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20 fevereiro 2025
Líderes religiosos devem trabalhar conjuntamente para promover dignidade humana e compaixão
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20 fevereiro 2025
ONU oferece bolsa a jovens jornalistas para cobrirem a Assembleia Geral
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19 fevereiro 2025
Praticando o multilateralismo para reformar e aprimorar a governança global
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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20 fevereiro 2025
ONU oferece bolsa a jovens jornalistas para cobrirem a Assembleia Geral
Estão abertas as inscrições para o Programa de Bolsas para Jornalistas Memorial Reham Al-Farra (RAF), uma oportunidade única para repórteres de países em desenvolvimento acompanharem de perto o trabalho das Nações Unidas. Criado em 1981, o programa já beneficiou mais de 670 jornalistas de 168 países, proporcionando acesso exclusivo a sessões com altos funcionários da ONU, briefings especializados e cobertura da Assembleia Geral, um dos eventos diplomáticos mais importantes do mundo.Em 2024, a jornalista Bárbara Nóbrega, da editoria de Internacional da GloboNews, foi a única brasileira selecionada. Para ela, participar do RAF foi uma experiência transformadora."Durante o programa, tive a chance de aprender diretamente com autoridades da ONU e acompanhar de perto a abertura da Assembleia Geral. Assisti aos discursos do secretário-geral António Guterres e de líderes mundiais como Lula e Joe Biden. Além disso, moderei paineis sobre refugiados e missões de paz, ao lado de altos representantes da organização", relembra.Por meio de atividades online e/ou presencial, jornalistas têm a oportunidade de cobrir a semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU. Bárbara destaca que essa imersão no coração das discussões globais ampliou sua visão sobre o papel da ONU e o impacto do jornalismo internacional."Ver de perto as grandes decisões sendo tomadas e poder reportar sobre elas com conhecimento aprofundado foi inesquecível. É uma experiência que todo jornalista deveria viver", afirma.O programa é destinado a jornalistas entre 22 e 35 anos, fluentes em inglês, que trabalhem em veículos de comunicação em países em desenvolvimento ou economias em transição, tenham interesse no trabalho das Nações Unidas e alguma experiência em reportar questões de importância para a ONU. O programa de quatro semanas ocorrerá entre setembro e outubro de 2025. As inscrições vão até 31 de março de 2025.Para mais informações e para se inscrever, acesse: https://www.un.org/en/raf , filtered_html
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19 fevereiro 2025
ONU abre inscrições para o Prêmio de Serviço Público 2026
O Prêmio de Serviço Público da ONU 2026 busca iniciativas que se destacam na administração pública, para reconhecer as realizações criativas e contribuições de instituições que promovem uma administração pública mais eficaz e ágil. O prêmio é o maior reconhecimento internacional pela excelência no serviço público e visa recompensar projetos que contribuem para o desenvolvimento de sociedades mais justas e sustentáveis. Organizações públicas de todo o mundo estão convidadas a participar e destacar o impacto positivo de seus projetos. As iniciativas devem abordar lacunas significativas em governança ou administração pública ou ainda introduzir novas ideias ou abordagens com potencial para mudanças transformadoras em larga escala.As indicações para o UNPSA 2026 são convidadas a se inscrever em quatro categorias:Prestação de serviços inclusivos e equitativos para não deixar ninguém para trás;Serviços públicos sensíveis ao gênero;Instituições públicas transparentes e responsáveis para alcançar os ODSs;Participação e engajamento público para a tomada de decisões inclusivas.CritériosO UNPSA está aberto a todas as instituições públicas nos níveis nacional, subnacional e local de todos os estados membros da ONU. No caso de parcerias, a aplicação deve incluir a instituição pública
encarregada da iniciativa. O UNPSA é concedido à instituição pública implementadora, não a um país ou a um indivíduo. A iniciativa deve ter sido implementada por um mínimo de dois anos. Para evitar conflitos de interesse, a iniciativa não deve ser implementada pelo Sistema das Nações Unidas.A iniciativa deve apresentar uma ideia inovadora, política, nova abordagem ou um mecanismo aprimorado que apoie a implementação da Agenda 2030. Pode ser melhorar a entrega de serviços
públicos, resolver um problema de interesse público ou fortalecer instituições públicas.As iniciativas serão avaliadas de acordo com três critérios principais: inovação, impacto e adaptabilidade.Todos os detalhes sobre o processo de inscrição (elegibilidade, como se inscrever, etc.) estão disponíveis no documento “Diretrizes para inscrição” abaixo (disponível em inglês e francês)Idiomas e prazoAs inscrições podem ser enviadas em qualquer um dos seis idiomas oficiais da ONU. Envie apenas uma inscrição por iniciativa.Todas as inscrições devem ser enviadas até 31 de março de 2025 (23:59 EDT).Leia nos links abaixo as diretrizes de envio antes de iniciar a inscrição.Inglês | Francês Envie a inscrição em: Árabe | Mandarim | Inglês | Francês | Russo | EspanholA visualização da inscrição em PDF está disponível nos links abaixoÁrabe | Mandarim | Inglês | Francês | Russo | EspanholMateriais de referência da inscriçãoApresentação da PSPNU 2026 (inglês e francês)Sobre o PrêmioO Prêmio de Serviço Público da ONU reconhece a excelência na prestação de serviços públicos e premia as realizações e contribuições criativas das administrações públicas em todo o mundo. Desde a primeira edição em 2003, mais de 300 iniciativas foram premiadas. Premiadas brasileiras nos últimos anos incluem a Prefeitura de São Paulo e a Prefeitura de Salvador (2024), a Prefeitura de Recife (2022), Governo da Bahia (2021) e Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (2020)., filtered_html
encarregada da iniciativa. O UNPSA é concedido à instituição pública implementadora, não a um país ou a um indivíduo. A iniciativa deve ter sido implementada por um mínimo de dois anos. Para evitar conflitos de interesse, a iniciativa não deve ser implementada pelo Sistema das Nações Unidas.A iniciativa deve apresentar uma ideia inovadora, política, nova abordagem ou um mecanismo aprimorado que apoie a implementação da Agenda 2030. Pode ser melhorar a entrega de serviços
públicos, resolver um problema de interesse público ou fortalecer instituições públicas.As iniciativas serão avaliadas de acordo com três critérios principais: inovação, impacto e adaptabilidade.Todos os detalhes sobre o processo de inscrição (elegibilidade, como se inscrever, etc.) estão disponíveis no documento “Diretrizes para inscrição” abaixo (disponível em inglês e francês)Idiomas e prazoAs inscrições podem ser enviadas em qualquer um dos seis idiomas oficiais da ONU. Envie apenas uma inscrição por iniciativa.Todas as inscrições devem ser enviadas até 31 de março de 2025 (23:59 EDT).Leia nos links abaixo as diretrizes de envio antes de iniciar a inscrição.Inglês | Francês Envie a inscrição em: Árabe | Mandarim | Inglês | Francês | Russo | EspanholA visualização da inscrição em PDF está disponível nos links abaixoÁrabe | Mandarim | Inglês | Francês | Russo | EspanholMateriais de referência da inscriçãoApresentação da PSPNU 2026 (inglês e francês)Sobre o PrêmioO Prêmio de Serviço Público da ONU reconhece a excelência na prestação de serviços públicos e premia as realizações e contribuições criativas das administrações públicas em todo o mundo. Desde a primeira edição em 2003, mais de 300 iniciativas foram premiadas. Premiadas brasileiras nos últimos anos incluem a Prefeitura de São Paulo e a Prefeitura de Salvador (2024), a Prefeitura de Recife (2022), Governo da Bahia (2021) e Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (2020)., filtered_html
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13 fevereiro 2025
UNIDO: Direção estende projeto GEF Biogás Brasil até dezembro de 2025
As instituições diretoras do projeto GEF Biogás Brasil aprovaram sua extensão até dezembro de 2025 durante reunião nesta quinta-feira (13) no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília (DF).O projeto, cuja conclusão estava anteriormente prevista para abril de 2025, foi estendido até o final do ano pelas instituições do seu Comitê Diretor. O objetivo é garantir que todas as entregas sejam finalizadas e aprimoradas.A extensão também permitirá a apresentação dos resultados do projeto em eventos internacionais de destaque no setor de energias renováveis que ocorrerão neste ano, como a COP30 em Belém (PA).O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e tem o CIBiogás como principal entidade executora.Além dessas instituições, o Comitê Diretor conta com os ministérios da Agricultura e Pecuária (MAPA), de Minas e Energia (MME), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e das Cidades (MCid), além de Itaipu Binacional.A decisão do Comitê Diretor será encaminhada ao fundo GEF para validação final.Durante a reunião, o Secretário Substituto da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do MCTI, Osório Coelho Guimarães Neto, enfatizou que a prorrogação do projeto reforça o compromisso do ministério em impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor de energias renováveis: "O MCTI tem trabalhado para fortalecer o uso do biogás como uma solução estratégica para a transição energética. A continuidade do projeto permitirá aprofundar a cooperação com diferentes setores, garantindo que a inovação e o conhecimento gerado contribuam para políticas públicas mais robustas e o crescimento sustentável do país."O chefe da Unidade de Sistemas de Energia e Descarbonização Industrial da UNIDO, Riccardo Savigliano, destacou que a extensão do projeto proporcionará uma oportunidade para consolidar os avanços alcançados e posicionar o Brasil como um ator-chave na agenda global do biogás. "A extensão do projeto GEF Biogás Brasil nos permite reforçar a liderança do Brasil em biogás e suas contribuições para a transição energética global. Compartilhar essas experiências em eventos como a COP30 ajudará a inspirar iniciativas semelhantes em todo o mundo."O Diretor Presidente do CIBiogás, Rafael González, destacou a relevância do projeto para o fortalecimento do setor de biogás no Brasil e seu impacto na estruturação do mercado: "O GEF Biogás Brasil tem sido um marco para o desenvolvimento do biogás no país, promovendo a integração entre diferentes atores, fomentando inovação e criando bases para um mercado mais sólido e competitivo. A atuação conjunta das instituições envolvidas tem permitido transformar desafios em oportunidades reais para a economia circular.”Sobre o projetoIniciado em 2019, o projeto GEF Biogás Brasil foi criado para maximizar a transformação dos resíduos orgânicos da agroindústria brasileira em energia limpa por meio do biogás e do biometano, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e gerando novas oportunidades de negócios, emprego e renda.O sucesso do projeto resultou na ampliação de seu escopo inicial para incluir a gestão sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) com foco na produção de biogás. O projeto segue atuando para superar desafios do setor, contribuindo para a economia circular e a diversificação da matriz energética nacional.Confira os principais resultados já alcançados pelo projeto GEF Biogás Brasil:RECURSOS: Financiamento direto de US$ 7,8 milhões, além de US$ 74,9 milhões em cofinanciamento e contrapartida de parceiros institucionais.UNIDADES DE DEMONSTRAÇÃO (UDs): Mobilização de US$ 5,9 milhões para investimento em unidades de demonstração na Região Sul do país, que receberam apoio técnico e financeiro do projeto para compra de equipamentos e melhoria operacional.MODELOS DE NEGÓCIOS: Elaboração de seis modelos de negócios inovadores para diferentes setores ao longo da cadeia de valor da agroindústria.ABERTURA DE MERCADOS: Programa de Tropicalização para a integração de empresas brasileiras às cadeias de valor globais, tendo oito propostas selecionadas de sete países e territórios da América Latina, Europa e Ásia.CAPACITAÇÃO: Mais de 10 mil alunos passaram pelos cursos do projeto, oferecidos em parceria com o CIBiogás. Um dos cursos oferecidos, a Trilha de Capacitação em Biogás, foi o maior pacote de capacitação online e gratuito em biogás da América Latina.RSU: Desenvolvimento de estratégias de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos para o Distrito Federal, o Oeste Paulista e a região metropolitana de Florianópolis, incluindo o lançamento de uma ferramenta digital para o desenho de trajetórias tecnológicas de gestão de resíduos que permite a replicação de resultados em outras regiões do país.Atividades Previstas na ExtensãoA extensão aprovada pelo Comitê Diretor tem como objetivo ampliar os impactos do projeto, por meio das seguintes ações:UNIDADES DE DEMONSTRAÇÃO: Otimização dos resultados alcançados pelas plantas de biogás apoiadas pelo projeto, com o objetivo de ampliar a disseminação de boas práticas no setor.LIVRO: Publicação de uma pesquisa qualitativa sobre o impacto dos modelos de negócio que foram desenvolvidos pelo projeto em parceria com o setor privado e entidades setoriais. A pesquisa envolveu empresas, produtores rurais e cooperativas com mais de 80.000 famílias associadas.PIBIOGÁS: Transferência da Plataforma de Informações do Biogás Andrea Faria (PiBiogás) para a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), garantindo a continuidade das atividades da plataforma.REPOSITÓRIO DIGITAL: Produção de um repositório digital no site do MCTI para disponibilizar ao público todas as publicações e materiais informativos essenciais do projeto, mantendo esse conteúdo online e acessível após o encerramento do projeto.Monitoramento, Relato e Verificação (MRV): Suporte a instituições nacionais na contabilização da redução de emissões a partir do biogás.A decisão do Comitê Diretor do Projeto reflete o forte compromisso das instituições envolvidas em ampliar os impactos positivos já alcançados e compartilhar os casos de sucesso do projeto. Essa extensão fortalece o protagonismo do Brasil em discussões sobre políticas energéticas sustentáveis, consolidando o país como referência para outros países de desenvolvimento semelhante.Para saber mais, acesse o site do projeto GEF Biogás Brasil.CONTATO PARA A IMPRENSA:Raphael Makarenko (UNIDO / GEF Biogás Brasil) - r.makarenko@unido.org, filtered_html
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17 fevereiro 2025
ARTIGO: Reforce a segurança nas estradas para as pessoas, o planeta e a prosperidade
Líderes globais devem tomar medidas urgentes e conjuntas para acabar com a carnificina nas estradas.
Se você tivesse que adivinhar a principal causa de morte de crianças e jovens em todo o mundo, o que diria? Malária? Pneumonia? Suicídio? Todas elas estão no topo da lista, mas não - são os acidentes de trânsito. Os carros existem há mais de 120 anos e sabemos como evitar essas tragédias. No entanto, os acidentes de trânsito ainda tiram mais de duas vidas a cada minuto e quase 1,2 milhão de vidas todos os anos. Se essas mortes fossem causadas por um vírus, seriam chamadas de pandemia e o mundo se esforçaria para desenvolver vacinas para evitá-las. Mas, no entanto, há muito tempo a redução das mortes no trânsito tem sido negligenciada, mal compreendida e subfinanciada.As pessoas sempre cometerão erros nas estradas, mas temos soluções comprovadas que garantem que nossos sistemas de transporte possam absorver esses erros de forma a reduzir significativamente o risco de morte. Como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Década de Ação da ONU para a Segurança Viária 2021-2030, o mundo estabeleceu uma meta ambiciosa de reduzir pela metade as mortes nas estradas em todo o mundo até 2030. Apenas dez países - incluindo alguns países de baixa e média renda duramente atingidos - conseguiram reduzir as mortes no trânsito em mais de 50% em uma década, e mais de 30 países estão logo atrás. Isso mostra que a meta pode ser atingida, mas não é nem de o longe suficiente. Precisamos de ações urgentes. A chave para atingir essa meta é a decisão de projetar e construir nossos sistemas de transporte para as pessoas - e não para os veículos motorizados - e tornar a segurança primordial em todas as decisões e ações. Isso é especialmente importante para os usuários mais vulneráveis das vias, como pedestres, ciclistas e motociclistas, que muitas vezes são deixados perigosamente expostos. O avanço da segurança viária é crucial por si só, mas também é fundamental para o desenvolvimento sustentável em geral. O mundo está passando por uma onda de motorização sem precedentes. Mais de um bilhão de veículos estão nas estradas. Isso é insustentável. Portanto, devemos nos concentrar no transporte de pessoas, não de carros, motocicletas ou caminhões. O transporte é responsável por um quarto das emissões globais de carbono e alimenta o congestionamento em nossas cidades. No entanto, quando a mobilidade se torna segura e acessível, as pessoas escolhem as opções mais ecológicas de transporte público, caminhada e ciclismo.Projetar cidades em torno de um transporte sustentável - com ciclovias, zonas de pedestres e transporte público acessível - também fortalece as comunidades, tornando os espaços mais seguros e habitáveis, além de melhorar o acesso à moradia adequada e aos serviços básicos para todas as pessoas.Estradas seguras impulsionam as economias. As mortes nas estradas podem custar aos países cerca de 3 a 5% de seus PIBs, e garantir que mais pessoas possam se deslocar com segurança para seus empregos, escolas e serviços vitais impulsiona o desenvolvimento. O transporte seguro, acessível e econômico também elimina as barreiras de acesso a empregos, escolas e outras oportunidades para grupos desfavorecidos. Isso ajuda a garantir que todas as pessoas possam atingir seu potencial.O mesmo vale para a igualdade de gênero. Em alguns países, até 80% das mulheres relatam ter sofrido assédio no transporte público, portanto, devemos tornar o transporte seguro para mulheres e meninas.A segurança no trânsito é assunto de todas as pessoas e, para ter sucesso, precisamos do envolvimento de vários setores. Os planejadores urbanos e engenheiros devem garantir que a segurança seja incorporada à infraestrutura. A academia e a sociedade civil podem gerar evidências. A mídia pode se aprofundar no que funciona, no que não funciona e o porquê. O setor privado tem uma enorme influência. As empresas podem contribuir para a mobilidade segura e sustentável aplicando princípios e práticas comprovadas em suas cadeias de valor. Elas devem vender apenas veículos que atendam aos padrões de segurança das Nações Unidas. No entanto, o papel do governo é fundamental. Eles devem oferecer abordagens estratégicas e bem coordenadas, políticas sólidas e estruturas legais que imponham padrões de segurança e comportamentos seguros, além de financiamento suficiente. A aplicação da lei e a educação também são fundamentais. Essa visão está no centro do Plano Global para a Década de Ação das Nações Unidas para a Segurança Viária 2021-2030, que oferece um guia para os governos reduzirem as mortes no trânsito.Nesta semana, líderes mundiais se reunirão para uma Conferência Ministerial Global sobre Segurança Viária no Marrocos. Eles avaliarão o progresso, compartilharão conhecimentos e promoverão ações para reduzir pela metade as mortes no trânsito até 2030.Eles devem adotar uma nova Declaração de Marrakech, que reconheça a segurança no trânsito como uma prioridade urgente de saúde pública e desenvolvimento e que nossos esforços devam ser orientados pelos princípios de equidade, acessibilidade e sustentabilidade.A Declaração convoca líderes mundiais a intensificar os esforços para colocar em prática o Plano Global para a Década de Ação das Nações Unidas para a Segurança no Trânsito. Precisamos de uma mudança radical na vontade política, um senso de urgência, estratégias baseadas em evidências que sejam custeadas e implementadas, uma forte coordenação e financiamento adequado. A segurança no trânsito é uma crise que já se arrasta há tempo demais. Nenhuma morte no trânsito é necessária ou aceitável. No entanto, também é muito mais do que isso. A mobilidade segura e sustentável pode impulsionar um futuro melhor para todos e todas nós.Autores do artigo:
1. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)
2. Jean Todt, Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para Segurança no Trânsito
3. Achim Steiner, Administrador do Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD)
4. Rabab Fatima, Subsecretário Geral e Alto Representante para os Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento Sem Litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento
5. Inger Andersen, subsecretária-geral da ONU e diretora executiva do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA)
6. Anaclaudia Rossbach, Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)
7. Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR)
8. Jorge Moreira da Silva, Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS)
9. Tatiana Molcean, Subsecretária Geral da ONU/Secretária Executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE)
10. Armida Salsiah Alisjahbana, Secretária Executiva da Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico (UNESCAP)
11. Claver Gatete, Secretário Executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (UNECA)
12. Rola Dashti, Secretário Executivo da Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (ESCWA)
13. José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)
14. Gilles Michaud, Subsecretário Geral de Segurança e Proteção (UNDSS)
15. Felipe Paullier, Secretário-Geral Adjunto para Assuntos da Juventude
16. Li Junhua, subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais. Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA). , filtered_html
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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História
29 janeiro 2025
Dia da Visibilidade Trans
Em Manaus, no coração da Amazônia, Ariel Ramires inicia mais um dia. Aos 46 anos, ela carrega consigo a coragem e a resiliência que marcam a história de tantas mulheres trans no Brasil. Trabalhando como cobradora de ônibus no transporte público da cidade, Ariel divide sua rotina entre os desafios diários e a dedicação ao trabalho que realiza junto à Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Amazonas (ASSOTRAM). Quando perguntada sobre sua trajetória, Ariel explica: “Conheci a ASSOTRAM através de uma amiga, há quase três anos. Fiquei encantada com o trabalho que fazem, principalmente para apoiar pessoas trans em situação de vulnerabilidade.” A organização tem desempenhado um papel fundamental em sua vida, oferecendo não apenas acolhimento, mas também transformação por meio de cursos de qualificação, assistência médica, orientação e prevenção de doenças, além da distribuição de preservativos e kits dignidade. Ariel também refletiu sobre os desafios que enfrenta como mulher trans no Brasil, um dos países que mais mata pessoas trans no mundo:“Infelizmente, a maioria da população não está preparada para lidar com a diversidade de gênero. Isso nos traz incertezas diárias e o medo constante de não voltar para casa.”Para ela, os olhares de indiferença e o preconceito, muitas vezes associados a estigmas como o envolvimento com drogas e prostituição, são barreiras que impactam profundamente sua vida. Apesar disso, Ariel acredita em avanços importantes e destaca o impacto positivo da ASSOTRAM: “A organização tem contribuído muito com a qualificação profissional, prevenção de doenças e distribuição de materiais de prevenção. Quando chegamos aos locais de atuação, as pessoas que trabalham como profissionais do sexo até já nos aguardam para receberem a doação dos kits do UNFPA.”Recentemente, Ariel participou de uma ação em parceria com o UNFPA Brasil, que distribuiu kits dignidade para mulheres trans e profissionais do sexo nas ruas de Manaus. “Esses kits têm grande valia, principalmente para quem vive em situação de vulnerabilidade. Mostra o quanto a ASSOTRAM e o UNFPA se sensibilizam com nossas necessidades,” ressaltou Ariel. Para ela, a parceria com uma agência da ONU representa uma oportunidade de criar pontes para um futuro melhor, com mais dignidade e respeito. No Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, Ariel reflete sobre o significado da data: “Esse dia é um lembrete da luta e memória de quem nos precedeu. É também uma oportunidade para conscientizar as pessoas de que todos somos iguais e merecemos respeito e dignidade.” Ariel também acredita que a visibilidade pode impulsionar mudanças reais: “Precisamos de iniciativas como cotas para pessoas trans no mercado de trabalho, assim como existem cotas para pessoas com deficiência e jovens aprendizes.”Com o apoio da ASSOTRAM, Ariel encontrou um espaço para fortalecer sua identidade e se reconectar com seus sonhos. “A organização tem um papel fundamental na minha vida e na vida de muitas outras pessoas trans. É um lugar onde somos vistas, ouvidas e respeitadas,” afirmou.Ao compartilhar sua história, Ariel espera inspirar outras pessoas a enxergar o valor da diversidade e a enfrentar a discriminação contra as pessoas trans. No Dia da Visibilidade Trans, ela deixa uma mensagem de esperança: “Somos parte de um todo, e cada pequeno avanço conta. Em parceria, podemos construir uma sociedade mais justa, onde todas as pessoas tenham dignidade e respeito.”A ASSOTRAM tem sido parceira do UNFPA desde a chegada do Fundo a Manaus, em 2019, ampliando sua atenção à população migrante, refugiada e apátrida. Em dezembro de 2024, no âmbito do projeto “Fortalecimento dos Serviços de Violência Baseada no Gênero que Salvam Vidas”, financiado pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), a organização realizou sua abordagem mensal de sensibilização em Manaus, direcionada a travestis, mulheres trans e mulheres cis profissionais do sexo. Durante a ação, foram distribuídos mais de 2.400 preservativos, 800 lubrificantes e 213 informativos, além dos Kits Dignidade doados pelo UNFPA, beneficiando 200 pessoas. Essa iniciativa reflete o compromisso conjunto da ASSOTRAM e do UNFPA em promover dignidade, prevenção e apoio às populações mais vulneráveis.Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes e visite a página: https://brazil.unfpa.org/pt-br , filtered_html
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História
24 janeiro 2025
Mulheres lideram a preservação da cultura agrícola da América Latina
Andréia percorre uma feira em Brasília onde são vendidas flores “sempre-vivas” e outros artesanatos que sua comunidade coleta e produz por meio de um método agrícola ancestral. Nelly coordena por telefone uma visita ao aeroporto de Quito para avaliar a possibilidade de expor as barras de chocolate que sua localidade produziu de forma sustentável com o sistema de “chakras amazônicas”. Luzmila, junto com suas companheiras, seleciona cuidadosamente as últimas sementes de batata produzidas em suas hortas para levá-las ao banco de sementes de Puno, no Peru, garantindo a biodiversidade desse alimento.As histórias dessas três mulheres refletem o trabalho e a dedicação que desenvolveram em suas comunidades para aproveitar o potencial de seu ambiente e, ao mesmo tempo, respeitar e proteger os recursos sem explorá-los. Elas são fundamentais porque preservam o conhecimento tradicional que permite esse equilíbrio nos chamados Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) no Brasil, Equador e Peru.Os SIPAMs, reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), fazem parte de um programa que apoia comunidades rurais na preservação de seus sistemas agrícolas tradicionais, territórios, biodiversidade, saberes e culturas. Nesse contexto, o empoderamento das mulheres é essencial.Na América Latina e em outras partes do mundo, as mulheres desempenham um papel central na conservação e no aprimoramento da biodiversidade, contribuindo para a subsistência de suas comunidades e para a segurança alimentar de suas famílias e do mundo.Como forças vitais em seus territórios, mulheres de diversas idades e etnias tornaram-se pilares do desenvolvimento local e ajudam a fortalecer a resiliência diante dos desafios das mudanças climáticas.Andréia Ferreira dos Santos: de coletora de flores a defensora do patrimônio quilombolaCriada por sua avó no Quilombo Raiz, Andréia passou a vida coletando as chamadas “sempre-vivas”, flores do Cerrado brasileiro usadas na confecção de arranjos ornamentais de longa duração.Essas flores, colhidas e secas, são essenciais para comunidades tradicionais dessa vasta ecorregião de savana tropical em Minas Gerais, no leste do Brasil. Em 2020, seu sistema de cultivo e coleta foi reconhecido pela FAO como o primeiro SIPAM do país. Andréia faz parte da quinta geração do Quilombo fundado por sua tataravó. Sua identidade está profundamente enraizada na Serra do Espinhaço, onde sua comunidade sobrevive com a coleta dessas flores. Segundo ela, em cada temporada, que varia conforme a espécie, uma pessoa pode coletar até uma tonelada de flores, vendidas por valores entre R$ 25 e R$ 70 (aproximadamente US$ 5 a US$ 12) o quilo.Contudo, com a chegada do cultivo de eucalipto à região nos anos 2000, a monocultura começou a substituir gradualmente as florestas e as flores. Em busca de alternativas de renda, a comunidade apostou no desenvolvimento de artesanatos. "O impacto cultural e econômico foi muito grande. Uma forma de manter nosso modo de vida foi agregar valor", explica Andréia. Assim, desde 2006, os artesanatos com capim-dourado do Quilombo Raiz passaram a ser comercializados em feiras por todo o Brasil e até em outros países.Ainda assim, a atividade tradicional não foi abandonada. “Ela continua sendo importante e é transmitida de geração em geração”, afirma Andréia. Para defender os direitos de sua comunidade, ela se uniu a movimentos sociais em 2014, integrando a Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas.Essa mobilização ajudou o Sistema de Agricultura Tradicional da Serra do Espinhaço a obter o reconhecimento da FAO, o que trouxe visibilidade à comunidade e contribuiu para barrar a entrada da mineração na região. “O reconhecimento da FAO foi muito importante. A comunidade entende que é muito mais valioso ter água do que dinheiro.”O protagonismo feminino, como o de Andréia, é maioria: “é uma rede de mulheres trabalhando para manter a comunidade. A associação é composta apenas por mulheres. Elas estão em todos os contextos”, celebra a líder.Luzmila Mendoza: guardiã de sementes nativas e líder comunitária pela agrobiodiversidadeLuzmila Mendoza é uma das nove mulheres da comunidade camponesa Santa Rosa de Yanaque, no distrito de Ácora, região de Puno, no Peru. A mais de 4.800 metros de altitude, elas recuperam e preservam sementes originárias, herança de seus ancestrais, para as futuras gerações. “A semente é como minha mãe, a Pachamama”, afirma Luzmila, presidente da organização “Produtores Peruanos pela Agrobiodiversidade” e da Associação Yanaque. Para ela, cuidar das sementes vai além da sobrevivência de sua família; representa empoderamento e orgulho.Mesmo que os alimentos produzidos a partir dessas sementes tenham pouco valor comercial, Luzmila os cultiva e compartilha com a família.“A quinoa nativa colorida é mais nutritiva que a branca, mas tem preço de venda mais baixo. Por isso, plantamos apenas para consumo familiar”, explica Luzmila. As agricultoras de Puno recuperaram mais de 50 variedades de sementes nativas. Luzmila sozinha recuperou 26 variedades de batata e diversas de mashua, oca, olluco, cañihua e quinoa nativa.Nelly Monar: gestora empresarial com raízes na “chakra amazônica” equatorianaNelly Monar cresceu em uma família de pecuaristas em Tena, na Amazônia equatoriana, e estudou administração de empresas. Decidiu dedicar-se à produção de barras de chocolate, tornando-se representante legal da Associação Tsatsayaku, produtora de cacau fino de aroma. Na associação, Nelly aprendeu sobre o cultivo de cacau no sistema agroflorestal ancestral da “chakra amazônica” e sobre a produção de derivados de cacau.A Tsatsayaku reúne mais de 2.400 famílias, majoritariamente mulheres e jovens, promovendo a conservação da “chakra amazônica” e o uso sustentável dos recursos. O reconhecimento como SIPAM pela FAO em 2023 valorizou a cosmovisão kichwa e a cultura de cuidado das comunidades indígenas.Nelly acredita que a comunicação e a cooperação entre governo e instituições internacionais devem ser fortalecidas. Sua liderança inspira jovens a verem oportunidades no campo e a valorizarem práticas ancestrais, agregando valor aos produtos, como as barras de chocolate.Para saber mais, siga @FAOBrasil nas redes e visite a página da FAO Brasil: https://www.fao.org/brasil/pt/ , filtered_html
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História
07 janeiro 2025
"Já tínhamos vontade, mas faltava o norte"
Foi a partir das ações previstas no Selo UNICEF que todas as escolas ganharam um sistema de água próprio e o índice de qualidade da água passou a ser acompanhado pela Vigilância Sanitária do Município. São quase 9h30 quando os estudantes da Escola Municipal Cristo Redentor começam a deixar as salas de aula. O cheirinho do lanche começa a invadir os corredores e, no banheiro, uma pequena fila de crianças se forma para lavar as mãos antes do lanche. A cena parece comum, mas foi apenas nos últimos quatro anos que a ação se tornou hábito na segunda maior escola do Cantá, localizada na Vila São José, que fica a 142 quilômetros de Boa Vista, capital de Roraima. "Minha escola era pequena e feia. A água era amarelada, não dava para beber e nem lavar as mãos", lembra Anna Carla, de dez anos. Ela estuda há mais de seis anos na unidade de ensino e é uma das principais testemunhas das mudanças que a escola está vivendo nos últimos anos. Os banheiros quebrados e fechados deram lugar a toaletes adaptados para crianças. A água, antes não tratada, hoje sai cristalina das torneiras da escola. É que com 28 anos de existência, é a primeira vez que a cidade participa do Selo UNICEF, uma importante certificação dada aos municípios que assumem o compromisso de manter em suas agendas prioritárias políticas públicas pela infância e adolescência. Entre os principais avanços, Cantá se destacou em um resultado fundamental: o de levar hábitos de higiene, acesso à água e saneamento a crianças e adolescentes. Identificada em uma zona com altos índices de doenças estomacais causadas pela água, onde crianças e adolescentes eram os principais afetados, o município deu um importante passo para garantir o acesso a água de qualidade a meninos e meninas. Em um trabalho intersetorial entre saúde, educação e água, saneamento e higiene (WASH, na sigla em inglês), os locais mais afetados foram mapeados e um plano para começar uma revolução na vila foi traçado. As escolas se tornaram o ponto de partida. “Com o norte dado pelo Selo, mapeamos as escolas que ficavam nessas zonas endêmicas e fizemos uma avaliação. Notamos que não só a revitalização do prédio era necessária, como também havia a necessidade de uma revitalização do comportamento”, explicou o articulador do Selo UNICEF no município, Marcos Abreu. Foi a partir das ações previstas no Selo que não só todas as escolas ganharam um sistema de água próprio, como o índice de qualidade da água passou a ser acompanhado pela Vigilância Sanitária do Município, mensalmente. Em 2024, 100% das escolas do município estão recebendo água de qualidade. "Até pouco tempo atrás, o município estava no século 18. Hoje estamos no século 21", conta Marcos, animado. "Nos últimos quatro anos, começamos a trabalhar com o programa saúde na escola, ao mesmo tempo que aderimos ao Selo UNICEF. Esses dois programas, mas principalmente o Selo, nos deram um caminho para o que deveríamos fazer. Já tínhamos vontade, mas faltava o norte". Com a escola revitalizada, banheiros adequados à altura das crianças e água de qualidade chegando até as torneiras das pias e bebedouros, a próxima etapa foi colocar toda a comunidade escolar dentro do plano para fazer a mudança real acontecer. Gestores, professores e profissionais da saúde trabalharam em conjunto para implantar o programa de lavagem de mãos para as crianças e adolescentes e trabalharam para fazer a informação chegar até a família. "A criança é um grande colaborador. Trabalhamos sua conscientização na escola e ela faz o papel de transmitir esse conhecimento para a família. Ela não só leva esse conhecimento para casa, como começa a atuar como um fiscal da higiene, da lavagem das mãos, dos alimentos", explicou Marcos. "A escola está inserida dentro da comunidade. Por isso, não é possível separar ‘criança’ de ‘família’. A família faz parte da comunidade, da comunidade escolar principalmente". Agatha Hadassa, de sete anos, é uma das impactadas pelas atividades de lavagem de mãos. Na escola, a menina aprendeu a como e quando lavar as mãos, conhecimento que faz questão de reforçar com os pais. "Eu lavo as mãos antes e depois de comer, quando brinco com o cachorro. E falo para minha mãe como fazer também", conta com um sorriso no rosto. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/agua-saneamento-e-higiene Para implementar o Selo UNICEF na região Norte do País, o UNICEF conta com as parcerias estratégicas de B3 Social, Grupo Profarma, Instituto Claro, Itaú Social, RD Saúde, Fundação Vale e Vale. , filtered_html
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História
30 dezembro 2024
Um espaço para recomeçar na Ilha Grande
É difícil cruzar o rio e entrar na estreita estrada de terra que nos leva até a Ilha Grande dos Marinheiros, na periferia de Porto Alegre, sem sentir o impacto das marcas deixadas pela enchente de maio de 2024. Foi tanta terra deslizando que a geografia do lugar mudou. A estrada está visivelmente acima do nível normal e tudo parece fora do lugar. As paredes das casas ainda exibem sinais da lama e da destruição causada pela força das águas, que ultrapassaram os cinco metros de altura. Muitas famílias nunca retornaram, deixando para trás um cenário que mistura reconstrução e abandono. No meio desse contexto, surge a história de Elisabete Meire Machado, de 44 anos, mais conhecida como Moa. Líder comunitária e uma força vital na Ilha, Moa carrega nos olhos a memória de momentos difíceis, mas também uma determinação imensa de fazer a diferença. Sua voz e postura são de uma mulher disposta, ativa e animada, que sabe por quem e pelo que está lutando. “Fiquei 42 dias em cima do telhado de um vizinho”, lembra Moa, enquanto aponta para o espaço onde antes ficava sua casa. “Entrava só para o quartinho que restou, apenas para dormir. O resto do tempo, vivia no telhado.” O local fica em um arquipélago e faz partes das ilhas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A força de uma comunidade e o impacto da enchente Antes da enchente, Moa já atuava com dedicação na comunidade em que nasceu e retornou para morar há 22 anos. Era uma comunidade humilde, que vivia da pesca, e onde todos se conheciam. No pátio de sua casa e em um galpão, ela organizava eventos para crianças, oferecendo lanches e momentos de alegria. “Era tudo organizado entre nós. Meu marido comprava uma coisa, meu cunhado alugava brinquedo inflável, minha tia fazia bolo... Era sempre assim, com doações de pessoas comuns, porque não tínhamos vínculo com nenhuma organização”. Mas a enchente devastou tudo. O espaço que Moa usava para acolher as crianças foi destruído. “Desde o ano passado, não conseguimos fazer mais nada. Veio uma enchente em setembro, depois outra em novembro, e então essa de maio, que foi ainda pior. Todo mundo perdeu tudo. Eu me sentia abandonada, incapaz de ajudar as pessoas.” Foi nesse momento que Moa encontrou apoio. “O dia que o UNICEF e a ADRA me procuraram foi uma virada. Vocês perguntaram o que eu fazia, como era o nosso trabalho e o que a comunidade mais precisava". Rapidamente, Moa pegou seu caderno, em que vinha, há anos, registrando todas as informações sobre a comunidade, quantas famílias, quantas crianças, nomes, idades. “Eu perdi parte desse caderno de cadastro na enchente, mas reconstruí com a ajuda de vocês. Foi a melhor coisa que aconteceu aqui depois da enchente”, afirmou com um tom de voz animado. Com a chegada da ajuda, Moa viu sua comunidade ser atendida de forma ampla. Foram distribuídos produtos de limpeza, cadastradas famílias. “Esse trabalho foi o melhor que já aconteceu na nossa Ilha”, diz Moa emocionada. “As famílias elogiam tudo: o atendimento, as visitas, os produtos. Foi 100% aprovado”, diz ela com gratidão. Junto com o apoio emergencial, veio também um projeto que mudaria para sempre a vida dela e da comunidade: o apoio dado para construir um novo espaço para as crianças. O Espaço da Gurizada: um novo começo Em meio a toda a destruição, Moa viu surgirem os primeiros pilares de um novo espaço para as crianças da Ilha: o Espaço da Gurizada. No mesmo local em que antes ela atendia as crianças antes da enchente, foi construído um ambiente elevado, seguro e acolhedor para meninas e meninos. “Antes, atendíamos as crianças no contraturno escolar. Elas tomavam café da manhã ou almoço, dependendo do horário escolar, e o café da tarde. Costumávamos distribuir aproximadamente 120 marmitas por dia para a comunidade. Perdemos tudo com a enchente, mas agora, com esse espaço, tudo será diferente.” Construído em palafitas para resistir a futuras inundações, o novo espaço, feito com materiais de construção fornecidos pela ADRA, parceira do UNICEF, conta com brinquedos e uma geladeira, e foi doado à comunidade. Ao longo dos últimos meses, além da estrutura física, o Espaço contou também com profissionais como psicólogos e professores, que ajudaram a mitigar os impactos das chuvas na vida de crianças e adolescentes. “Quando o espaço ficou pronto, foi como um renascimento para nós. Ver as crianças voltarem a brincar, sorrir e se sentirem acolhidas me deu forças para continuar. A presença do UNICEF e da ADRA foi fundamental. Eles não trouxeram só ajuda, mas também esperança. Está beneficiando muitas crianças. É um sonho que estamos realizando juntos”, destaca Moa. Sonhos para o futuro Apesar das conquistas, Moa ainda sonha com mais. “Gostaria de ver uma praça, um espaço para as famílias irem nos finais de semana. Nossa Ilha é a única que não tem isso. Mas só o fato de termos agora um espaço seguro para as crianças já é algo incrível. É a realização de um sonho”, destaca a líder comunitária. A partir de janeiro, o Espaço da Gurizada passa a ser, oficialmente, gerido pela comunidade. E Moa faz questão de reconhecer o impacto do trabalho realizado. “Eu gostaria de agradecer de coração a todos os apoiadores, todos que doam para o UNICEF e ajudam a realizar esse sonho. Não tenho palavras para expressar a emoção de ter vocês aqui com a gente. Estou muito feliz.” Enquanto as marcas da destruição ainda são visíveis, a força e a resiliência de Moa, somadas ao apoio do UNICEF e da ADRA, mostram que a reconstrução vai muito além de tijolos e paredes. Ela está na esperança renovada de uma comunidade inteira e no sorriso de cada criança que encontrará no Espaço da Gurizada um lugar para brincar, aprender e sonhar. Hoje, o local, uma casa azul elevada, é mais que um lugar físico; é um legado de resiliência, cuidado e transformação. E Moa, com sua dedicação, segue como um farol para as crianças da ilha, mostrando que mesmo em meio às águas mais turbulentas, é possível construir um futuro melhor. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/enchentes-no-rio-grande-do-sul A resposta do UNICEF às chuvas no Rio Grande do Sul conta com parceiros estratégicos como MSD e Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês); com a parceria da Kimberly-Clark e da Takeda; e com o apoio de Amanco Wavin; Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin; Instituto Mosaic; Klabin; e Serena Energia. Para o Espaços da Gurizada, na Ilha Grande dos Marinheiros, o UNICEF conta com a parceria de implementação da ADRA. , filtered_html
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
História
24 dezembro 2024
Muito além de uma bolinha de Natal
Com práticas inclusivas e que valorizam a identidade, meninas e meninos crescem confiantes e conhecedores de seus direitos por uma infância antirracista. Uma simples ação de decorar a escola para momentos festivos pode ter grandes significados no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) 8 de Março, no Ibura, bairro periférico do Recife. A unidade foi uma das atendidas pelas formações da iniciativa Primeira Infância Antirracista (PIA) em Pernambuco e passou a incluir ainda mais intenção em suas atividades lúdicas. A decoração de Natal, por exemplo, foi planejada para ser, além de divertida, uma oportunidade de fortalecer a identidade e valorizar as origens de cada estudante. Com fotos de cada estudante, as tradicionais bolinhas de Natal foram distribuídas na árvore estilizada com um tecido junto a dicas para facilitar a adivinhação: quem é esta criança feliz, com cabelos lindos de cachinhos? E esta aqui? A cada chamada, as meninas e meninos se reconheciam ou indicavam os colegas em meio a muita animação. Detalhes que, aos poucos, vão entrando na rotina de todos que formam a comunidade escolar, dos professores, auxiliares, merendeiras e portaria. A gestora da unidade de educação infantil, Sandra Pereira, destaca que as reflexões provocadas pelas formações e os materiais compartilhados apoiam o planejamento das atividades:“O estereótipo que temos de beleza, de angelical é outro. Precisamos criar novos referenciais e as formações são importantes para gerar essa inquietação. Quando traz um material de fora, isso nos ajuda a guiar as atividades e a chamar a atenção dos professores para o que precisamos melhorar”.Localizada em um bairro em que a maioria dos moradores é negra ou indígena, o Cmei 8 de Março atende 131 crianças de zero a cinco anos. Sandra ressalta que o trabalho desenvolvido de valorização das origens e identidade também alcança as famílias das crianças. “Nós buscamos envolver todos e trabalhamos em parceria. Tentamos fortalecer a autoestima desde cedo e influenciar famílias que percebemos que já são sofridas nesse ponto”, afirma, listando atividades com espelhos e fotografias. “A gente vê o resultado na criança. Quando escuto uma criança de cinco anos dizendo que todo mundo é especial e lindo, apesar de ser diferente, o sentimento é de alegria e realização”. Uma das mães da escola também pontuou sua alegria ao saber que a filha, além de ser bem cuidada na creche, aprende que tem os mesmos direitos de todos. “Ela vai aprender que é linda, né? Que não deve abaixar a cabeça”, disse. A coordenadora pedagógica Andreá Santos reforça que a formação e as atividades desencadeadas na unidade foram uma oportunidade para aprimorar os projetos já existentes. “A gente nem sabe, mas pensar no enfrentamento ao racismo e numa primeira infância antirracista mexe com conceitos guardados. As formações foram muito importantes pois nos possibilitam conversar enquanto equipe e, aos poucos, vamos inserindo novas práticas e construindo bases mais fortalecidas”, disse. A estratégia Primeira Infância Antirracista (PIA) do UNICEF tem como objetivo chamar a atenção e sensibilizar profissionais da educação, saúde e assistência social sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil. Também busca fortalecer o engajamento para garantir, de fato, um atendimento qualificado e humanizado, que leve em consideração as especificidades étnico-raciais das crianças e suas famílias. Para suas ações de primeira infância, incluindo enfrentamento do racismo, o UNICEF conta com a parceria estratégica de Huggies e com o apoio de Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin. Em Pernambuco, foram realizados dois seminários presenciais com a participação de 377 gestores e técnicos de 100 municípios, alcançando 324 mil crianças que poderão ser beneficiadas com um olhar mais qualificado. Para saber mais, siga @unicebrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/pia , filtered_html
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Notícias
12 fevereiro 2025
UNIDO: Setor de cimento inicia trajetória sustentável para zerar emissões até 2050
Representantes e especialistas da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e do Instituto E+ participaram na última quarta-feira (05/02) da reunião de lançamento da atualização do roadmap sustentável para a indústria cimenteira no Brasil.A iniciativa traçará um caminho estratégico para que o setor alcance emissões líquidas zero até 2050, com foco na inovação tecnológica e na modernização do processo produtivo. Embora o setor de cimento no Brasil já registre baixos índices de emissão de CO2 equivalente em comparação com padrões internacionais, há um compromisso crescente com a adoção de soluções que impulsionem a competitividade e sustentabilidade.Serão analisadas melhorias no processo produtivo, considerando barreiras regulatórias e financeiras e a incorporação de tecnologias inovadoras, como captura e armazenamento de carbono (CCS), eficiência energética, uso de hidrogênio verde e produção de concreto de baixo carbono.Entre as ações previstas estão o mapeamento de iniciativas já implementadas no Brasil, a identificação de fontes de financiamento nacionais e internacionais para viabilizar a modernização do setor e o desenvolvimento de uma plataforma digital para conectar projetos inovadores com oportunidades de investimento.O Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, enfatizou o papel do governo na coordenação dessa agenda: “A descarbonização da indústria é uma prioridade para o Brasil, e o setor cimenteiro tem um papel estratégico nesse processo. Com a construção deste roadmap, fortaleceremos as bases para uma transição sustentável e competitiva.”Para o Representante da UNIDO no Brasil, Clovis Zapata, a parceria com o setor é essencial para garantir um planejamento estratégico robusto e viável: “A UNIDO trabalhará em estreita colaboração com a indústria cimenteira e demais stakeholders para apoiar a implementação de soluções inovadoras e sustentáveis que posicionem o Brasil como referência na descarbonização do setor”, destacou.O roadmap será elaborado com a participação do SNIC, entidade que representa o setor e contribuirá com dados e projeções para a construção de cenários realistas e viáveis. O Presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna, reforça a importância dessa iniciativa: “O desenvolvimento deste roadmap trará diretrizes fundamentais para que o setor possa avançar na redução de emissões sem comprometer a competitividade da indústria, garantindo um futuro sustentável e alinhado às metas climáticas.”Essa iniciativa faz parte do Partnership for Net Zero Industry, programa internacional que apoia países em desenvolvimento na descarbonização de setores industriais de difícil descarbonização, como cimento e aço, por meio de assistência técnica e promoção de tecnologias inovadoras. Além disso, o estudo integra o escopo do Hub de Descarbonização da Indústria (ID Hub), plataforma coliderada pelo Brasil e pelo Reino Unido, que visa fomentar investimentos e parcerias para acelerar a transição da indústria para uma economia de baixo carbono. A UNIDO é responsável pela gestão do Secretariado do ID Hub, atuando para facilitar parcerias estratégicas.A definição do roadmap sustentável para a indústria de cimento deverá ser concluído em até 18 meses e contribuirá para que a indústria cimenteira brasileira se alinhe às metas estabelecidas pelo Acordo de Paris e pela Política Nacional sobre Mudança do Clima, consolidando sua trajetória rumo à neutralidade de carbono.CONTATO PARA A IMPRENSA: Raphael C.F. Makarenko (UNIDO) - r.makarenko@unido.org , filtered_html
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11 fevereiro 2025
ONU abre bolsa para jornalistas brasileiros cobrirem CTBT: Conferência de Ciência e Tecnologia (SnT2025) na Aústria
A Comissão Preparatória da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), responsável por proibir explosões nucleares em qualquer lugar — acima do solo, debaixo d'água e no subsolo — seleciona jornalistas de todo o mundo a aplicar a uma bolsa de cobertura da Conferência de Ciência e Tecnologia (SnT2025). Jornalistas selecionados terão a chance de se conectar com especialistas renomados, explorar os avanços mais recentes no monitoramento de testes nucleares e obter insights valiosos sobre as discussões globais em torno dessa questão crucial.A Comissão Preparatória da CTBTO conta com a inovação para aprimorar as capacidades do regime de verificação do Tratado, bem como para ajudar a aproximar o Tratado da universalização e da sua entrada em vigor. Assim como o oitavo evento da série CTBT: Conferência de Ciência e Tecnologia, o SnT2025 reunirá mais de 1.000 cientistas, tecnólogos, acadêmicos, estudantes e representantes dos órgãos de formulação de políticas da CTBTO. Além disso, os representantes das áreas de pesquisa e desenvolvimento, diplomacia científica, consultoria científica, mídia e defesa de direitos estão convidados a participar da conferência.O SnT2025 está programado para ocorrer no Palácio de Hofburg, em Viena, Áustria, e on-line, para criar uma conferência mundial inclusiva e alcançar apoio globalmente.Leia o folheto de anúncio para saber mais! Objetivos Científicos do SnT2025:Identificar métodos e tecnologias que tenham potencial para melhorar o monitoramento da proibição de testes nucleares e as inspeções nos locais, incluindo abordagens emergentes e revolucionárias.Destacar como os desenvolvimentos científicos e a cooperação podem apoiar necessidades nacionais, estruturar objetivos políticos em apoio ao CTBT e promover a sua universalização.Conectar, inspirar e integrar as diversas comunidades envolvidas no monitoramento da proibição de testes nucleares e na inspeção nos locais e aumentar a diversidade de gênero, geografia e gerações, além de incluir profissionais em início de carreira e jovens.Causar impacto na sociedade global promovendo aplicações civis e científicas, capacitação e treinamento, orientação e desenvolvimento de habilidades relacionadas ao monitoramento da proibição de testes nucleares e às técnicas de verificação em evolução.O que está coberto? Os jornalistas selecionados receberão apoio completo, incluindo:Viagem de ida e volta para VienaAcomodação durante a conferênciaAjuda de custo diária Datas e principais prazos:16 de setembro de 2024: Abertura das inscrições para a Conferência, que permanecerão abertas até a Conferência7 de outubro de 2024: Abertura do envio de resumos5 de março de 2025: Prazo final para envio de resumos e solicitação de apoio financeiro8 de setembro de 2025: Início da Conferência12 de setembro de 2025: Término da conferênciaLink para inscrição: https://conferences.ctbto.org/event/31/ Mais informações: press@ctbto.org , filtered_html
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10 fevereiro 2025
FAO: Rede de Alimentação Escolar se apresenta no Encontro Nacional do PNAE Brasil
No painel sobre cooperação internacional na área de alimentação escolar, Najla Veloso, integrante da secretária-executiva da Rede, explicou que a RAES é uma iniciativa do governo brasileiro, criada em 2018, a partir de seu compromisso de compartilhar experiências e oferecer apoio técnico aos países da América Latina e do Caribe, o que vem acontecendo desde o ano 2009.Como ação da cooperação Sul-Sul Trilateral, essa Rede é implementada conjuntamente pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério da Educação (ABC/MRE), pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com a secretaria executiva da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Também conta com 17 países membros: Belice, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Equador, Honduras, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uruguai Segundo Najla Veloso, coordenadora do projeto regional e integrante da secretaria executiva da RAES, a Rede atua com base no princípio maior do direito humano à alimentação adequada nas escolas, por meio dos programas de alimentação escolar, no qual a visão de proteção social dá lugar a uma política com potencial de alcançar todos os estudantes. “Comer na escola é direito de todo cidadão que precisa se desenvolver cognitivamente, ter suas condições, ter possibilidades potencializadas para a aprendizagem”, afirmou.Em Rede, os países trabalham para fortalecer e consolidar os programas de alimentação escolar na região com base em diretrizes como universalização da cobertura de estudantes, intersetorialidade, participação social, melhoria da infraestrutura, menus adequados e saudáveis, educação alimentar e nutricional e das compras públicas da agricultura familiar, entre outras frentes. Segundo Paola Barbieri, analista de projetos da ABC/MRE, a parceria com organismos internacionais como a FAO e o Programa Mundial de Alimentos (WFP, sigla em inglês) nasceu devido à crescente demanda dos países por cooperação internacional em alimentação escolar. "Passados 16 anos desse trabalho conjunto, 80 países do sul global já foram atendidos".Saulo Ceolin, coordenador da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e coordenador-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores (MRE), destacou que a Aliança foi idealizada pelo governo do Brasil para acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza. "A Aliança busca viabilizar e acelerar soluções, conectando países e instituições dispostos a oferecer algum tipo de financiamento ou de capacidade técnica aos que estão dispostos a implementar políticas públicas listadas na nossa 'cesta' de políticas'', explicou. Até o momento, a Aliança já conta com a adesão de cerca de 160 membros participantes, entre os quais 91 países, 43 fundações, 25 organizações internacionais e 10 instituições financeiras internacionais. A rede RAES está em processo de adesão a esta iniciativa. O diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, Daniel Balaban, ressaltou que os programas de alimentação escolar no mundo têm avançado significativamente nos últimos anos. "Em 2011, menos de 20 países tinham programas de alimentação escolar nacionais. Hoje, temos 170 países do mundo".O PNAE além das fronteiras brasileirasCom quase 70 anos desde a sua criação, o PNAE atende cerca de 40 milhões de estudantes em 155 mil escolas públicas e fornece aproximadamente 10 bilhões de refeições por ano. No cenário internacional, este programa tem sido uma referência para muitos países, especialmente da América Latina e do Caribe e da África. Desde 2009, o governo do Brasil e a FAO cooperam no tema da alimentação escolar por meio do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO.Em 2023, o Brasil tornou-se copresidente da Coalizão Global para a Alimentação Escolar, ao lado da França e da Finlândia. Este ano, o país sediará a 2ª Cúpula Global de Alimentação Escolar, nos dias 18 e 19 de setembro de 2025, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará. Dada a importância do tema para o governo brasileiro, a abertura do encontro contou com as presenças do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da primeira-dama Janja Lula da Silva, ‘embaixadora da alimentação escolar', e do Ministro da Educação, Camilo Santana.Política brasileira de alimentação escolarNesse evento foi apresentada a proposta da Política de Alimentação Escolar do Brasil, cujo objetivo é fortalecer a atuação do governo na implementação e consolidação do PNAE, além de consolidar a alimentação escolar como direito fundamental dos estudantes. Foi citado, também, que haverá um Conselho Nacional de Alimentação Escolar para apoiar no acompanhamento e controle da PAE. O projeto de lei está em discussão. "Esse programa, que já é gigante, pode ser ainda melhor a partir do desenho da política brasileira de alimentação escolar, dando um passo maior em direção ao respeito às peculiaridades regionais, à diversidade de nossa cultura alimentar e ao equilíbrio federativo", afirmou a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba. Avanços Durante o encontro, o governo brasileiro anunciou uma medida que reduziu de 20% para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados oferecidos nas escolas públicas no ano de 2025. Para 2026, a taxa cairá para 10%. Também foi anunciado o aumento no valor per capita para a educação de jovens e adultos, beneficiando 2,1 milhões de brasileiros que frequentam as escolas públicas. Foi lançado, ainda, o Projeto Alimentação Nota 10, para capacitar nutricionistas e merendeiras sobre temas relacionados à segurança alimentar e nutricional, direito humano à alimentação, questões ambientais e agricultura familiar. O encontro também premiou as 20 melhores práticas que participaram da 5ª Jornada de educação alimentar e nutricional (EAN). , filtered_html
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10 fevereiro 2025
ONU abre inscrições para Programa de Bolsas de Estudos sobre oceanos
A Bolsa de Necessidades Estratégicas tem como objetivo de capacitar os Estados mais vulneráveis, especialmente os países menos desenvolvidos, os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países em desenvolvimento sem litoral, a lidar estrategicamente com questões importantes e urgentes que enfrentam nos assuntos oceânicos e no direito do mar. Os funcionários de governo com experiência destes Estados em assuntos oceânicos e direito do mar, que estão ocupando cargos importantes em suas administrações, recebem treinamento aprofundado e altamente personalizado em assuntos oceânicos e direito do mar, com foco nas áreas em que os Estados identificaram barreiras críticas de capacidade.Após a conclusão da Bolsa de estudos, espera-se que os bolsistas retornem aos seus cargos e usem seu treinamento em estruturas jurídicas internacionais, em questões-chave e melhores práticas em assuntos oceânicos, o trabalho da ONU e habilidades profissionais para auxiliar seus Estados na implementação da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e instrumentos relacionados, bem como o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 e outros ODS relacionados. Para obter mais detalhes sobre os objetivos da bolsa de estudos, consulte este documento (em inglês).Para conhecer as condições da bolsa de estudos, consulte esta página (em inglês).
Estrutura, currículo e resultados da bolsa:A bolsa de estudos consiste em um programa de treinamento de quatro meses na Divisão de Assuntos Oceânicos e Direito do Mar, do Escritório de Assuntos Jurídicos do Secretariado das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova Iorque. Um currículo individual altamente personalizado é desenvolvido pela DOALOS para os candidatos aprovados, com base nas necessidades de alta prioridade identificadas por seus Estados e com o objetivo de desenvolver a capacidade dos bolsistas de ajudar o Estado a atender efetivamente a essas necessidades.Além disso, os bolsistas serão totalmente integrados às atividades de treinamento desenvolvidas para os bolsistas do Programa de Bolsas de Estudo das Nações Unidas - Fundação Nippon sobre Oceanos e Legislação Marítima (UN-NF), ficando assim expostos a oportunidades de aprendizado adicional e networking. Para obter mais detalhes sobre o currículo da bolsa de estudos, consulte este documento (em inglês).Os resultados do Programa de Bolsas incluem uma série de tarefas a serem concluídas no contexto do currículo de treinamento e o desenvolvimento de uma matriz de governança oceânica.Dependendo das necessidades identificadas, os bolsistas podem, durante o programa de treinamento de quatro meses, realizar um estágio de aprendizado em um departamento do Secretariado das Nações Unidas, em uma agência especializada, em uma organização afiliada às Nações Unidas ou em outra organização relevante.A Bolsa de Necessidades Estratégicas é oferecida anualmente, geralmente entre os meses de agosto e dezembro.
Processo de inscrição e critérios de elegibilidadeOs Estados são convidados a nomear funcionários do governo com experiência limitada em assuntos oceânicos e direito do mar, que estejam ocupando cargos importantes em suas administrações e que tenham atribuições relacionadas à implementação da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e instrumentos relacionados, bem como o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 e outros ODS relacionados.Os candidatos indicados devem atender a todos os critérios a seguir:1.Devem ter entre 25 e 45 anos de idade;2. Devem ter concluído com êxito um diploma universitário;3. Devem ser funcionários do governo de países em desenvolvimento que lidam diretamente com questões críticas relacionadas ao desenvolvimento sustentável dos oceanos e mares, incluindo a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável; política oceânica nacional e/ou regional; estabelecimento de zonas marítimas e delimitação de fronteiras marítimas; gerenciamento da zona costeira; conservação e gestão de recursos marinhos vivos; transporte marítimo e navegação; segurança marítima; proteção e preservação do ambiente marinho; e ciência marinha;4. O programa de estudos proposto deve contribuir diretamente para a formulação e/ou implementação de políticas e programas de assuntos oceânicos e direito do mar;5. Deve estar livre de todas as obrigações não relacionadas à bolsa durante todo o período, a menos que autorizado de outra forma pela Divisão de Assuntos Oceânicos e Direito do Mar, Escritório de Assuntos Jurídicos.O preenchimento dos critérios acima deve ser claramente demonstrada pelo candidato por meio dos formulários de inscrição e confirmada por uma Autoridade de Indicação. O “Formulário de Indicação e Recomendação” deve ser preenchido por um funcionário do governo que possa atestar a natureza do trabalho do candidato com relação às atividades do governo relacionadas a assuntos oceânicos e direito do mar e indicar como o Prêmio contribuiria diretamente para essas atividades.O Programa tem o compromisso de alcançar um equilíbrio de 50/50 entre os gêneros e a diversidade geográfica de seus participantes. As candidatas do sexo feminino são fortemente incentivadas a se inscrever. Mediante solicitação, poderão ser fornecidas acomodações razoáveis a candidatos com deficiências para apoiar sua participação nos programas.As inscrições são bem-vindas somente quando a chamada para inscrições estiver aberta.“Este programa conduz o bolsista por todos os instrumentos, profissões, organizações ligadas às Nações Unidas. Ele é perfeito para o novato que trabalha em uma área ligada ao Direito do Mar e busca uma melhor compreensão sobre seu funcionamento. Gostei muito das apresentações dos especialistas e da interação com eles. Além disso, pude compartilhar meu conhecimento por meio de discussões e apresentações em grupo. Sem dúvida, foi um momento que me deu clareza sobre meu futuro profissional”, Bolsista de Necessidades Críticas, Bahamas, filtered_html
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10 fevereiro 2025
Uma Década de Livres & Iguais no Brasil
Para celebrar essa primeira década, recuperamos parte dessa história, trazendo eventos e materiais representativos.2014 – Lançamento da Livres & Iguais no Brasil"Todos têm direitos de ser e amar quem quer que seja". Em 28 de abril de 2014, com vídeo da Campeã da Igualdade Daniela Mercury, e evento na Prefeitura de São Paulo prestigiado por diversas autoridades, foi lançada oficialmente a campanha Livres & Iguais Brasil.Entre as iniciativas de comunicação desse ano inaugural, também teve depoimento de Edith Modesto, que compartilhou sua história de aceitação, revelando o sentido de família. 2015 e 2016 – Iniciativas internacionais e políticas públicasEm 2015, 12 agências da ONU emitiram uma declaração conjunta e sem precedentes contra a violência e discriminação de pessoas LGBTI+, destacando a ligação entre as violações dos direitos dessas pessoas e exclusão social. Nesse sentido, ativistas LGBTI+ de todo o mundo compartilharam seus relatos de violência e discriminação.Em novembro, na sede da ONU em Nova York, a campanha nacional lançou o vídeo "Celebre o Amor" com a cantora Daniela Mercury, para conscientizar sobre a importância do respeito aos casais homoafetivos.Já em 2016 o governo federal brasileiro promoveu a 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT. A Livres & Iguais Brasil mobilizou agências, fundos e programas da ONU para participar da conferência nacional LGBT do país, fortalecendo assim o debate público sobre os direitos e desafios dessa população no país. Nesse ano, a Livres & Iguais Brasil reuniu pessoas LGBTI+ e parentes para mostras como é importante o apoio familiar para elas. Avelino, pai que perdeu seu filho mais velho devido à homofobia, destaca além da alegria que é ser pai, o papel dos familiares no apoio dos familiares às pessoas LGBTI+ já que, muitas vezes, elas enfrentam violências dentro da própria família, dificultando suas vidas.Em outros vídeos, Mônica e Guaia, Ângela e Thais, Ana Maria e Ana Carolina, mães e filhas compartilharam suas histórias. “A sociedade está pronta para dizer não aos nossos filhos. A família deve dizer sim, amar, acolher e respeitar”, define Ângela.2017 – Visibilidade pelo esporte e lançamento do projeto TransFormaçãoEm seu quarto ano, a Livres & Iguais Brasil cresceu e alcançou mais de 600 mil pessoas nas redes sociais! Foram divulgados vídeos com atletas LGBTI+ (como a jogadora de rugby Isadora Cerullo), organizou um evento e documento para promoção e defesa os direitos das pessoas refugiadas LGBTI+, buscou contribuir com a visibilidade das pessoas interesexo, além de concurso de artes visuais e cartões postais com ativistas trans.Nesse ano, a campanha no Brasil também organizou workshops para mais de 800 pessoas LGBTI+, trazendo temas como deslocamento forçado, igualdade no local de trabalho e fortalecimento de pessoas defensoras de direitos humanos.TransFormação: Empregabilidade e defesa de direitosEm 2017 teve início o projeto TransFormação, que buscou por meio de oficinas apoiar o acesso de pessoas trans, travestis e não-binárias ao mercado de trabalho e na defesa de seus direitos. No total, o projeto teve 4 edições.Na segunda edição, em 2018, 30 ativistas trans participaram de workshops que promoveram a igualdade transgênero. Em 2019, o projeto teve continuidade com mais 23 ativistas trans na Bahia, que tiveram como mentores profissionais de saúde, defensores públicos e policiais. Em 2023, foi realizada a quarta edição do TransFormação, em colaboração com a Casa Neon Cunha, o curso teve participantes do Norte e Sudeste do Brasil, totalizando 109 graduados ao longo de quatro anos.Frequentemente as pessoas que passaram pelo projeto se referem ao TransFormação como um ponto de virada em suas vidas, pois o projeto atuou aumentando a sua autoestima, conhecimento de seus direitos e capacitação enquanto agentes da mudança.2018 a 2019 – LGBTI+ e mercado de TrabalhoAlém da produção de conteúdos, em 2018, a campanha teve foco no mercado de trabalho. Realizado em contato com o setor privado, Os Padrões de Conduta para Empresas busca estabelecer normas e boas práticas para uma cultura de respeito e igualdade no local de trabalho.Ao longo do ano de 2019, a Livres & Iguais Brasil também organizou treinamentos e eventos para 121 empresas do setor privado e 40 procuradores do trabalho sobre como podem desempenhar seu papel na promoção da igualdade LGBTI+. Você já parou para pensar o que “inclusão” de fato significa para pessoas trans? No vídeo produzido por livres & Iguais Brasil, em 2019, a partir de suas histórias pessoas trans apresentam seu ponto de vista sobre a questão.2020 e 2021– Pandemia de covid-19Com a emergência sanitária e a necessidade de isolamento social afetaram de maneira desigual as populações mais vulneráveis, como a LGBTI+. Livres & Iguais Brasil organizou reuniões com defensores dos direitos humanos trans em todo o país para entender as dificuldades e apoiar iniciativas de resposta emergencial organizadas pela própria comunidade, como a entrega de alimentos.Os direitos humanos das pessoas intersexo foram um tema chave para as atividades deste ano, sendo realizado um encontro de médicos com o sistema ONU no Brasil para apresentar a temática, um vídeo com entrevistas de ativistas que explicam o que é ser intersexo e a publicação de conteúdos nas mídias sociais sobre o tema.Em 2021, foi lançada uma série de vídeos sobre o tema, além de realizada uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.2022 e 2023 – Mais de um milhão de visualizações nas redes sociais!Como 2022 foi um ano eleitoral, como parte de uma estratégia mais ampla da ONU contra o discurso de ódio, a Livres & Iguais Brasil promoveu reunião sobre violência política para fortalecer a cooperação entre sociedade civil e autoridades estaduais. 2024 – 10 anos da Livres & IguaisPara fechar a década, a Livres & Iguais continua a produzir conteúdo para redes sociais, visando aumentar a visibilidade e promover os direitos das pessoas LGBTI+. Além disso, com participações em eventos com parceiros como o G-20 Social e o I Seminário Nacional de Empregabilidade LGBTI+ promoveram a campanha e reforçaram parcerias com o governo e a sociedade civil. Ao longo de uma década, a campanha Livres & Iguais no Brasil tem sido uma força na promoção dos direitos LGBTI+. Desde seu lançamento, a campanha realizou uma série de iniciativas impactantes, incluindo eventos públicos, workshops, vídeos e colaborações com diversas organizações. Com milhões de visualizações nas redes sociais e um contínuo esforço para combater a discriminação e promover a igualdade, a Livres & Iguais reafirma seu compromisso com a visibilidade, o respeito e a inclusão das pessoas LGBTI+.A campanha Livres & Iguais Brasil agradece a todas as pessoas que apoiaram e acompanharam as ações e até aqui! Continue seguindo a Livres & Iguais em: https://www.unfe.org/pt/, filtered_html
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