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22 novembro 2024
ONU-Habitat e RJ premiam iniciativas inovadoras para os ODS no estado do Rio
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21 novembro 2024
ONU-Habitat assina parceria com Ministério das Cidades para desenvolvimento sustentável
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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07 novembro 2024
UNOPS apoia Prefeitura de Belo Horizonte no levantamento de boas práticas sustentáveis
Quintais produtivos agroecológicos que garantem a segurança alimentar e a permeabilidade do solo. Jornada produtiva para inclusão de ambulantes, feirantes, foodtrucks, caixeiros e shoppings populares, com estímulo à formalização do trabalho. Incentivo à economia circular e solidária, por meio de parcerias com comerciantes locais e a realização de feiras e capacitações.Essas foram algumas das 480 ideias debatidas em uma oficina realizada pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para integrar e promover boas práticas urbanas sustentáveis. A atividade reuniu 65 pessoas e faz parte do Programa de Qualificação das Centralidades, iniciativa da PBH e do UNOPS que busca reestruturar a dinâmica urbana da capital mineira, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico em novos polos pela cidade. Durante o encontro, os participantes se debruçaram sobre boas práticas já implementadas por diferentes órgãos da PBH, com foco nas dimensões social, ambiental, econômica e espacial. Essas iniciativas serão catalogadas e incorporadas ao Guia de Oportunidades para Centralidades, uma ferramenta que deve ser lançada no primeiro semestre do ano que vem para acelerar a implementação de políticas públicas e oferecer alternativas para o crescimento sustentável da cidade. A iniciativa está em consonância com as premissas trazidas pelo Plano Diretor de Belo Horizonte."A oficina envolveu várias secretarias da PBH, em um movimento de cooperação essencial para desenvolver essa ferramenta poderosa que será o Guia de Oportunidades para Centralidades”, destacou o subsecretário de Política Urbana, Pedro Maciel. Ele enfatizou o caráter colaborativo do Programa de Centralidades: "O programa, por sua natureza, envolve cooperação e união de forças e experiências, permitindo que despertemos as potencialidades desses novos polos de desenvolvimento na cidade. Foi gratificante ver todos envolvidos em discussões participativas muito produtivas, que, sem dúvida, trarão benefícios para as centralidades e para Belo Horizonte como um todo."A gerente de Projetos do UNOPS Carolina Roccon ressaltou a importância de uma visão integrada sobre inclusão social, sustentabilidade e desenvolvimento econômico para a elaboração do Guia. “A oficina foi um momento crucial de colaboração entre os diversos setores da Prefeitura, refletindo o conhecimento prático de quem vivencia a cidade e entende seus desafios”, comentou.A colaboração intersetorial foi um ponto-chave do evento, com a participação ativa de representantes de várias secretarias, coordenadorias e demais órgãos da Prefeitura. Uma nova oficina para coleta de insumos para o guia será realizada ainda este ano, ouvindo também outras organizações.
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13 novembro 2024
Brasil e UNIDO lançam fase preparatória de projeto para inovação tecnológica sustentável na indústria de cimento
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) lançaram a fase preparatória do Projeto GEF - Controle e Redução de Emissões de Mercúrio da Indústria de Cimento no Brasil durante um workshop híbrido realizado nesta segunda-feira (11/11) em Brasília - DF. Financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), a nova iniciativa visa fortalecer a capacidade do governo brasileiro de monitorar e controlar as emissões de mercúrio na produção de cimento. A principal meta do projeto é apoiar novos processos produtivos e soluções tecnológicas capazes de mitigar a emissão de 3 milhões de toneladas de CO₂ e 7,8 toneladas de mercúrio A equipe do projeto trabalhará em conjunto com o setor industrial e a academia, apoiando os compromissos do Brasil com a Convenção de Minamata – acordo ambiental internacional ratificado pelo Brasil em 2017 – e com as metas nacionais de descarbonização.As principais atividades do projeto serão:Revisão regulatória.Desenvolvimento de um sistema de monitoramento e controle de emissões de mercúrio.Diretrizes para melhores práticas e tecnologias com maior sustentabilidade ambiental.Soluções para mitigação de emissões de CO2 que garantam que o mercúrio não seja introduzido na composição de combustíveis alternativos.Promoção da reciclagem de concreto e cimento.Workshop de lançamento O evento reuniu, na sede do MMA em Brasília - DF, representantes das instituições parceiras, pesquisadores, especialistas da indústria e líderes do setor para apresentar e discutir os objetivos e desafios do novo projeto, que começa a ser desenhado.Especialistas da UNIDO também apresentaram as atividades planejadas para os próximos seis meses, período em que o documento do projeto será formulado, com início da implementação previsto para 2025.Em seu discurso de boas-vindas, o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, destacou a importância do projeto para a sustentabilidade na indústria de cimento: “Este projeto é um passo significativo no fortalecimento da capacidade de monitoramento da indústria de cimento do Brasil, possibilitando a análise e aplicação das melhores práticas ambientais globais.”O chefe da Divisão de Economia Circular e Indústria Verde da UNIDO, Smail Alhilali, ressaltou o compromisso do Brasil com práticas industriais sustentáveis: “O Brasil é um membro muito importante da UNIDO, e temos aqui uma oportunidade de implementar um projeto que apoia o desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável, alinhado aos esforços do Brasil para descarbonização e desintoxicação.”O representante da UNIDO no Brasil, Clovis Zapata, enfatizou os esforços do Brasil na cooperação internacional para catalisar a descarbonização industrial nacional: “A Convenção de Minamata é um grande esforço internacional, e estamos comprometidos em ajudar o Brasil a alcançar suas metas nacionais. Este projeto é uma oportunidade que a indústria possa avaliar novas tecnologias sustentáveis, seja por meio de plantas-piloto ou sistemas específicos, consolidando a imagem de liderança do setor já reconhecida internacionalmente.”Sobre o projetoO Projeto GEF - Controle e Redução de Emissões de Mercúrio da Indústria de Cimento no Brasil visa envolver o governo federal, o setor privado, instituições internacionais, universidades e a sociedade civil na implementação das melhores práticas ambientais e tecnologias existentes para a produção sustentável de cimento no Brasil. A iniciativa inclui a promoção de combustíveis alternativos e a reciclagem de cimento, considerando as necessidades específicas do setor de fabricação de cimento nacional.Em sua apresentação no workshop de lançamento, a coordenadora nacional do projeto pela UNIDO, Renata Marques, explicou a fase atual: “Estamos na fase preparatória deste projeto, focados em expandir a capacidade institucional para demonstrar como tecnologias avançadas e práticas sustentáveis podem ajudar a reduzir as emissões de mercúrio, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as comunidades impactadas.”O oficial de Desenvolvimento Industrial da UNIDO, Vladimir Anastasov, destacou o papel do GEF no projeto: “A parceria com o GEF oferece uma possibilidade de fortalecer iniciativas nacionais e aumentar as credenciais ambientais do país, apoiando o compromisso do Brasil com a redução de emissões. Ela incentiva uma abordagem integrada para o desenvolvimento de novos padrões e práticas técnicas adaptadas ao cenário brasileiro.”Para saber mais, visite a página do projeto no site do GEF (em inglês): https://www.thegef.org/projects-operations/projects/11574 Contato para imprensa: Raphael Makarenko, Escritório de Representação da UNIDO no Brasil: r.makarenko@unido.org
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11 novembro 2024
Hub de Descarbonização da Indústria divulga três chamadas públicas para empresas no Brasil
A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) abriu três chamadas públicas para convocar o setor privado a encaminhar propostas voltadas para a descarbonização do setor industrial brasileiro.As chamadas contam com o apoio do Hub de Descarbonização da Indústria (ID Hub), uma plataforma coorganizada pelos governos do Brasil e do Reino Unido para mobilizar investimentos nacionais e internacionais em descarbonização, com coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A UNIDO lidera o Secretariado do ID Hub.Empresas e instituições privadas, incluindo consórcios entre empresas nacionais e internacionais, podem participar das chamadas para atuação no Brasil.Para o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, “as chamadas abertas pelo ID Hub são oportunidades para o setor privado contribuir diretamente com soluções inovadoras." Ele enfatiza que:"Estamos determinados a tornar o Brasil uma referência global em descarbonização industrial, alinhando crescimento econômico com sustentabilidade." O representante da UNIDO no Brasil, Clovis Zapata, explica a importância do ID Hub para a descarbonização industrial nacional: “É uma iniciativa inovadora que traduz os desafios climáticos em oportunidades concretas de projetos capazes de fortalecer diversos setores industriais e fomentar o desenvolvimento sustentável no Brasil. Com o ID Hub, os governos do Brasil e do Reino Unido oferecem uma plataforma que permite ao setor industrial nacional se engajar de forma estratégica na descarbonização e na melhoria dos padrões produtivos, por meio de assistência técnica e financiamento internacional."Informações sobre as chamadas: Contratação de consultoria para a elaboração dos capítulos sobre o setor industrial do Plano Clima e atualização da proposta de Estratégia Nacional de Descarbonização: Empresas e instituições selecionadas devem começar os trabalhos a partir de janeiro de 2025. Entre as atividades previstas, está a identificação de prioridades e tendências do setor industrial, com foco em setores de alta intensidade energética.Contratação de consultoria para a elaboração de estudos sobre o setor de cimento: Empresas e instituições selecionadas devem começar os trabalhos a partir de janeiro de 2025. Entre as atividades previstas, estão a atualização do roadmap de descarbonização, elaboração de estudo de eficiência energética, eletrificação e uso de hidrogênio, e o desenvolvimento de uma ferramenta digital de análise de soluções tecnológicas e de matchmaking.Contratação de consultoria para a elaboração de estudos sobre o setor de aço: Empresas e instituições selecionadas devem começar os trabalhos a partir de janeiro de 2025. Os estudos devem incluir a atualização do roadmap tecnológico de descarbonização, propor uma metodologia para cálculo de emissões de gases de efeito estufa (GEE), analisar a viabilidade de tecnologias inovadoras, e verificar a viabilidade financeira de soluções tecnológicas.O prazo para apresentação de propostas para as três chamadas se encerra em 3 de dezembro de 2024, às 12h (horário de Brasília). Para mais informações sobre as chamadas, incluindo os critérios de elegibilidade e o processo de aplicação, visite o Portal da UNIDO: https://www.unido.org/get-involved-procurement/procurement-opportunitiesDúvidas relacionadas às convocações do ID Hub devem ser direcionadas ao escritório da UNIDO no Brasil: office.brazil@unido.org
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18 outubro 2023
Como combater o discurso de ódio nas redes sociais?
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Confira as 10 dicas para ajudar a combater o discurso de ódio nas redes sociais:
1. Coloque-se no lugar das outras pessoas:
Pense duas vezes antes de expressar um julgamento ou opinião nas redes sociais e pergunte a si mesmo(a) se isso pode prejudicar, ofender ou agredir alguém.
2. Submeta as opiniões, informações e imagens a 3 filtros:
CONFIANÇA: vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?
VERIFICAÇÃO: baseia-se em fatos verificados, evidências e informações comprovadas?
UTILIDADE: qual é o propósito e quais benefícios traz para mim e para outras pessoas?
3. Converse sobre direitos e temas complexos da realidade social com seus familiares, amigos e colegas:
4. Perca o medo de identificar discursos de ódio e discriminação:
Se um membro da sua família ou pessoa conhecida compartilhar uma piada ou expressão racista, sexista ou que promova o ódio ou discriminação, informe, de forma gentil e cordial, que tal mensagem não está correta e explique de maneira clara e concisa o porquê.
5. Aja com responsabilidade nas redes sociais:
Use as redes sociais para aprender coisas novas, reunir seus amigos e pessoas queridas, criar oportunidades econômicas e fortalecer laços de amizade.
6. Não caia na provocação:
Evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão.
7. Denuncie:
Quando encontrar uma mensagem que promova o ódio ou a discriminação, utilize as ferramentas oferecidas pela rede social para denunciar.
8. Informe-se:
Busque informações, guias e apoio contra o discurso de ódio.
9. Busque apoio legal:
10. Liberte-se dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação:
Nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável. Revise seus costumes e práticas diárias.
Saiba mais:
Informe da ONU sobre integridade da informação nas plataformas digitais
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) publicou, em outubro de 2023, a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
A estratégia e o plano de ação da ONU
Em resposta à tendência alarmante do aumento do discurso de ódio em todo o mundo, o secretário-geral da ONU lançou, em 18 de junho de 2019, a Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre Discurso de Ódio.
Buscando melhorar a resposta da ONU ao fenômeno global do discurso de ódio, essa estratégia é o resultado de uma estreita colaboração entre 16 entidades do Grupo de Trabalho da ONU sobre Discurso de Ódio e é coordenada pela Assessora Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.
A Estratégia assume o firme compromisso de intensificar a ação coordenada para combater o discurso de ódio, tanto em nível global quanto nacional.
Visão
A Estratégia e o Plano de Ação reconhecem que o discurso de ódio tem o potencial de incitar a violência e minar a unidade social. A Estratégia reconhece que o discurso de ódio tem sido um precursor de crimes atrozes, incluindo genocídio, nos últimos 75 anos.
A abordagem de coordenação dos esforços de todo o sistema da ONU para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio está fundamentada em padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, princípios de igualdade e não discriminação, bem como outros direitos fundamentais.
A Estratégia tem como objetivo dar às Nações Unidas o espaço e os recursos para enfrentar o discurso de ódio, que representa uma ameaça aos princípios, valores e programas da ONU. Ela orienta o sistema das Nações Unidas sobre como lidar com o discurso de ódio e inclui maneiras de apoiar a ação dos coordenadores residentes da ONU nos Estados-membros.
Princípios e compromissos fundamentais
A Estratégia e o Plano de Ação consistem em 13 compromissos de ação do sistema das Nações Unidas, com base em quatro princípios fundamentais:
A Estratégia e sua implementação devem estar alinhadas com o direito à liberdade de opinião e expressão, já que a ONU apoia um discurso mais positivo - e não menos discurso - como a principal forma de lidar com o discurso de ódio.
O combate ao discurso de ódio é responsabilidade de todas as pessoas. Isso significa que todos(as) nós devemos agir: governos, sociedades, o setor privado, começando pelos indivíduos.
A ONU pretende apoiar uma nova geração de cidadãos digitais, capacitados para reconhecer, rejeitar e enfrentar o discurso de ódio na era digital.
Como uma ação eficaz deve ser apoiada por um melhor conhecimento, a Estratégia exige a coleta coordenada de dados e pesquisas, inclusive sobre as causas básicas, os motivadores e as condições que impulsionam o discurso de ódio.
Saiba mais e faça sua parte:
Quais são as consequências do discurso de ódio?
Como proteger as crianças do discurso de ódio?
Confira a mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Visite a página do Escritório da Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio (em inglês).
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): unicrio@onu.org.br.
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História
25 outubro 2024
Dia da Visibilidade Intersexo 2024
No Dia Internacional da Visibilidade Intersexo, celebrado em 26 de outubro, a campanha Livres & Iguais da ONU destaca a luta contra a discriminação e violações de direitos enfrentadas por pessoas intersexo, a partir da experiência da presidente da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), Thais Emilia.As pessoas intersexo nascem com caraterísticas sexuais físicas (anatomia, os órgãos reprodutores, os padrões hormonais e/ou cromossomos, por exemplo) que não se enquadram nas definições típicas para corpos masculinos ou femininos. Assim, é um termo guarda-chuva que descreve diversas variações corporais, que, segundo estimativas, compreendem até 1,7% da população mundial.Em 2016, Thais Emília, uma das fundadoras e atual presidente da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), já mãe de dois filhos e atuante na área de educação inclusiva, teve Jacob Christopher*. Mesmo sabendo desde o pré-natal que seu filho era intersexo, isso não dissipou as dúvidas.“As orientações médicas iniciais foram para fazer uma vagina nele e educá-lo como menina. Questionei, então outro médico disse que, depois de adultos, muitos voltavam pedindo para reverter, mas que, infelizmente, era impossível. Então eu falei que não ia operar coisa nenhuma”, ela decidiu.Por conta da indefinição quanto ao sexo, a família não conseguiu registrar o nascimento da criança e, sem esse documento, a mãe não teve direito à licença maternidade.Nesse contexto, Thais Emília conhece Olívia Denardi, que viria a ser a primeira presidente da ABRAI. “Ela é a primeira pessoa que eu conheço do ativismo intersexo. Ela me conta a história dela, me acolhe e eu sinto necessidade de uma associação que cuide de crianças intersexo, que dê orientação”, relembra Thais Emília.Dessa forma, a ABRAI surge do encontro entre ativistas que se reuniram em torno do trabalho que já vinha sendo realizado na página do Facebook, “Visibilidade Intersexo”. Finalmente, em 2020, com o apoio da OAB, a associação é formalizada.Atualmente, a ABRAI tem 13 projetos, sendo os principais a articulação para apoiar e desenvolver políticas públicas para a população intersexo, capacitações voltadas para médicos e atuação direta com mães de crianças intersexo. “Em 2017, eu perguntava nas palestras quem sabia o que era intersexo, ninguém ou muito poucos levantam a mão. Hoje, metade do auditório sabe”, compara Thais Emília.Assim como ocorre com a ABRAI, ao redor do mundo, organizações de direitos das pessoas intersexo desempenham um papel fundamental, oferecendo apoio, educando e rebatendo preconceitos, além de coletando dados sobre essas violações.A atuação da sociedade civil também contribui com o Estado na promoção de políticas públicas voltadas à população intersexo. Somente neste ano, o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ aprovou um formulário padrão sobre identidade de gênero, orientação sexual e características sexuais para melhorar a coleta de dados e políticas públicas. E, em maio, a portaria 1.693 do Ministério da Saúde ajustou os sistemas do SUS para permitir que pessoas intersexo agendem consultas e exames, reconhecendo suas identidades de gênero autodeterminadas.* Jacob Christopher, filho de Thaís Emília, faleceu antes de completar 2 anos de idade, e hoje inspira a atuação da ABRAI, para que crianças intersexo possam exercer o direito de existir tal como são.Apoio internacional: a ONU Direitos Humanos e pessoas intersexoCompletando uma década no Brasil em 2024, a Livres & Iguais, liderada pela ONU Direitos Humanos no Brasil, é a campanha da ONU para a igualdade LGBTIQ+, atua para o fortalecimento de capacidades e a facilitação do diálogo entre a sociedade civil e as instituições do estado.“Desde antes da fundação da ABRAI, a ONU e a Livres & Iguais já estavam em contato conosco para apoiar e ouvir nossas questões, procurando facilitar que nossas vozes fossem ouvidas”, afirma Thais Emília.Como os sugeridos para Jacob, procedimentos médicos para adequar a aparência aos estereótipos binários de gênero são comuns, mas podem causar dor, infertilidade, incontinência urinária e perda do prazer sexual.Em abril, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou a resolução que apela para que os Estados intensifiquem os esforços de combate à discriminação, à violência e às práticas nocivas contra as pessoas intersexo. Além disso, a ONU Direitos Humanos recomenda que os países proíbam esses procedimentos desnecessários, garantindo a integridade física e a autonomia das pessoas.Neste Dia da Visibilidade Intersexo, reafirmamos o compromisso com a igualdade de direitos, reconhecendo os passos dados, mas também reforçando o combate a falta de visibilidade, os preconceitos e os tabus que perpetuam as violações de direitos das pessoas intersexo.Conheça mais sobre o tema:Nota técnica da Campanha Livres & Iguais sobre pessoas intersexoNota Informativa sobre Violações de Direitos Humanos das Pessoas IntersexoEm 2018, durante a Conferência Internacional [SSEX BBOX], a Livres & Iguais entrevistou ativistas que explicam o que é ser intersexo https://youtu.be/TUGv8axyhzYVozes da Diversidade, documentário realizado pela ABRAI: https://youtu.be/xj3NUqre514
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História
25 outubro 2024
Uma corrente de esperança em meio às chuvas no Sul
Em Canoas, no Rio Grande do Sul, uma cena comum após as enchentes que devastaram a região entre abril e maio de 2024 era a de famílias tentando reconstruir suas vidas. Entre elas, estava Elisabete Conceição da Silva, uma avó que cuida de seus três netos: Pedro Henrique, de 11 anos, Manuela, de 6, e Ravi, de 4 anos, que é autista. Assim como milhares de pessoas no estado, eles perderam quase tudo — desde documentos até os brinquedos que antes enchiam a casa de alegria. A vida de Elisabete foi virada de cabeça para baixo pela enchente. "Eles perderam tudo, eles não têm mais identidade, eles não têm brinquedos, não têm bicicleta, não têm o quartinho deles, foi tudo fora", conta ela com um misto de tristeza e resignação. Com o início das aulas ainda incerto, as crianças enfrentavam mais do que a perda material: a falta de rotina e de um espaço seguro afetava profundamente seu bem-estar emocional. "Eles já estavam quase em depressão, sabe? Eles só me perguntam quando vai começar as aulas e a gente não sabe responder." Foi em meio a essa incerteza que Elisabete e sua família encontraram o “Espaço da Gurizada”, um local seguro e acolhedor criado pelo UNICEF, tendo a Visão Mundial como parceiro de implementação, para apoiar crianças e adolescentes impactados pelas enchentes no Sul do país. Seu marido descobriu o espaço localizado no bairro Mathias Velho em uma manhã e, com entusiasmo, Elisabete decidiu levar Pedro e Manuela naquela tarde. Ao chegar, ela se emocionou ao ver a reação dos netos no novo ambiente, uma opção para auxiliar no cuidado das crianças. "Eu chorei. Eu digo: ‘Ai, de tarde eu vou levar eles pra lá’. E chegando aqui, encontrando esse montão de brinquedo, foi um paraíso. É tudo o que a criança gosta, o que eles não têm, porque perderam." Os “Espaços da Gurizada” são mais do que apenas locais para brincar. Eles oferecem atividades lúdicas e educativas, apoio psicológico e orientações sobre saúde e prevenção de violências, sempre com o objetivo de garantir o bem-estar e a proteção das crianças. Elisabete sentiu esse acolhimento ao ver os netos felizes novamente. "Eu vi o Pedro muito feliz, a Manuela muito feliz. Então eu tenho certeza de que cada avó, cada mãe que deixar seu netinho ou seu filhinho aqui vai se sentir realizado." Em um momento tão difícil, Elisabete se agarrou à esperança e à solidariedade que surgiu em sua comunidade. "Muito obrigada, gente, obrigada de coração por essa oportunidade maravilhosa para os meus netinhos e para essa comunidade tão sofrida." O espaço no qual Elisabete e seus netos foram acolhidos funcionou por vários meses, apoiando as famílias nos momentos em que mais precisavam. Conforme a situação em cada local foi melhorando, esses espaços foram sendo adaptados ou encerrados. Esse é um dos pontos fortes da resposta do UNICEF às chuvas: a capacidade de estar lá não apenas no momento agudo da Emergência, mas ao longo dos meses seguintes, adaptando espaços e estratégias de acordo com as necessidades das crianças e suas famílias ao longo da resposta emergencial. Atualmente, outros Espaços da Gurizada continuam em operação nos territórios, com dois locais em São Leopoldo, dois em Canoas e cinco em Porto Alegre, oferecendo suporte a quem ainda precisa de acolhimento e atividades recreativas e psicossociais. A história de Elisabete é um lembrete poderoso de como espaços seguros e iniciativas de acolhimento, como os “Espaços da Gurizada”, fazem a diferença em momentos de crise. Em meio à devastação, eles oferecem não só um lugar para as crianças serem crianças novamente, mas também um recomeço para famílias como a dela. A resposta do UNICEF às chuvas no Rio Grande do Sul conta com parceiros estratégicos como MSD e Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo, na sigla em inglês); com a parceria da Kimberly-Clark e da Takeda; e com o apoio de Amanco Wavin; Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin; Instituto Mosaic; Klabin; e Serena Energia. Para os Espaços da Gurizada, em Canosas, o UNICEF conta com a parceria de implementação da Visão Mundial. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF sobre a resposta humanitária às enchentes no Rio Grande do Sul: https://www.unicef.org/brazil/enchentes-no-rio-grande-do-sul
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História
18 fevereiro 2022
"Brasil nas Nações Unidas": Filme de 1954 revela imagens históricas da sede da ONU
Uma parte da história das Nações Unidas passou os últimos 68 anos muito bem guardada em um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro. Imagens mostrando os primórdios da Organização e o funcionamento da sede em Nova Iorque foram recuperadas há um ano pela família Strauch. Trata-se de um filme de pouco mais de dez minutos, que agora ganha importância de documento histórico.O material foi encontrado entre os pertences de Abigail Strauch, matriarca da família que faleceu em abril de 2021, perto de completar 99 anos. Dentro de uma lata estava o rolo de filme de 16 milímetros com a etiqueta “O Brasil nas Nações Unidas”, de 1954, produzido pelo conhecido dublador Herbert Richers e narrado por Waldemar Galvão – cuja fama na época vinha de seu trabalho como locutor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.Nas imagens, é possível ver como era o prédio em seus primeiros anos de funcionamento, com destaque para o serviço de tradução simultânea das reuniões e assembleias. Também aparecem as primeiras obras de arte que viriam a marcar a história da sede, como o Sino da Paz Japonês – badalado anualmente na abertura da Assembleia Geral–, a réplica da estátua Poseidon de Artemísio e até mesmo a menção ao espaço onde três anos depois seriam expostos os painéis “Guerra e Paz”, do artista brasileiro Cândido Portinari. O registro do passeio pelos corredores é feito através da perspectiva de um grupo de visitantes, composto por um menino e três brasileiras, sendo uma delas Abigail. O menino é seu filho primogênito, Carlos Henrique. “Nunca ouvimos falar deste filme antes. Eu e minha irmã imaginamos que minha mãe nunca o mencionou por ser uma memória dolorosa”, conta o engenheiro Guilherme Strauch, filho mais novo de Abigail, em entrevista concedida ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em 2022.O filme da visita é um dos últimos registros de Carlos Henrique, que faleceu aos 13 anos, pouco tempo após as gravações. “Foi uma surpresa encontrarmos estas imagens dele e da minha mãe lá. Até então, só sabíamos que o meu pai havia feito parte da delegação brasileira na ONU”, conta.Delegação do Brasil Não à toa a família Strauch é uma das protagonistas do vídeo. O patriarca Ottolmy Strauch foi um dos primeiros brasileiros a participar das atividades da ONU logo em sua fundação. Em 1946, quando ainda funcionário do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), foi indicado ao Itamaraty para ser um dos nomes a compor a secretaria do governo brasileiro nas Nações Unidas.Em seguida, entre 1952 e 1954, integrou as comitivas brasileiras que participaram das Assembleias Gerais em Nova Iorque e chegou a ser eleito, em 1953, para ocupar um cargo no Comitê de Contribuições da Organização. Recebeu 50 votos de um total de 54, estabelecendo naquele ano um recorde na eleição do Comitê.É por este destaque que Ottolmy aparece no vídeo. Durante alguns segundos é possível acompanhar parte de seu discurso ressaltando o papel do Brasil na tarefa de garantir que as finanças da ONU fossem geridas da forma mais eficiente possível, assegurando assim recursos para a paz e o desenvolvimento social dos países mais vulneráveis.“Eu acho difícil desassociar a surpresa em ter encontrado esse vídeo histórico da emoção em rever minha família e o orgulho da participação do meu pai. Ali a ONU estava começando, o mundo tinha acabado de sair de uma grande guerra e a Organização estava tentando estabelecer acordos, reconstruir a paz. É um grande orgulho saber que o Brasil tinha um grande destaque nisso”, relata Guilherme. A coordenadora-residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, destaca a importância do Brasil na diplomacia internacional e do filme:“Conhecemos, por documentos históricos, a participação do Brasil na fundação da Organização das Nações Unidas e acompanhamos, por décadas, esse protagonismo se materializar em forma de acordos que ajudaram a construir e até hoje guiam as ações da ONU em todo o mundo, como a própria Agenda 2030. Ter a oportunidade de assistir a uma pequena parte desse processo nesse vídeo é emocionante”. DigitalizaçãoO achado da família coincide com a recente capacitação do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (LUPA-UFF) para digitalização de filmes. Inaugurado em 2017, o LUPA é o único espaço do tipo a operar dentro de uma universidade e foi só no ano passado que conseguiu os equipamentos necessários para digitalizar filmes como este. Focado em rastrear vídeos amadores e que remontem pedaços da história do Rio de Janeiro, o LUPA é comandado pelo professor Rafael de Luna Freire. Foi para ele que a família Strauch entregou a cópia de “O Brasil nas Nações Unidas” para digitalização e restauração.“A gente deu sorte porque filmes para durarem precisam ser guardados em baixa umidade e temperatura, sob condições estáveis. E este estava em relativo bom estado, até porque não foi muito exibido e ficou na lata por muito tempo, guardado no mesmo lugar”, explica o professor. ConteúdoContente com a surpresa de encontrar tantos nomes famosos envolvidos na produção, o especialista em cinema avalia que a peça documental seja um cinejornal – formato popular de informativos que eram exibidos em cinemas antes das atrações principais, numa época em que a televisão ainda não era parte da rotina das famílias.“Esse é um típico filme feito nesse contexto, onde cada audiovisual estrangeiro precisava ser exibido com um complemento nacional junto. Mas como historicamente os exibidores dos filmes não remuneravam os produtores pela criação destes curtas, era preciso que os produtores procurassem outras formas de financiar esses informativos”, explica Freire. “Geralmente este financiamento vinha em forma de propaganda ‘disfarçada’, tanto para empresas privadas como órgãos públicos etc. Era muito comum na época cinejornais como este trazerem esse tom mais institucional.”A aposta do professor é que o filme foi gravado originalmente em 35 milímetros e a cópia de 16 milímetros, considerada para fins amadores, entregue para a família Strauch como forma de agradecimento pela participação.Agora que as imagens foram digitalizadas, o LUPA ficou responsável pela preservação do rolo original, podendo exibir o conteúdo em sessões online. Com autorização da família Strauch e do LUPA, o filme completo “O Brasil nas Nações Unidas” também pode ser visto nos canais digitais da ONU Brasil.
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História
21 outubro 2024
Tecendo sonhos em São Paulo
Arody Carmen Vargas Poma, 35 anos, é uma costureira boliviana que passou a viver em São Paulo em 2020. Desde sua chegada ao Brasil, enfrentou uma série de desafios, como a falta de documentação, a ausência de uma residência fixa e a barreira do idioma. A costureira, que já passou por situações de trabalho análogo à escravidão em alguns locais onde trabalhou, é casada há um ano e agora planeja constituir uma família assim que alcançar maior estabilidade financeira. Ela é uma das participantes do curso presencial do projeto Tecendo Sonhos, conduzido pela organização não governamental Aliança Empreendedora por meio do Programa Moda Justa Sustentável, e focado em mulheres imigrantes que possuem uma oficina de costura na cidade de São Paulo. O grupo foi contemplado em uma ação de promoção da autonomia financeira e empreendedorismo que incluiu a entrega de equipamentos essenciais, como máquinas de costura industriais, extintores de incêndio, linhas de costura, tesouras de alfaiate e óculos de proteção. Dezenove costureiras que se certificaram no curso receberam kits individuais, contendo itens de segurança e ferramentas para melhorar a produtividade e garantir condições de trabalho mais seguras. Além disso, três máquinas de costura industriais foram entregues às empreendedoras destaques, escolhidas pela própria turma. Arody foi uma delas. "Foi um grande presente, são ferramentas essenciais para o nosso trabalho. A máquina foi uma grande bênção." As aquisições foram realizadas pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo - Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região. O UNOPS possui um acordo de cooperação com o MPT que permite a aplicação de recursos oriundos das ações de fiscalização da legislação trabalhista em projetos nas comunidades que sofreram danos relacionados ao direito do trabalho. A coordenadora do Programa Moda Justa Sustentável e presidente da Aliança Empreendedora, Cristina Filizzola, destacou a importância das doações: "As doações de equipamentos, materiais de segurança e ferramentas de trabalho foram fundamentais para complementar as ações do projeto com mulheres imigrantes. Além de auxiliar na adesão do grupo, elas se sentiram valorizadas. Essas entregas atendem a necessidades reais, promovendo maior segurança e agilidade no trabalho das costureiras." “Meu sonho é poder montar uma oficina organizada, como nos ensinaram, e, quem sabe, gerar trabalho para outras mulheres que também buscam independência financeira. Muitas mulheres como eu querem se sustentar e ter segurança, especialmente antes de pensar em ter filhos. Acredito que ajudar outras a conquistar isso seria uma grande realização”, diz Arody. Compras estratégicas Antes de realizar as aquisições, o UNOPS fez um estudo para conhecer a realidade das trabalhadoras da cadeia da moda no estado de São Paulo. O diagnóstico, elaborado em parceria com o MPT e a ONU Mulheres, revelou as condições precárias enfrentadas por mulheres costureiras. A pesquisa abrangeu 39.467 trabalhadoras - das quais 80% são mães e 79,3% vivem na capital paulista - e identificou desafios significativos, como terceirização, informalidade e dupla jornada, além de situações de trabalho forçado e condições análogas à escravidão. A responsabilidade produtiva recai desproporcionalmente sobre essas mulheres, que enfrentam obstáculos adicionais devido à sobrecarga de tarefas domésticas. Como parte da resposta a esses desafios, o UNOPS e o MPT desenvolveram um plano estratégico voltado ao empoderamento econômico dessas trabalhadoras. Além das entregas feitas no âmbito do projeto Tecendo Sonhos, da Aliança Empreendedora, o UNOPS também equipou galpões de dois outros grupos de costureiras: Coletivo Flor de Kantuta, atualmente sediado no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (Casa do Povo).Coletivo Sartasiñani, apoiado pela Associação Latino-americana de Micro, Pequenas e Médias Empresas (Alampyme.BR), um dos fornecedores cadastrados no Portal do Uniforme para fornecimento dos uniformes escolares da cidade de São Paulo. A equipagem dos galpões incluiu a aquisição de máquinas, aviamentos e móveis diversos. A gerente adjunta de Projetos do UNOPS Brasil, Cecília Abdo, destacou a importância das compras estratégicas como uma ferramenta de transformação social: “As aquisições que fazemos têm um papel fundamental no apoio a essas trabalhadoras. Queremos garantir que elas tenham acesso às condições básicas de segurança e qualidade necessárias para exercer suas atividades de forma digna.” Para saber mais, siga @unops_official e @onubrasil nas redes!
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História
21 outubro 2024
Alimentação escolar transforma a vida de produtores de pequena escala no Distrito Federal
As compras públicas da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) mudaram a vida do agricultor familiar Anaildo Porfírio, da cidade de Brasília. “Essa política foi estruturante e mudou a vida dos produtores de alimentos daqui”, afirma Anaildo, que faz parte das 46 famílias do Assentamento Chapadinha, localizado a 32 km do centro da capital federal.Anaildo recebeu no mês de maio uma missão internacional formada por representantes de 10 países da América Latina, que visitou sua propriedade rural para conhecer como funciona na prática a participação da agricultura familiar no PNAE. A missão foi organizada pelo projeto de alimentação escolar executado no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO. Em sua propriedade de 10 hectares, Anaildo produz morangos, cenouras, beterrabas, alfaces, repolhos e batatas. Além de atender a feiras e mercados, sua produção faz parte da alimentação de estudantes da rede pública de ensino de Brasília, que conta com cerca de 450 mil pessoas. Anaildo participa do PNAE desde 2015. “Antes de vender para a alimentação escolar, minha produção era para o consumo mesmo. Quando tivemos a possibilidade de entrar e participar desse programa, aumentou bem a renda. Alguns agricultores não tinham condições, mas com o PNAE conseguiram fazer melhorias na sua chácara, colocaram cercamento, melhoraram a produção. Então, realmente é uma política que ajuda a gente a prosperar”, conta Anaildo, que vive na propriedade com sua esposa e dois filhos.O agricultor familiar passou a fornecer alimentos para a alimentação escolar do Distrito Federal por meio da associação do assentamento, a Associação dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar do Chapadinha (Astraf), instituição que preside atualmente. Para participar do PNAE, os agricultores apresentam uma proposta de produção e, no decorrer do ano, vão recebendo o pagamento em parcelas. Desde 2009, por lei, a alimentação escolar da rede pública de ensino do país deve adquirir pelo menos 30% dos alimentos da agricultura familiar."Antes era todo mundo vivendo em barraco de madeira. Mas a partir do momento que passamos a nos organizar, a nos estruturar, fomos crescendo, hoje já atendemos outros mercados, melhoramos nossas casinhas, nossas propriedades. Isso foi dando dignidade para todas as famílias que hoje vivem no assentamento”, afirma o agricultor, que destaca como é gratificante produzir alimentos orgânicos e destiná-los para uma alimentação mais saudável dos estudantes. Para melhorar a produção, o assentamento conta com apoio da Secretaria da Agricultura (SEAGRI) do Distrito Federal e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) em várias áreas do processo produtivo – desde a assistência para as melhores técnicas de produção até a organização das famílias para acessar as políticas de compras públicas. Essa formalização é importante porque os programas de compras públicas adquirem diretamente de cooperativas ou associações e, quanto mais organizados, mais fácil estes agricultores e agricultoras poderão atingir mercados maiores e melhores. “Melhoramos a irrigação, as técnicas de produção, aumentamos as áreas. Com a associação fica mais fácil também a questão do transporte e melhoria do nosso rendimento.”A associação usa dois caminhões cedidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para o transporte da produção. “A assistência técnica ajuda demais o agricultor. Eles nos ajudam a identificar qual o melhor período de plantio, o melhor tipo de adubação, o que devemos ou não fazer, quais as tecnologias podemos usar para gastar menos água, produzir mais, tudo isso ajuda muito no dia a dia para a gente poder baratear os custos”, afirma. Além disso, há outras políticas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA-DF), executado pelo governo distrital. De acordo com dados do GDF, cerca de R$ 23 milhões são investidos em produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar por ano e 700 produtores atendem o PNAE no Distrito Federal, número que vem aumentando a cada ano. Anaildo diz que somente por meio das políticas públicas se pode fortalecer a agricultura familiar, especialmente aquela localizada nos assentamentos rurais. “Precisamos de pessoas e gestores comprometidos para fazer essa aliança da parte da política, da assistência técnica, da alimentação escolar, da agricultura familiar, da assistência social, para acabar com a miséria e cuidar da população passando fome”. Para saber mais, visite a página do Programa de Cooperação Brasil-FAO: https://www.fao.org/in-action/programa-brasil-fao/pt/
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22 novembro 2024
ONU-Habitat e RJ premiam iniciativas inovadoras para os ODS no estado do Rio
Dez boas práticas de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) promovidas por municípios e Comitês de Bacia Hidrográfica do estado do Rio de Janeiro foram premiadas, na última quinta-feira (14), pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e o Governo do Estado do Rio de Janeiro. As ações foram as vencedoras do Desafio dos ODS, parte da iniciativa Rio Inclusivo e Sustentável - parceria entre o ONU-Habitat com o estado através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.A premiação marcou a conclusão da primeira etapa da parceria, e foi realizada no Rio de Janeiro durante o G20 Social, no espaço Conexão 2030. A cerimônia contou com a presença da Diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach; o Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; o Secretário Estadual de Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Bernardo Rossi; o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Marcio Macedo; e do Prefeito de Miguel Pereira e Presidente da Associação Estadual dos Municípios do Rio de Janeiro, André Português.“É fundamental olhar para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, considerar os impactos da mudança climática nas cidades e, ao mesmo tempo, fortalecer a ação dos governos locais em temas prioritários para o ONU-Habitat, como o acesso a melhores condições de moradia e a serviços básicos. Com 2 bilhões de pessoas no mundo sem acesso à água, essa conexão é crucial”, destacou a Diretora-Executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach, durante a cerimônia de premiação.“O Rio de Janeiro tem colocado a pauta ambiental e de sustentabilidade muito à frente do que colocava antes. Esse precisa ser um compromisso vivido todos os dias”, declarou o Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.Desafio dos ODS – Ao longo de seis meses, o Desafio dos ODS promoveu o engajamento de municípios e comitês de bacia hidrográfica do estado do Rio de Janeiro na implementação dos ODS. Durante suas três etapas de implementação, mais de 516 participantes de 86 municípios e nove comitês contribuíram ativamente nas ações. A primeira etapa consistiu na Jornada do Desafio dos ODS, que envolveu 13 encontros presenciais realizados entre junho e julho nas nove regiões hidrográficas do estado. Os encontros tiveram como objetivo engajar os municípios fluminenses e seus técnicos na implementação de soluções inovadoras para os ODS. Durante as oficinas, os participantes discutiram e apresentaram iniciativas para implementar a Agenda 2030 em suas regiões, além de realizarem treinamento para a realização de Revisão Local Voluntária. A segunda etapa foi o Laboratório Virtual, que promoveu oito reuniões online entre agosto e outubro. Os encontros aprofundaram o conhecimento dos participantes em estratégias para a implementação local dos ODS no contexto de suas regiões, e abordaram temas essenciais para a iniciativa, como a mudança climática, redução de riscos de desastres, financiamento a projetos, a Nova Agenda Urbana e um aprofundamento nos ODS prioritários e transversais à ação.A etapa final consistiu no Concurso de Boas Práticas, que premiou dez de 42 iniciativas inscritas em seis categorias com base em sua contribuição para a implementação dos ODS. A avaliação incluiu representantes do ONU-Habitat, da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMA). Na categoria SDG20, a banca examinadora foi composta pela equipe do ONU-Habitat e pela Autoridade de Desenvolvimento Sustentável (ADS) do Governo do Rio de Janeiro.Próximos passos - As próximas etapas do Rio Inclusivo e Sustentável incluem a Avaliação de Riscos de Desastres e Vulnerabilidades de 30 municípios do Rio de Janeiro, iniciada em novembro, e a implementação do Observatório dos ODS, frutos do aditivo assinado no G20 Social. Durante o evento, foi iniciado o processo de escuta participativa para a construção da Revisão Local Voluntária (RLV) do Estado, uma ferramenta analítica que visa diagnosticar o alcance dos ODS no território e propor recomendações práticas, além de métricas mensuráveis para monitorar o progresso ao longo do tempo. “Com a assinatura do novo projeto entre o ONU-Habitat e o Governo do Estado, serão elaborados, a partir de 2025, 34 planos de ação climática nos municípios do Rio de Janeiro, colocando o estado à frente dos demais estados do Brasil em termos de política climática”, afirmou a Coordenadora de Programas do ONU-Habitat, Leta Vieira de Sousa.A Avaliação de Riscos de Desastres e Vulnerabilidades vai fornecer dados e instrumentos para capacitar as gestões municipais na resposta a eventos extremos, como inundações e deslizamentos. O Observatório dos ODS tem como objetivo fortalecer a implementação da Agenda 2030 no estado e seus 92 municípios por meio da disponibilização de dados qualificados, promovendo também o controle social e a transparência. Confira abaixo a lista de categorias e premiados do Desafio dos ODS:Categoria: Integração Regional das Águas1º lugar: Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das OstrasIniciativa: Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais e Boas Práticas2º lugar: Comitê de Bacia Hidrográfica Baía de Ilha GrandeIniciativa: Programa de Esgotamento Sanitário da Baía da Ilha GrandeCategoria: ODS 16 e 17 – Instituições e Parcerias Eficazes1º lugar: Prefeitura de SaquaremaIniciativa: Saquarema 20302º lugar: Prefeitura de ItaguaíIniciativa: Expo Itaguaí SustentávelCategoria: SDG20 – Do Global ao LocalPrêmio único: Prefeitura de Arraial do CaboIniciativa: Projeto Mares LimposCategoria: ODS 6 e 14 – Uso da água e preservação dos oceanos1º lugar: Prefeitura de Nova IguaçuIniciativa: Gestão Integrada de Recursos Hídricos em Áreas Protegidas e Rurais2º lugar: Prefeitura de Armação de BúziosIniciativa: Sustentabilidade Ambiental & Urbanística Búzios 2030Categoria: ODS 11 – Territórios resilientes1º lugar: Prefeitura de São João da BarraIniciativa: Ciclo Verde: Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos e Recursos Hídricos2º lugar: Prefeitura de Barra MansaIniciativa: Cidades Resilientes: o desafio para mitigação de inundações em Barra MansaCategoria: ODS 13 – Ação ClimáticaPrêmio único: Prefeitura de Nova FriburgoIniciativa: Riograndina Resiliente: Prevenção e preparação comunitária frente às mudanças climáticasSobre o Rio Inclusivo e Sustentável - O Rio Inclusivo e Sustentável é uma parceria do ONU-Habitat com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade. A iniciativa tem o objetivo de promover a resiliência urbana e climática nos municípios do Rio de Janeiro, fortalecendo as metas da Agenda 2030 e os princípios da Nova Agenda Urbana em todo o estado. Além disso, trabalha para mobilizar os municípios para construir um Rio de Janeiro mais inclusivo e sustentável.Contatos:Livia Freire – livia.souza@un.org Aléxia Saraiva – alexia.saraiva@un.org
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21 novembro 2024
Na Cúpula do G20, chefe da ONU Comércio e Desenvolvimento pede maior apoio ao Sul Global
No Rio de Janeiro, a secretária-geral da ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Rebeca Grynspan, pediu aos líderes do G20 que aumentassem o apoio ao Sul Global, enfatizando o crescente papel dos países em desenvolvimento na condução da economia mundial.“Nos próximos cinco anos, o PIB mundial crescerá US$ 55 trilhões, 70% dos quais virão do Sul Global”, disse Grynspan, observando que isso equivale ao tamanho da economia global há duas décadas, quando o G20 foi fundado.O G20, um bloco das maiores economias do mundo, reuniu-se no Rio de Janeiro para uma cúpula de dois dias para tratar dos desafios globais, incluindo a mudança climática, à medida que as negociações continuam na 29ª Conferência da ONU sobre o Clima (COP29).Aproveitando as oportunidades de tecnologia limpa para a industrialização no Sul GlobalGrynspan enfatizou que os países em desenvolvimento precisam do apoio e dos recursos certos para se beneficiarem totalmente das mudanças estruturais que estão transformando a economia mundial, como a transição energética. Ela observou que, em uma década, espera-se que o mercado global de tecnologias limpas alcance o tamanho do mercado atual de petróleo bruto.“Isso poderia industrializar o Sul em uma escala e velocidade que nunca vimos antes”.No entanto, ela alertou que a realização desse potencial requer as políticas e o apoio corretos. Grynspan pediu políticas comerciais pró-energias renováveis, o alívio da dívida – a dívida pública mundial atingiu o recorde de US$ 97 trilhões em 2023 – e investimentos maciços em setores sustentáveis nas economias em desenvolvimento.Escolhendo o multilateralismo em um mundo multipolarFalando na sessão da cúpula sobre a reforma da governança global, a chefe da ONU Comércio e Desenvolvimento também pediu estruturas de governança global mais inclusivas que reflitam as realidades geopolíticas e econômicas atuais. “A multipolaridade não é uma escolha. É um fato”, disse ela. “O que é uma escolha é o multilateralismo.”Grynspan exortou os líderes a agirem de acordo com os compromissos assumidos com o multilateralismo na Cúpula do Futuro de setembro, onde as nações adotaram o Pacto do Futuro. “Hoje, nesta Cúpula, devemos continuar fazendo essa escolha. Amanhã, devemos agir de acordo com essa escolha.”Para saber mais, siga @unctad nas redes e leia o discurso original (em inglês) na página da ONU Comércio e Desenvolvimento.
Contato para a imprensa: Gustavo Barreto, Oficial de Informação Pública, ONU Comércio e Desenvolvimento: barretog@un.org
Contato para a imprensa: Gustavo Barreto, Oficial de Informação Pública, ONU Comércio e Desenvolvimento: barretog@un.org
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21 novembro 2024
ONU-Habitat assina parceria com Ministério das Cidades para desenvolvimento sustentável
O Ministério das Cidades é o novo parceiro do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) na busca por cidades mais resilientes e sustentáveis. O Memorando de Entendimento que estabelece a cooperação foi assinado na última sexta-feira (15) pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e pela diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach, durante uma sessão do G20 Social, no Rio de Janeiro.A parceria tem o objetivo de buscar soluções para o alcance do desenvolvimento urbano sustentável no Brasil, promovendo a implementação da Agenda 2030, com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), que busca tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Além disso, a cooperação está alinhada aos princípios da Nova Agenda Urbana, reforçando o compromisso do Brasil com estratégias globais de planejamento urbano.O memorando prevê atividades como debates qualificados, estudos conjuntos e a capacitação de profissionais para enfrentar os desafios urbanos, com foco especial em assentamentos informais e na promoção de políticas de habitação de interesse social. As ações incluem ainda a coleta e análise de dados, planejamento urbano sustentável, promoção de boas práticas e desenvolvimento de políticas públicas em áreas como mobilidade, saneamento e gestão de resíduos sólidos. Para a diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach, esse é um documento histórico: “A trajetória urbana no Brasil tem uma legislação muito avançada, com experiências de política urbana e política nacional inclusivas, com respeito ao meio ambiente, pensando na cidade como uma casa. Queremos e precisamos utilizar essas experiências no combate aos grandes desafios. O que acontece no Brasil tem um reflexo importante em outros países”.Para o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, a cooperação é um importante marco na política internacional: “É a certeza que o Brasil está voltando, quer voltar para discussões internacionais. Levando a experiência que o Brasil tem, seja na questão da habitação, quanto da urbanização de favelas, e outros temas urbanos. É um motivo de muito orgulho para o Brasil que a gente possa avançar neste tema”.A parceria, com duração inicial de dois anos, terá como próximo passo a criação de um plano de trabalho que deve detalhar as ações a serem desenvolvidas. Esse plano vai incluir iniciativas para sistematizar e compartilhar boas práticas locais e internacionais, promover a participação brasileira em eventos globais e fomentar o acesso a possíveis fontes de financiamento para programas de desenvolvimento urbano sustentável.Ao reunir a capacidade técnica do ONU-Habitat e a expertise do Ministério das Cidades, a cooperação busca transformar os desafios urbanos em oportunidades de inovação e progresso social, consolidando o Brasil como um modelo para outros países e contribuindo para a criação de cidades mais inclusivas e resilientes.Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contato para imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat: alexia.saraiva@un.org
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21 novembro 2024
ONU Brasil lança campanha para acabar com a violência contra as mulheres
A cada 10 minutos, em 2023, um parceiro íntimo ou um familiar tirou intencionalmente a vida de uma mulher. A crise da violência de gênero é urgente.É por isso que, durante os 21 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, a campanha UNA-SE chama a atenção para a alarmante escalada da violência contra as mulheres, sob o tema “A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada. #NãoTemDesculpa. UNA-SE para Acabar com a Violência contra as Mulheres”.Quase uma em cada três mulheres sofre violência ao longo da vida. As meninas estão em risco particular de violência — uma em cada quatro adolescentes sofre algum tipo de abuso por seus parceiros.Para pelo menos 51.100 mulheres em 2023, o ciclo de violência de gênero terminou com um ato final e brutal — o assassinato por parceiros e familiares.Os 21 Dias de Ativismo são uma oportunidade para revitalizar compromissos, exigir responsabilização e ação dos tomadores de decisão, à medida que o mundo se aproxima do 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 2025 — um plano visionário para alcançar a igualdade de gênero e os direitos de mulheres e meninas em todos os lugares.Fatos importantes sobre a violência contra mulheres e meninas Feminicídio refere-se a assassinatos relacionados ao gênero. É um problema universal e a manifestação mais brutal, visível e extrema de um espectro da violência de gênero que mulheres e meninas enfrentam.O feminicídio é a prova definitiva de que os sistemas e estruturas destinados a proteger mulheres e meninas estão falhando. A normalização da violência — desde o abuso doméstico até o assédio no trabalho, em espaços públicos e a violência digital — leva a um clima cultural em que mulheres são abusadas e intencionalmente mortas, muitas vezes com impunidade.Mulheres e meninas estão em maior risco de serem assassinadas em casa: 55% de todos os homicídios de mulheres foram cometidos por parceiros íntimos ou familiares em 2022, enquanto apenas 12% de todos os homicídios de homens foram cometidos por familiares.Mulheres não estão seguras fora de casa também. Mulheres na esfera pública, incluindo aquelas na política, defensoras dos direitos humanos e jornalistas, são frequentemente alvos de atos intencionais de violência, tanto online quanto offline, alguns dos quais resultam em mortes e assassinatos intencionais.Estudos mostram que entre 16% e 58% das mulheres no mundo experimentam violência de gênero mediada pela tecnologia, e as mulheres mais jovens são especialmente afetadas, sendo a Geração Z e as Millennials as mais impactadas.Mulheres em contextos de conflito, guerra e crises humanitárias são ainda mais vulneráveis — 70% delas sofrem violência de gênero.Como prevenir a violência contra as mulheres O que sabemos sobre o femicídio/feminicídio é que ele muitas vezes é o desfecho de episódios repetidos e crescentes de violência de gênero, o que significa que pode ser evitado se os primeiros sinais de violência forem abordados de forma eficaz.Sem acabar com a violência contra mulheres e meninas, o mundo não poderá alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Esta violência continua sendo um grande obstáculo à igualdade de gênero, um compromisso assumido na Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, com a adoção da visionária Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 1995. A Plataforma de Ação de Pequim incluiu medidas específicas que os países poderiam adotar para acabar com todas as formas de violência contra mulheres e meninas.#NãoTemDesculpa: Tome medidas para acabar com a violência contra as mulheres Acabar com a impunidade defendendo e estabelecendo leis e políticas que responsabilizem os agressores.Adotar, implementar e financiar Planos de Ação Nacionais para acabar com a violência contra mulheres e meninas. Esses planos definem decisões políticas e de investimento que os governos fazem.Investir em prevenção e em organizações de direitos das mulheres para garantir direitos e acesso a serviços essenciais para sobreviventes.Todos têm um papel a desempenhar para acabar com o abuso e o assassinato de mulheres:Governos podem aprovar e aplicar leis e Planos de Ação Nacionais para prevenir a violência contra as mulheres, proteger mulheres e meninas e investir em movimentos de mulheres, programas de prevenção e serviços de apoio às sobreviventes. Os países que aprovaram leis para interromper a violência doméstica têm, em média, taxas mais baixas de violência de parceiros íntimos (9,5% em comparação com 16,1%).Empresas e instituições podem implementar políticas de tolerância zero a todas as formas de violência contra mulheres e que apoiem ativamente as sobreviventes. Agora é o momento de aumentar a conscientização e organizar eventos usando a cor laranja e manifestar-se, tanto online quanto offline, usando #NãoTemDesculpa e #21Dias.Indivíduos podem usar sua criatividade para promover uma mensagem de tolerância zero à violência contra mulheres e meninas, defender junto aos líderes a adoção e implementação de leis e políticas, apoiar e doar para organizações locais de mulheres e aumentar a conscientização usando os materiais da campanha #SemDesculpas em casas, escolas, comunidades e espaços digitais.A violência contra mulheres não é inevitável. Ela pode e deve ser interrompida. Junte-se a nós para agir durante os #21Dias e todos os dias.Descubra mais e participe dos 21 dias de ativismo nas redes da @onubrasil e da @onumulheresbr!
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19 novembro 2024
Brasil, ONU e UNESCO lançam Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudança do Clima
O governo brasileiro, o Departamento de Comunicação Global das Nações Unidas e a UNESCO lançaram nesta terça-feira (19) uma iniciativa conjunta a fim de fortalecer pesquisas e medidas para combater a desinformação que contribui para atrasar e inviabilizar ações climáticas. A Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudança do Clima é uma intervenção importante para impulsionar o apoio a ações climáticas urgentes, em um momento em que os cientistas alertam que o tempo do mundo está se esgotando.“As ações de combate às mudanças climáticas também são muito afetadas pelo negacionismo e pela desinformação. Os países não podem solucionar este problema sozinhos. Esta iniciativa reunirá países, organizações internacionais e redes de pesquisadores para apoiar esforços conjuntos de combate à desinformação e promover ações para a COP30 no Brasil”, disse o presidente Lula na Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.Embora inicialmente discutida no âmbito do G20, a Iniciativa está sendo estabelecida como uma colaboração dedicada e multilateral entre Estados e organizações internacionais, com o objetivo de financiar pesquisas e ações que promovam a integridade da informação sobre questões climáticas. A fim de expandir o escopo e a abrangência da pesquisa sobre a desinformação climática e seus impactos, o esforço reunirá evidências de âmbito mundial para fundamentar e reforçar as ações, a defesa e as comunicações estratégicas.Os países que aderirem à Iniciativa contribuirão para um fundo administrado pela UNESCO, com a meta de arrecadar entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões nos próximos 36 meses, valor que será distribuído na forma de subsídios a organizações não governamentais para apoiar suas atividades na pesquisa sobre integridade da informação climática, desenvolvimento de estratégias de comunicação e realização de campanhas de conscientização pública.“Sem acesso a informação confiável sobre a disrupção climática, nunca seremos capazes de superá-la. Por meio desta Iniciativa, nós apoiaremos os jornalistas e pesquisadores que investigam as questões climáticas, por vezes com grande riscos para si próprios, e combateremos a desinformação relacionada ao clima que se espalha de forma descontrolada pelas redes sociais”, destacou Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO.A UNESCO e as Nações Unidas tornaram-se parceiras importantes do governo brasileiro nesse desafio. Outros países e organizações internacionais comprometidos com as metas climáticas e o compromisso com a integridade da informação estão sendo convidados a participar. Até agora, Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia já confirmaram participação.“Devemos combater as campanhas coordenadas de desinformação que impedem o progresso mundial relativo à mudança climática, que vai desde a negação pura e simples até o greenwashing e o assédio a cientistas do clima. Por meio desta Iniciativa, nós trabalharemos com pesquisadores e parceiros para fortalecer as ações contra a desinformação climática”, declarou António Guterres, secretário-geral da ONU.O risco que a desinformação representa para o cumprimento das metas climáticas foi reconhecido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), que, em 2022, afirmou que a “desvalorização intencional da ciência” estava contribuindo para “percepções equivocadas sobre o consenso científico, incertezas, desconsideração de riscos e urgências, e divergências”.A Iniciativa é uma resposta ao compromisso estabelecido no Pacto Digital Global, aprovado pelos Estados-membros da ONU em setembro, que encoraja as entidades das Nações Unidas, em colaboração com governos e partes interessadas pertinentes, a avaliarem os impactos da desinformação e da informação incorreta no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).Para saber mais:Leia os Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação Acompanhe a cobertura da ONU News em português: Brasil e ONU lançam Iniciativa Global contra Desinformação ClimáticaAcesse a página da UNESCO para a Iniciativa Global lançada na Cúpula do G20 (em inglês)Sobre a UNESCOCom 194 Estados-membros, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura contribui para a paz e para a segurança, ao liderar a cooperação multilateral nas áreas de educação, ciência, cultura, comunicação e informação. Com sede em Paris, a UNESCO tem escritórios em 54 países e emprega mais de 2,3 mil pessoas. A UNESCO supervisiona mais de 2 mil sítios do Patrimônio Mundial, Reservas da Biosfera e Geoparques Mundiais; redes de Cidades Criativas, de Aprendizagem, Inclusivas e Sustentáveis; e mais de 13 mil escolas associadas, cátedras universitárias, instituições de formação e pesquisa. Sua diretora-geral é Audrey Azoulay.“Uma vez que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que devem ser construídas as defesas da paz”. Constituição da UNESCO, 1945Para obter mais informações, acesse: www.unesco.org.Contatos para imprensa:Clare O’Hagan, UNESCO: c.o-hagan@unesco.org Martina Donlon, Departamento de Comunicação Global da ONU: donlon@un.orgMariana Martins, Governo do Brasil: mariana.martins@presidencia.gov.br
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