso antes”
Na paisagem urbana de São José de Ribamar, no Maranhão, entre as ruas do Residencial Turiúba, vive uma adolescente que carrega no nome o que se reflete na sua trajetória: Andreina Vitória. Aos 17 anos, ela já entende que avançar na vida vai muito além de conquistas pessoais.É também sobre resistir, representar e inspirar. E ela tem feito exatamente isso. Andreina cresceu em um território onde as dificuldades do cotidiano muitas vezes sufocam os sonhos da juventude.“Onde eu moro é um lugar bastante perigoso. Por isso, a minha família é a minha base. É onde encontro apoio e incentivo todos os dias para estudar e correr atrás do meu futuro”, conta com firmeza.Andreina é estudante do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) São Luís – Unidade Cohab, onde cursa o Técnico em Informática. Ela encontrou na educação um caminho possível, real e potente para transformar sua própria realidade e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. Entre redes de apoio, professores atentos e oportunidades transformadoras, ela passou a compreender que sua trajetória tem valor, e tem impacto em sua comunidade.Um projeto que despertou mais que talentosO marco dessa transformação veio com o convite da professora Lorena para participar do projeto Educa STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), uma iniciativa do UNICEF e parceiros que conecta juventude e ciência, educação e território.“Eu conheci o projeto através da minha professora. Ela me explicou, e eu decidi experimentar, viver essa oportunidade. Eu queria aprender coisas que eu nunca tinha experimentado, me desafiar mesmo.”No início, tudo era novo: os colegas, os espaços, os termos técnicos, os laboratórios. Mas logo Andreina sentiu algo diferente: acolhimento.“A minha primeira sensação foi de estar em família. Foi uma conexão leve, natural, que nos permitiu conversar, aprender e desenvolver juntos.”Andreina mergulhou na experiência de criar um protótipo tecnológico voltado para o monitoramento inteligente da acidificação dos oceanos, unindo química, Arduino (plataforma para criar protótipos eletrônicos), sensor de pH e Internet das Coisas (IoT). A solução proposta permitia medir a acidez da água em tempo real, enviando os dados automaticamente para uma plataforma online, desenvolvendo uma ferramenta com potencial para apoiar pesquisas ambientais e ações educativas sobre os impactos da poluição hídrica. Mais do que os conteúdos técnicos, ela aprendeu sobre sua própria capacidade.“O que mais me marcou foi ver o resultado do nosso protótipo funcionando. As conexões deram certo. A gente entendeu as substâncias, viu tudo se encaixar. Aquilo me mostrou que eu sou capaz de aprender qualquer coisa. Eu não sabia disso antes.”Tecnologia, sonhos e a ciência do possívelDurante o processo, Andreina aprendeu que desenvolver um projeto não é só sobre entender fórmulas ou conectar fios. É sobre colaboração, escuta, paciência e resiliência. É sobre não desistir na primeira dificuldade, sobre seguir mesmo quando tudo parece complicado demais. E ela seguiu.“Eu me vejo como uma pessoa muito determinada, sonhadora. Eu gosto de sinceridade, de ser amiga e companheira. Mas o que mais me define mesmo é a determinação. Quando coloco algo na cabeça, eu vou atrás todos os dias.”Essa força não surgiu do nada. Ela vem de sua base: a família.“A minha maior inspiração é a minha mãe. Ela é muito batalhadora, não desiste nunca, mesmo com todas as dificuldades. Meu pai também é inspiração, pela inteligência, pela determinação. Mas é a minha mãe que me move.”E esse movimento não para. Nos momentos de lazer, Andreina gosta de ir à praia, sentir a brisa do mar, praticar vôlei e reencontrar a leveza. Mas é na escola, nos projetos e nas descobertas científicas que ela encontra sentido, propósito e pensa em seu projeto de vida e no futuro. Pertencer e inspirar: o poder do coletivoUma das experiências mais marcantes para Andreina foi o contato com os educadores e coordenadores do projeto.“Quando eu vi aquelas pessoas que fazem parte da cúpula do STEAM, os professores e educadores que atuam diretamente com ciência e tecnologia, eu senti vontade de ser como eles um dia. Eles são inspiração. Eles mostraram que a gente também pode estar lá.”Ver outras pessoas ocupando lugares de protagonismo, ensinando com afeto e respeitando os saberes do território, fez com que Andreina reconhecesse seu próprio lugar. A menina do Turiúba entendeu que também pode ser referência, também pode inspirar como seus professores.“O projeto me ajudou a olhar para mim mesma. Eu aprendi que sou capaz de coisas que nem imaginava. Hoje, eu quero continuar aprendendo. Quero seguir na área da ciência, talvez bioquímica. Quero crescer. Mas quero também voltar e contribuir com quem vem depois.”Juventude que transforma territóriosHistórias como a de Andreina reforçam o que tantos já sabem, mas ainda precisa ser dito: a juventude periférica é potência. Com oportunidades, estímulos e reconhecimentos, elas florescem, ocupam espaços e transformam realidades.O projeto STEAM foi um desses espaços para Andreina. Mais do que um curso ou uma atividade extracurricular, foi um lugar onde ela pode ser ela mesma, testar seus limites, errar, tentar de novo e, finalmente, se descobrir capaz, trabalhando de forma colaborativa.“Eu aprendi sobre mim mesma que sou capaz de desenvolver qualquer coisa. Esse projeto me mostrou isso. Foi gratificante.”Histórias como essas demonstram que é urgente fortalecer políticas públicas, projetos educacionais, parcerias e iniciativas que coloquem os jovens no centro — como protagonistas do presente e arquitetos do futuro.Andreina é futuro. E o futuro é agora.Entre fios, fórmulas, planilhas e substâncias químicas, Andreina descobre o mundo, e se descobre nele. Cada experimento, cada cálculo e cada tentativa revelam mais do que resultados: revelam possibilidades. O que antes parecia distante agora está ao alcance das mãos. O que um dia soou impossível, hoje se traduz em certeza: com tempo, coragem e oportunidade, tudo floresce.Nos olhos dela, o brilho da curiosidade; nas mãos, a vontade de construir algo maior. O laboratório se torna extensão de seus sonhos, e a sala de aula, um campo fértil de invenções. O conhecimento, antes abstrato, ganha vida no cotidiano, na comunidade, nas conversas, nos projetos.Seu sorriso tímido se mistura à segurança de quem já compreendeu que pode, e deve, ir além. Ela não caminha sozinha. Atrás dela, há uma geração inteira que desperta cedo, carrega cadernos e esperanças, e desafia o destino com a força de quem acredita em futuros possíveis. Porque no Turiúba, o futuro não é promessa: é construção diária. E Andreina é uma de suas cientistas.STEAM na Educação de São Luís (MA)Em parceria com o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) e a Secretaria de Educação do Maranhão, o UNICEF, por meio da iniciativa 1 Milhão de Oportunidades (1MiO), desenvolve ações que visam aprimorar continuamente a incorporação da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), na educação.Para suas iniciativas de apoio a garantia do direito à Educação de qualidade e oportunidades de acesso ao trabalho decente para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade, o UNICEF conta com uma parceria estratégica global com o Grupo BMW e com a parceria local com Instituto Equatorial e Beiersdorf - Casa de NIVEA e Eucerin.
Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/
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Notícias
23 dezembro 2025
Ferramenta ajuda a conter desinformação no agro e fortalece agricultores no sul da Bahia
Produtores rurais do sul da Bahia estão enfrentando um problema cada vez mais comum no campo: a circulação de informações falsas sobre insumos, práticas agrícolas e questões ambientais. Para responder a esse desafio, o projeto CompensAÇÃO, apoiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e financiado pela República da Alemanha, lançou a campanha “É Agro ou Fake?”, voltada diretamente aos agricultores familiares atendidos, com foco no combate à desinformação e qualificação do acesso à informação no meio rural por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Digital. Durante a implementação do projeto, que ocorre em 77 municípios baianos, técnicos de campo identificaram a circulação recorrente de conteúdos enganosos entre os produtores, especialmente por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais. Propagandas de produtos sem comprovação técnica e promessas de resultados milagrosos, como fertilizantes líquidos anunciados como solução imediata para problemas no solo, são os tipos mais comuns. Neste contexto, com o intuito de orientar os produtores, o projeto passou a incorporar o enfrentamento às informações falsas (fake news) como parte da estratégia de ATER Digital, que tem sido utilizada como aliada no combate à desinformação, ampliando o acesso a conteúdos técnicos confiáveis e fortalecendo a tomada de decisão dos agricultores familiares.
Os produtores atendidos pelo projeto são orientados a encaminhar os conteúdos sobre os quais têm dúvidas diretamente aos técnicos de campo. Quando os temas se repetem, eles são transformados em materiais educativos, como vídeos curtos, cards informativos e orientações técnicas, e divulgados nas redes sociais do projeto. Além disso, são reforçados em atendimentos presenciais, videochamadas e conversas virtuais. A iniciativa ocorre em territórios inseridos no bioma Mata Atlântica, região que enfrenta desafios como pobreza rural, degradação ambiental e forte dependência de insumos externos. O projeto beneficia 1.600 famílias agricultoras, com prioridade para mulheres, jovens, comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária.Impacto e alinhamento global da ação Ao combater a desinformação, a iniciativa contribui para reduzir riscos produtivos e ambientais, fortalecer a confiança na ciência e melhorar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. O tema também tem ganhado espaço nas agendas internacionais, como nas Conferências das Partes da Convenção do Clima (COPs) e nas discussões do G20 sobre integridade da informação e regulação de plataformas digitais. Já no início da implementação, a campanha registrou centenas de compartilhamentos nas redes sociais e diversos relatos positivos de técnicos e agricultores sobre a utilidade das informações. O apoio do FIDA ao tema reforça o compromisso do sistema ONU com o desenvolvimento rural inclusivo, a adaptação às mudanças climáticas e a segurança alimentar no Brasil. A experiência no sul da Bahia demonstra como a inovação digital pode ampliar o alcance da assistência técnica e gerar impacto direto na vida de agricultores familiares.A expectativa é que a abordagem seja ampliada para outros projetos e territórios, fortalecendo sua replicabilidade no portfólio do FIDA no país.Inovação nas ações de ATER: modalidades presencial e digital integradas O projeto CompensAÇÃO é implementado pela Organização de Conservação da Terra (OCT) e atua na promoção de sistemas agroflorestais sustentáveis na cadeia do cacau. A ATER presencial é realizada por dez técnicos de campo, responsáveis por orientar os produtores sobre boas práticas produtivas e ambientais, apoiar a implementação de planos de adequação e acompanhar a entrega de insumos.Para complementar esse trabalho, o projeto iniciou, em julho de 2025, um piloto de ATER Digital, conduzido pela startup ManejeBem. O serviço inclui atendimento remoto aos produtores, plantão de dúvidas online 24 horas, conteúdos quinzenais, videochamadas e apoio direto aos técnicos em campo, além de sistemas de registro e monitoramento dos atendimentos.Para Yngrid Santos Assunção, beneficiária do projeto, não existem soluções milagrosas quando se trata de resultados no campo."Antes de inverstir em qualquer produto que prometa resultados rápidos, é fundamental contar com a orientação de técnico especiaizados, seja da cooperativa, da EMATER ou de outros profissionais de confiança. No agro não existem soluções milagrosas: existem decisões bem fundamentadas, manejo responsável e conhecimento técnico".
Os produtores atendidos pelo projeto são orientados a encaminhar os conteúdos sobre os quais têm dúvidas diretamente aos técnicos de campo. Quando os temas se repetem, eles são transformados em materiais educativos, como vídeos curtos, cards informativos e orientações técnicas, e divulgados nas redes sociais do projeto. Além disso, são reforçados em atendimentos presenciais, videochamadas e conversas virtuais. A iniciativa ocorre em territórios inseridos no bioma Mata Atlântica, região que enfrenta desafios como pobreza rural, degradação ambiental e forte dependência de insumos externos. O projeto beneficia 1.600 famílias agricultoras, com prioridade para mulheres, jovens, comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária.Impacto e alinhamento global da ação Ao combater a desinformação, a iniciativa contribui para reduzir riscos produtivos e ambientais, fortalecer a confiança na ciência e melhorar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. O tema também tem ganhado espaço nas agendas internacionais, como nas Conferências das Partes da Convenção do Clima (COPs) e nas discussões do G20 sobre integridade da informação e regulação de plataformas digitais. Já no início da implementação, a campanha registrou centenas de compartilhamentos nas redes sociais e diversos relatos positivos de técnicos e agricultores sobre a utilidade das informações. O apoio do FIDA ao tema reforça o compromisso do sistema ONU com o desenvolvimento rural inclusivo, a adaptação às mudanças climáticas e a segurança alimentar no Brasil. A experiência no sul da Bahia demonstra como a inovação digital pode ampliar o alcance da assistência técnica e gerar impacto direto na vida de agricultores familiares.A expectativa é que a abordagem seja ampliada para outros projetos e territórios, fortalecendo sua replicabilidade no portfólio do FIDA no país.Inovação nas ações de ATER: modalidades presencial e digital integradas O projeto CompensAÇÃO é implementado pela Organização de Conservação da Terra (OCT) e atua na promoção de sistemas agroflorestais sustentáveis na cadeia do cacau. A ATER presencial é realizada por dez técnicos de campo, responsáveis por orientar os produtores sobre boas práticas produtivas e ambientais, apoiar a implementação de planos de adequação e acompanhar a entrega de insumos.Para complementar esse trabalho, o projeto iniciou, em julho de 2025, um piloto de ATER Digital, conduzido pela startup ManejeBem. O serviço inclui atendimento remoto aos produtores, plantão de dúvidas online 24 horas, conteúdos quinzenais, videochamadas e apoio direto aos técnicos em campo, além de sistemas de registro e monitoramento dos atendimentos.Para Yngrid Santos Assunção, beneficiária do projeto, não existem soluções milagrosas quando se trata de resultados no campo."Antes de inverstir em qualquer produto que prometa resultados rápidos, é fundamental contar com a orientação de técnico especiaizados, seja da cooperativa, da EMATER ou de outros profissionais de confiança. No agro não existem soluções milagrosas: existem decisões bem fundamentadas, manejo responsável e conhecimento técnico".
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Notícias
19 dezembro 2025
Iniciativa para melhorar parques de São Paulo apresenta resultados e anuncia nova fase
Contribuindo com avaliações que revelaram o cenário de mais de cem parques de São Paulo e análises específicas de 10 desses espaços públicos, com a elaboração de planos de gestão para oito parques e com a promoção da inovação no financiamento, o Viva o Verde SP – parceria entre a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) – está ganhando novo fôlego para seguir promovendo melhorias nos parques da capital paulista.A iniciativa vem revelando um panorama inédito dos espaços públicos verdes na maior cidade da América Latina. Desde setembro de 2022, quando teve início, foram realizadas cerca de 5 mil entrevistas com frequentadores dos parques para entender como se sentem e o que pensam em relação a questões como conforto, segurança e acessibilidade na sua relação com esses locais.As entrevistas, aliadas a visitas e avaliação técnica de 100 parques de São Paulo, resultaram em um relatório inédito que aponta os principais desafios da cidade na promoção de espaços verdes públicos acolhedores, inclusivos e sustentáveis. A partir da Avaliação de Espaços Públicos da Cidade: Parques Municipais de São Paulo, foi desenvolvido um Quadro de Priorização dos Parques de São Paulo, indicando caminhos para o poder público definir parques em que intervenções são prioritárias. Os dados obtidos pela iniciativa levaram à definição de 10 espaços verdes públicos que necessitam de especial atenção. Atividades conduzidas pelas equipes do ONU-Habitat e da SVMA com o objetivo de ouvir as comunidades do entorno desses parques resultaram ainda em avaliações específicas, divididas por cada região de São Paulo: Centro-Oeste, Leste, Norte e Sul. Para além de diagnosticar os problemas e identificar oportunidades, a iniciativa também apresentou propostas de melhorias desses espaços. Todos os relatórios produzidos pelo Viva o Verde SP estão disponíveis no site da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.“Os parques são espaços fundamentais para o bem-estar das pessoas, e ouvir quem frequenta é essencial para avançarmos. Os resultados desta etapa mostram que estamos no caminho certo, e a próxima fase do Viva o Verde SP amplia nossa atuação para que mais comunidades se sintam acolhidas e representadas na gestão dos parques.”, afirma Rodrigo Ashiuchi, Secretário do Verde e do Meio Ambiente.O secretário ressalta, ainda, que a produção de planos de gestão para oito parques de São Paulo foi um dos destaques do Viva o Verde SP. Esses documentos são como um guia sobre a administração, usos e normas do parque, assim como um instrumento de controle social pela sociedade civil, por meio da consolidação de diretrizes e da gestão colaborativa. Como parte da iniciativa, oito parques de São Paulo receberam planos de gestão: Parque Água Podre – YpueraParque Alto da Boa VistaParque AristocrataParque Augusta – Bruno CovasParque Córrego do BispoParque Fazenda da JutaParque Jardim Apurá – BúfalosParque de ParaisópolisA internacionalização também é um dos enfoques dessa parceria. Em abril de 2025, foi assinada uma Carta de Intenções com o Centro de Pesquisa do Índice da Cidade Parque (RCPCI) da China, aproximando ambas as partes para o desenvolvimento na implantação das “Cidades-Parques” – conceito inovador de construção urbana alinhada à sustentabilidade e ao bem-estar social que está sendo realizado na chamada “Nova Área de Tianfu”. Nesse contexto, o Viva o Verde SP foi citado como um exemplo de ação adotada no Brasil para promover áreas urbanas alinhadas à sustentabilidade e bem-estar da população. Nova fase, novos enfoques – Agora, a intenção de fortalecer a capacidade do poder público em avaliar, gerir e financiar os parques será reforçada com o anúncio de uma nova fase para o Viva o Verde SP. Aprovada em 2025 pelo prazo de mais três anos, a Fase 2 está fundamentada na estratégia de espaços verdes públicos desenvolvida na Fase 1 especificamente para o contexto de São Paulo, e se estrutura em torno de três eixos estratégicos: governança, gestão e desenho urbano.A renovação foi solicitada pela prefeitura de São Paulo para que a cidade possa continuar fortalecendo sua capacidade institucional na avaliação participativa, no monitoramento e no financiamento de parques. O Viva o Verde SP continuará contribuindo para acelerar a reaproximação da população com as áreas verdes – tanto do ponto de vista dos cidadãos quanto das administrações municipais e regionais – ao aplicar ferramentas propostas pela Nova Agenda Urbana (NAU) e a Agenda 2030.“Estes últimos três anos foram de muito trabalho, cheios de desafios e satisfações, e penso que conseguimos aproximar os parques da população e vice-versa. Nesta parceria, a Secretaria do Verde sai fortalecida e ONU-Habitat também. Teremos uma segunda fase do projeto para consolidar os resultados e avançar ainda mais nos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), fazendo com que os parques municipais de São Paulo sejam mais inclusivos e sustentáveis”, aponta o coordenador do Viva o Verde SP, Jordi Sánchez-Cuenca.Mantendo o objetivo de promover espaços públicos urbanos que forneçam ambientes propícios para trabalhar e socializar, contribuindo para um ecossistema próspero e biodiverso – que ajuda a cidade a absorver carbono e reduzir o impacto da poluição e das mudanças climáticas –, o Viva o Verde SP vai reforçar seu trabalho em bairros vulneráveis, reconectando a população às áreas verdes. O contato próximo com as comunidades de parques periféricos, uma marca da primeira fase da iniciativa, também continuará e será fortalecido. A nova fase terá, ainda, ênfase em promover ferramentas digitais para aprimorar a gestão dos parques paulistanos.Protagonismo de meninas e mulheres – Desde seu início, o Viva o Verde SP tem como compromisso incorporar a perspectiva de gênero de forma transversal em todos os resultados do projeto. Isso significa que todo resultado obtido e divulgado pela iniciativa adotou, em cada etapa, um olhar voltado para a participação de meninas e mulheres. Com protagonismo feminino no planejamento urbano, as capacitações, oficinas e demais ações participativas contribuem para o desenho de cidades mais acolhedoras e seguras para todas as pessoas.“Ao olharmos para os desenhos das nossas cidades, percebemos como elas não são pensadas para o cotidiano das mulheres. Muito disso se deve ao fato de que as mulheres foram sistematicamente excluídas da produção e do planejamento das cidades, que acabaram sendo conduzidos majoritariamente por homens e para homens. Essas exclusões, visíveis nos espaços públicos como os parques, refletem e reforçam a desigualdade de gênero. Por isso, pensar cidades mais inclusivas passa por repensar quem participa e quem é ouvido no planejamento, sendo fundamental a incorporação de forma transversal da perspectiva de gênero”, destaca Julia Rocha, assistente de programas e ponto focal de gênero do Viva o Verde SP. Ao longo de três anos, 172 crianças e adolescentes convidadas pelo Viva o Verde SP em parceria com a Secretaria Municipal de Educação – e envolvendo Centros Educacionais Unificados (CEUs) próximos aos parques priorizados – participaram de visitas a parques e colaboraram com sua percepção sobre esses espaços. Nas oficinas participativas, elas puderem detalhar seus sonhos em maquetes e mapas digitais como parte da metodologia Bloco a Bloco, que utiliza o jogo eletrônico Minecraft para desenhar, de maneira lúdica, projetos de melhoria para espaços públicos. Além disso, 18 mulheres apontadas como lideranças locais foram capacitadas para aplicar ferramentas de avaliação de espaço público em toda a cidade. As ações tiveram como base a metodologia Her City (Cidade Dela, em tradução livre), que oferece aos líderes urbanos uma metodologia para integrar a igualdade de gênero no planejamento e no projeto das cidades.Sobre o Viva o Verde SP – A iniciativa Viva o Verde SP é uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o ONU-Habitat que visa a contribuir para alcançar a igualdade na distribuição espacial e na acessibilidade das áreas verdes públicas na capital paulista. Firmado com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), o acordo inclui a realização de uma avaliação geral dos mais de cem parques urbanos da cidade, análises específicas de dez destes equipamentos, além de outras esferas, como a elaboração de planos de gestão e a promoção de inovação financeira para a manutenção dos espaços públicos verdes.O Viva o Verde SP conta com uma equipe do ONU-Habitat atuando junto à SVMA e com um grupo de referência consultivo, formado por representantes da sociedade civil, da academia e de especialistas. Além da capacitação para que servidores e sociedade possam contribuir, monitorar e replicar as metodologias da organização, as atividades do projeto também incluem diferentes níveis de avaliação dos parques, com equipes multidisciplinares e coletas de dados primários e secundários com a aplicação das ferramentas globais do ONU-Habitat de avaliação de espaços públicos. Contato para imprensa:
Aléxia Saraiva (alexia.saraiva@un.org)
Guilherme Justino (guilherme.justino@un.org)
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Guilherme Justino (guilherme.justino@un.org)
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19 dezembro 2025
UNAIDS parabeniza o Brasil pela eliminação da transmissão vertical do HIV
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) parabeniza o Brasil por alcançar a certificação de eliminação da transmissão vertical (TV) — quando a transmissão para da gestante, parturiente ou via amamentação — do HIV e da sífilis, conforme determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Estou muito feliz que o Brasil tenha acabado de ser certificado pela OMS/OPAS pela eliminação da transmissão vertical — o primeiro país com mais de 100 milhões de habitantes a alcançar esse marco”, afirmou Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS. "Isso foi possível porque o país fez o que sabemos que funciona: priorizou a saúde universal, buscou minorizar os determinantes sociais que impulsionam a epidemia, protegeu os direitos humanos e, quando necessário, quebrou monopólios para garantir o acesso a medicamentos”, explicou.
A OMS desenvolve e atualiza regularmente orientações sobre os critérios e processos para a validação da eliminação da transmissão vertical do HIV, da sífilis e/ou do vírus da hepatite B. Desde 2015, os Estados-membros podem solicitar a validação por terem reduzido a transmissão a um nível em que ela deixa de representar uma ameaça ou problema de saúde pública.
“Essa conquista mostra que eliminar a transmissão vertical do HIV é possível quando gestantes conhecem sua sorologia, recebem tratamento oportuno e têm acesso a serviços de saúde materna e a um parto seguro”, afirmou Jarbas Barbosa, diretor da OPAS. "É também o resultado da dedicação incansável de profissionais de saúde, agentes comunitários de saúde e organizações da sociedade civil. A cada dia, eles mantêm a continuidade do cuidado, identificam obstáculos e trabalham para superá-los, garantindo que até as populações mais vulneráveis possam acessar serviços essenciais de saúde” , completou.Nas Américas, a OMS reconheceu a eliminação dupla em Cuba, em 2015; em Anguilla, Antígua e Barbuda, Bermudas, Ilhas Cayman, Montserrat e São Cristóvão e Névis, em 2017; e em Belize, Jamaica e São Vicente e Granadinas, em 2024. Mais recentemente, as Maldivas alcançaram a “eliminação tripla” da hepatite B, do HIV e da sífilis — o primeiro país do mundo a atingir esse feito.
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), principal instituição de pesquisa em saúde pública do Brasil, constatou que o programa de transferência de renda Bolsa Família esteve associado a reduções significativas nos casos e nas mortes por AIDS entre mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade. Analisando dados de mais de 12 milhões de mulheres de baixa renda, a Fiocruz apontou que o programa esteve relacionado a uma redução de quase metade nas taxas de incidência e mortalidade por AIDS, com maior impacto entre mulheres que enfrentam múltiplas vulnerabilidades, especialmente mães afrodescendentes vivendo em extrema pobreza.
“O Brasil é o maior país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. Os avanços que celebramos refletem um esforço coletivo, nacional e global, que consolidou o acesso gratuito à terapia antirretroviral e a estratégias modernas de prevenção no país”, afirmou o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha. “Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante cuidado integral às pessoas que vivem com HIV e busca ampliar o acesso a tratamentos ainda mais eficazes”, concluiu.
“Estou muito feliz que o Brasil tenha acabado de ser certificado pela OMS/OPAS pela eliminação da transmissão vertical — o primeiro país com mais de 100 milhões de habitantes a alcançar esse marco”, afirmou Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS. "Isso foi possível porque o país fez o que sabemos que funciona: priorizou a saúde universal, buscou minorizar os determinantes sociais que impulsionam a epidemia, protegeu os direitos humanos e, quando necessário, quebrou monopólios para garantir o acesso a medicamentos”, explicou.
A OMS desenvolve e atualiza regularmente orientações sobre os critérios e processos para a validação da eliminação da transmissão vertical do HIV, da sífilis e/ou do vírus da hepatite B. Desde 2015, os Estados-membros podem solicitar a validação por terem reduzido a transmissão a um nível em que ela deixa de representar uma ameaça ou problema de saúde pública.
“Essa conquista mostra que eliminar a transmissão vertical do HIV é possível quando gestantes conhecem sua sorologia, recebem tratamento oportuno e têm acesso a serviços de saúde materna e a um parto seguro”, afirmou Jarbas Barbosa, diretor da OPAS. "É também o resultado da dedicação incansável de profissionais de saúde, agentes comunitários de saúde e organizações da sociedade civil. A cada dia, eles mantêm a continuidade do cuidado, identificam obstáculos e trabalham para superá-los, garantindo que até as populações mais vulneráveis possam acessar serviços essenciais de saúde” , completou.Nas Américas, a OMS reconheceu a eliminação dupla em Cuba, em 2015; em Anguilla, Antígua e Barbuda, Bermudas, Ilhas Cayman, Montserrat e São Cristóvão e Névis, em 2017; e em Belize, Jamaica e São Vicente e Granadinas, em 2024. Mais recentemente, as Maldivas alcançaram a “eliminação tripla” da hepatite B, do HIV e da sífilis — o primeiro país do mundo a atingir esse feito.
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), principal instituição de pesquisa em saúde pública do Brasil, constatou que o programa de transferência de renda Bolsa Família esteve associado a reduções significativas nos casos e nas mortes por AIDS entre mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade. Analisando dados de mais de 12 milhões de mulheres de baixa renda, a Fiocruz apontou que o programa esteve relacionado a uma redução de quase metade nas taxas de incidência e mortalidade por AIDS, com maior impacto entre mulheres que enfrentam múltiplas vulnerabilidades, especialmente mães afrodescendentes vivendo em extrema pobreza.
“O Brasil é o maior país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. Os avanços que celebramos refletem um esforço coletivo, nacional e global, que consolidou o acesso gratuito à terapia antirretroviral e a estratégias modernas de prevenção no país”, afirmou o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha. “Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante cuidado integral às pessoas que vivem com HIV e busca ampliar o acesso a tratamentos ainda mais eficazes”, concluiu.
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18 dezembro 2025
“A infraestrutura é um motor para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirma diretora regional do UNOPS
A diretora regional para a América Latina e o Caribe do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), Dalila Gonçalves, esteve no Brasil ao longo da primeira semana de dezembro, para sua primeira visita ao país. Na oportunidade, ela destacou o papel operacional e executivo da Organização, que atua com foco em infraestrutura e gestão de projetos em 17 iniciativas atualmente em implementação.“O UNOPS é o organismo da ONU que faz as coisas acontecerem”, resumiu ela, em referência ao mandato do UNOPS. No Brasil, o Escritório atua principalmente em apoio a governos, em áreas como educação, saúde e desenvolvimento social e urbano.Dalila é portuguesa e assumiu o posto de diretora regional em outubro passado.
Ela esteve em Foz do Iguaçu, no Paraná, para visitar o canteiro das obras de finalização da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), que está a cargo do UNOPS e tem financiamento da Itaipu Binacional. “Neste caso, a infraestrutura é uma forma de facilitar o acesso à educação e ao desenvolvimento. Se ajudamos a formar jovens com mais qualidade, estamos contribuindo também para que o mercado de trabalho esteja cada vez mais bem capacitado”, frisou ela.Em Brasília, a diretora regional do UNOPS reuniu-se com a Coordenadora Residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, e com o Coordenador-Geral de Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação, José Solla. Também participou de reuniões com potenciais parceiros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco de Desenvolvimento para América Latina e o Caribe (CAF), do Banco Mundial e do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O papel da infraestruturaDurante a missão, Dalila destacou o papel da infraestrutura para o avanço da Agenda 2030. “A infraestrutura é um agente potencializador dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Noventa e dois por cento dos ODS são influenciados pela infraestrutura - e é por isso que nossa atuação é tão estratégica”, defendeu Dalila.Recentemente, o UNOPS lançou um guia que reúne ferramentas para o planejamento de infraestrutura resiliente, com foco na prevenção de desastres relacionados às mudanças climáticas. No Brasil, atualmente cerca de 41% da carteira de projetos da Organização têm ao menos um componente relacionado a esses temas - por exemplo, o apoio ao Ministério da Saúde nas ações de recuperação da rede de saúde pública no Rio Grande do Sul, estado devastado pelas enchentes em maio de 2024; e o apoio ao Ministério das Cidades para a elaboração de Planos Municipais de Redução de Riscos para 120 municípios.
Ela esteve em Foz do Iguaçu, no Paraná, para visitar o canteiro das obras de finalização da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), que está a cargo do UNOPS e tem financiamento da Itaipu Binacional. “Neste caso, a infraestrutura é uma forma de facilitar o acesso à educação e ao desenvolvimento. Se ajudamos a formar jovens com mais qualidade, estamos contribuindo também para que o mercado de trabalho esteja cada vez mais bem capacitado”, frisou ela.Em Brasília, a diretora regional do UNOPS reuniu-se com a Coordenadora Residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, e com o Coordenador-Geral de Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação, José Solla. Também participou de reuniões com potenciais parceiros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco de Desenvolvimento para América Latina e o Caribe (CAF), do Banco Mundial e do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O papel da infraestruturaDurante a missão, Dalila destacou o papel da infraestrutura para o avanço da Agenda 2030. “A infraestrutura é um agente potencializador dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Noventa e dois por cento dos ODS são influenciados pela infraestrutura - e é por isso que nossa atuação é tão estratégica”, defendeu Dalila.Recentemente, o UNOPS lançou um guia que reúne ferramentas para o planejamento de infraestrutura resiliente, com foco na prevenção de desastres relacionados às mudanças climáticas. No Brasil, atualmente cerca de 41% da carteira de projetos da Organização têm ao menos um componente relacionado a esses temas - por exemplo, o apoio ao Ministério da Saúde nas ações de recuperação da rede de saúde pública no Rio Grande do Sul, estado devastado pelas enchentes em maio de 2024; e o apoio ao Ministério das Cidades para a elaboração de Planos Municipais de Redução de Riscos para 120 municípios.
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17 dezembro 2025
Em São Gonçalo, crianças propõem projeto de praça para promover melhorias no bairro
O bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo (RJ), foi palco da imaginação de crianças de 11 a 16 anos para desenhar a praça que desejam. Realizada nos dias 11 de novembro e 10 de dezembro, a oficina de Desenho de Espaços Públicos foi promovida pela Prefeitura de São Gonçalo e Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), no CIEP Municipalizado Anita Garibaldi. Com base nas ideias apresentadas, serão sugeridas ações táticas que farão parte do Plano de Ação do Periferia Viva, do Ministério das Cidades. Desde novembro, as atividades têm reunido crianças e adolescentes para identificar desafios do território e propor soluções para a melhoria da infraestrutura urbana e dos espaços de convivência da comunidade.A metodologia estimula crianças e adolescentes a analisar o bairro, refletir sobre sua relação com o território e apresentar propostas concretas para qualificar os espaços de convivência. O objetivo é organizar essas percepções e transformá-las em diretrizes que orientarão futuros projetos e intervenções urbanas no território.As oficinas incluem atividades de escuta e reflexão comunitária, como a construção de mapas afetivos, a identificação de problemas e desejos em uma nuvem de necessidades, bem como sessões de brainstorming. Além disso, há o desenvolvimento de maquetes físicas, permitindo testar soluções e visualizar o potencial de transformação de um espaço público do bairro. No primeiro encontro, crianças e adolescentes participaram de exercícios de reconhecimento do território, criando materiais que ajudaram a mapear percepções e desafios do cotidiano. Na sequência, o grupo construiu maquetes físicas com propostas para o espaço público. Ao longo das atividades, o processo estimulou a escuta ativa e o sentimento de pertencimento. Um dos participantes, aluno do CIEP Anita Garibaldi, Alexsandro, compartilha sua experiência: “Foi uma experiência muito legal, muito maneira. Tinham vários adesivos e tinha um mapa do bairro Jardim Catarina. Cada adesivo representava uma coisa: onde têm árvores, lugares barulhentos. A nuvem era pra colocar uma coisa que você achava que deveria ter no projeto. Se fossem iguais às ideias que estavam ali, a praça ia ficar muito braba. Me senti muito feliz. As tias estavam me ouvindo direito. Gostei muito de hoje.”A proposta elaborada para o Jardim Catarina propôs a construção de duas quadras esportivas, plantio de árvores, bancos, banheiros, palco, bebedouros, chuveirões, conjuntos de mesas, uma fonte de água e instalação de brinquedos e iluminação pública adequada – abarcando a inclusão da população por meio do lazer, conforto e acessibilidade. “O mais interessante é que as técnicas funcionam como jogos, e isso gera muito engajamento. Para nós, é uma oportunidade de ouvir quem vive no território e levantar informações valiosas sobre o lugar. As atividades são práticas e lúdicas, e a construção das maquetes se transforma em um material catalisador para desenvolvermos um projeto adequado às necessidades locais. Eles também passam a pensar nas crianças menores, nas pessoas idosas, nas famílias que vão usar o espaço. É um processo muito envolvente para todos”, afirma a consultora do ONU-Habitat e facilitadora das oficinas, Tâmara Maysa de Souza Ribeiro.A Secretária Municipal de Gestão Integrada e Projetos Especiais de São Gonçalo, Rafaela Santana, também destacou o impacto das atividades. “Tem sido muito significativo o envolvimento e a participação ativa da juventude do Jardim Catarina. As propostas apresentadas por eles nos mostram exatamente o que é necessário para projetar espaços públicos que respondam às suas necessidades reais. A parceria com o ONU-Habitat fortalece nossa gestão, promovendo práticas urbanas mais inclusivas e garantindo que as soluções sejam construídas junto com quem vive e sente o território todos os dias”, afirmou.As atividades contaram ainda com a participação das equipes de arquitetura e paisagismo da Secretaria de Gestão Integrada de Projetos Especiais (SEMGIPE) da Prefeitura de São Gonçalo e da equipe do ONU-Habitat.Próximos passos - Além de orientar o projeto urbanístico final, os resultados das oficinas vão apoiar a Prefeitura de São Gonçalo a identificar possibilidades de intervenções táticas, possibilitando uma apropriação mais rápida pelas pessoas e facilitando a criação de novos espaços comunitários de lazer e convivência.As atividades do Periferia Viva em São Gonçalo seguem em expansão. Em 2026, serão realizadas duas novas oficinas no bairro de Ipuca, voltadas para a proposição de uma nova área de lazer e convivência junto ao CIEP David Quinderé, ampliando o envolvimento de crianças e adolescentes no planejamento urbano local.A partir destas oficinas, o ONU-Habitat desenvolverá os projetos para as praças e realizará devolutivas públicas aos grupos envolvidos e à comunidade. Em seguida, a Prefeitura dará início aos trâmites necessários para viabilizar as obras, garantindo que as melhorias sejam implementadas de forma alinhada às demandas locais.Periferia Viva - Por meio da Secretaria de Gestão Integrada e Projetos Especiais da Prefeitura de São Gonçalo, o projeto Nova Ipuca foi desenvolvido e selecionado para receber recursos federais do programa Periferia Viva, coordenado pelo Ministério das Cidades. A iniciativa vai contribuir para oferecer serviços públicos e promover uma infraestrutura urbana adequada, incluindo saneamento básico, construção de equipamentos públicos, pavimentação, iluminação pública, áreas de lazer, regularização fundiária e melhorias habitacionais. As ações são apoiadas pelo ONU-Habitat, por meio da parceria Fortalece São Gonçalo, para fortalecer a escuta ativa e o envolvimento comunitário para avaliar, imaginar e projetar melhorias para a comunidade.
Contato para imprensa:
Flávia Scholz (flavia.scholz@un.org)
Aléxia Saraiva (alexia.saraiva@un.org)
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