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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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23 dezembro 2024
Projeto de combate à desertificação transforma comunidades no sertão da Bahia
Nesta semana, encerrou-se um ciclo de 18 meses, em que mais de mil famílias no sertão do São Francisco, na Bahia, foram mobilizadas para praticar o manejo sustentável e a recuperação dos recursos naturais da Caatinga. As atividades integram o projeto REDESER, que visa interromper e reverter a desertificação em áreas críticas do semiárido brasileiro.A iniciativa, realizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), atua em diversas regiões do Nordeste. Na Bahia, o projeto foi implementado em 14 comunidades de fundo de pasto, uma ocupação tradicional de territórios baseada no uso comunitário da terra por meio da agricultura familiar. Nessa região, o REDESER capacitou quase 400 pessoas nos municípios de Uauá e Monte Santo, com aulas práticas e teóricas que somaram quase 230 horas sobre sistemas produtivos resilientes, regenerativos e sustentáveis. Essas ações foram executadas pela Fundação Araripe, com apoio da Escola Família Agrícola do Sertão (EFASE) e a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC), com o objetivo de promover a segurança alimentar e hídrica e a conservação da biodiversidade, fortalecendo a convivência com a semiaridez e combatendo os processos de desertificação.Segundo Manoel Timbó, coordenador do projeto na FAO, os resultados são concretos. "Com o projeto REDESER, implementamos uma estratégia de agricultura e pecuária resilientes ao clima, transformando a Caatinga em um laboratório de inovação e oportunidades. Também fortalecemos o capital social da região, criando bases sólidas para o combate à desertificação”, explicou.No decorrer das capacitações, cada comunidade recebeu um Plano de Gestão Integrada de Recursos Naturais (GIRN) e Planos de Uso Potencial e Sustentável para suas áreas florestais coletivas, documentos que permitiram um planejamento mais eficaz do uso dos recursos naturais do bioma. A difusão dessas práticas resultou no aumento do cultivo de produtos da Caatinga, que hoje são comercializados por cooperativas locais, inclusive para a indústria de alimentos e de cosméticos.As atividades do projeto também incluíram o desenvolvimento de um inventário florestal detalhado, que passou a orientar o uso de mais de 16 mil hectares de vegetação nativa, com foco na valorização dos produtos florestais não madeireiros. Além disso, para auxiliar o processo de formação dos agricultores, o REDESER montou unidades demonstrativas, gerando modelos replicáveis de diferentes sistemas agrícolas e florestais (SAF), como agroflorestas, sistemas silvipastoris (ILPF da caatinga), apiários, meliponários e barragem de base zero.Conquistas de comunidades tradicionais Desde os anos 80, as comunidades de fundo de pasto no sertão nordestino vêm lutando pelo reconhecimento e regularização de suas terras. Maria da Glória Cardoso do Nascimento, uma das fundadoras da Escola Família Agrícola do Sertão (EFASE), relembra que essa trajetória foi marcada por conflitos. "Nós lutamos tanto pelo resgate da terra como contra os grileiros, que foram muito fortes aqui. Pessoas de fora vinham, compravam um pedacinho de terra, cercavam-no e o tomavam dos trabalhadores", recorda. Espaços como a EFASE hoje simbolizam a resistência e a identidade das comunidades.O projeto REDESER trabalha pela valorização dessas áreas, unindo práticas agroecológicas modernas e o conhecimento tradicional. Maria da Glória destaca a relevância da iniciativa: "Achei importantíssimo esse trabalho, essa oportunidade que o projeto nos deu, de inserirmos os técnicos nas comunidades com mais conhecimento. É uma vitória tanto para nós quanto para eles".Apesar dos avanços, as comunidades de fundo de pasto ainda buscam titulação definitiva das terras e mais visibilidade. Atualmente, elas estão em busca pelo reconhecimento como um Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM), título concedido pela FAO a práticas agrícolas que geram meios de subsistência nas áreas rurais, combinando biodiversidade, ecossistemas resilientes, tradição e inovação de maneira única."Até pouco tempo ninguém tinha escutado falar das áreas tradicionais de fundo de pasto. Só com a luta dos trabalhadores, esses projetos e a escola é que ganhamos destaque, e esse trabalho de pertencimento e valorização é bem importante", ressalta Maria da Glória. O reconhecimento como SIPAM não apenas trará visibilidade internacional, mas também fortalecerá as estratégias de conservação e gestão sustentável da Caatinga.Desenvolvimento da apiculturaEm Uauá, o REDESER foi um divisor de águas para os agricultores familiares, especialmente apicultores. Maciel da Silva Rodrigues, presidente da associação comunitária, relembra como o projeto trouxe novos conhecimentos e soluções práticas para atividades que já eram desenvolvidas desde os anos 90. "A gente agradece muito o projeto, porque impactou muitas famílias", afirma. A capacitação técnica e os equipamentos entregues pelo REDESER, ampliaram a capacidade produtiva e resolveram desafios históricos enfrentados pela comunidade.Antes do apoio, a colheita de mel era limitada pela falta de infraestrutura adequada. “Quando chegava a época da colheita, a gente tinha que pedir o equipamento emprestado das comunidades distantes, e, quando chegava a nossa vez, já tinha passado a época da safra”, explica Maciel. Agora, com a centrífuga própria entregue pelo projeto, o cenário mudou. O equipamento permite que os apicultores processem o mel no tempo certo, aumentando tanto a eficiência quanto a qualidade do produto. A previsão de produção, que girava em torno de 350 quilos por florada, saltou para estimativas entre 450 quilos e uma tonelada. "Com a chegada da centrífuga a gente vai produzir mais e colher no tempo certo", celebra o agricultor.Além da apicultura, o REDESER também incentivou a diversificação produtiva por meio de SAFs. Com o cultivo de frutas como goiaba, acerola e umbu, a comunidade passou a integrar uma cadeia produtiva que beneficia cooperativas e pequenos negócios locais. “Na nossa comunidade, temos a produção de sorvete e picolé. A gente fornece as frutas à cooperativa COOPERCUC, eles processam e fazem a polpa, e a gente compra de volta para fazer nossos produtos”, conta Maciel. O uso de produtos da agricultura familiar, como licuri, manga e coco, fortalece a economia local e gera novas oportunidades para as famílias envolvidas.Para saber mais, siga @FAOBrasil no X e leia o artigo "Uma oportunidade para o Brasil reforçar o combate à desertificação"Contato para a imprensa: Luiza Olmedo, Comunicadora do Escritório da FAO no Brasil: Luiza.Olmedo@fao.org , filtered_html
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10 janeiro 2025
ONU confirma 2024 como o ano mais quente já registrado, com cerca de 1,55°C acima dos níveis pré-industriais
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que 2024 foi ano mais quente já registrado, com base em seis conjuntos de dados internacionais. A temperatura média global da superfície foi 1,55 °C (com uma margem de incerteza de ± 0,13 °C) acima da média de 1850-1900, de acordo com a análise consolidada dos seis conjuntos de dados. Isso significa que, provavelmente, acabamos de vivenciar o primeiro ano com uma temperatura média global superior ao limite de 1,5°C do Acordo de Paris, relativo à média pré-industrial de 1850-1900. “A avaliação de hoje da Organização Meteorológica Mundial (OMM) prova mais uma vez que o aquecimento global é um fato incontestável”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.“Os anos individuais que ultrapassam o limite de 1,5 grau não significam que a meta de longo prazo foi ultrapassada. Isso significa que precisamos lutar ainda mais para entrar no caminho certo. Temperaturas altíssimas em 2024 exigem ação climática pioneira em 2025.” “Ainda há tempo para evitar o pior da catástrofe climática. Mas as líderes políticas devem agir - agora”, enfatizou Guterres. A OMM fornece uma avaliação da temperatura com base em várias fontes de dados para apoiar o monitoramento climático internacional e para fornecer informações confiáveis para as negociações climáticas intergovernamentais facilitadas pela ONU. Os conjuntos de dados são do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), da Agência Meteorológica do Japão, da NASA, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, (NOAA), da Agência Meteorológica do Reino Unido, em colaboração com a Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia (HadCRUT) e do grupo Berkeley Earth, da Universidade de Berkeley. “A história do clima está se desenrolando diante de nossos olhos. Não tivemos apenas um ou dois anos recordes, mas uma série completa de dez anos. Isso foi acompanhado por condições climáticas extremas e devastadoras, aumento do nível do mar e derretimento do gelo. Tudo isso foi impulsionado por níveis recordes de gases de efeito estufa devido às atividades humanas”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.“É importante enfatizar que um único ano com mais de 1,5°C em um ano NÃO significa que não conseguimos cumprir as metas de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris, que são medidas ao longo de décadas e não em um ano específico. No entanto, é essencial reconhecer que cada fração de um grau de aquecimento é importante. Seja em um nível abaixo ou acima da meta de 1,5°C, cada incremento adicional de aquecimento global aumenta os impactos sobre nossas vidas, economias e nosso planeta”, disse Celeste Saulo.Há uma margem de incerteza em todas as avaliações de temperatura. Todos os seis conjuntos de dados colocam 2024 como o ano mais quente já registrado e todos destacam a recente taxa de aquecimento. Mas nem todos mostram a anomalia de temperatura acima de 1,5 °C devido a metodologias diferentes.O momento da divulgação dos seis conjuntos de dados de temperatura foi coordenado entre as instituições para para enfatizar as condições excepcionais vivenciadas em 2024.Um estudo separado publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences descobriu que o aquecimento dos oceanos em 2024 desempenhou um papel fundamental nas altas temperaturas recordes. O oceano está mais quente do que nunca, conforme registrado por humanos, não apenas na superfície, mas também a 2.000 metros de profundidade, de acordo com o Instituto de Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências. O estudo envolveu uma equipe de 54 cientistas de sete países e 31 institutos. Cerca de 90% do excesso de calor resultante do aquecimento global é armazenado no oceano, tornando o conteúdo de calor do oceano um indicador crítico da mudança climática. De 2023 a 2024, o aumento global do conteúdo de calor do oceano a 2000 m de profundidade é de 16 zettajoules (1021 Joules), cerca de 140 vezes a geração total de eletricidade do mundo em 2023, de acordo com o estudo, que se baseia no conjunto de dados do Instituto de Física Atmosférica. A OMM fornecerá todos os detalhes dos principais indicadores de mudança climática, incluindo gases de efeito estufa, temperaturas da superfície, calor do oceano, aumento do nível do mar, recuo das geleiras e extensão do gelo marinho, em seu relatório Estado do Clima Mundial 2024, a ser publicado em março de 2025. Esse relatório também fornecerá detalhes de eventos de alto impacto.Acordo de ParisGuterres pediu aos governos que apresentem novos planos nacionais de ação climática este ano para limitar o aumento da temperatura global a longo prazo a 1,5°C e ajudar os países mais vulneráveis a lidar com os impactos climáticos devastadores.Um ou mais anos individuais que excedam 1,5°C não significam que tenhamos perdido a meta de “manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais e prosseguir com os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e impactos da mudança climática”, conforme declarado no Acordo de Paris. Isso se refere a um período prolongado, normalmente décadas ou mais, embora o Acordo não forneça uma definição específica. Picos de temperatura de curto prazo no aquecimento de longo prazo podem ser causados por fenômenos naturais, como o El Niño, que persistiu de meados de 2023 a maio de 2024.Como o aquecimento global continua, há uma necessidade urgente de rastreamento, monitoramento e comunicação com relação à meta de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris, para ajudar os formuladores de políticas em suas deliberações.Uma equipe internacional de especialistas criada pela OMM deu uma indicação inicial de que o aquecimento global de longo prazo, conforme avaliado em 2024, é atualmente de cerca de 1,3°C em comparação com a linha de base de 1850-1900.Notas para editoresA OMM usa conjuntos de dados baseados em dados climatológicos de locais de observação, navios e boias em redes marinhas globais, desenvolvidos e mantidos pelaredes marinhas globais, desenvolvidas e mantidas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), pelo Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA (NASA GISS), pelo Centro Hadley da Agência Atmosférica do Reino Unido e a Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia (HadCRUT) e o grupo Berkeley Earth, da Universidade de Berkeley. A OMM também usa conjuntos de dados de reanálise do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo e seu Serviço Copernicus de Mudança Climáticas, e da Agência Meteorológica do Japão (JMA). A análise combina milhões de observações meteorológicas e marinhas, inclusive de satélites, usando um modelo climático para produzir um conjunto completo de dados tridimensionais e globais.Os conjuntos de dados usados pela OMM fornecem um quadro globalmente completo ou quase completo das temperaturas próximas à superfície, usando métodos estatísticos para preencher lacunas em áreas de dados esparsos, como as polares. As análises também fornecem uma análise globalmente completa usando um modelo para estimar temperaturas em todas as regiões.Para calcular os números consolidados das temperaturas em relação à era pré-industrial, a OMM calcula anomalias relativas a 1981-2010 para cada conjunto de dados e, em seguida, adiciona um deslocamento de 0,69°C, que é a diferença entre 1981-2010 e 1850-1900, conforme estimado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC). A incerteza na compensação é de 0.12°C. A descrição metodológica pode ser encontrada neste link. A Organização Meteorológica Mundial é a voz autorizada do Sistema das Nações Unidas sobre tempo, clima e água: www.wmo.int Contato para a imprensa: Clare Nullis, Assessora de Imprensa, OMM: cnullis@wmo.int e media@wmo.int , filtered_html
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18 outubro 2023
Como combater o discurso de ódio nas redes sociais?
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Confira as 10 dicas para ajudar a combater o discurso de ódio nas redes sociais:
1. Coloque-se no lugar das outras pessoas:
Pense duas vezes antes de expressar um julgamento ou opinião nas redes sociais e pergunte a si mesmo(a) se isso pode prejudicar, ofender ou agredir alguém.
2. Submeta as opiniões, informações e imagens a 3 filtros:
CONFIANÇA: vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?
VERIFICAÇÃO: baseia-se em fatos verificados, evidências e informações comprovadas?
UTILIDADE: qual é o propósito e quais benefícios traz para mim e para outras pessoas?
3. Converse sobre direitos e temas complexos da realidade social com seus familiares, amigos e colegas:
4. Perca o medo de identificar discursos de ódio e discriminação:
Se um membro da sua família ou pessoa conhecida compartilhar uma piada ou expressão racista, sexista ou que promova o ódio ou discriminação, informe, de forma gentil e cordial, que tal mensagem não está correta e explique de maneira clara e concisa o porquê.
5. Aja com responsabilidade nas redes sociais:
Use as redes sociais para aprender coisas novas, reunir seus amigos e pessoas queridas, criar oportunidades econômicas e fortalecer laços de amizade.
6. Não caia na provocação:
Evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão.
7. Denuncie:
Quando encontrar uma mensagem que promova o ódio ou a discriminação, utilize as ferramentas oferecidas pela rede social para denunciar.
8. Informe-se:
Busque informações, guias e apoio contra o discurso de ódio.
9. Busque apoio legal:
10. Liberte-se dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação:
Nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável. Revise seus costumes e práticas diárias.
Saiba mais:
Informe da ONU sobre integridade da informação nas plataformas digitais
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) publicou, em outubro de 2023, a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
A estratégia e o plano de ação da ONU
Em resposta à tendência alarmante do aumento do discurso de ódio em todo o mundo, o secretário-geral da ONU lançou, em 18 de junho de 2019, a Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre Discurso de Ódio.
Buscando melhorar a resposta da ONU ao fenômeno global do discurso de ódio, essa estratégia é o resultado de uma estreita colaboração entre 16 entidades do Grupo de Trabalho da ONU sobre Discurso de Ódio e é coordenada pela Assessora Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.
A Estratégia assume o firme compromisso de intensificar a ação coordenada para combater o discurso de ódio, tanto em nível global quanto nacional.
Visão
A Estratégia e o Plano de Ação reconhecem que o discurso de ódio tem o potencial de incitar a violência e minar a unidade social. A Estratégia reconhece que o discurso de ódio tem sido um precursor de crimes atrozes, incluindo genocídio, nos últimos 75 anos.
A abordagem de coordenação dos esforços de todo o sistema da ONU para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio está fundamentada em padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, princípios de igualdade e não discriminação, bem como outros direitos fundamentais.
A Estratégia tem como objetivo dar às Nações Unidas o espaço e os recursos para enfrentar o discurso de ódio, que representa uma ameaça aos princípios, valores e programas da ONU. Ela orienta o sistema das Nações Unidas sobre como lidar com o discurso de ódio e inclui maneiras de apoiar a ação dos coordenadores residentes da ONU nos Estados-membros.
Princípios e compromissos fundamentais
A Estratégia e o Plano de Ação consistem em 13 compromissos de ação do sistema das Nações Unidas, com base em quatro princípios fundamentais:
A Estratégia e sua implementação devem estar alinhadas com o direito à liberdade de opinião e expressão, já que a ONU apoia um discurso mais positivo - e não menos discurso - como a principal forma de lidar com o discurso de ódio.
O combate ao discurso de ódio é responsabilidade de todas as pessoas. Isso significa que todos(as) nós devemos agir: governos, sociedades, o setor privado, começando pelos indivíduos.
A ONU pretende apoiar uma nova geração de cidadãos digitais, capacitados para reconhecer, rejeitar e enfrentar o discurso de ódio na era digital.
Como uma ação eficaz deve ser apoiada por um melhor conhecimento, a Estratégia exige a coleta coordenada de dados e pesquisas, inclusive sobre as causas básicas, os motivadores e as condições que impulsionam o discurso de ódio.
Saiba mais e faça sua parte:
Quais são as consequências do discurso de ódio?
Como proteger as crianças do discurso de ódio?
Confira a mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Visite a página do Escritório da Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio (em inglês).
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): unicrio@onu.org.br.
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08 janeiro 2025
Nações Unidas abrem convocatória para o Prêmio Nelson Mandela 2025
As Nações Unidas estão aceitando indicações para a edição de 2025 do Prêmio Nelson Rolihlahla Mandela. O Prêmio foi criado em junho de 2014 e concedido pela primeira vez em 2015.O Prêmio é concedido a cada cinco anos a duas pessoas: uma mulher e um homem. Pessoas premiadas são selecionadas por um comitê liderado pelo presidente da Assembleia Geral da ONU, que inclui representantes de Estados-membros de cada um dos cinco grupos regionais e um representante da Missão Permanente da África do Sul junto às Nações Unidas. O Departamento de Comunicação Global da ONU atua como secretariado do comitê.O prestigioso Prêmio honorário reconhece indivíduos que dedicam suas vidas a serviço da humanidade, promovendo os propósitos e princípios das Nações Unidas, ao mesmo tempo em que honra e homenageia a extraordinária vida e o legado de reconciliação, transição política e transformação social de Nelson Mandela.As pessoas laureadas serão anunciadas em maio de 2025. A entrega do Prêmio será realizada em 18 de julho na cerimônia anual de comemoração do Dia Internacional de Nelson Mandela, realizada na sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Como fazer uma indicaçãoAs indicações devem ser feitas através do formulário on-line: bit.ly/2025Mandela.Nomeações serão aceitas até 28 de fevereiro de 2025.As indicações para o Prêmio podem ser submetidas pelas seguintes entidades: Governos de Estados-membros e Estados observadores das Nações Unidas. Entidades e organizações intergovernamentais que atuam como observadoras das sessões e do trabalho da Assembleia Geral e do Conselho Econômico e Social da ONU. Instituições de ensino superior reconhecidas pelas autoridades competentes dos Estados-membros. Centros e institutos de pesquisa independentes engajados em serviços dedicados à humanidade, na promoção da reconciliação e da coesão social e no desenvolvimento comunitário. Organizações não governamentais com status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da ONU. Laureados das edições anteriores do Prêmio. HistóricoO Prêmio Nelson Rolihlahla Mandela foi criado em junho de 2014 e concedido pela primeira vez em 2015.Originalmente estabelecido pela resolução 68/275 (6 de junho de 2014), o Estatuto do Prêmio foi aprovado pela resolução 69/269 (2 de abril de 2015).Em reconhecimento à humildade de Nelson Mandela, o Prêmio concedido a cada pessoa vencedora é uma placa gravada com uma citação de Mandela.Em 2015, o Prêmio reconheceu a Dra. Helena Ndume, da Namíbia, uma oftalmologista cuja missão de vida foi o tratamento da cegueira e de doenças relacionadas à visão na Namíbia e em todo o mundo em desenvolvimento; e o ex-presidente de Portugal Jorge Fernando Branco Sampaio, um líder na luta pela restauração da democracia em seu país.As pessoas laureadoas em 2020 foram Marianna V. Vardinoyannis, filantropa grega e defensora mundial dos direitos humanos e da proteção da saúde e do bem-estar das crianças, que também é Embaixadora da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); e Morissanda Kouyaté, defensor dos direitos humanos da Guiné, por seu incansável trabalho para acabar com a violência contra mulheres e meninas na África. Mais informações: Página do Prêmio Nelson Mandela 2025 (em inglês e francês): https://www.un.org/en/events/mandeladay/mandela_prize_2025.shtmlPara conhecer mais sobre a vida e o legado de Mandela, visite a página especial da ONU Brasil (em português): https://brasil.un.org/pt-br/274240-dia-nelson-mandelaContato para a imprensa: Paulina Kubiak, Assessora de Comunicação, Departamento de Comunicação Global da ONU: kubiakp@un.org., filtered_html
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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História
29 janeiro 2025
Dia da Visibilidade Trans
Em Manaus, no coração da Amazônia, Ariel Ramires inicia mais um dia. Aos 46 anos, ela carrega consigo a coragem e a resiliência que marcam a história de tantas mulheres trans no Brasil. Trabalhando como cobradora de ônibus no transporte público da cidade, Ariel divide sua rotina entre os desafios diários e a dedicação ao trabalho que realiza junto à Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Amazonas (ASSOTRAM). Quando perguntada sobre sua trajetória, Ariel explica: “Conheci a ASSOTRAM através de uma amiga, há quase três anos. Fiquei encantada com o trabalho que fazem, principalmente para apoiar pessoas trans em situação de vulnerabilidade.” A organização tem desempenhado um papel fundamental em sua vida, oferecendo não apenas acolhimento, mas também transformação por meio de cursos de qualificação, assistência médica, orientação e prevenção de doenças, além da distribuição de preservativos e kits dignidade. Ariel também refletiu sobre os desafios que enfrenta como mulher trans no Brasil, um dos países que mais mata pessoas trans no mundo:“Infelizmente, a maioria da população não está preparada para lidar com a diversidade de gênero. Isso nos traz incertezas diárias e o medo constante de não voltar para casa.”Para ela, os olhares de indiferença e o preconceito, muitas vezes associados a estigmas como o envolvimento com drogas e prostituição, são barreiras que impactam profundamente sua vida. Apesar disso, Ariel acredita em avanços importantes e destaca o impacto positivo da ASSOTRAM: “A organização tem contribuído muito com a qualificação profissional, prevenção de doenças e distribuição de materiais de prevenção. Quando chegamos aos locais de atuação, as pessoas que trabalham como profissionais do sexo até já nos aguardam para receberem a doação dos kits do UNFPA.”Recentemente, Ariel participou de uma ação em parceria com o UNFPA Brasil, que distribuiu kits dignidade para mulheres trans e profissionais do sexo nas ruas de Manaus. “Esses kits têm grande valia, principalmente para quem vive em situação de vulnerabilidade. Mostra o quanto a ASSOTRAM e o UNFPA se sensibilizam com nossas necessidades,” ressaltou Ariel. Para ela, a parceria com uma agência da ONU representa uma oportunidade de criar pontes para um futuro melhor, com mais dignidade e respeito. No Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, Ariel reflete sobre o significado da data: “Esse dia é um lembrete da luta e memória de quem nos precedeu. É também uma oportunidade para conscientizar as pessoas de que todos somos iguais e merecemos respeito e dignidade.” Ariel também acredita que a visibilidade pode impulsionar mudanças reais: “Precisamos de iniciativas como cotas para pessoas trans no mercado de trabalho, assim como existem cotas para pessoas com deficiência e jovens aprendizes.”Com o apoio da ASSOTRAM, Ariel encontrou um espaço para fortalecer sua identidade e se reconectar com seus sonhos. “A organização tem um papel fundamental na minha vida e na vida de muitas outras pessoas trans. É um lugar onde somos vistas, ouvidas e respeitadas,” afirmou.Ao compartilhar sua história, Ariel espera inspirar outras pessoas a enxergar o valor da diversidade e a enfrentar a discriminação contra as pessoas trans. No Dia da Visibilidade Trans, ela deixa uma mensagem de esperança: “Somos parte de um todo, e cada pequeno avanço conta. Em parceria, podemos construir uma sociedade mais justa, onde todas as pessoas tenham dignidade e respeito.”A ASSOTRAM tem sido parceira do UNFPA desde a chegada do Fundo a Manaus, em 2019, ampliando sua atenção à população migrante, refugiada e apátrida. Em dezembro de 2024, no âmbito do projeto “Fortalecimento dos Serviços de Violência Baseada no Gênero que Salvam Vidas”, financiado pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), a organização realizou sua abordagem mensal de sensibilização em Manaus, direcionada a travestis, mulheres trans e mulheres cis profissionais do sexo. Durante a ação, foram distribuídos mais de 2.400 preservativos, 800 lubrificantes e 213 informativos, além dos Kits Dignidade doados pelo UNFPA, beneficiando 200 pessoas. Essa iniciativa reflete o compromisso conjunto da ASSOTRAM e do UNFPA em promover dignidade, prevenção e apoio às populações mais vulneráveis.Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes e visite a página: https://brazil.unfpa.org/pt-br , filtered_html
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História
24 janeiro 2025
Mulheres lideram a preservação da cultura agrícola da América Latina
Andréia percorre uma feira em Brasília onde são vendidas flores “sempre-vivas” e outros artesanatos que sua comunidade coleta e produz por meio de um método agrícola ancestral. Nelly coordena por telefone uma visita ao aeroporto de Quito para avaliar a possibilidade de expor as barras de chocolate que sua localidade produziu de forma sustentável com o sistema de “chakras amazônicas”. Luzmila, junto com suas companheiras, seleciona cuidadosamente as últimas sementes de batata produzidas em suas hortas para levá-las ao banco de sementes de Puno, no Peru, garantindo a biodiversidade desse alimento.As histórias dessas três mulheres refletem o trabalho e a dedicação que desenvolveram em suas comunidades para aproveitar o potencial de seu ambiente e, ao mesmo tempo, respeitar e proteger os recursos sem explorá-los. Elas são fundamentais porque preservam o conhecimento tradicional que permite esse equilíbrio nos chamados Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) no Brasil, Equador e Peru.Os SIPAMs, reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), fazem parte de um programa que apoia comunidades rurais na preservação de seus sistemas agrícolas tradicionais, territórios, biodiversidade, saberes e culturas. Nesse contexto, o empoderamento das mulheres é essencial.Na América Latina e em outras partes do mundo, as mulheres desempenham um papel central na conservação e no aprimoramento da biodiversidade, contribuindo para a subsistência de suas comunidades e para a segurança alimentar de suas famílias e do mundo.Como forças vitais em seus territórios, mulheres de diversas idades e etnias tornaram-se pilares do desenvolvimento local e ajudam a fortalecer a resiliência diante dos desafios das mudanças climáticas.Andréia Ferreira dos Santos: de coletora de flores a defensora do patrimônio quilombolaCriada por sua avó no Quilombo Raiz, Andréia passou a vida coletando as chamadas “sempre-vivas”, flores do Cerrado brasileiro usadas na confecção de arranjos ornamentais de longa duração.Essas flores, colhidas e secas, são essenciais para comunidades tradicionais dessa vasta ecorregião de savana tropical em Minas Gerais, no leste do Brasil. Em 2020, seu sistema de cultivo e coleta foi reconhecido pela FAO como o primeiro SIPAM do país. Andréia faz parte da quinta geração do Quilombo fundado por sua tataravó. Sua identidade está profundamente enraizada na Serra do Espinhaço, onde sua comunidade sobrevive com a coleta dessas flores. Segundo ela, em cada temporada, que varia conforme a espécie, uma pessoa pode coletar até uma tonelada de flores, vendidas por valores entre R$ 25 e R$ 70 (aproximadamente US$ 5 a US$ 12) o quilo.Contudo, com a chegada do cultivo de eucalipto à região nos anos 2000, a monocultura começou a substituir gradualmente as florestas e as flores. Em busca de alternativas de renda, a comunidade apostou no desenvolvimento de artesanatos. "O impacto cultural e econômico foi muito grande. Uma forma de manter nosso modo de vida foi agregar valor", explica Andréia. Assim, desde 2006, os artesanatos com capim-dourado do Quilombo Raiz passaram a ser comercializados em feiras por todo o Brasil e até em outros países.Ainda assim, a atividade tradicional não foi abandonada. “Ela continua sendo importante e é transmitida de geração em geração”, afirma Andréia. Para defender os direitos de sua comunidade, ela se uniu a movimentos sociais em 2014, integrando a Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas.Essa mobilização ajudou o Sistema de Agricultura Tradicional da Serra do Espinhaço a obter o reconhecimento da FAO, o que trouxe visibilidade à comunidade e contribuiu para barrar a entrada da mineração na região. “O reconhecimento da FAO foi muito importante. A comunidade entende que é muito mais valioso ter água do que dinheiro.”O protagonismo feminino, como o de Andréia, é maioria: “é uma rede de mulheres trabalhando para manter a comunidade. A associação é composta apenas por mulheres. Elas estão em todos os contextos”, celebra a líder.Luzmila Mendoza: guardiã de sementes nativas e líder comunitária pela agrobiodiversidadeLuzmila Mendoza é uma das nove mulheres da comunidade camponesa Santa Rosa de Yanaque, no distrito de Ácora, região de Puno, no Peru. A mais de 4.800 metros de altitude, elas recuperam e preservam sementes originárias, herança de seus ancestrais, para as futuras gerações. “A semente é como minha mãe, a Pachamama”, afirma Luzmila, presidente da organização “Produtores Peruanos pela Agrobiodiversidade” e da Associação Yanaque. Para ela, cuidar das sementes vai além da sobrevivência de sua família; representa empoderamento e orgulho.Mesmo que os alimentos produzidos a partir dessas sementes tenham pouco valor comercial, Luzmila os cultiva e compartilha com a família.“A quinoa nativa colorida é mais nutritiva que a branca, mas tem preço de venda mais baixo. Por isso, plantamos apenas para consumo familiar”, explica Luzmila. As agricultoras de Puno recuperaram mais de 50 variedades de sementes nativas. Luzmila sozinha recuperou 26 variedades de batata e diversas de mashua, oca, olluco, cañihua e quinoa nativa.Nelly Monar: gestora empresarial com raízes na “chakra amazônica” equatorianaNelly Monar cresceu em uma família de pecuaristas em Tena, na Amazônia equatoriana, e estudou administração de empresas. Decidiu dedicar-se à produção de barras de chocolate, tornando-se representante legal da Associação Tsatsayaku, produtora de cacau fino de aroma. Na associação, Nelly aprendeu sobre o cultivo de cacau no sistema agroflorestal ancestral da “chakra amazônica” e sobre a produção de derivados de cacau.A Tsatsayaku reúne mais de 2.400 famílias, majoritariamente mulheres e jovens, promovendo a conservação da “chakra amazônica” e o uso sustentável dos recursos. O reconhecimento como SIPAM pela FAO em 2023 valorizou a cosmovisão kichwa e a cultura de cuidado das comunidades indígenas.Nelly acredita que a comunicação e a cooperação entre governo e instituições internacionais devem ser fortalecidas. Sua liderança inspira jovens a verem oportunidades no campo e a valorizarem práticas ancestrais, agregando valor aos produtos, como as barras de chocolate.Para saber mais, siga @FAOBrasil nas redes e visite a página da FAO Brasil: https://www.fao.org/brasil/pt/ , filtered_html
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História
07 janeiro 2025
"Já tínhamos vontade, mas faltava o norte"
Foi a partir das ações previstas no Selo UNICEF que todas as escolas ganharam um sistema de água próprio e o índice de qualidade da água passou a ser acompanhado pela Vigilância Sanitária do Município. São quase 9h30 quando os estudantes da Escola Municipal Cristo Redentor começam a deixar as salas de aula. O cheirinho do lanche começa a invadir os corredores e, no banheiro, uma pequena fila de crianças se forma para lavar as mãos antes do lanche. A cena parece comum, mas foi apenas nos últimos quatro anos que a ação se tornou hábito na segunda maior escola do Cantá, localizada na Vila São José, que fica a 142 quilômetros de Boa Vista, capital de Roraima. "Minha escola era pequena e feia. A água era amarelada, não dava para beber e nem lavar as mãos", lembra Anna Carla, de dez anos. Ela estuda há mais de seis anos na unidade de ensino e é uma das principais testemunhas das mudanças que a escola está vivendo nos últimos anos. Os banheiros quebrados e fechados deram lugar a toaletes adaptados para crianças. A água, antes não tratada, hoje sai cristalina das torneiras da escola. É que com 28 anos de existência, é a primeira vez que a cidade participa do Selo UNICEF, uma importante certificação dada aos municípios que assumem o compromisso de manter em suas agendas prioritárias políticas públicas pela infância e adolescência. Entre os principais avanços, Cantá se destacou em um resultado fundamental: o de levar hábitos de higiene, acesso à água e saneamento a crianças e adolescentes. Identificada em uma zona com altos índices de doenças estomacais causadas pela água, onde crianças e adolescentes eram os principais afetados, o município deu um importante passo para garantir o acesso a água de qualidade a meninos e meninas. Em um trabalho intersetorial entre saúde, educação e água, saneamento e higiene (WASH, na sigla em inglês), os locais mais afetados foram mapeados e um plano para começar uma revolução na vila foi traçado. As escolas se tornaram o ponto de partida. “Com o norte dado pelo Selo, mapeamos as escolas que ficavam nessas zonas endêmicas e fizemos uma avaliação. Notamos que não só a revitalização do prédio era necessária, como também havia a necessidade de uma revitalização do comportamento”, explicou o articulador do Selo UNICEF no município, Marcos Abreu. Foi a partir das ações previstas no Selo que não só todas as escolas ganharam um sistema de água próprio, como o índice de qualidade da água passou a ser acompanhado pela Vigilância Sanitária do Município, mensalmente. Em 2024, 100% das escolas do município estão recebendo água de qualidade. "Até pouco tempo atrás, o município estava no século 18. Hoje estamos no século 21", conta Marcos, animado. "Nos últimos quatro anos, começamos a trabalhar com o programa saúde na escola, ao mesmo tempo que aderimos ao Selo UNICEF. Esses dois programas, mas principalmente o Selo, nos deram um caminho para o que deveríamos fazer. Já tínhamos vontade, mas faltava o norte". Com a escola revitalizada, banheiros adequados à altura das crianças e água de qualidade chegando até as torneiras das pias e bebedouros, a próxima etapa foi colocar toda a comunidade escolar dentro do plano para fazer a mudança real acontecer. Gestores, professores e profissionais da saúde trabalharam em conjunto para implantar o programa de lavagem de mãos para as crianças e adolescentes e trabalharam para fazer a informação chegar até a família. "A criança é um grande colaborador. Trabalhamos sua conscientização na escola e ela faz o papel de transmitir esse conhecimento para a família. Ela não só leva esse conhecimento para casa, como começa a atuar como um fiscal da higiene, da lavagem das mãos, dos alimentos", explicou Marcos. "A escola está inserida dentro da comunidade. Por isso, não é possível separar ‘criança’ de ‘família’. A família faz parte da comunidade, da comunidade escolar principalmente". Agatha Hadassa, de sete anos, é uma das impactadas pelas atividades de lavagem de mãos. Na escola, a menina aprendeu a como e quando lavar as mãos, conhecimento que faz questão de reforçar com os pais. "Eu lavo as mãos antes e depois de comer, quando brinco com o cachorro. E falo para minha mãe como fazer também", conta com um sorriso no rosto. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/agua-saneamento-e-higiene Para implementar o Selo UNICEF na região Norte do País, o UNICEF conta com as parcerias estratégicas de B3 Social, Grupo Profarma, Instituto Claro, Itaú Social, RD Saúde, Fundação Vale e Vale. , filtered_html
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História
30 dezembro 2024
Um espaço para recomeçar na Ilha Grande
É difícil cruzar o rio e entrar na estreita estrada de terra que nos leva até a Ilha Grande dos Marinheiros, na periferia de Porto Alegre, sem sentir o impacto das marcas deixadas pela enchente de maio de 2024. Foi tanta terra deslizando que a geografia do lugar mudou. A estrada está visivelmente acima do nível normal e tudo parece fora do lugar. As paredes das casas ainda exibem sinais da lama e da destruição causada pela força das águas, que ultrapassaram os cinco metros de altura. Muitas famílias nunca retornaram, deixando para trás um cenário que mistura reconstrução e abandono. No meio desse contexto, surge a história de Elisabete Meire Machado, de 44 anos, mais conhecida como Moa. Líder comunitária e uma força vital na Ilha, Moa carrega nos olhos a memória de momentos difíceis, mas também uma determinação imensa de fazer a diferença. Sua voz e postura são de uma mulher disposta, ativa e animada, que sabe por quem e pelo que está lutando. “Fiquei 42 dias em cima do telhado de um vizinho”, lembra Moa, enquanto aponta para o espaço onde antes ficava sua casa. “Entrava só para o quartinho que restou, apenas para dormir. O resto do tempo, vivia no telhado.” O local fica em um arquipélago e faz partes das ilhas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A força de uma comunidade e o impacto da enchente Antes da enchente, Moa já atuava com dedicação na comunidade em que nasceu e retornou para morar há 22 anos. Era uma comunidade humilde, que vivia da pesca, e onde todos se conheciam. No pátio de sua casa e em um galpão, ela organizava eventos para crianças, oferecendo lanches e momentos de alegria. “Era tudo organizado entre nós. Meu marido comprava uma coisa, meu cunhado alugava brinquedo inflável, minha tia fazia bolo... Era sempre assim, com doações de pessoas comuns, porque não tínhamos vínculo com nenhuma organização”. Mas a enchente devastou tudo. O espaço que Moa usava para acolher as crianças foi destruído. “Desde o ano passado, não conseguimos fazer mais nada. Veio uma enchente em setembro, depois outra em novembro, e então essa de maio, que foi ainda pior. Todo mundo perdeu tudo. Eu me sentia abandonada, incapaz de ajudar as pessoas.” Foi nesse momento que Moa encontrou apoio. “O dia que o UNICEF e a ADRA me procuraram foi uma virada. Vocês perguntaram o que eu fazia, como era o nosso trabalho e o que a comunidade mais precisava". Rapidamente, Moa pegou seu caderno, em que vinha, há anos, registrando todas as informações sobre a comunidade, quantas famílias, quantas crianças, nomes, idades. “Eu perdi parte desse caderno de cadastro na enchente, mas reconstruí com a ajuda de vocês. Foi a melhor coisa que aconteceu aqui depois da enchente”, afirmou com um tom de voz animado. Com a chegada da ajuda, Moa viu sua comunidade ser atendida de forma ampla. Foram distribuídos produtos de limpeza, cadastradas famílias. “Esse trabalho foi o melhor que já aconteceu na nossa Ilha”, diz Moa emocionada. “As famílias elogiam tudo: o atendimento, as visitas, os produtos. Foi 100% aprovado”, diz ela com gratidão. Junto com o apoio emergencial, veio também um projeto que mudaria para sempre a vida dela e da comunidade: o apoio dado para construir um novo espaço para as crianças. O Espaço da Gurizada: um novo começo Em meio a toda a destruição, Moa viu surgirem os primeiros pilares de um novo espaço para as crianças da Ilha: o Espaço da Gurizada. No mesmo local em que antes ela atendia as crianças antes da enchente, foi construído um ambiente elevado, seguro e acolhedor para meninas e meninos. “Antes, atendíamos as crianças no contraturno escolar. Elas tomavam café da manhã ou almoço, dependendo do horário escolar, e o café da tarde. Costumávamos distribuir aproximadamente 120 marmitas por dia para a comunidade. Perdemos tudo com a enchente, mas agora, com esse espaço, tudo será diferente.” Construído em palafitas para resistir a futuras inundações, o novo espaço, feito com materiais de construção fornecidos pela ADRA, parceira do UNICEF, conta com brinquedos e uma geladeira, e foi doado à comunidade. Ao longo dos últimos meses, além da estrutura física, o Espaço contou também com profissionais como psicólogos e professores, que ajudaram a mitigar os impactos das chuvas na vida de crianças e adolescentes. “Quando o espaço ficou pronto, foi como um renascimento para nós. Ver as crianças voltarem a brincar, sorrir e se sentirem acolhidas me deu forças para continuar. A presença do UNICEF e da ADRA foi fundamental. Eles não trouxeram só ajuda, mas também esperança. Está beneficiando muitas crianças. É um sonho que estamos realizando juntos”, destaca Moa. Sonhos para o futuro Apesar das conquistas, Moa ainda sonha com mais. “Gostaria de ver uma praça, um espaço para as famílias irem nos finais de semana. Nossa Ilha é a única que não tem isso. Mas só o fato de termos agora um espaço seguro para as crianças já é algo incrível. É a realização de um sonho”, destaca a líder comunitária. A partir de janeiro, o Espaço da Gurizada passa a ser, oficialmente, gerido pela comunidade. E Moa faz questão de reconhecer o impacto do trabalho realizado. “Eu gostaria de agradecer de coração a todos os apoiadores, todos que doam para o UNICEF e ajudam a realizar esse sonho. Não tenho palavras para expressar a emoção de ter vocês aqui com a gente. Estou muito feliz.” Enquanto as marcas da destruição ainda são visíveis, a força e a resiliência de Moa, somadas ao apoio do UNICEF e da ADRA, mostram que a reconstrução vai muito além de tijolos e paredes. Ela está na esperança renovada de uma comunidade inteira e no sorriso de cada criança que encontrará no Espaço da Gurizada um lugar para brincar, aprender e sonhar. Hoje, o local, uma casa azul elevada, é mais que um lugar físico; é um legado de resiliência, cuidado e transformação. E Moa, com sua dedicação, segue como um farol para as crianças da ilha, mostrando que mesmo em meio às águas mais turbulentas, é possível construir um futuro melhor. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/enchentes-no-rio-grande-do-sul A resposta do UNICEF às chuvas no Rio Grande do Sul conta com parceiros estratégicos como MSD e Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês); com a parceria da Kimberly-Clark e da Takeda; e com o apoio de Amanco Wavin; Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin; Instituto Mosaic; Klabin; e Serena Energia. Para o Espaços da Gurizada, na Ilha Grande dos Marinheiros, o UNICEF conta com a parceria de implementação da ADRA. , filtered_html
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![Gostaria de ver uma praça, um espaço para as famílias irem nos finais de semana. Nossa Ilha é a única que não tem isso. Mas só o fato de termos agora um espaço seguro para as crianças já é algo incrível. É a realização de um sonho”, diz Moa.](/sites/default/files/styles/featured_content/public/2024-12/3c.Emerge%CC%82ncias_2024_Enchentes%20RS_Setembro_Horizontal_Cassio%20Aranovich%20%287%29.jpg?itok=yUPGEteD)
História
24 dezembro 2024
Muito além de uma bolinha de Natal
Com práticas inclusivas e que valorizam a identidade, meninas e meninos crescem confiantes e conhecedores de seus direitos por uma infância antirracista. Uma simples ação de decorar a escola para momentos festivos pode ter grandes significados no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) 8 de Março, no Ibura, bairro periférico do Recife. A unidade foi uma das atendidas pelas formações da iniciativa Primeira Infância Antirracista (PIA) em Pernambuco e passou a incluir ainda mais intenção em suas atividades lúdicas. A decoração de Natal, por exemplo, foi planejada para ser, além de divertida, uma oportunidade de fortalecer a identidade e valorizar as origens de cada estudante. Com fotos de cada estudante, as tradicionais bolinhas de Natal foram distribuídas na árvore estilizada com um tecido junto a dicas para facilitar a adivinhação: quem é esta criança feliz, com cabelos lindos de cachinhos? E esta aqui? A cada chamada, as meninas e meninos se reconheciam ou indicavam os colegas em meio a muita animação. Detalhes que, aos poucos, vão entrando na rotina de todos que formam a comunidade escolar, dos professores, auxiliares, merendeiras e portaria. A gestora da unidade de educação infantil, Sandra Pereira, destaca que as reflexões provocadas pelas formações e os materiais compartilhados apoiam o planejamento das atividades:“O estereótipo que temos de beleza, de angelical é outro. Precisamos criar novos referenciais e as formações são importantes para gerar essa inquietação. Quando traz um material de fora, isso nos ajuda a guiar as atividades e a chamar a atenção dos professores para o que precisamos melhorar”.Localizada em um bairro em que a maioria dos moradores é negra ou indígena, o Cmei 8 de Março atende 131 crianças de zero a cinco anos. Sandra ressalta que o trabalho desenvolvido de valorização das origens e identidade também alcança as famílias das crianças. “Nós buscamos envolver todos e trabalhamos em parceria. Tentamos fortalecer a autoestima desde cedo e influenciar famílias que percebemos que já são sofridas nesse ponto”, afirma, listando atividades com espelhos e fotografias. “A gente vê o resultado na criança. Quando escuto uma criança de cinco anos dizendo que todo mundo é especial e lindo, apesar de ser diferente, o sentimento é de alegria e realização”. Uma das mães da escola também pontuou sua alegria ao saber que a filha, além de ser bem cuidada na creche, aprende que tem os mesmos direitos de todos. “Ela vai aprender que é linda, né? Que não deve abaixar a cabeça”, disse. A coordenadora pedagógica Andreá Santos reforça que a formação e as atividades desencadeadas na unidade foram uma oportunidade para aprimorar os projetos já existentes. “A gente nem sabe, mas pensar no enfrentamento ao racismo e numa primeira infância antirracista mexe com conceitos guardados. As formações foram muito importantes pois nos possibilitam conversar enquanto equipe e, aos poucos, vamos inserindo novas práticas e construindo bases mais fortalecidas”, disse. A estratégia Primeira Infância Antirracista (PIA) do UNICEF tem como objetivo chamar a atenção e sensibilizar profissionais da educação, saúde e assistência social sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil. Também busca fortalecer o engajamento para garantir, de fato, um atendimento qualificado e humanizado, que leve em consideração as especificidades étnico-raciais das crianças e suas famílias. Para suas ações de primeira infância, incluindo enfrentamento do racismo, o UNICEF conta com a parceria estratégica de Huggies e com o apoio de Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin. Em Pernambuco, foram realizados dois seminários presenciais com a participação de 377 gestores e técnicos de 100 municípios, alcançando 324 mil crianças que poderão ser beneficiadas com um olhar mais qualificado. Para saber mais, siga @unicebrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/pia , filtered_html
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![A decoração de Natal foi planejada para ser uma oportunidade de fortalecer a identidade e valorizar as origens de cada estudante.](/sites/default/files/styles/featured_content/public/2024-12/UNICEF_5a.DSC00079%202.png?itok=E_jgjwM4)
Notícias
31 janeiro 2025
ONU: Eventos climáticos extremos afetam segurança alimentar de 74% dos países da América Latina e do Caribe
Os padrões variáveis do clima e os eventos extremos estão impactando negativamente todas as dimensões da segurança alimentar e reforçando outras causas subjacentes da má-nutrição em todas as suas formas na América Latina e no Caribe, de acordo com o Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição 2024. O relatório, publicado nesta segunda (27), afirma que a América Latina e o Caribe é a segunda região do mundo mais exposta a eventos climáticos extremos, atrás apenas da Ásia.Na região, pelo menos 20 países (74% dos analisados) enfrentam alta frequência desses eventos, indicando uma exposição significativa, e 14 deles (52%) são considerados vulneráveis devido à probabilidade de aumento da subalimentação em função desses fenômenos. O impacto dos extremos climáticos é agravado por desafios estruturais persistentes, como conflitos, desacelerações econômicas e crises, além de fatores como altos níveis de desigualdade, falta de acesso a dietas saudáveis e sua inacessibilidade, e ambientes alimentares não saudáveis.Segundo o relatório, entre 2019 e 2023, a prevalência da subalimentação aumentou 1,5 ponto percentual em todos os países afetados pela variabilidade climática e eventos extremos. A situação é ainda mais grave em países que enfrentam recessões econômicas. As populações mais vulneráveis são desproporcionalmente impactadas, pois têm menos recursos para se adaptar.O relatório destaca a necessidade urgente de acelerar ações para desenvolver a resiliência nos sistemas agroalimentares, que são críticos para o progresso da região rumo à eliminação da fome e da má-nutrição em todas as formas. Garantir a sustentabilidade de longo prazo dos sistemas agroalimentares é essencial, diz o documento.Fome e insegurança alimentar diminuem pelo segundo ano consecutivoA fome afetou 41 milhões de pessoas na região em 2023, representando uma redução de 2,9 milhões em relação a 2022 e de 4,3 milhões em relação a 2021. Apesar dos avanços regionais, existem disparidades entre sub-regiões. A prevalência da fome aumentou nos últimos dois anos no Caribe, alcançando 17,2%, enquanto se manteve relativamente estável na América Central, em 5,8%. A insegurança alimentar moderada ou grave também apresentou avanços pelo segundo ano consecutivo, caindo abaixo da média global pela primeira vez em 10 anos. Em total, 187,6 milhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar na região, 19,7 milhões a menos que em 2022 e 37,3 milhões a menos que em 2021.Essa redução é atribuída à recuperação econômica de diversos países da América do Sul, por meio de programas de proteção social, esforços econômicos pós-pandemia e políticas específicas que visam melhorar o acesso aos alimentos.Ainda assim, a insegurança alimentar afeta de forma mais acentuada grupos como comunidades rurais e mulheres, com a persistência de uma elevada desigualdade de gênero na região, acima da média global.Custo e acesso a dietas saudáveisA região ainda apresenta o custo mais elevado para uma dieta saudável em comparação a outras partes do mundo, chegando a 4,56 dólares PPC por pessoa ao dia, enquanto a média global é de 3,96 dólares PPC. Como consequência, 182,9 milhões de pessoas na região não conseguem acessar esse tipo de dieta.Em 2022, 27,7% da população regional não teve acesso a uma dieta saudável. No Caribe, 50% da população foi impactada pelo alto custo; na América Central, a taxa foi de 26,3%, e na América do Sul, 26%.O desafio da má-nutrição frente à variabilidade climáticaNo evento de lançamento do relatório, o subdiretor geral e representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, ressaltou: “A variabilidade do clima e os eventos extremos são uma ameaça à estabilidade da segurança alimentar e da nutrição” e acrescentou a importância de implementar uma resposta integrada, baseada em políticas e ações que fortaleçam a resiliência dos sistemas agroalimentares.O relatório aponta que, em 2022, 22,3% das crianças menores de 5 anos no mundo sofreram de atraso no crescimento. Na América Latina e no Caribe, essa prevalência foi estimada em 11,5%, bem abaixo da média global, mas os avanços têm desacelerado nos últimos anos.Além disso, 5,6% das crianças menores de cinco anos no mundo estavam acima do peso em 2022, enquanto na América Latina e no Caribe esse número foi de 8,6%, 3 pontos percentuais acima da média global. A região também enfrenta uma aceleração mais rápida nesse indicador, especialmente na América do Sul.Outro ponto crítico identificado é o acesso econômico limitado a dietas saudáveis. Em 2022, 182,9 milhões de pessoas na região não podiam pagar por uma dieta saudável, embora tenha havido uma melhora de 2,4 pontos percentuais em relação a 2021, o que significa que 14,3 milhões de pessoas a mais puderam acessar essas dietas. Conclusão e desafios futurosO relatório enfatiza a necessidade de acelerar os investimentos e ações para fortalecer a capacidade dos sistemas agroalimentares, priorizando populações vulneráveis e expostas a eventos climáticos extremos.Sobre o relatório O Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição é uma publicação que apresenta uma atualização sobre a situação da segurança alimentar e da nutrição na América Latina e no Caribe.O relatório é fruto de um trabalho conjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPS/OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP, na sigla em inglês).Para saber mais, acesse a página do Panorama 2024 em português e faça o download da publicação completa (em inglês ou espanhol). Contato para imprensa: Luiza Olmedo, Comunicadora do Escritório da FAO no Brasil: Luiza.Olmedo@fao.org , filtered_html
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29 janeiro 2025
Secretário-geral da ONU nomeia o general Ulisses de Mesquita Gomes como comandante das Forças da MONUSCO
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou nesta terça (28) a nomeação do general Ulisses de Mesquita Gomes, do Brasil, como comandante das Forças da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO).O general Gomes sucede o comandante interino das Forças da MONUSCO, general Khar Diouf, do Senegal, a quem o secretário-geral António Guterres agradece por sua dedicação e serviço.O general Gomes traz para o cargo 35 anos de experiência em resposta a crises, gerenciamento de conflitos e manutenção da paz. Ele tem conhecimento operacional e estratégico, além de experiência diplomática. Seu último cargo foi no Exército Brasileiro, onde atuou como vice-chefe do Comando de Logística do Exército. Antes disso, foi adido militar do Brasil nos Estados Unidos da América.Anteriormente, atuou como Comandante da 7ª Brigada de Infantaria no Brasil, assessor de Defesa do Ministro de Assuntos Estratégicos do Governo Brasileiro e chefe de Planejamento e Operações da 11ª Brigada de Infantaria. Sua experiência internacional inclui seu destacamento na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) (2008-2009) e como chefe do Serviço de Operações Militares Atuais e da Equipe de Política e Doutrina no Escritório de Assuntos Militares do Departamento de Operações de Paz da ONU (2017-2019).O general Gomes é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais mestre em Ciências Militares e Direito pela Escola de Estado-Maior do Exército Brasileiro. Ele é fluente em inglês, francês, português e espanhol.Sobre a MONUSCO A MONUSCO substituiu uma operação anterior de manutenção da paz da ONU - a Missão da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUC) - em 1º de julho de 2010, de acordo com a resolução 1925 do Conselho de Segurança da ONU. A nova missão foi autorizada a usar todos os meios necessários para cumprir seu mandato relacionado, entre outras coisas, à proteção de civis, pessoal humanitário e defensores de direitos humanos sob ameaça iminente de violência física e para apoiar o governo da República Democrática do Congo em seus esforços de estabilização e consolidação da paz.A MONUSCO é composta por 13.791 pessoas (outubro de 2024), incluindo funcionários civis das Nações Unidas e forças de manutenção da paz (policiais e militares). O principal país contribuidor de tropas militares é Bangladesh, com 1.786 militares. O Senegal é o maior contribuidor de forças policiais, com 546 agentes. Desde o estabelecimento da MONUSCO, 284 funcionários civis e forças policiais e militares perderam suas vidas servindo à missão de paz. Para saber mais, visite a página da MONUSCO (em inglês) e acompanhe a cobertura completa da ONU News, em português: https://news.un.org/pt/story/2025/01/1844276 Assista à mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz: , filtered_html
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28 janeiro 2025
Doze organizações se unem no combate à exploração sexual e tráfico humano no Brasil
O tráfico humano e a exploração sexual são formas extremas de violação, frequentemente conectadas ao trabalho escravo, com vítimas sendo forçadas a trabalhar em situações degradantes e sem liberdade. O projeto Trilhas do Cairo, apoiado pelo Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA) e pela Embaixada Britânica, fortalece 12 organizações da sociedade civil que atuam diretamente no combate a essas práticas. Essas organizações desempenham um papel essencial na prevenção do tráfico de pessoas, oferecendo apoio a vítimas e trabalhando para reduzir o impacto da exploração sexual, ao mesmo tempo em que promovem a igualdade de gênero e defendem os direitos humanos. A ação integrada dessas entidades contribui significativamente para a criação de uma rede de proteção e para a construção de uma sociedade mais justa, na qual a dignidade humana seja respeitada.O projeto visa fortalecer essas entidades, que desempenham um papel fundamental na proteção de indivíduos vulneráveis, na promoção de direitos humanos e igualdade de gênero, especialmente nas regiões mais afetadas por esses crimes.Dados revelam que:O tráfico de pessoas é uma preocupação crescente no país, com mais de 1.500 denúncias anuais, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. As vítimas, principalmente mulheres e crianças, são exploradas para trabalho forçado e exploração sexual. A colaboração entre as organizações visa adotar uma abordagem integrada, que inclui prevenção, conscientização e assistência às vítimas.A representante do UNFPA no Brasil e diretora de país para o Uruguai e Paraguai, Florbela Fernandes, destacou a relevância da parceria entre o UNFPA e o governo do Reino Unido no combate à exploração sexual e ao tráfico de pessoas no Brasil. "Esta ação responde aos princípios estabelecidos na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) de Cairo. Por meio dessa colaboração, queremos fortalecer a atuação de organizações locais, ampliar a produção de dados que subsidiam políticas públicas eficazes e promover ações que colocam os direitos humanos, a igualdade de gênero e a dignidade das pessoas no centro das estratégias de prevenção e enfrentamento dessas graves violações. O UNFPA Brasil está comprometido com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e segura para todas as pessoas", concluiu Florbela Fernandes.As entidades selecionadas para o projeto estão sediadas na região da Amazônia Legal Brasileira (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins) e nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Entre as organizações apoiadas estão:Associação Beradeiro (Rondônia)Associação de Mulheres Vitória-Régia do Município de Parintins (Amazonas)Associação de Trabalhadoras Domésticas Tereza de Benguela (Minas Gerais)Associação DPAC Fronteira (Amapá)Coletivo Feminista de Mulheres Negras do Tocantins, Ajunta Preta (Tocantins)Cores Movimento de Defesa da Cidadania e do Orgulho LGBT+ (Pernambuco)Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas – FENATRAD (Acre e Amapá)Grupo Sabá (Roraima)Humanidade Mais que Fronteiras (Roraima)Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (Pernambuco)Instituto Valquírias World | Nação Valquírias (São Paulo)Tamo Juntas (Bahia)As organizações selecionadas atuam em várias frentes, como:Prevenção e ConscientizaçãoCampanhas educativas e treinamentos para identificar e denunciar casos de tráfico e exploração sexual, com destaque para as ações realizadas em escolas e comunidades vulneráveis.Assistência às VítimasOferecem suporte psicológico, jurídico, médico e social, com foco na reintegração das vítimas à sociedade e garantia de seus direitos.Promoção da Igualdade de Gênero e Direitos HumanosCombatem a violência e discriminação, especialmente contra mulheres e meninas, e influenciam na formulação de políticas públicas para proteção de grupos vulneráveis.O projeto Trilhas do Cairo fomenta a parceria entre essas organizações por meio de ações coletivas que transformam realidades, oferecendo soluções inovadoras e impactantes para o combate à exploração sexual e ao tráfico de pessoas no Brasil. O apoio do UNFPA e da Embaixada Britânica é essencial para garantir um futuro mais justo e seguro para todas as pessoas. Para a Embaixada Britânica, o apoio ao projeto "Trilhas de Cairo" tem por objetivo fortalecer organizações de base e iniciativas lideradas por mulheres no Brasil, visando reduzir o impacto do tráfico humano e da exploração sexual. Através desse apoio, o Reino Unido busca emponderar essas organizações, criando uma rede de apoio capaz de aumentar a conscientização pública sobre os riscos do tráfico humano e da exploração sexual nas comunidades locais. “A colaboração internacional no combate ao tráfico humano e à exploração sexual é essencial. Por isso, trabalhamos em parceria com o governo brasileiro, agências internacionais e organizações da sociedade civil, alinhando nossas atividades com as prioridades do UNFPA no Brasil. Esse esforço visa fortalecer uma relação estratégica de longo prazo com o Brasil, apoiando seus objetivos em Direitos Humanos, desenvolvimento inclusivo e um sistema democrático estável”, declarou.De acordo com dados do Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas da ONU, o Brasil está entre os países com altos índices de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e trabalho forçado. A exploração de mulheres e meninas, especialmente nas regiões mais vulneráveis, é uma das maiores preocupações das autoridades e organizações da sociedade civil.Impacto das OrganizaçõesO trabalho dessas 12 organizações tem sido fundamental para reduzir o impacto da exploração sexual e do tráfico de pessoas no Brasil. A parceria com órgãos governamentais, a atuação nas fronteiras e em áreas de grande vulnerabilidade, e a constante monitorização das redes criminosas têm permitido um avanço na prevenção desses crimes. Além disso, as organizações contribuem com dados importantes para a formulação de políticas públicas mais eficazes no combate ao tráfico humano e à exploração sexual.A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento de Cairo, realizada em 1994, foi um marco histórico para os órgãos da ONU, pois consolidou uma abordagem integrada para questões de população, desenvolvimento, saúde e direitos humanos. A conferência enfatizou a importância de empoderar mulheres, garantir seus direitos reprodutivos e promover a igualdade de gênero como pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Seus compromissos, conhecidos como o Programa de Ação de Cairo, orientaram políticas globais voltadas para a redução das desigualdades e a promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A partir deste evento, a ONU tem trabalhado para assegurar que a agenda de direitos humanos seja central nas estratégias de combate a várias formas de violência, incluindo o tráfico de pessoas e a exploração sexual, alinhando ações e projetos como “As Trilhas do Cairo” a esse legado.Sobre o UNFPAO Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) é uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à promoção da saúde sexual e reprodutiva, à igualdade de gênero e ao desenvolvimento sustentável, com foco em garantir os direitos humanos e o bem-estar das populações em todo o mundo.As ações desenvolvidas pelo UNFPA são guiadas por princípios de justiça social e inclusão, buscando construir sociedades mais equitativas, onde todos possam alcançar seu pleno potencial. Entre suas principais áreas de atuação estão a redução da mortalidade materna, o combate à violência baseada em gênero e o empoderamento de populações marginalizadas.Visite a página do UNFPA Brasil para mais informações: https://brazil.unfpa.org/pt-br Contato para imprensa: Danila de Jesus, Assessoria de Imprensa do Projeto Trilhas do Cairo: danjesud@gmail.com; +55 (71) 99103 4578c, filtered_html
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Notícias
28 janeiro 2025
ARTIGO: Segurança alimentar e resiliência climática - um vínculo essencial para o futuro
Artigo publicado no jornal Correio Braziliense. A recente apresentação do relatório Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional 2024 evidencia uma realidade incontestável: a América Latina e o Caribe encontram-se em um ponto crítico na luta contra a fome e a má nutrição. Embora, nos últimos dois anos, a fome na região tenha diminuído —de 45,3 milhões de pessoas em 2021 para 41 milhões em 2023—, o progresso é desigual e frágil. A situação entre sub-regiões é particularmente preocupante; um exemplo é o Caribe, onde a taxa de fome aumentou de 15,4% para 17,2%.A pandemia de COVID-19 deixou profundas cicatrizes, exacerbando desigualdades estruturais e enfraquecendo os sistemas de produção e distribuição de alimentos. Somam-se a isso os impactos devastadores da variabilidade climática e dos eventos extremos, como secas, tempestades e inundações, que atualmente afetam 74% dos países da região de forma recorrente. Esses desafios persistentes não apenas reduzem a produtividade agrícola, mas também encarecem os alimentos, limitam sua disponibilidade e comprometem a estabilidade dos sistemas agroalimentares. Como resultado, as populações mais vulneráveis acabam pagando o preço mais alto.A segurança alimentar está intrinsecamente ligada à resiliência climática. Para garantir um futuro sem fome, é essencial promover práticas agrícolas sustentáveis que integrem alimentos nutritivos em dietas saudáveis, melhorem a produtividade e, ao mesmo tempo, mitiguem os impactos ambientais. Isso inclui o cultivo de variedades resilientes ao clima, a adoção de tecnologias limpas e a proteção dos recursos naturais. Paralelamente, os programas de proteção social garantem que a população tenha acesso a alimentos nutritivos, especialmente em tempos de crise.O processo de transformação na região, embora ainda enfrente desafios, tem demonstrado nos últimos anos um forte compromisso de trabalho conjunto para alcançar resultados mais sustentáveis e consistentes.Há sinais concretos e encorajadores de que os governos da América Latina e do Caribe têm colocado a luta contra a fome e a pobreza como uma prioridade inadiável, uma necessidade que exige ações concretas para garantir o desenvolvimento sustentável. A fome é incompatível com a paz, o desenvolvimento, a produtividade e, evidentemente, a sustentabilidade.O Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Plano SAN CELAC 2030) é um marco importante e representa uma valiosa plataforma para coordenar esforços, compartilhar conhecimentos e desenvolver estratégias conjuntas. A próxima Reunião de Ministros da Agricultura da CELAC 2025, que será realizada em Comayagua, Honduras, no início de fevereiro, será uma oportunidade para consolidar esses compromissos e avançar na implementação de políticas e ações que fortaleçam a segurança alimentar e melhorem a nutrição na região.No entanto, os esforços governamentais, por si só, não são suficientes. É fundamental que sejam complementados pela participação e contribuições de múltiplos setores. A luta contra a fome exige uma abordagem integrada que leve em conta não apenas a disponibilidade de alimentos, mas também sua acessibilidade, utilização e estabilidade em contextos de mudanças. Uma ampla colaboração entre diferentes atores é e continuará sendo essencial para construir sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.O processo da América Latina e do Caribe na redução da fome atravessa um momento histórico, com implicações não apenas para a região, mas para o mundo. A luta contra a fome tornou-se uma corrida contra o tempo. No entanto, esta região tem demonstrado potencial para se tornar um exemplo de resiliência, prosperidade e compromisso com os objetivos globais. Sua contribuição é fundamental para garantir um futuro mais justo e sustentável para todas e todos.Como subdiretor-geral e representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, tive o privilégio de fazer parte desse caminho nos últimos anos. Porém, este trabalho não pertence a uma única pessoa ou organização: é um esforço coletivo, uma oportunidade para que cada um de nós contribua para um mundo sem desigualdades, sem fome, sem pobreza – e que não deixe ninguém para trás.Para saber mais, siga @FAOBrasil nas redes e visite a página: https://www.fao.org/americas/publicaciones/panorama/2024/pt , filtered_html
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28 janeiro 2025
ONU abre chamada para projetos de fortalecimento da democracia
O Fundo para a Democracia da ONU (UNDEF) abriu inscrições para a 19ª rodada de financiamento de projetos de fortalecimento da democracia realizados por organizações da sociedade civil.A chamada de propostas está aberta até 28 de fevereiro. Organizações da sociedade civil estão convidadas a submeter propostas de até US$ 200 mil, para projetos de dois anos de duração. O UNDEF foi criado pelas Nações Unidas para apoiar esforços pela democratização em todo o mundo. O Fundo financia e apoia o desenho e a gestão projetos que empoderam a sociedade civil, promovem os direitos humanos e incentivam a participação de todos os grupos sociais nos processos democráticos.A maior parte dos fundos é destinada a organizações da sociedade civil, como forma de complementar o trabalho que as Nações Unidas já realizam com os governos dos Estados-Membros para fortalecer a governança democrática.Este ano, o UNDEF busca projetos que promovam o engajamento civil para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 16, que trata da construção da paz, da justiça e de instituições eficazes, e o ODS 5, que trata da igualdade de gênero. A prioridade dada a esses dois temas está alinhada à Plataforma de Ação de Beijing, que estabelece objetivos estratégicos para a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas. Serviço19ª chamada de projetos do UNDEFPrazo: 1 a 28 de fevereiroPara apresentar uma proposta, visite: https://www.un.org/democracyfund/apply-for-fundingO formulário está disponível em inglês e francês., filtered_html
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